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Dissertação de Mestrado_Perfil Personalístico e de

1. Nota Grupo de Investiga o n 63 Grupo de Controlo n 63 n Frequ ncias Absolutas Partindo da exist ncia de uma elevada dispers o em torno da idade m dia registada no grupo de investiga o procedeu se elabora o de um gr fico de extremos e quartis no sentido de apurar a exist ncia de outliers Deste modo na Figura 1 pudemos certificar a presen a de duas observa es at picas para a vari vel idade designadamente os sujeitos 37 e 30s valores de Moda no que respeita vari vel cont nua idade foram apresentados semelhan a do que ocorre no programa SPSS vers o 19 0 isto explicitando o resultado com menor valor absoluto Todavia no grupo de controlo al m do valor 47 00 verificou se ainda que o valor 48 00 se sucedia como resultado adicional de moda 55 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 40 que pertenciam ao grupo de investiga o sendo que o primeiro possu a 80 anos e o segundo tinha 75 anos respectivamente cf Figura 1 so 40 30 T T Grupo de Investiga o Grupo de Controlo idade bruta 8 Condi o do sujeito na investiga o pertencer ao Grupo de Investiga o ou ao Grupo de Controlo Figura 1 Gr fico de Bigodes relativo an lise dos poss veis outliers ao n vel da vari vel idade segundo o grupo de participantes da amostra Nrotat 126 Grupo de Investiga o n 63 e X 45 00 Grupo de Controlo
2. Frequ ncias Relativas Relativamente vari vel idade e considerando a totalidade da amostra n 126 pode declarar se que a idade dos seus participantes oscilou entre os 23 e os 28 anos perfazendo uma m dia de idades igual a 43 84 anos associado a um desvio padr o de 8 77 X 45 00 Mo 37 00 Escrutinando especificamente esta mesma vari vel segundo o grupo de participantes da amostra pode atestar se que no grupo de investiga o n 63 as idades contemplavam como valor m nimo os 23 anos e como valor m ximo os 80 anos de idade alcan ando se uma m dia de 44 19 anos para um desvio padr o de 10 59 X 45 00 Mo 37 00 Analisando esta vari vel mas focando em exclusivo o grupo de controlo n 63 pode declarar se que as idades dos seus participantes variaram entre os 27 e os 55 anos tendo se obtido uma m dia de 43 56 anos correspondente a um desvio padr o de 6 55 X 45 00 Mo 47 00 cf Tabela 20 Tabela 20 Estat stica descritiva da vari vel cont nua idade segundo a amostra total e cada grupo de participantes da amostra Amostra Grupo de Grupo de Total Investiga o Controlo n V lido 126 63 63 Omisso 0 0 0 M dia 43 84 44 19 43 56 Mediana 45 00 45 00 45 00 Moda 37 00 37 00 47 00 Desvio Padr o 8 77 10 59 6 55 Minimo 23 00 23 00 27 00 M ximo 80 00 80 00 55 00 25 37 00 37 00 38 00 Percentis 50 45 00 45 00 45 00 75 49 00 50 00 49 00
3. 1 2 2 Defini o de Abuso Sexual de Crian as O presente t pico de referencia o te rico cient fica inaugurado com o argumento de que o ASC consiste num fen meno universal que n o descora qualquer classe social estatuto econ mico cargo profissional faixa et ria etnia religi o e cultura sendo deste modo perspectivado primeiramente por Finkelhor 1979 como um problema social at h d cada de 60 e p blico desde os anos 70 do s culo XX e n o menos importante reconhecido pela OMS como um problema mundial de sa de p blica Krug Dahlberg Mercy Zwi amp Lozano 2002 Adoptando uma perspectiva cronol gica destaca se a defini o proposta pelo National Center of Child Abuse and Neglect que remonta ao ano de 1978 e representa a conceptualiza o que maior aquiesc ncia re ne ao n vel da comunidade cient fica Esta mesma organiza o determina como ASC os contactos e as interac es estabelecidas entre 11 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 um adulto e uma crian a quando o primeiro usa a segunda para se estimular sexualmente a si pr prio crian a ou a outrem Estes mesmos actos abusivos foram tamb m concebidos como podendo ser cometidos por uma pessoa menor de 18 anos quando a sua idade for significativamente superior da v tima ou em situa es nas quais o abusador se encontre numa clara posi o de poder ou de controlo sobre a mes
4. Ciclos do Ensino B sico ndices Sintom ticos SOM Somatiza o O C Obsess es Compuls es S I Sensibilidade Interpessoal 231 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 18 Continua o da Tabela 18 Tabela 49 Teste do Qui Quadrado relativo distribui o das frequ ncias absolutas e relativas de cada grupo de participantes da amostra pelos ndices sintom ticosx e globais do SCL90R em fun o das categorias de notas T e das categorias de escolaridade Grupo de Grupo de mdices Categorias de Categorias de Investiga o Cintrolo Sintom ticos Notas T Escolaridade Totais x Totais x e Globais p valor p valor lt 1 Ciclo E B n 23 9 37 09 14 28 Nota T gt 60 2 3 Ciclos E B n 22 11 35 48 17 46 Ensino Secund rio n 4 0 6 45 0 00 D lt 1 Ciclo E B n 2 0 068 15 0 055 3 22 23 80 Faixa 2 3 Ciclos E B n 8 21 Normativa 12 90 33 33 Nota T34 59 Ensino Secund rio n 3 To 4 83 11 11 lt 1 Ciclo E B n 20 14 32 25 22 22 Nota T260 2 3 Ciclos E B n 22 13 35 48 20 63 Ensino Secund rio n 6 0 9 67 0 00 ANS lt 1 Ciclo E B n 5 0 712 15 0 006 Faixa 8 06 24 19 Normativa 2 3 Ciclos E B n 8 21 Nota T34 59 12 90 33 33 Ensino Secund rio n 1 7 1 61 11 11 lt 1 Ciclo E B n 13 14 20 96 22 22 Nota T260 2 3 Ciclos E B n 20 14 32 25 22 22 Ensino Secund rio n 6 0
5. Pris o Coimbra Quarteto Editora Gon alves R amp Vieira H 1995 Sobrepovoamento stress e estrat gias de confronto em meio prisional Revista Portuguesa de Ci ncia Criminal 5 173 207 Gonz lez M Castelo A amp Dom nguez E 2009 Perfil Psicopatol gico de agresores sexuales Cuadernos de Medicina Psicosom tica y Psiquiatr a de Enlace 89 90 30 39 Grupo de Trabalho sobre Crian as e Jovens em Risco 2008 Maus tratos em Crian as e Jovens Interven o em Sa de Portugal Direc o Geral de Sa de Hansenne M 2003 Psicologia da Personalidade Lisboa Climepsi Editores Hauggard J 2000 The challenge of defining child sexual abuse American Psychologist 55 9 1036 1039 144 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Heim A amp Westen D 2009 Essentials of personality disorders In J Oldham A Skodol D Bender Personality disorders recent history and the DSM system pp 3 13 Arlington American Psychiatric Publishing Higgins D amp McCabe M 1994 The relathionships of child sexual abuse and family violence to adult adjustment toward an integrated risk sequelae model Journal of Sex Research 31 4 255 267 Holmes R amp Holmes S 2002 Profiling Violent Crimes An investigative tool 3 ed USA Sage Publications Holmes R Holmes S 2009 Profiling Violent Crimes An investigative tool 4 ed C
6. lhes possibilitaram integrar a categoria representativa da normatividade cf Tabela 31 Tabela 31 Distribui o dos grupos de participantes da amostra pelas escalas de validade do Mini Mult segundo as categorias de notas T Grupo de Investiga o Grupo de Controlo Escalas Categorias de notas T Categorias de notas T de Faixa Normativa Faixa Normativa Validade Nota T gt 70 Nota T31 50 69 Nota T lt 30 Nota T gt 70 Nota T31 50 69 n n n N n L 2 3 22 60 96 77 0 0 00 1 1 58 62 98 41 F 36 58 06 26 41 3 0 0 00 7 11 11 56 88 88 K 0 0 00 61 98 8 1 1 61 3 4 76 60 95 23 Nota Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 n Frequ ncias Absolutas Frequ ncias Relativas Escalas de Validade L Mentira F Frequ ncia K Correc o Finda a an lise estat stica referente s escalas de validade prosseguiu se a efectiva o da an lise estat stica tomando como referencia as escalas cl nicas do Mini Mult tendo se pretendido indagar para a totalidade das mesmas o tipo de distribui o seguida normal ou n o bem como a possibilidade de igualdade de m dias de notas T entre os dois grupos de participantes Objectivando o alcance do primeiro intuito aplicou se o teste de Kolmogorov Smirnov e a partir dos resultados expostos na Tabela 32 foi poss vel apurar para a amostra total n 125 que para um n vel de signific ncia de 5 somente a escala Desvio Psicop tico seguiu uma distribui
7. o do termo pedofilia a todas as situa es em que adultos abusam sexualmente de crian as contribui mais para criar confus o do que para ajudar a compreender um fen meno t o complexo como o abuso sexual infantil e juvenil Pode declarar se que os mass media e alguns investigadores t m contribu do para a exist ncia de dificuldades em definir isoladamente a rela o entre os conceitos de ASC e de Pedofilia assistindo se n o t o poucas vezes referencia o dos mesmos como sin nimos De acordo com Gomes e Coelho 2003 esta falha pode dever se 13 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 ao facto de ambas as popula es ped filos e ASC s embora constituindo grupos distintos sejam em parte coincidentes Neste sentido pode declarar se que a Pedofilia corresponde a um conceito cient fico cujo significado preciso assenta no que o Manual de Diagn stico e Estat stica das Perturba es Mentais doravante DSM IV TR discrimina como um tipo espec fico de Parafilia Assim sendo obt m se dois conceitos que carecem de defini o para maximizar a sua compreens o Em primeiro lugar a Paraf lia corresponde a uma perturba o sexual na qual o indiv duo recorre de uma forma persistente e continuada a um suporte imagin rio ou a actos tidos por bizarros que s o a forma preferencial ou a forma indispens vel para alcan ar excita o sexual ou para atingir um orgasmo
8. o sexual apenas se revelar coincidente com o CP Alem o e n o no seu todo mas antes no que consiste especificamente tipifica o da idade de menoridade para que possa ser considerada v tima do crime ASC Alfaiate 2009 22 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Assim ao n vel internacional enfatizam se dois estudos de incid ncia em particular dado o seu reconhecido contributo acerca do ASC Em primeiro lugar destaca se um estudo de incid ncia realizado no Canad em 2003 intitulado Canadian Incidence Study of Reported Child Abuse and Neglect Major Findings que reflecte a contabiliza o das participa es reportadas a diversas entidades policiais bem como a diversos profissionais e institui es e ou servi os de protec o crian a Dos resultados obtidos destacam se 83 436 participa es ao n vel de uma categoria geral denominada por MI por m para alcan ar resultados mais espec ficos procedeu se sua sub divis o em 5 sub categorias denominadas por Abuso F sico Abuso Sexual Neglig ncia Maltrato Emocional e Exposi o a Viol ncia Dom stica No que respeita especificamente sub categoria de ASC encontrou se um total de 2 517 den ncias Em segundo plano destaca se o estudo realizado pelo Departamento de Sa de e Servi os Humanos dos Estados Unidos da Am rica 2007 denominado National Child Abuse and Neglect Data System Este programa analisa anua
9. 0 63 0 46 0 28 g o Hy 0 72 0 64 1 0 36 0 32 0 52 0 41 0 21 o ES Pd 0 27 0 65 0 49 1 0 32 0 36 0 41 0 23 5 q Pa 0 11 0 51 0 21 0 41 1 0 55 0 73 0 41 O z Pt 0 49 0 85 0 63 0 70 0 46 0 66 0 40 1 Sc 0 44 0 81 0 52 0 75 0 64 0 86 1 0 51 Ma 0 11 0 52 0 33 0 56 0 39 0 66 0 68 1 Nota p lt 0 05 p lt 0 01 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 Hs Hipocondria D Depress o Hy Histeria Pd Desvio Psicop tico Pa Paran ia Pt Psicastenia Sc Esquizofrenia Ma Hipomania De forma subsequente procedeu se aplica o do teste n o param trico Mann Whitney tendo se implicado adicionalmente neste procedimento a vari vel nominal idade cf Tabela 23 T pico 2 5 Assim sendo perspectivou se apurar em ambos os grupos de participantes em que ais a s escala s cl nica s do Mini Mult e em que ais categoria s de idade se obtiveram em m dia os valores de notas T mais elevados bem como a exist ncia ou n o de igualdade entre as m dias de notas T obtidas nas escalas cl nicas e as categorias da vari vel nominal idade Pela an lise da Tabela 34 e no que concerne ao grupo de investiga o apurou se que em 6 das 8 escalas cl nicas do Mini Mult isto nas escalas Hipocondria n 29 X 69 66 S 12 74 Depress o n 29 X 76 21 S 15 12 Histeria n 29 X 63 66 S 9 90 Desvio Psicop tico n 29 X 70 48 S 11 61 Psicastenia n 29 X
10. 3 elabora o de avalia o social e psicol gica do s criminoso s antes durante a ocorr ncia do s crime s e ou ap s a sua deten o e consequente condena o e reclus o Ainsworth 2001 cit in Correia Lucas e Lamia 2007 Este autor defende que o Profiling visa estruturar a an lise do criminoso a fim de responder a tr s quest es centrais nomeadamente 1 O que se passou na cena do crime 2 Por que raz o estes acontecimentos tiveram lugar 3 Que tipo de indiv duo pode estar implicado no crime cometido Kocsis 2006 Este autor postula que esta t cnica consiste num processo de observa o e de reflex o cr tica de ordem psicol gica e ou policial na qual se objectiva dar resposta s seguintes quest es 1 Quem Como Onde e Quando cometeu o crime 2 Qual a motiva o que se encontra na base do comportamento criminoso Em suma relativamente a este t pico de an lise pode acrescentar se e de acordo com Agrapart Delmas 2001 que os objectivos visados pelo Profiling assentam na constru o de um perfil tipol gico f sico social e psicol gico de um indiv duo sem exclusividade de g nero identificado ou n o pelas entidades policiais e neste caso pass vel de ter cometido um crime e ou detido e ou condenado e ou a cumprir pena num estabelecimento prisional 1 5 3 Contextos de Aplica o e Profissionais envolvidos Atendendo s palavras de Montet 2002 o Profiling aplica se a to
11. Editora Almeida A 1997 Crian as Maus Tratos e Fam lias Actas do I Semin rio Nacional sobre Abusos Sexuais de Crian as e Adolescentes 49 54 Almeida L Dinis A Pais L amp Guisande M 2006 A avalia o psicol gica na pr tica dos psic logos As provas psicol gicas usadas em Portugal In C Machado L Almeida M Gon alves amp V Ramalho Eds Actas do Congresso Internacional Avalia o Psicol gica Formas e Contextos Vol XI pp 1091 1097 Braga Psiquil brios Edi es Almeida L amp Freire T 2007 Metodologia da investiga o em Psicologia e Educa o Braga Psiquil brios Edi es Almeida L amp Primi R 2001 Teoria de Resposta ao Item In E Fernandes amp L Almeida Eds M todos e T cnicas de Avalia o contribuindo para a pr tica e investiga o psicol gicas pp 205 232 Braga Centro de Estudos em Educa o e Psicologia da Universidade do Minho Alves L 1997 Intimidades Roubadas Crimes Sexuais num Contexto de Modernidade Monografia publicada no mbito da licenciatura em Sociologia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto 139 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Alves A amp Rodrigues N 2010 Determinantes Sociais e Econ micos da Sa de Mental Revista Portuguesa de Sa de P blica 28 2 127 131 Amaro F 1986 Crian as maltratadas negligenciadas ou praticando a mendic
12. Viol ncia e v tima de crimes Vol Il Coimbra Quarteto Editores Maia L 2011 Modelo de Rarsch Vs Teoria Cl ssica de los Tests Resultados de 92 ancianos en el MMSE Test seg n el Modelo el Modelo de Rarsch Alemanha Editorial Acad mica Espafiola Manita C 2002 Avalia o Psicol gica no dom nio das toxicodepend ncias das estruturas aos processos Revista Toxicodepend ncias 8 3 11 25 Mayaall A amp Gold S 1995 Definitional issues and mediating variables in the sexual revictimization of women sexually abused as children Journal of Interpersonal Violence 10 1 26 42 Maroco J 2007 An lise estat stica com utiliza o do SPSS 3 ed Lisboa Edi es S labo Marreiros G 1997 A Resposta do C digo Penal Actas do semin rio Nacional sobre os 146 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Abusos Sexuais de Crian as e Adolescentes 71 85 Marshall W 1996 The Sexual Offender Monster Victim or Everyman Sexual Abuse A journal of Research and Treatment 8 4 19 Marshall W 1997 Pedophilia Psychopathology and theory In Laws D amp O Donahue W Eds Sexual Desviance Theory Assessment and treatment pp 152 174 New York Guilford Marshall W 2001 Agresores Sexuales Barcelona Editorial Ariel Marshall W 2007 Diagnostic issues multiple paraphilias and comorbid disorders in sexual offenders the
13. es auditivas etc Estes mesmos sujeitos adicionaram a ideia de que no per odo anterior sua entrada para o EP n o padeciam destas manifesta es sintom ticas ou se padeciam era de forma espor dica refor ando assim o exacerbamento das suas queixas desde que entraram e medida que permanecem em contexto prisional Por seu turno ASC s expuseram que al m de ser quotidianamente stressante estar dentro de uma pris o o facto de serem o grupo de 123 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 reclusos mais mal vistos alvos de chacota e de marginaliza o n o contribui para a revers o do considerado pelos mesmos dif cil processo de adapta o ao contexto prisional Com efeito introduziu se o escrut nio do dom nio da sa de mental sob o ngulo de perspectiva da popula o normativa em fun o das determinantes sociais e econ micas Pode dizer se que as nossas infer ncias cient ficas e cl nicas se basearam neste ponto numa meta an lise realizada por Alves e Rodrigues 2010 em torno dos determinantes sociais e econ micos da sa de mental tendo os autores apurado que estas se encontram presentes independentemente do n vel de desenvolvimento do pa s em causa Deste modo Alves e Rodrigues sustentaram a sua investiga o a partir de diversos estudos realizados para avaliar o impacto das perturba es mentais numa perspectiva abrangente e
14. o dos resultados obtidos em m dia pelos sujeitos Atendendo ainda s constata es efectuadas pela autora referenciada pode atestar se que Baptista em 1993 estudou as propriedades psicom tricas do SCL90R e mais uma vez a amostra constitu da era de car cter cl nico Por tudo isto Canavarro promulga a pertin ncia de realizar no mbito nacional estudos destinados aferi o destes question rios em amostras normativas globais ou espec ficas e g forenses Tendo plena consci ncia das considera es precedentes opt mos pela utiliza o do SCL90R uma vez que aliada personalidade a sa de mental constitu a um outro pretendido dom nio de estudo Especificando e de acordo com Manita 2002 o SCL90R segue um formato 117 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 de checklist e assume se como um dos question rios mais utilizados em Portugal e tamb m em pa ses europeus e norte americanos visto que o seu modelo de pontua o tem se revelado um bom discriminador de indicadores de sa de mental permitindo distinguir os indiv duos que demonstram possuir indicadores de sintomatologia diversa ou espec fica de car cter psicopatol gico daqueles que n o possuem Por outro lado mas n o menos importante al m de garantidos os requisitos de apropriabilidade economia de tempo e energia pois embora tenha 90 itens os mesmos s o constitu dos por um n mero muito reduzido de
15. oferecidas aos reclusos 122 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 sentimentos relativos ao processo de adapta o em causa uma forma emp rica de elaborar um retrato assaz aproximado do que vem sendo exposto cf Figura 5 Figura 5 Perturba es de Adapta o Pris o e Perturba o de tonalidade Ansiosa Agita o psicomotora Angustia Nervosismo Palpita es Suores e taquicardia Preocupa es excessivas e Perturba es do Comportamento Agress o hetero dirigida Auto mutila es Greve de fome Ingest o de objectos estranhos N o cumprimento das normas e regulamentos e Perturba es de tonalidade Psic tica Alucina es e del rios Despersonaliza o Estados paran ides Psicose carceral e Perturba es de tonalidade Depressiva Astenia generalizada Inibi o psicomotora Isolamento social Tentativa de suic dio e Perturba es Hipocondr acas Medo de degenera o da pele Medo de doen as card acas Medo da impot ncia Medo de infec es virais e bacterianas Medo de perda dos cabelos e Perturba es Psicossom ticas Asma Cefaleias Colites Dermatoses Hipertens o Hemorr idas e Ulceras gastro intestinais Medo de perda dos dentes Fonte Gon alves amp Vieira 1995 Gon alves e Vieira 1995
16. 2 3 Ciclos E B 7 12 4 47 0 256 2 3 Ciclos E B 7 30 3 60 0 115 lt 1 Ciclo E B Ensino Secund 23 08 5 73 0 000 lt 1 Ciclo E B 7 30 3 60 0 115 PSIC 2 3 Ciclos E B Ensino Secund 15 78 5 56 0 017 lt 1 Ciclo E B 23 08 5 73 0 000 Ensino Secund 2 3 Ciclos E B 15 78 5 56 0 017 2 3 Ciclos E B 5 51 2 97 0 162 lt 1 Ciclo E B Ensino Secund 15 34 4 73 0 005 lt 1 Ciclo E B 5 51 2 97 0 162 GSI 2 3 Ciclos E B Ensino Secund 9 83 4 60 0 091 lt 1 Ciclo E B 15 34 4 73 0 005 Ensino Secund 2 3 Ciclos E B 9 83 4 60 0 091 lt 1 Ciclo E B 2 3 Ciclos E B 7 30 3 60 0 115 Ensino Secund 23 08 5 73 0 000 lt 1 Ciclo E B 7 30 3 60 0 115 PSDI 2 3 Ciclos E B Ensino Secund 15 78 5 56 0 017 lt 1 Ciclo E B 23 03 5 73 0 000 Ensino Secund 2 3 Ciclos E B 15 78 5 56 0 017 Nota p lt 0 05 lt 1 Ciclo do Ensino B sico 2 3 Ciclos E B 2 3 Ciclos do Ensino B sico Indices Sintom ticos SOM Somatiza o HOST Hostilidade I P Idea o Paran ide PSIC Psicoticismo ndices Globais GSI Global de Severidade PSDI Severidade dos Sintomas Presentes Finalizada indaga o dos valores obtidos em m dia nos 12 ndices do SCL90R em fun o da vari vel nominal idade e da vari vel ordinal escolaridade iniciou se a an lise estat stica relativa a cada um destes mesmos ndices partindo se da formula o de categorias de not
17. 9 67 0 199 0 00 0 006 HOST lt 1 Ciclo E B n 12 10 19 35 15 87 Faixa 2 3 Ciclos do n 10 18 Normativa Ensino B sico 16 12 28 57 Nota T34 59 Ensino Secund rio n 1 To 1 61 11 11 Nota p lt 0 05 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 n Frequ ncias Absolutas Frequ ncias Relativas x Qui quadrado Pyaior Valor de probabilidade de signific ncia lt 1 Ciclo E B Escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico 2 3 Ciclos E B Escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico ndices Sintom ticos D Depress o ANS Ansiedade HOST Hostilidade 232 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 18 Continua o da Tabela 18 Tabela 49 Teste do Qui Quadrado relativo distribui o das frequ ncias absolutas e relativas de cada grupo de participantes da amostra pelos ndices sintom ticosx e globais do SCL90R em fun o das categorias de notas T e das categorias de escolaridade Grupo de Grupo de ndices Categorias de Categorias de Investiga o Controlo Sintom ticos Notas T Escolaridade Totais x Totais x e Globais p valor p valor lt 1 Ciclo E B n 17 10 27 41 15 87 2 3 Ciclos E B n 18 12 Nota T gt 60 28 03 19 04 Ensino Secund rio n 5 0 A F 8 06 0 00 lt 1 Ciclo E B n 8 0 760 14 0 037 12 90 22 22 Faixa 2 3 Ciclos E B
18. APA 2000 p 566 Esta mesma perturba o mental ramifica se em dois p los as parafilias predominantemente n o agressivas e g Fetichismo Tranvestismo Sado masoquismo etc e as predominantemente agressivas e g Exibicionismo Voyeurismo Frotteurismo etc Albuquerque 2006 Em segundo plano e de forma mais restrita a Pedofilia equivale a um tipo espec fico de Parafilias predominantemente agressivas que somente pode ser definida e diagnosticada mediante a ocorr ncia no sujeito das circunst ncias tidas como requisitos exig veis pela 4 edi o revista e traduzida do DSM nomeadamente crit rio A fantasias sexualmente excitantes impulsos sexuais ou comportamentos recorrentes e intensos durante um per odo de pelo menos 6 meses implicando actividade sexual com uma crian a ou crian as na pr puberdade geralmente com idade igual ou inferior a 13 anos crit rio B a pessoa actuou com base nestes impulsos sexuais ou os impulsos sexuais e ou as fantasias provocam lhe mal estar clinicamente significativo ou dificuldades interpessoais crit rio C a pessoa tem pelo menos 16 anos e pelo menos 5 anos mais velha do que a crian a ou possui a idade referenciada no Crit rio A Aliados a estes crit rios subjazem outros crit rios de especifica o que remetem para o sexo preferencial de atrac o sexual sexo masculino ou feminino ou ambos e para o tipo de exclusividade em rela o idade da v tima tipo exclusivo p
19. An lise do ndice de Millon dos Estilos de Personalidade Edi o revista MIPS R por uma abordagem multivariada Psycologica 48 24 46 Finkelhor D 1979 Sexually victimized children New York Free Press Finkelhor D 1986 A sourcebook on child sexual abuse California Sage Publications Finkelhor D 1993 Epidemiological factors in the clinical identification of child sexual abuse Child Abuse amp Neglect 17 67 70 Finkelhor D 1994 The international epidemiology of child sexual abuse Child Abuse and Neglect 17 409 417 Fleming J Mullen P amp Bammer G 1997 A study of potencial risk factors for sexual abuse in childhood Child Abuse and Neglect 21 1 49 58 Flora R 2001 How to work with Sex Offenders A handbook for Criminal Justice Human Service and Mental Health Professionals New York The Haworth Clinical Practice Press Fortin M C t J amp Filion F 2009 Fundamentos e Etapas do Processo de Investiga o Loures Lusodidata Freitas F 2003 Abuso Sexual de Menores In L Fonseca C Soares amp J Vaz Eds A Sexologia Perspectiva Multidisciplinar Il pp 229 242 Coimbra Quarteto Editora Furniss T 1993 Abuso Sexual da Crian a Uma abordagem Multidisciplinar Porto Alegre Artes M dicas Gabel M 1997 Crian as v timas de abuso sexual S o Paulo Summus Editorial 143 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian
20. Covilh tipificado pelo artigo 172 Abuso Sexual de Menores Dependentes Por outro lado o segundo sujeito foi exclu do pois encontrava se sob a mesma condi o jur dico penal por m devido pr tica do crime tipificado pelo artigo 164 Viola o que integra a Sec o do C digo Penal relativa aos crimes contra a Liberdade Sexual Dos 9 sujeitos exclu dos da perten a face ao grupo de investiga o pode afirmar se que 8 dos mesmos n o cumpriam o crit rio de inclus o relativo nacionalidade Carregueira portuguesa sendo que 6 dos mesmos eram s o africanos e 2 era s o brasileiros O ltimo sujeito exclu do desta soma e embora cumprisse todos os crit rios de inclus o neste mesmo grupo recusou se a responder a um dos instrumentos de avalia o psicol gica aplicados 54 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Iniciando o exerc cio de caracteriza o da amostra pela vari vel g nero verificou se que a totalidade da amostra independentemente do grupo de perten a dos participantes n 126 sujeitos 100 era do sexo masculino cf Tabela 19 Tabela 19 Caracteriza o dos grupos de participantes da amostra segundo a vari vel nominal g nero Grupo de Investiga o Grupo de Controlo G nero n n Masculino 63 100 00 63 100 00 Feminino 0 0 00 0 0 00 Nota Grupo de Investiga o n 63 Grupo de Controlo n 63 n Frequ ncias Absolutas
21. Face escolaridade efectuou se a mesma constata o todavia e dependendo do tra o personal stico o car cter patol gico ocorria em fun o apenas de uma ou todas categorias de escolaridade e SCL90R Perfil de Sa de Mental No que se refere ao SCL90R e da an lise das pontua es obtidas em m dia pelos sujeitos normativos somente em 2 ndices sintom ticos e em 2 ndices globais de sa de mental os resultados obtidos traduziam valores indicativos de psicopatologia Neste sentido no momento em que se indagou para cada ndice sintom tico e global de sa de mental a sua normatividade psicopatologia em fun o do grupo de participantes verificou se que apesar de ser ter confirmado a patologia associada aos 2 ndices sintom ticos e aos 2 ndices globais este mesmo car cter desadaptativo disfuncional encontrou se patente em mais 3 ndices sintom ticos importando sublinhar que para a totalidade 131 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 destes sete ndices a maior preval ncia de sujeitos enquadrou se na categoria tradutora da exist ncia de indicadores de sintomatologia psicopatol gica Ainda a este n vel verificou se que mesmo quando em determinados ndices sintom ticos e globais de sa de mental a maioria dos sujeitos se enquadrou na categoria de normatividade existiu sempre uma marca num rica dos mesmos a integrar a concorrente categoria de psicopatologia
22. J 1999 Investiga o e Avalia o em Psicologia e Sa de Lisboa Climepsi Editores 149 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Rind B Tromovitch P amp Bauserman R 1998 A meta analytic examination of assumed properties of child sexual abuse using college samples Psychological Bulletin 124 1 22 53 Robertiello G amp Terry K 2007 Can we profile sex offenders A review of sex offender typologies Agression and Violent Behavior 12 508 518 Robin R Chester B Rasmussen J Jaranson J amp Goldman D 1997 Prevalence characteristics and impact of childhood sexual abuse in a southwestern American Indian tribe Child Abuse and Neglect 21 8 769 787 Rodrigues M 2010 Caracteristicas Personal sticas e Severidade da Sintomatologia Depressiva Disserta o de Mestrado Covilh Universidade da Beira Interior Rodrigues M 2010 Perfis Criminais Validade de uma T cnica Forense Disserta o de Mestrado publicada Porto Instituto de Ci ncias Biomedicas Abel Salazar Sadock B amp Sadock V 2007 Comp ndio de Psiquiatria Ci ncia do Comportamento e Psiquiatria Cl nica 9 ed S o Paulo Artmed S nchez C 2003 Perfil del Agresor Sexual Estudiando las caracter sticas psicol gicas y sociales de los delincuentes sexuales de nuestras prisiones Anuario de Psicologia Jur dica 13 27 60 Salter A 1992 Epidemiolo
23. MMPI tendo se obtido correla es que oscilavam entre os 0 80 e os 0 93 valor m dio de 0 87 entre as escalas pontuadas em ambas as provas Seisdedos amp Roig Fust 1986 A partir do momento que consagrou a sua validade enquanto instrumento de avalia o da personalidade o Mini Mult tem sido alvo de uma grande quantidade de investiga o no sentido de reportar a sua utilidade numa variedade de popula es cl nicas e n o cl nicas das quais se fizeram incluir sujeitos do sexo masculino presos familiares de crian as com dist rbios emocionais indiv duos com perturba es mentais etc Bassett amp Schelman 1977 Deste modo pode referir se que o Mini Mult tal como foi desenvolvido por Kincannon 1968 consiste num question rio de auto resposta que permite pontuar em 11 das 13 escalas fundamentais do MMPI exceptuando se as escalas de Masculinidade Feminilidade e de Introvers o Social Neste sentido o Mini Mult constitu do por 71 itens afirma es pelo que os mesmos se subdividem em por tr s escalas de validade e por oito escalas cl nicas No que concerne ao seu objectivo procura explorar e descrever tra os de personalidade espec ficos ou seja consiste na explora o de diferentes tra os de personalidade normal e ou patol gica O tempo e a idade de aplica o encontra se estimado entre os 45 e os 60 minutos a partir da faixa et ria dos 14 anos e a resposta aos itens deve ser efectuada atrav s da escolha por
24. N 2008 Offender Profiling in the courtroom the use and abuse of expert witness testimony USA Greenwood Publishing Group Echebur a E De Corral P amp Amor P 1997 Caracter sticas psicopatol gicas de los ofensores sexuales In M Lameiras amp A L pez Castedo Eds Sexualidad y Salud La transmisi n sexual del VIH y las agresiones sexuales pp 165 180 Santiago T rculo Ediciones Epif nio R 2002 Direito de Menores Coimbra Almedina Fabrizi A Petrucceli 1 Turella B amp Farigu F 2008 A study of personality of sex offenders Sexologies 17 98 99 142 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Facchin P Gobber D Brusadin L amp Zaccheto F 1998 European strategies on child protection preliminary report Epidemiology and Community Medicine Unit University of Padua Faleiros E 2000 Repensando os conceitos de viol ncia abuso e explora o sexual de crian as e de adolescentes Bras lia UNICEF F vero M 2003 Sexualidade infantil e abusos sexuais a menores Lisboa Climepsi Editores Felizardo S 2005 Avalia o da personalidade no CAT de Castelo Branco Perfil obtido a partir do Mini Mult question rio aplicado aos utentes em programa de Metadona toxicodepend ncias 11 3 25 36 Fernandes M 1990 Abuso Sexual Infantil Cadernos do CEF 2 201 208 Ferreira A Pires R Marques A amp Silva D 2008
25. Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 17 Continua o Tabela 48 Teste de Qui Quadrado para a distribui o das frequ ncias absolutas e relativas de cada grupo de participantes da amostra pelos ndices sintom ticos e globais do SCL90R em fun o das categorias de notas T e das categorias de idade Grupo de Grupo de Controlo ndices Categorias de Categorias Investiga o Sintom ticos Notas T de Idade Totais x Totais x e Globais p valor p valor lt 45 n 19 9 Nota T gt 60 30 64 14 28 gt 45 n 21 13 A F 33 87 20 63 lt 45 n 14 0 341 24 0 284 Faixa Normativa 22 58 38 09 Nota T34 59 gt 45 n 8 RE RR 12 90 26 98 lt 45 n 27 20 Nota T gt 60 43 54 31 74 gt 45 n 25 20 I P 40 32 31 74 lt 45 n 6 0 902 13 0 813 Faixa Normativa 9 67 20 63 Nota T34 59 gt 45 n 4 10 6 45 15 87 lt 45 n 26 16 Nota T260 41 93 25 39 gt 45 n 21 18 PSIC 33 87 28 57 lt 45 n 7 0 774 17 0 507 Faixa Normativa 11 29 26 98 Nota T34 59 545 n 8 a 12 90 19 04 lt 45 n 28 16 Nota T260 45 16 25 39 gt 45 n 24 18 GSI 38 70 28 57 lt 45 n 5 1 000 17 0 507 Faixa Normativa 8 06 26 98 Nota T34 59 gt 45 n 5 Roo 8 06 19 04 lt 45 n 22 18 Nota T260 35 48 28 57 gt 45 n 23 20 Total de 37 09 31 74 Sintomas lt 45 n 11 0 408 15 0 235 Positivos Faixa Normativa 17 74 23 80 Nota T34 59 gt 45
26. Ser que o cumprimento de uma 137 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 pena de pris o constitui per si a melhor forma garantia de mudan a de pensamentos e comportamentos face s crian as v timas ou representa apenas um contexto em que apesar da liberdade de movimenta o face ao exterior se encontrar barrada a liberdade de pensamentos permanece intacta para poderem perpetuar as suas fantasias e planearem o seu consequente modus operandi At que ponto os resultados por n s obtidos n o poder o vir a reflectir se nas taxas de reincid ncia ap s a liberta o destes reclusos At que ponto n o se justificaria em termos jur dicos penais a formula o de medidas que determinassem que ap s o sujeito transitar em julgado o mesmo deveria ser alvo de acompanhamento psicol gico e ou psiqui trico bem como ser submetido a uma avalia o do risco da sua perigosidade e da sua probabilidade de reincid ncia e finalmente At que ponto a implementa o de programas de tratamento para ASC S nos EP s portugueses n o implicaria o alargamento das molduras penais previstas para este crime Voltando a ptica de coloca o de interroga es para os sujeitos normativos promulg mos At que ponto existe normalidade enquanto aus ncia total de psicopatologia At que ponto os resultados por n s obtidos na nossa amostra n o representativa n o reflectem o esta
27. as 2010 2011 Garc a M amp Hidalgo E 2003 Psicopatolog a y caracter sticas de la personalidade n un grupo de agresores sexuales Psicopatologia Cl nica Legal y Forense 3 2 21 28 Genov s V 2003 Psic patas y otros delincuentes violentos Val ncia Tirant Blanch Genov s V 2007 El Perfil Criminol gico como Tecnica Forense Val ncia Universidade de Valencia Escuela de Est dios Judici les Gers o E 1997 Crimes Sexuais contra Crian a Revista Inf ncia e Juventude 9 30 Giarreto H 1982 Integrated treatment of child sexual abuse A treatment and training manual Palo Alto Science and Behaviour Books Gil D 1970 Violence against children Physical child abuse in the United States Massachusetts Harvard University Press Gold S Hughes D amp Swingle J 1996 Characteristics of childhood sexual abuse among female survivors in therapy Child Abuse and Neglect 20 4 323 335 Goldman J amp Padayachi U 1997 The prevalence and the nature of child sexual abuse in Queensland Australia Child Abuse and Neglect 21 5 489 498 Gomes F amp Coelho T 2003 A sexualidade traida Abuso sexual infantil e Pedofilia Porto Ambar Gon alves M Gra a O Almeida N amp Vieira F 2010 A Psiquiatria e a Psicologia Na Avalia o Pericial em Sexologia Forense Artigo de Revis o Acta M dica Portuguesa 23 469 474 Gon alves R 2002 Deliqu ncia Crime e Adapta o
28. as 2010 2011 avalia o psicol gica empregues pois a concep o metodol gica de base dos mesmos ultima a constru o de um perfil em termos gr ficos e interpretativo inferenciais 2 2 2 Objectivos Espec ficos Caracterizar o grupo de investiga o e o grupo de controlo em fun o da vari vel idade e escolaridade Indagar e analisar a presen a de tra os de personalidade de car cter normativo psicopatol gico avaliados pelo Mini Mult no grupo de investiga o e no grupo de controlo Identificar verificar e analisar a normalidade psicopatologia dos tra os de personalidade avaliados pelas escalas cl nicas do Mini Mult no grupo de investiga o e no grupo de controlo em fun o da vari vel idade e escolaridade Indagar e analisar a presen a de dimens es ndices sintom ticos e globais de car cter normativo psicopatol gico avaliados pelo SCL90R no grupo de investiga o e no grupo de controlo Identificar verificar e analisar a normalidade psicopatologia dos ndices sintom ticos e globais avaliados pelo SCL90R no grupo de investiga o e no grupo de controlo em fun o da vari vel idade e escolaridade 2 3 Defini o das Vari veis No decurso da realiza o da an lise estat stica o investigador depara se sempre com algo que necessita medir controlar ou manipular durante o processo de investiga o Esta crucial componente de investiga o referida como algo denomina se
29. aus ncia de representatividade das amostras diferen as ao n vel de vari veis s cio demogr ficas e escolares e ainda a validade e a fiabilidade dos instrumentos utilizados Deste modo Salter 1992 assevera que existe sempre possibilidade de considerar estas limita es e aceitar os resultados a partir da organiza o dos estudos que se assemelham em termos de caracter sticas fundamentais como a defini o adoptada de ASC a idade m nima da v tima e do agressor o tipo de amostra constitu da e a metodologia adoptada Assim sendo esta foi a posi o adoptada por n s pelo que passar o a apresentar se os estudos que segundo uma revis o bibliogr fica efectuada por F vero 2003 s o os mais relevantes e reconhecidos cientificamente pela sua validade e representatividade cf Tabela 8 26 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Tabela 8 Estudos de Preval ncia de ASC Amostra Cl nicas Amostras N o Cl nicas Panorama Internacional Investiga o Autores ano Wurr e Partridge 1996 Principais Resultados 39 dos homens e 52 das mulheres relataram ter sido vidas de abuso sexual na inf ncia Investiga o Il Autores Ano Doll Joy Bartholow Harrison Bolan Douglas Saltzman Moss e Delgado 1992 Principais Resultados 37 dos sujeitos da amostra relataram ter sido vitimas de abuso sexual na inf ncia Investiga o Autores Ano
30. cf Tabela 32 Tabela 32 Teste de Kolmogorov Smirnov e Teste de Mann Whitney para as escalas cl nicas do Mini Mult segundo o grupo de participantes Teste K S Teste de Mann Whitney Escalas Amostra Total Grupo de Investiga o Grupo de Controlo Pvalor Cl nicas Est GL Pralor M dia DP M dia DP Hs 0 103 125 0 002 64 74 14 04 58 41 11 12 0 005 D 0 143 125 0 000 71 83 15 82 53 88 12 07 0 000 Hy 0 135 125 0 000 61 56 9 34 55 34 8 61 0 000 Pd 0 076 125 0 071 69 54 10 64 57 50 8 88 0 000 Pa 0 112 125 0 001 66 48 8 91 54 90 9 37 0 000 Pt 0 144 125 0 000 60 51 14 42 44 15 9 27 0 000 Sc 0 097 125 0 006 73 87 15 81 52 01 10 60 0 000 Ma 0 122 125 0 000 55 98 9 26 45 90 9 83 0 000 Nota Teste K S Teste Kolmogorov Smirnov p gt 0 05 Amostra Total n 125 Teste de Mann Whitney p lt 0 05 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 DP Desvio Padr o Estat Estat stica GL Graus de Liberdade Pvaor Valor de Probabilidade de Signific ncia Hs Hipocondria D Depress o Hy Histeria Pd Desvio Psicop tico Pa Paran ia Pt Psicastenia Sc Esquizofrenia Ma Hipomania Avan ando com a elabora o da an lise estat stica do Mini Mult efectuou se o c lculo do Coeficiente de Correla o de Pearson com o fim de avaliar para os dois grupos de participantes da amostra o n vel de associa o entre as escalas cl nicas deste question rio tendo em conta a sua classifica o em notas
31. cf Tabela 50 Tabela 50 Matriz de correla es de Pearson entre as escalas cl nicas do Mini Mult e os ndices sintom ticos do SCL90R segundo o grupo de participantes da amostra Indices Grupo de Investiga o Sintom ticos SOM O C S l D ANS HOST A F I P PSIC Hs 0 33 0 21 0 14 0 17 0 194 0 13 0 23 0 16 0 07 D 0 65 0 59 0 55 0 54 0 56 0 59 0 68 0 40 0 44 Hy 0 41 0 28 0 26 0 26 0 32 0 29 0 37 0 17 0 24 3 Pd 0 51 0 42 0 47 0 33 0 49 0 54 0 55 0 16 0 42 5 Pa 0 39 0 48 0 51 0 52 0 55 0 42 0 50 0 48 0 45 E Pt 0 70 0 67 0 64 0 58 0 66 0 72 0 71 0 41 0 59 E Sc 0 66 0 69 0 71 0 61 0 69 0 64 0 78 0 53 0 63 n Ma 0 67 0 53 0 67 0 61 0 52 0 56 0 64 0 38 0 64 8 Grupo de Controlo Hs 0 37 0 17 0 07 0 16 0 29 0 03 0 10 0 03 0 10 A D 0 39 0 43 0 39 0 46 0 53 0 39 0 17 0 35 0 42 Hy 0 35 0 17 0 04 0 15 0 29 0 04 0 00 0 01 0 09 ha Pd 0 00 0 03 0 07 0 03 0 01 0 10 0 18 0 04 0 03 x Pa 0 26 0 26 0 22 0 23 0 40 0 36 0 16 0 26 0 29 Pt 0 18 0 29 0 27 0 34 0 41 0 23 0 22 0 22 0 30 Sc 0 19 0 33 0 18 0 31 0 42 0 24 0 11 0 18 0 27 Ma 0 27 0 35 0 29 0 48 0 49 0 31 0 24 0 36 0 35 Nota p lt 0 05 p lt 0 01 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 Escalas Cl nicas do Mini Mult Hs Hipocondria D Depress o Hy Histeria Pd Desvio Psicop tico Pa P
32. determinados pontos em rela o m dia e em outro em rela o s maiores frequ ncias absolutas e relativas de sujeitos pelo que para confirmar ou n o a sua maior validade urgia a necessidade de efectivar semelhan a do que acontece em setting psicoterap utico uma abordagem ideogr fica no sentido de cruzar as informa es resultantes da avalia o psicol gica com os dados da anamnese dos sujeitos 100 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 as suas amostras foram constitu das de forma id ntica ao nosso estudo atrav s de processos de amostragem n o probabil sticas aspecto crucial este que n o permite garantir a representatividade entre a popula o do estudo e a respectiva popula o te rica Maroco 2007 2 10 2 Mini Mult Perfil Personal stico Abusadores Sexuais de Crian as vs Sujeitos Normativos O presente t pico de discuss o foi orientado primeiramente em torno da quest o da consist ncia interna do instrumento de avalia o da personalidade o Mini Mult cf Tabela 53 Tabela 53 Principais resultados obtidos ao n vel da consist ncia interna do Mini Mult Consist ncia interna do instrumento de avalia o da Personalidade Segundo o sistema de classifica o formulado por Pestana e Gageiro 2008 obteve se uma consist ncia interna conotada como boa quando se considerou o n mero total de itens do Mini Mult em fun o da totalidade dos p
33. e descrever as rela es entre as vari veis em estudo maximizando se a possibilidade de compreens o do fen meno sob investiga o Ribeiro 1999 Fortin C t amp Filion 2006 2 2 Objectivos de Estudo 2 2 1 Objectivo Geral O objectivo geral da nossa investiga o assentou na elabora o do Perfil Personal stico e de Sa de Mental e sob recurso Abordagem Cl nica do Profiling de um grupo de investiga o constitu do por ASC s sob condi o de tr nsito em julgado a cumprir pena em distintos EP s devido pr tica do crime de ASC tipificado pelo artigo 171 do actual CPP e de um grupo de controlo formado por sujeitos normativos com caracter sticas similares aos ASC s ao n vel da vari vel g nero idade e escolaridade Importa salientar que embora alguns t picos de enquadramento te rico da presente investiga o bem como o objectivo geral precedente tenham remetido para a denomina o de perfil pretende se elucidar o leitor que n o se objectivou tomar uma posi o em conforme existe ou n o um perfil de ASC s em prol de toda a controv rsia cient fica existente em torno da tem tica Na verdade a no o de perfil por n s adoptada assenta na efectiva o de uma caracteriza o personal stica e de sa de mental de dois grupos de participantes distintos e que adquire a vertente de perfil devido aos instrumentos de 51 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian
34. es normativas na escala Frequ ncia sujeitos normativos livres de tens o mas que por vezes se tentam abstrair de preocupa es mediante a nega o de todo o tipo de dificuldades tamb m pode significar que os sujeitos s o conformistas e que n o possuem quaisquer indicadores de psicopatologia c pontua es normativas obtidas na escala Correc o sujeitos que podem demonstrar alguma ingenuidade face a determinados assuntos e g pessoais e ou que face a determinadas circunst ncias de vida podem reflectir um certo n vel n o patol gico de desorganiza o emotiva e ou uma incapacidade para controlar as suas emo es Seisdedos amp Roig Fust 1986 Seguidamente apresentamos os principais resultados por n s alcan ados no que respeita as escalas cl nicas do Mini Mult visto que as mesmas s o respons veis pela mensura o dos tra os personal sticos dos ASC s e dos sujeitos normativos cf Tabela 56 Tabela 56 Principais resultados obtidos ao n vel dos tra os de personalidade em fun o dos indicadores da sua normatividade psicopatologia Perfil Personal stico Normatividade vs Psicopatologia dos Tra os Personal sticos ASC s apurou se para este grupo de participantes que em m dia as pontua es mais elevadas isto indicativas de psicopatologia foram obtidas ao n vel do tra o personal stico Esquizofrenia e Depress o Sujeitos Normativos prefigurou se neste grupo de sujeitos que em m dia
35. feminino e masculino verificou se que os homens apresentaram resultados superiores nas escalas intituladas por asocial retra do n o convencional dissidente orientado para o interior confiante assertivo acomoda o passiva realista sensitivo e auto indulg ncia Nas mulheres as escalas apelidadas por procura da conserva o modifica o activa orienta o para o exterior prazer enaltecimento e por ltimo a escala relativa dor evitamento apresentaram m dias superiores s verificadas na amostra masculina Estudo cient fico alusivo caracteriza o da sa de mental de Sujeitos Normativos Autor Ano Objectivos Investiga o realizada no mbito da da World Mental Health Survey Initiative que integra uma iniciativa mundial coordenada pela Universidade de Harvard e pela Organiza o Mundial de Sa de OMS A mesma inclui o estudo de 30 pa ses dos quais Portugal faz parte Deste modo a sua operacionaliza o a n vel nacional contou com a principal coordena o e orienta o por parte da participa o da equipa de investiga o do Departamento de Sa de Mental da Faculdade de Ci ncias M dicas da Universidade Nova de Lisboa coordenada pelo Prof Dr Caldas de Almeida Importa salientar que este estudo data de 2009 e ir prolongar se at ao final de 2011 pelos que os dados apresentados resultam apenas da publica o dos resultados preliminares a 23 de Mar o de 2010 Pestana 2010 pesquisa nacional a
36. jogo A tomada de decis o inerente escolha deste teste assentou no envolvimento da vari vel ordinal escolaridade que comporta 3 categorias Decorrente da utiliza o do Teste de Kruskall Wallis revelou se pertinente introduzir um teste Post Hoc Por outras palavras aquando da rejei o de Ho conclui se a exist ncia de pelo menos uma m dia amostral que se revela significativamente diferente das restantes Neste caso surge o interesse em testar posteriori qual ou quais os pares de m dias que s o diferentes aspecto que n o poss vel apurar atrav s do Teste de Kruskal Wallis atrav s de um procedimento que permite comparar k m dias duas a duas e que se designa por compara o m ltipla de m dias Para realizar este tipo de compara o optou se pelo Teste Post Hoc de Tukey pois demonstra ser o mais robusto face a desvios de normalidade e de homogeneidade de vari ncias Maroco 2007 Pestana amp Gageiro 2008 3 4 Depend ncia de vari veis nominais Teste de Qui quadrado este teste n o param trico foi empregue com o intuito de estudar a rela o de independ ncia entre duas vari veis nominais divididas por categorias Neste tipo de teste os valores esperados para todas as c lulas s o comparados com os respectivos valores observados para se inferir sobre a rela o existente entre as vari veis Contudo importa sublinhar que no caso das escalas nominais com duas ou mais categorias se recorreu ao teste de Q
37. o Aos que se demonstram dispon veis para colaborar foram entregues os question rios escolhidos para o estudo e solicitado que comunicassem aos sujeitos os objectivos dos estudo confirmassem os crit rios de inclus o solicitassem o devido consentimento informado e lhes dessem as devidas instru es para responder aos tr s instrumentos cf Anexo 12 Recep o da totalidade de question rios respondidos pela primeira e segunda via procedimental e fecho da constitui o do grupo de controlo Dos question rios obtidos atrav s do procedimento alternativo viu se que uma larga percentagem da popula o normativa possu a no m nimo a escolaridade obrigat ria anos de frequ ncia de secund rio anos de frequ ncia de ensino superior ou at mesmo completo uma licenciatura pelo que posteriormente se procedeu selec o dos sujeitos que melhor se equiparavam em termos de idade e escolaridade com os sujeitos do grupo de investiga o Fase de tratamento estat stico e de infer ncia interpretativa dos resultados Inser o e tratamento estat stico dos dados relativos ao grupo de investiga o e ao grupos de controlo sob recurso ao SPSS vers o 19 0 Statistical Package for the Social Sciencies bem como e sempre que se revelou pertinente ao Microsoft Office Excel vers o 2007 Redac o do corpo emp rico da discuss o dos resultados e da conclus o do estudo finalizando se deste modo a realiza o da Disserta o d
38. o Geral da Pol tica da Justi a Sistema de Seguran a Interna Gabinete do Secretariado Geral 2005 Relat rio de Seguran a Interna pp 12 14 Direc o Geral da Politica da Justi a Sistema de Seguran a Interna Gabinete do Secretariado Geral 2006 Relat rio de Seguran a Interna pp 50 195 Lisboa Direc o Geral da Pol tica da Justi a Sistema de Seguran a Interna Gabinete do Secretariado Geral 2007 Relat rio de Seguran a Interna pp 47 259 Lisboa Direc o Geral da Pol tica da Justi a Sistema de Seguran a Interna Gabinete do Secretariado Geral 2008 Relat rio de Seguran a Interna pp 79 236 Lisboa Direc o Geral da Pol tica da Justi a Sistema de Seguran a Interna Gabinete do Secretariado Geral 2009 Relat rio de Seguran a Interna 37 82 Lisboa Direc o Geral da Pol tica da Justi a Sistema de Seguran a Interna Gabinete do Secretariado Geral 2010 Relat rio de Seguran a Interna pp 40 108 Lisboa Direc o Geral da Pol tica da Justi a Soeiro C 2009 Perfis Criminais e Crime de Abuso Sexual de Crian as Caracteriza o de uma tipologia para a realidade portuguesa Revista de Reinser o Social e Prova Ousar Integrar 4 49 63 Sousa D 2005 Noticias sobre Viol ncia Sexual com Crian as o caso do P blico e do Di rio de Not cias Livro de Actas do 4 Congresso da Sociedade Portuguesa de Ci ncias da Comunica o 1345 1354 Spitzer S 2002
39. portanto um estudo que integrasse e combinasse ao mesmo tempo a investiga o da personalidade e da sa de mental de sujeitos normativos cf Tabela 12 e 13 Tabela 12 Estudo cient fico alusivo caracteriza o personal stica de Sujeitos Normativos Autores Ano Ferreira Pires Marques e Silva 2008 Analisar e compreender o funcionamento normal da personalidade da popula o portuguesa no mbito da avalia o da validade da vers o experimental portuguesa da MIPS R aferi o esta efectuada pelos mesmos autores Amostra 280 individuos 250 adultos 139 mulheres e 111 homens 30 estudantes universit rios 21 mulheres e 9 homens 70 7 dos sujeitos tinham idade inferior a 41 anos tendo sido a faixa et ria dos 24 aos 30 anos a mais representativa nesta amostra M todo 35 A amostra de adultos foi recolhida em Centros de Forma o Profissional da Regi o de Lisboa onde os participantes frequentavam cursos de forma o profissional por outro lado a dos estudantes universit rios foi recolhida numa Universidade privada sendo composta por alunos da Licenciatura em Direito Instrumento Indice de Millon dos Estilos de Personalidade Edi o Revista MIPS R que consiste num invent rio de auto avalia o da personalidade que operacionaliza a teoria Objectivo 42 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 M todo da personalidade de Millon 1969 1990 2004 e
40. sico cognitivo emocional e social que lhe permita tomar decis es independentes Em termos pr ticos poss vel constatar mediante a an lise criteriosa de investiga es realizadas no mbito do ASC que a determina o da idade da v tima assenta por vezes na estipula o dos 17 anos e g Finkerlhor 1979 1984 Goldman amp Padayachi 1997 ou at mesmo nos 18 anos de idade e g Kellog amp Hoffman 1997 De modo complementar aquando da pondera o cr tica acerca de outras investiga es verifica se a determina o de outras idades limite para a inf ncia Exemplo prim rio deste argumento s o Sarwer Crawford amp Durlak 1997 que empregam a limita o legal ou seja a idade igual ou inferior a 14 anos de idade Contudo Leitenberg Greenwald Cado 1992 estabeleceram como idade limite da inf ncia a marca num rica de 15 anos Partindo de uma reflex o cr tica acerca da conceptualiza o de ASC pode declarar se que n o existe uma defini o inequ voca universal e consensual Tal evid ncia deriva em grande medida do facto da defini o de ASC assentar em pressupostos culturais que definem o que em cada grupo social aceit vel e em oposi o determinam o que pun vel e patol gico De modo id ntico tais circunst ncias exercem a sua influ ncia aquando da perspectiva o de um acto como abusivo na multidisciplinariedade de t cnicos que trabalha com as v timas Giarreto 1982 F vero 2003
41. stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 perturba es mentais e ainda de sujeitos que n o padecem de nenhuma perturba o mental Escala Depress o D integra itens relativos sintomatologia depressiva e um bom indicador do grau de desconforto e de insatisfa o psicol gica do sujeito em rela o a si pr prio e ao meio onde se encontra inserido Deste modo nesta escala o conte do dos itens faz refer ncia apatia perda de interesse nega o de experiencias agrad veis e a uma d bil capacidade para trabalhar Escala Histeria Hy os itens referem se preferencialmente ao car cter hist rico e a sintomas de convers o som tica de um sujeito apelando a queixas associadas com problemas org nicos e g musculares gastrointestinais ou card acos sensa es de tens o ang stia e medo Escala Desvio Psicop tico Pd desenvolvida para identificar a personalidade tipicamente psicop tica caracterizada por aus ncia de respostas emocionais profundas dificuldade em aprender com a experi ncia egocentrismo desprezo pelas normas sociais e comportamentos anti sociais Escala Paran ia Pa permite detectar caracter sticas paran ides ideias de refer ncia sentimentos de persegui o auto conceito grandioso hipersensibilidade interpessoal e rigidez psicol gica Escala Psicastenia Pt avalia a ansiedade baixa auto estima d vidas sistem ticas e excessivas elevada sens
42. supracitada categoria foram acrescentados resultados que elucidam a idade e sexo da v tima bem como o sexo e a idade do agressor No que respeita s primeiras duas vari veis atestou se que em cerca de metade dos casos de ASC o conhecimento dos crimes ocorreu quando as vitimas tinham entre os 8 e os 13 anos de idade 47 7 e uma clara percentagem das mesmas 83 3 era do sexo feminino Em rela o s segundas vari veis inerentes aos autores dos crimes os mesmos s o quase exclusivamente do sexo masculino 97 9 dos arguidos constitu dos e pertencem maioritariamente faixa dos 31 aos 40 anos 22 5 Sistema de Seguran a Interna do Gabinete do Secretariado Geral 2010 Em jeito de findar a referencia o te rico pr tica acerca da incid ncia do ASC presta se conhecimento de algumas considera es tecidas pela pr pria Direc o Geral de Pol tica de Justi a doravante DGPJ que remetem exclusivamente para a realidade portuguesa e pela pr pria comunidade cient fica realidade nacional e internacional De acordo com a DGPJ cit in Sistema de Seguran a Interna do Gabinete do Secretariado Geral 2010 aquando da an lise da criminalidade efectuada essencialmente em base estat stica importa ter presente um conjunto de circunst ncias que podem influir na correc o das conclus es a extrair Desde logo destaca se o problema das cifras negras isto da criminalidade real que n o chega ao conhecimento das autoridades fi
43. 30 14 11 54 81 14 83 0 000 GSI 0 228 125 0 000 68 71 10 32 60 41 11 80 0 000 Total S P 0 299 125 0 000 65 61 12 67 63 34 12 05 0 019 PSDI 0 180 125 0 000 69 30 8 03 48 03 9 33 0 000 Nota Teste K S Teste Kolmogorov Smirnov p gt 0 05 Amostra Total n 125 Teste de Mann Whitney p lt 0 05 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 Estat Estat stica GL Graus de Liberdade Pyator Valor de Probabilidade de Signific ncia Indices Sintom ticos SOM Somatiza o O C Obsess es Compuls es S I Sensibilidade Interpessoal D Depress o ANS Ansiedade HOST Hostilidade A F Ansiedade F bica I P Idea o Paran ide PSIC Psicoticismo ndices Globais GSI Global de Severidade Total S P Total de Sintomas Positivos PSDI Severidade dos Sintomas Presentes De seguida e com o intuito de avaliar em ambos os grupos de participantes o n vel de associa o em termos de grau e sentido de associa o existente entre os ndices sintom ticos e globais do SCL90R admitindo a sua classifica o em notas T efectuou se o c lculo do Coeficiente de Correla o de Pearson Deste modo obtiveram se os resultados expostos na Tabela 43 a partir do qual se constatou em ambos os grupos de sujeitos a presen a de associa es entre os dois tipo de ndices do SCL90R para os n veis de signific ncia de 1 e 5 pois rz0 Deste modo rejeitou se a hip tese nula relativa 84 Perfil Personal stico e de Sa
44. 30 2 3 Ciclos E B n 0 2 0 00 3 17 Ensino Secund rio n 0 0 0 00 0 00 lt 1 Ciclo E B n 13 1 20 96 1 58 Nota T270 2 3 Ciclos E B n 17 1 27 41 1 58 Ensino Secund rio n 3 1 4 83 1 58 Sc lt 1 Ciclo E B n 12 0 795 23 0 558 19 35 36 50 Faixa Normativa 2 3 Ciclos E B n 13 31 Nota T31 50 69 20 96 49 20 Ensino Secund rio n 4 6 6 45 9 52 Nota p lt 0 05 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 x Qui quadrado Pvaor Valor de probabilidade de signific ncia n Frequ ncias Absolutas Frequ ncias Relativas lt 1 Ciclo E B Escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico 2 3 Ciclos E B Escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico Pa Paran ia Pt Psicastenia Sc Esquizofrenia 218 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 15 Continua o Tabela 38 Tabela 38 Teste do Qui Quadrado para a distribui o de frequencias absolutas e relativas de cada grupo de participantes da amostra em fun o das categorias de notas T e das categorias de escolaridade Grupo de Grupo de Escalas Categorias de Categorias de Investiga o Controlo Cl nicas Notas T Escolaridade Totais x Totais x p valor p valor lt 1 Ciclo E B n 1 0 1 61 0 00 2 3 Ciclos E B n 1 0 Nota T gt 70 1 61 0 00 Ensino Secund rio n 1 0 1 61 0 00 lt 1 Ciclo E B n 24 24 38
45. 606 Derogatis L R Lipman R S amp Covi L 1973 SCL 90 An outpatient psychiatric rating scale Preliminary report Psychopharmacology Bulletin 9 13 27 Flora R 2001 How to work with sex offender s Handbook for a criminal justice human service and mental help professionals New York Hatworth Clinical Practices Press Fonseca L Soares C amp Vaz J 2003 A sexologia perspectiva multidisciplinar Coimbra Quarteto Editora Gomes F A amp Coelho T 2003 A Sexualidade tra da Abuso sexual Infantil e Pedofilia 1 Ed Porto Ambar Kocsis R N 2003 Criminal Psychological Profiling validities and abilities International Journal Of Offender Therapy and Comparative Criminology 47 2 126 144 Kocsis R N 2006 Criminal Profiling Principales and Practice Totowa NJ Humana Press Pechorro P S Poiares C amp Vieira R X 2008 Caracteriza o psicol gica de uma amostra forense de abusadores sexuais An lise Psicol gica 4 26 615 623 180 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Soeiro C 2009 Os perfis criminais contornos e aplicabilidades de uma t cnica forense Ousar Integrar Revista de Reinser o Social e Prova 4 9 20 Soeiro C 2009 Perfis criminais e crime de abuso sexual de crian as Caracteriza o de uma tipologia para a realidade portuguesa Ousar Integrar Revista de Reinser o Social e Pr
46. 61 obtido na Ansiedade F bica e os 70 38 alcan ado na Idea o Paran ide No que respeita aos ndices globais as m dias de notas T flutuaram entre os 65 61 registado no Total de Sintomas Positivos e os 69 30 aferido na Severidade dos Sintomas Presentes Por seu turno no grupo de controlo as m dias de notas T obtidas nos ndices sintom ticos variaram entre os 53 14 obtido na Ansiedade F bica e os 63 81 alcan ado na Idea o Paran ide ao passo que nos ndices globais as m dias de notas T balancearam entre os 48 03 obtido na Severidade dos Sintomas Presentes e os 63 34 registado no Total de Sintomas Positivos Em s mula verificou se que o grupo de investiga o obteve os valores m dios de notas T mais elevados comparativamente com o grupo de controlo pelo que tal facto se reflectiu no seu predominante posicionamento gr fico superior Todavia os valores m dios de notas T obtidos por ambos os grupos de participantes da amostra ao n vel de determinados ndices sintom ticos e globais reflectiram se em valores com uma diferen a n o muito dispar e g entre os ndices globais Total de Sintomas Positivos cf Figura 4 100 69 30 80 56 E f Ta E o aa o 63 81 63 34 go 6073 59 61 5847 58 58 60 41 20 0 A N N N Ny O p RO N S SP od Ro a V e V Grupo de Investiga o Grupo de Controlo Figura 4 Distribui o dos valores m dios obtidos nos nd
47. 63 00 S 15 36 e Esquizofrenia n 29 X 76 00 S 16 38 em m dia as notas T mais elevadas foram alcan adas ao n vel da categoria de idade gt 45 anos Por seu turno relativamente ao grupo de controlo aferiu se que em 5 das 8 escalas cl nicas do Mini Mult ou seja nas escalas Hipocondria n 33 X 58 76 10 19 Histeria n 33 X 56 33 8 60 Desvio Psicop tico n 33 X 58 00 S 10 10 Paran ia n 33 X 55 52 10 11 e Hipomania n 33 X 47 45 S 9 36 em m dia as notas T mais elevadas foram assinaladas na categoria de idade lt 45 Por interm dio da an lise dos valores de probabilidade de signific ncia obtidos pode declarar se que no grupo de investiga o para um n vel de signific ncia de 5 se verificou 73 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 nas escalas cl nicas Hipocondria e Depress o a possibilidade de rejei o da hip tese nula referente exist ncia de igualdade de m dias de notas T em fun o das categorias de idade Tal facto justificou se pois na escala cl nica Hipocondria Pyator 0 006 lt 0 05 e na escala cl nica Depress o Pyator 0 038 lt 0 05 No que concerne ao grupo de controlo constatou se para um n vel de signific ncia de 5 que os Pyatores Oscilaram entre 0 174 obtido na escala Hipomania e 1 000 registado na escala Esquizofrenia pelo que pode declarar se que para a totalidade das escalas cl nicas do Mini Mult aferiu se qu
48. 70 38 09 Faixa Normativa 2 3 Ciclos E B n 29 31 Nota T31 50 69 46 77 0 572 49 20 0 504 Ensino Secund rio n 6 7 9 67 11 11 Ma lt 1 Ciclo E B n 0 0 0 00 0 00 Nota T lt 30 2 3 Ciclos E B n 0 1 0 00 1 58 Ensino Secund rio n 0 0 0 00 0 00 Nota p lt 0 05 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 x Qui quadrado Pyator Valor de probabilidade de signific ncia n Frequ ncias Absolutas Frequ ncias Relativas lt 1 Ciclo E B Escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico 2 3 Ciclos E B Escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico Ma Hipomania 219 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 220 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 16 Tabela 47 Teste do Qui Quadrado relativo distribui o das frequ ncias absolutas e relativas de cada grupo de participantes pelos ndices sintom ticos e globais do SCL90R em fun o das categorias das notas T 221 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 222 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Tabela 47 Teste do Qui Quadrado relativo distribui o das frequ ncias absolutas e relativas de cada grupo de participantes pelos ndices sintom ticos e globais do SCL90R em fun o das cat
49. Escalas Cl nicas N de itens Amostra Grupo de Grupo de total investiga o Controlo Hs D Hy Pd Pa Pt Sc Ma 11 0 885 0 892 0 777 Nota Amostra Total n 125 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 Uma vez avaliada a consist ncia interna do Mini Mult procedeu se caracteriza o da validade dos perfis obtidos pelos dois grupos de participantes da amostra partindo do c lculo do ndice F K cf Tabela 25 Deste modo e como foi poss vel constatar na Tabela 29 a maioria dos perfis personal sticos esbo ados para o grupo de investiga o n 59 95 16 e para o grupo de controlo n 62 98 41 foram considerados v lidos Em cen rio oposto a 67 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 propor o de perfis inv lidos do grupo de investiga o para o grupo de controlo foi respectivamente de 3 4 83 para 1 1 58 cf Tabela 29 Tabela 29 Caracteriza o da validade de perfis obtidos no Mini Mult segundo o grupo de participantes da amostra Grupo de Investiga o Grupo de Controlo Validade dos Perfis n n Perfis V lidos 59 95 16 62 98 41 Perfis Inv lidos 3 4 83 1 1 58 Nota Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 n Frequ ncias Absolutas Frequ ncias Relativas Seguidamente procedeu se ao c lculo da estat stica descritiva referente ao Mini Mult contabilizando para tal medidas de tend ncia central e de d
50. Figura 3 76 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 q nota T da escala Pa q nota T da escala Sc nota T da escala Ma 95 CI e k lt 1 Ciclo EB 2 3 Ciclos do EB Ens Sec Categorias de Escolaridade Figura 3 Gr fico de barras relativo ao grupo de controlo para a apresenta o dos intervalos de confian a 95 dos valores m dios obtidos nas escalas Paran ia Esquizofrenia e Hipomania segundo as categorias de escolaridade Grupo de Controlo n 63 Com o intuito de aferir se a categoriza o das notas T formuladas para as escalas cl nicas do Mini Mult que corresponderam r plica das categorias de notas T formuladas para as escalas de validade possibilitava o estabelecimento de uma discrimina o adequada entre os dois grupos da amostra efectuou se a aplica o do Teste de Qui Quadrado Por outras palavras pretendeu se por um lado elaborar um elo comparativo entre os grupos de participantes em termos da incid ncia de casos absolutos e relativos registados em cada uma das escalas cl nicas e por outro ambicionou se indagar e analisar aa exist ncia ou n o de independ ncia entre as categorias de notas T e o grupo de perten a dos participantes Partindo da aprecia o dos resultados patentes na Tabela 36 pode declarar se que no grupo de investiga o em 6 das 8 escalas cl nicas do Mini Mult se verificou uma supremacia de casos registados e
51. Psicologia e Criminologia tra ar o perfil personal stico e de sa de mental de um grupo de investiga o constitu do por ASC s com tr nsito em julgado a cumprir pena em distintos estabelecimentos prisionais devido pr tica do crime de Abuso Sexual de Crian as tipificado pelo artigo 171 do actual C digo Penal Portugu s e de um grupo de controlo composto por sujeitos da popula o normativa que possuem caracter sticas similares aos primeiros sujeitos em termos das vari veis g nero idade e escolaridade Neste sentido a presente disserta o foi arquitectada em dois cap tulos globais e integradores O primeiro concerniu no enquadramento te rico do Abuso Sexual de Crian as do Profiling e da Personalidade e da Sa de Mental do Abusador Sexual de Crian as luz do Estado da Arte do conhecimento cient fico psicol gico cl nico e ou jur dico penal e ou criminal forense O segundo cap tulo diz respeito ao Corpo Emp rico e estendem se desde a caracteriza o do tipo de estudo os seus objectivos gerais e espec ficos as vari veis implicadas a caracteriza o da amostra os instrumentos aplicados os procedimentos e a an lise estat stica efectuada at consequente apresenta o discuss o e conclus o acerca dos resultados por n s aferidos Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Parte Enquadramento Te rico Perfil Personal stico e de Sa de Me
52. Su a Minimum Graphics 145 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Lamb S amp Coakley M 1993 Normal Childhood sexual Play and games differentiating play from abuse Child and Neglect 17 393 400 Lahtinen E Lehtinen V Riikonen E amp Ahonen J 1999 Framework for Promoting Mental Heatlh in Europe Hamina National Research and Development Center for Welfare and Health Ministery of Social Affairs and Health Leitenberg H Greenwald E amp Cado S 1992 A retrospective study of long term methods of coping with having been sexually abused during childhood Child Abuse and Neglect 16 399 407 Leue A Borchard B amp Hoyer J 2004 Mental disorders in a forensic sample of sexual offenders European Psychiatry 19 123 130 Lopes P Barreira D amp Pires A 2001 Tentativa de Su cidio na Adolesc ncia Avalia o do Efeito de G nero na Depress o e Personalidade Psicologia Sa de amp Doen a 2 1 47 57 Lopes J 2003 O interrogat rio de v tima nos crimes sexuais as declara es para mem ria futura Revista Sub J dice 26 13 19 L pez F 1995 Prevenci n de los abusos sexuales de menores y educaci n sexual Salamanca Amar Ediciones Machado C 2003 Abuso Sexual de Crian as In C Machado amp R Gon alves Eds 2 ed pp 39 93 Coimbra Quarteto Editora Machado C amp Gon alves R 2002
53. T Neste sentido e baseando a subsequente descri o dos resultados a partir an lise da Tabela 33 pode declarar se que nos dois grupos de participantes da amostra e considerando os n veis de signific ncia de 1 e de 5 se apurou a exist ncia de associa es entre as escalas cl nicas de Mini Mult pois rz0 Esta constata o estat stica conduziu rejei o da hip tese nula referente n o exist ncia de associa o es entre as vari veis quantitativas em causa Todavia e em prol destas circunst ncias deve salientar se que foram apenas explicitadas para o grupo de investiga o e para o grupo de controlo as associa es conotadas por Pestana e Gageiro 2008 como positivas de grau alto elevado r entre 0 7 e 0 89 importa salientar que para um n vel de signific ncia de 5 apurou se em ambos os grupos de participantes a exist ncia de associa es conotadas na sua totalidade como positivas de grau baixo pois r entre 0 2 e 0 3 Tomando como refer ncia o grupo de investiga o e um Pyaior lt 0 01 verificou se a exist ncia de associa es positivas de grau alto elevado entre a escala cl nicas Hipocondria e Para ambos os grupos de participantes da amostra foram explicitados os valores de Coeficiente de Correla o de Pearson que correspondem ao valor m nimo e m ximo e que portanto elucidam o leitor acerca dos valores entre os quais r oscilou obtido entre as escalas cl nicas do Mini Mult nas quais se verific
54. Tal significou na pr tica que o maior n mero de ASC s com idade igual ou inferior a 45 anos demonstrou possuir o car cter de normatividade aliado a este tra o e Resultados Clinicamente Significativos ASC s constatou se ao n vel dos tra os personal sticos Desvio Psicop tico e Esquizofrenia que o maior n mero deASC s e com idade superior a 45 anos integrou a categoria indicativa de psicopatologia tendo se verificado no tra o de personalidade Esquizofrenia que igual n mero de sujeitos que integrou a categoria de normatividade integrou tamb m a categoria indicativa de psicopatologia Sujeitos Normativos n o se verificou em nenhum dos oitos tra os personal sticos avaliados e independentemente da categoria de idade dos sujeitos que a maior incid ncia absoluta e relativa de sujeitos normativos tivesse representado a categoria de psicopatologia Perfil Personal stico Normatividade vs Psicopatologia dos Tra os Personal sticos em fun o da vari vel Escolaridade semelhan a da l gica supramencionada para a vari vel idade sucedeu se a explicita o dos principais resultados obtidos mas no que se refere vari vel escolaridade e Diferen as Estatisticamente Significativas Sujeitos Normativos verificou se a exist ncia de diferen as estatisticamente significativas somente ao n vel do grupo de sujeitos normativos e apenas no que respeita aos tra os de personalidade Paran ia Esquizofrenia e Hipomani
55. a este pedido formal o Projecto de Investiga o e a discrimina o dos dois instrumentos de Avalia o Psicol gica 170 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 A efectiva o pr tica do estudo exposto encontra se a cargo da equipa de investiga o constitu da pela aluna Filipa Soraia de Oliveira Revelo Carrola licenciada em Psicologia pela Universidade de Beira Interior que se encontra actualmente a ingressar no 2 Ciclo de estudos no ramo de Psicologia Cl nica e da Sa de na referida institui o de ensino superior e pelo Professor Doutor Luis Alberto Coelho Rebelo Maia actualmente Professor Auxiliar e Orientador de Est gios e Disserta es de Mestrado na Universidade da Beira Interior Em conformidade com o exposto solicita se respeitando o quadro de regulamento interno que rege o normal funcionamento do referente Estabelecimento Prisional a prestimosa colabora o dos guardas prisionais e o respectivo diferimento face ao presente pedido promulgado Atenciosamente Assinatura da Mestranda e investigadora Filipa Soraia de Oliveira Rebelo Carrola Assinatura do Professor Doutor e Orientador Professor Doutor Luis Alberto Coelho Maia 171 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 172 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 5 Projecto de Investig
56. a prostitui o infantil e ou obrigar o menor a assistir a actividades sexuais entre outras pessoas Johnson 2007 12 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Assim a necessidade de determinar ou distinguir se um dado comportamento constitui ou n o um acto sexualmente abusivo remete para a exist ncia de diferen as que contrap em diversas sociedades e culturas contudo n o se pode ignorar a variabilidade de condutas com teor sexual que s o aceit veis em determinados contextos Conte 1991 Carvalho 2007 Sob o prisma da quest o do consentimento colocada em voga pela citada defini o da OMS a l gica de pensamento deve direccionar se para a sua concep o de base isto o entendimento por parte de qualquer pessoa crian a adolescente adulto ou idoso acerca do prop sito e dos crit rios que regulam determinados comportamentos mediante a consciencializa o das poss veis consequ ncias que podem advir da aceita o de envolvimento nos mesmos bem como do facto de se encontrar assegurado partida de que ser respeitada toda e qualquer decis o tomada pela pessoa O Callaghan amp Print 1994 No sentido de estabelecer o devido paralelismo entre esta significa o b sica de consentimento com o que ocorre aquando de um ASC deve ter se em conta que esta ltima problem tica sup e uma disfun o e ou assimetria a tr s n veis designadamente a o poder do gr
57. a numerosas investiga es cient ficas S o contudo estes crit rios que comummente contrap em em grande medida os investigadores e os profissionais que exercem fun es diversas no mbito dos ASC resultando esta discrep ncia do car cter amb guo e d spar das posi es assumidas aquando da significa o dos mesmos Em linha de conta com estes pressupostos e com o intuito de ilustrar o que vem sendo exposto encontram se apresentados de forma sum ria na Tabela 1 os crit rios da controv rsia que ser o introduzidos sob a f rmula de quest o e qual se sucede a resposta da comunidade cient fica que melhor espelha e justifica a inexist ncia de consenso relativamente defini o de ASC cf Tabela 1 Tabela 1 Crit rios de defini o de ASC que n o re nem consenso por parte da comunidade cient fica Crit rio Quais s o os limites entre as rela es afectivas e as abusivas Resposta da comunidade cient fica A delimita o entre as rela es afectivas e abusivas revela se numa tarefa dif cil de operacionalizar gerando mesmo numerosas d vidas entre os profissionais que trabalham no dom nio do ASC visto que se encontra inerente a este dilema a percep o subjectiva de abuso Neste sentido tanto a percep o da v tima como a do observador sofrem influ ncia ou determinada por um s rie de aspectos internos e externos pessoa Assente nesta l gica de racioc nio constata se por um lado que alguns a
58. ada entre o tra o de personalidade Hipomania e o ndice sintom tico de sa de mental designado por Depress o pois quer do ponto de vista da conceptualiza o destas duas dimens es formulada pelos autores de refer ncia dos dois instrumentos quer do ponto de vista do conhecimento da psicopatologia actual pode declarar se que o conjunto de sintomas inerentes a estes dois constructos se revela amplamente antag nico Dando continuidade a este racioc nio verific mos que a resposta a estes tr s tipos de an lise de resultados faz trazer ao de cima o cerne da quest o no qual aqui nos centr mos isto a Teoria Cl ssica dos Testes doravante TCT Vs Teoria de Resposta ao Item doravante TRI De modo a sustentar o que foi mencionado familiariz mo nos inicialmente com a TCT pelo que se pode declarar que o modelo cl ssico da Psicometria que fundamenta esta teoria se encontra apoiado num paradigma central que concebe o resultado emp rico ou bruto obtido pelo sujeito num question rio como sendo constitu do por dois componentes a saber o resultado real ou verdadeiro e o erro de medida O erro encontra se sempre presente em qualquer medida emp rica pelo que o resultado bruto alcan ado por um sujeito num teste psicol gico corresponde soma entre o resultado verdadeiro e o erro Traduzindo esta linguagem de pendor mais matem tico pode declarar se que a TCT concebe por um lado os resultados verdadeiros totais como u
59. ado a chamar a aten o do p blico em geral atrav s da mediatiza o de crimes violentos por parte dos media e da saga de s ries de investiga o criminal voltada para os crimes em s rie o Profiling constitu uma ferramenta de grande valor na an lise e compreens o do fen meno criminal e dos seus actores em 28 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 contextos de investiga o criminal e acad mica propiciando uma interface valiosa entre estas duas reas Snook Cullen Bennell Taylor amp Gendreau 2008 Assim a par do crescente investimento ao n vel das publica es cient ficas assiste se prolifera o da aplica o do Profiling em pa ses como os EUA e o Canad estendendo se Europa da qual se destacam pa ses como o Reino Unido a Holanda e a Alemanha sendo importante salientar que o mesmo sucede ao n vel da realidade portuguesa Rodrigues 2008 Procederemos de seguida caracteriza o do Profiling como pilar fundamental e norteador da efectiva o pr tica da presente investiga o cf Tabela 9 Tabela 9 Caracteriza o te rico cient fica da t cnica do Profiling 1 5 1 Defini o e Terminologias Adoptadas Da revis o de literatura efectuada pela equipa de investiga o pode declarar se que apesar das similaridades denotadas nas defini es propostas para o Profiling se verifica a exist ncia de tantas defini es quantas os aut
60. as pontua es obtidas em todos os tra os personal sticos se revelaram em indicadores de normatividade Todavia e para efeitos 106 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 de constru o do perfil como se encontrar escrutinado procedentemente apurou se que m dia as pontua es mais avultadas foram registada no tra o de personalidade Hipocondria e Desvio Psicop tico Todavia importa acrescentar que se obtiveram diferen as estatisticamente significativas ao n vel das m dias de pontua o obtidas entre ambos os grupos de participantes ou seja o grupo de ASC s obteve em m dia os resultados mais expressivos em termos num ricos em todos os tra os de personalidade avaliados pelo Mini Mult De seguida e de forma a compreender o reflexo destes factos ao n vel da normatividade psicopatologia dos tra os personal sticos referenciados para ambos os grupos de sujeitos apurou se e Diferen as Estatisticamente Significativas ASC s Vs Sujeitos Normativos pode declarar se que no momento em que se atendeu ao estabelecimento de um elo confrontativo entre ambos os grupos de participantes da amostra em fun o das categorias de normatividade psicopatologia dos tra os personal sticos se verificou a exist ncia de diferen as estatisticamente significativas ao n vel 7 dos 8 tra os de personalidade avaliados De modo mais espec fico apurou se que nos tra os personal sticos
61. com o eclodir do processo Casa Pia em territ rio nacional Todavia embora o ASC comece a ser visto como um tema colectivo e de interesse social a aus ncia de dados de incid ncia continua a fazer se notar Vidal 1997 Finalizando esta quest o Marshall e Serran 2001 afirmam que os dados sobre a incid ncia dos ASC s representam uma minima parte dos casos reais e Freitas 2003 vais mais longe e defende de forma metaf rica que apenas se conhece a ponta do iceberg e n o h motivos para pensarmos que em Portugal a realidade seja diferente 1 4 3 Estudos de Preval ncia Realidade Internacional Vs Realidade Nacional Centremo nos agora nos estudos de preval ncia do ASC e sob este prisma de an lise importa esclarecer que estes mesmos estudos podem ser subdivididos tendo em conta se o tipo de amostra cl nica ou n o cl nica Com base nesta distin o encontram se referenciados diversos estudos retrospectivos com maior pendor pela adop o de amostras n o cl nicas De forma espec fica v rios autores consideram que os estudos de preval ncia t m inerentes a si diversas limita es metodol gicas que dificultam o estabelecimento de compara es entre estudos e a generaliza o dos resultados al m fronteiras Entre as principais cr ticas apontadas encontra se a diversidade de defini es de abuso sexual que deriva da inexist ncia da universalidade de crit rios mencionados no t pico 1 2 1 e 1 2 2 a
62. conseguinte segundo os pressupostos de Derogatis 1994 os ASC s deixaram patente que medida que pontuavam em termos de notas T ao n vel dos sintomas relativos aos sentimentos de timidez e de vergonha tend ncia para o sujeito se sentir inferior aos outros hipersensibilidade face a opini es e a atitudes alheias inibi o ao n vel do estabelecimento e da manuten o de rela es interpessoais itens avaliados pelo ndice sintom tico Sensibilidade Interpessoal obtinham em m dia os mesmos acr scimos de pontua es em termos de notas T indicativas de patologia na medida tradutora da intensidade do sofrimento ps quico e psicossom tico global denominada por ndice global relativo ao Global de Severidade Em contrapartida quer os ASC s quer os sujeitos normativos deixaram emergir que quanto mais pontuavam em termos de notas T na medida indicativa de intensidade do sofrimento ps quico e psicossom tico global ndice global relativo ao Global de Severidade maiores pontua es obtinham em notas T indicativas de patologia sintomatol gica ao n vel da medida que contabiliza a amplitude e a diversidade da sua sintomatologia psicopatol gica ndice global designado por Total de Sintomas Positivos 1 Os resultados explicitados com base no estudo de adapta o do BSI popula o portuguesa desenvolvido por Canavarro 1999 devem ser considerados atendendo a tr s cautelas pois a matriz de correla es de Pearson ent
63. controlo encontrou se ao n vel das escalas de validade excep o da escala Frequ ncia numa posi o gr fica superior ao grupo de investiga o Em rela o s escalas cl nicas no grupo de investiga o as m dias de notas T flutuaram entre os 61 56 alcan ado na escala Histeria e os 73 87 obtido na escala Esquizofrenia ao passo que no grupo de controlo as m dias de notas T oscilaram entre os 44 16 obtido na escala Desvio Psicop tico e os 58 41 registado na escala Hipocondria Neste sentido o grupo de investiga o demonstrou um posicionamento gr fico predominantemente superior ao grupo de controlo visto que obteve as m dias de notas T mais elevadas em todas as escalas cl nicas cf Figura 2 100 80 60 40 20 Grupo de Investiga o Grupo de Controlo Figura 2 Distribui o dos valores m dios obtidos nas escalas de validade e nas escalas cl nicas do Mini Mult segundo o grupo de participantes da amostra Motai 125 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 posteriori perspectivou se a indaga o e a an lise da normatividade e ou da psicopatologia inerente s escalas de validade do Mini Mult para ambos os grupos de participantes Para alcan ar este des gnio constru mos tr s categorias de notas T a partir da considera o do valor de ponto de corte e dos respectivos valores de desvios padr o estimados pelo autor que elaborou o referenciado que
64. da atitude dos sujeitos Mais uma vez devido conting ncia de n o se ter encontrado nenhum artigo cient fico aquando da efectiva o da nossa revis o bibliogr fica cuja linha de investiga o tivesse analisado estatisticamente as tr s escalas de validade do Mini Mult recorreu se de novo consulta anal tica do Manual T cnico Neste sentido apur mos e segundo o postulado por Hathaway e McKinley 1940 que a obten o da eleva o na escala Frequ ncia registada no grupo de ASC s pode dever se a um sem n mero de aspectos tais como a o question rio pode ter sido respondido sem que o sujeito tenha colaborado suficientemente por n o ter estado devidamente atento ou ainda por ter respondido ao acaso b o sujeito n o foi capaz de compreender o que leu ou o que lhe foi lido c o sujeito evidenciou experienciar no momento experi ncias estranhas psic ticas ou encontra se confuso d o sujeito tentou simular uma perturba o mental ou exagerar os seus sintomas como forma de pedir ajuda e o sujeito revelou se inconformista ou a favor de conven es sociais pol ticas e religiosas de car cter desviante 14A presente equipa de investiga o presta conhecimento de que nas Tabelas 55 56 57 e 60 quando se referencia express es id nticas a pontua es de car cter psicopatol gico e ou normativo obtidas em m dia pelos sujeitos ASC s ou sujeitos normativos nos estamos a referir aos valores de notas T
65. de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 inexist ncia de associa o es entre as referenciadas vari veis quantitativas Tendo em conta este facto procedeu se descri o das associa es conotadas por Pestana e Gageiro 2008 como altas elevadas r entre 0 70 e 0 89 e muito altas muito elevadas r entre 0 90 e 1 00 em fun o de cada um dos grupos de participantes da amostra de salientar que para um n vel de signific ncia de 5 as associa es positivas obtidas no grupo de investiga o e no grupo de controlo foram na sua totalidade de grau baixo isto r entre 0 2 e 0 39 No que diz respeito ao grupo de investiga o e tendo em conta um Pyaor lt 0 01 verificou se ao n vel dos ndices sintom ticos e globais do SCL90R a presen a de associa es positivas de grau alto elevado entre o ndice sintom tico Somatiza o e os ndices sintom ticos globais Ansiedade r 0 71 Ansiedade F bica r 0 71 Obsess es Compuls es Sensibilidade Interpessoal Depress o Global de Severidade e Total de Sintomas Positivos r 0 82 entre o ndice sintom tico Obsess es Compuls es e os ndices sintom ticos globais Ansiedade r 0 71 Psicoticismo r 0 71 Sensibilidade Interpessoal Depress o Ansiedade F bica Global de Severidade e Total de Sintomas Positivos r 0 83 entre o ndice sintom tico Sensibilidade Interpessoal e os ndices sintom ticos globais Ansiedade F bica r 0 72 Depress o Ansieda
66. de escolaridade A partir da referenciada categoriza o foi poss vel apurar que em ambos os grupos a categoria relativa ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico foi a mais prevalente grupo de investiga o n 30 48 38 grupo de controlo n 32 50 79 Em cen rio oposto destacou se a categoria relativa ao Ensino Secund rio como a menos incidente em ambos os grupos de participantes da amostra grupo de investiga o n 7 11 29 grupo de controlo n 7 11 11 Importa contudo enfatizar que a categoria tradutora da menor escolaridade isto escolaridade lt 1 Ciclo do Ensino B sico encontrou se alocada em segundo lugar em termos da sua ocorr ncia absoluta e relativa no grupo de investiga o n 25 40 32 e no grupo de controlo n 24 38 09 cf Tabela 24 Tabela 24 Distribui o dos grupos de participantes da amostra segundo a vari vel ordinal escolaridade Grupo de Investiga o Grupo de Controlo Categorias de Escolaridade n N lt 1 Ciclo do Ensino B sico 25 40 32 24 38 09 Analfabetismo 5 8 06 1 1 58 Frequ ncia do 1 Ciclo do Ensino B sico 20 32 25 23 36 50 2 3 Ciclo do Ensino B sico 30 48 38 32 50 79 Frequ ncia do 2 Ciclo do Ensino B sico 16 25 80 4 6 34 Frequ ncia do 3 Ciclo do Ensino B sico 14 22 58 28 44 44 Ensino Secund rio 7 11 29 7 11 11 Nota lt 1 Ciclo do Ensino B sico Escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico Grupo de Inves
67. de n veis de signific ncia usados foram o 0 05 ou 5 ou 0 01 ou 1 2 9 Resultados 2 9 1 Mini Mult Perfil Personal stico Grupo de Investiga o vs Grupo de Controlo A primeira an lise estat stica dos dados obtidos por cada um dos grupos de participantes da amostra no Mini Mult foi marcado pelo c lculo do Coeficiente de Alpha de Cronbach A execu o deste primeiro procedimento estat stico objectivou avaliar a uniformidade fiabilidade entre as respostas dos sujeitos da amostra total n 125 aos 71 itens que comp em este question rio tendo se obtido um valor de Alpha de Cronbach de 0 885 De acordo com a conceptualiza o de Pestana e Gageiro 2008 o valor obtido e referenciado traduz a exist ncia de uma boa consist ncia interna ao n vel do instrumento de avalia o psicol gica sob escrut nio posteriori elaborou se o mesmo procedimento estat stico tendo em conta de forma id ntica a totalidade de itens do Mini Mult por m mediante a discrimina o de cada um dos grupo de participantes da amostra De forma particular e segundo Pestana e Gageiro 2008 verificou se no que respeita ao grupo de investiga o a exist ncia de um a 0 892 elucidativo de uma consist ncia interna boa elevada e por outro lado apurou se no grupo de controlo a presen a de uma consist ncia interna designada por razo vel pois a 0 777 cf Tabela 28 Tabela 28 Coeficiente de Fiabilidade do Mini Mult Alpha de Cronbach
68. de notas T e as categorias de escolaridade Tal evid ncia estat stica justificou se pois O Pyator 0 031 logo Pyator lt 0 05 No grupo de controlo apurou se tamb m para um n vel de signific ncia de 5 um Pyator 0 022 no ndice sintom tico Obsess es Compuls es um Pyator 0 006 no ndice sintom tico Ansiedade um Pyator 0 037 no ndice sintom tico Ansiedade F bica um Pyator 0 020 no ndice global designado por Global de Severidade e um Pyator 0 017 no ndice global referente Severidade dos Sintomas Presentes Assim e dado que para os referenciados ndices os Pyatores lt 0 05 procedeu se rejei o da hip tese nula respeitante presen a de independ ncia entre as categorias de notas T e as categorias de escolaridade cf Tabela 49 cf Anexo 18 2 9 3 Cruzamento entre o Mini Mult vs SCL90R Grupo de Investiga o vs Grupo de Controlo Terminada a caracteriza o do perfil personal stico e de sa de mental dos dois grupos de participantes procedeu se ao c lculo do Coeficiente de Correla o de Pearson com o intuito de avaliar a exist ncia ou n o de associa o em termos de grau e sentido de associa o entre cada uma das escalas cl nicas do Mini Mult e cada um dos ndices sintom ticos do SCL90R em fun o de ambos os grupos de sujeitos Os resultados obtidos mediante o c lculo do referenciado coeficiente encontram se explicitados na Tabela 50 No que respeita ao grupo de investiga o verificou
69. de sujeitos normativos p s se em pr tica o mesmo plano alternativo mencionado para o grupo de ASC s tendo se averiguado a exist ncia de literatura cient fica que coloca a personalidade sob o prisma quase de dilema ou seja entre a estabilidade vs mudan a em fun o da idade n o se tendo encontrado literatura cient fica que contemplasse de algum modo o estudo da personalidade em fun o da vari vel escolaridade Foi poss vel constatar ao n vel desta perspectiva dual de personalidade a adop o de duas posi es pela comunidade cient fica isto a defesa isolada da estabilidade como acontece com autores como Freud a defesa da mudan a da personalidade mas em per odos desenvolvimentais distintos isto ap s a inf ncia e no decurso da adolesc ncia como defendido pelos te ricos Allport e Murray ou ainda outros como Jung e Maslow que defendem que a mudan a personal stica ocorre somente na meia idade Esta mesma discrep ncia de resposta face referenciada perspectiva paradoxal da personalidade observou se de modo id ntico nos estudos longitudinais realizados por Costa e McCrae 1994 que defenderam a estabilidade dos factores de personalidade a partir dos 30 anos ao contr rio de Hansenne e colaboradores 2001 que demonstraram que a dimens o do modelo de Cloninger denominada por Abertura Novidade se correlacionava negativamente com a idade e que a dimens o de Transcend ncia se correlacionava positivamente
70. do Crime de ASC de Crian as segundo o C digo Penal Portugu s de 1995 Artigo 172 Abuso Sexual de Crian as 1 Quem praticar acto sexual de relevo com ou em menor de 14 anos ou o levar a pratic lo consigo ou com outra pessoa punido com pena de pris o de 1 a 8 anos 2 Seo agente tiver c pula ou coito anal com menor de 14 anos punido com pena de pris o de 3 a 10 anos 3 Quem a Praticar acto de car cter exibicionista perante menor de 14 anos ou b Actuar sobre menor de 14 anos por meio de conversa obscena ou de escrito espect culo ou objecto pornogr ficos ou o utilizar em fotografia filme ou grava o pornogr ficos punido com pena de pris o at 3 anos 4 Quem praticar os actos descritos no n mero anterior com inten o lucrativa punido com pena de pris o de 6 meses a 5 anos Fonte Decreto Lei n 48 95 de 15 de Mar o Em segunda inst ncia outra novidade introduzida por este mesmo CP consistiu na introdu o do conceito de Acto Sexual de Relevo definido por Dias 1999 como todo o acto que do ponto de vista objectivo assume uma natureza um conte do ou um significado directamente relacionados com a esfera da sexualidade e deste modo com a liberdade de determina o sexual de quem o sofre ou o pratica Por outras palavras de acordo com Beleza 1994 a introdu o do termo Acto Sexual de Relevo consistiu num princ pio gen rico delimitador dos tipos de comportamento segundo o qual s ser
71. do dom nio da Personalidade reveste se de uma complexidade sem precedentes no que concerne sua defini o Estimando esta dificuldade pode afirmar se que se existisse um acordo geral no campo cient fico da personalidade acerca de quais os conceitos que se revelam mais teis a considerar a este n vel estar amos em condi es de afirmar que existiria um paradigma dominante Contudo tal cen rio simplesmente n o existe Deste modo e assente num prisma mais problem tico n o se pode sequer impor um absolutismo em termos de certeza de que as v rias teorias de personalidade existentes constituam de facto paradigmas Neste sentido o cen rio que se afigura encontra se preenchido por v rias perspectivas que competem entre si isto a perspectiva psicanal tica e sua variante s cio cultural a perspectiva dos tra os a perspectiva da aprendizagem o behaviorismo cognitivo e a perspectiva humanista Por conseguinte nenhuma das mesmas se revelou capaz de substituir e de prevalecer de modo independente em rela o anterior de modo id ntico ao que considera espect vel aquando do surgimento e consolida o de um paradigma em detrimento de outro Cloninger 2003 Sem tomar partido de nenhuma teoria de personalidade em particular decidimos adoptar uma posi o ecl tica explicitando o racioc nio efectivado por alguns autores da comunidade cient fica que a partir da selec o de aspectos de v rias teorias partiram para a
72. eduquem as nossas crian as Em segundo e ltimo lugar consideramos que se n o forem mobilizados esfor os para investigar e posteriormente intervir e n o somente a n vel psicol gico ao n vel da sa de mental da popula o normativa portuguesa n o estaremos a caminhar a passos largos para que se imponha na nossa sociedade a seguinte factualidade emp rica A Sa de Mental dos portugueses est doente Mais do que uma disserta o foi para mim uma li o de vida 138 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Bibliografia Adams C amp Fay J 1992 Helping your child recover from sexual abuse Seattle University of Washington Press Aguiar P 2007 Qual o significado das medidas epidemiol gicas taxa de preval ncia taxa de incid ncia cumulativa e taxa de incid ncia em unidades pessoa tempo Eurotrials Scientific Consultants 1 2 Agrapart Delmas M 2001 De l expertise criminelle au profilage Lausanne Favre Alberto I 2008 Maltrato Infantil Entre um destino e uma hist ria In A Matos A Maldade Humana pp 107 130 Coimbra Edi es Almedina Alberto I 2010 Maltrato e Trauma na Inf ncia 2 edi o Coimbra Edi es Almedina Albuquerque A 2006 Minorias Er ticas e Agressores Sexuais Lisboa Publica es Dom Quixote Alfaiate A 2009 A Relev ncia Penal da Sexualidade dos Menores Coimbra Coimbra
73. encontravam centrados na descri o de caracter sticas demogr ficas e identificativas pessoais representativas dos ASC s bem como nas circunst ncias nas quais o s crime s tiveram lugar Evoluindo no tempo e avan ando para uma segunda fase as investiga es cient ficas possu am como des gnio primordial a descri o e a defini o das caracter sticas e motiva es dos ASC s aliadas natureza do crime com o intuito de elaborar a constru o de taxonomias tipologias ou sistemas de classifica o dos mesmos Num terceiro patamar investigativo ASC s foram alvo de estudo visando se compreender se o crime cometido pelos mesmos envolvia o desejo e ou um n vel de excita o sexual distinto do sentido por outros criminosos crimes sexuais ou crimes de outra natureza A quarta vaga de investiga o optimizou a caracteriza o das caracter sticas psicossociais dos ASC s A quinta fase merece especial destaque pois equivale tend ncia investigativa mais contempor nea bem como etapa na qual se tem verificado um aumento consider vel ao n vel do n mero de investiga es cient ficas realizadas em torno dos ASC s Num sentido mais amplo tem se assistido de forma id ntica tentativa de tra ar e conhecer o perfil psicol gico de ASC s cujos crimes envolveram ou n o recurso viol ncia e ou tra ar um perfil e ou uma caracteriza o das caracter sticas ou tra os de personalidade dos mesmos sujeitos aliado de 40 P
74. es que nos parecem ter formado o pano de fundo dos principais resultados por n s obtidos ao n vel da sa de mental Logo revelou se para n s 125 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 imperativo terminar com uma an lise interpretativa das tr s medidas indicativas de diferentes aspectos de sofrimento psicopatol gico geral avaliados pelos ndices globais de sa de mental do SCL90R pois pareceu nos que podem demonstrar e ou confirmar o poss vel impacto dos conte dos te rico cient ficos expostos ao n vel da sa de mental dos ASC s bem como dos sujeitos normativos De forma objectiva e segundo os pressupostos de Derogatis 1994 os ASC s apresentaram em m dia uma maior intensidade de sofrimento ps quico e psicossom tico global bem como uma maior amplitude e diversidade de indicadores de sintomatologia psicopatol gica comparativamente com os sujeitos normativos resultados estes que foram corroborados aquando da implica o da vari vel idade e escolaridade No que concerne ao indicador alusivo intensidade sintom tica m dia ou seja m dia da intensidade de todos os sintomas que foram assinalados aferiu se que os ASC s ostentaram uma intensidade m dia de sintomatologia tradutora de psicopatologia ao passo que no grupo sujeitos normativos esta mesma intensidade m dia revelou se elucidativa de normatividade dos sintomas De forma ulterior e similarmente ao
75. ficas de personalidade entre outras caindo se na fal cia de acreditar de que existe a possibilidade de encaixar os mesmos num determinado perfil Gonz lez Castedo amp Dominguez 2009 Contudo este erro humano possui uma certa legitimidade pois por diversas raz es os agentes policiais podem ter a expectativa de que se existisse um perfil t pico de um ASC s revelar se ia mais f cil identificar os suspeitos quando os incidentes deste tipo de MI n o fossem notificados e os respons veis ainda n o tivessem sido identificados e detidos alguns ju zes e outros profissionais judiciais poderiam esperar que se o perfil de ASC s existisse seria poss vel condenar de forma mais facilitada e sustentada outros profissionais como os que se encontram encarregues pelo planeamento do tratamento ou outros oficiais de supervis o poderiam construir a cren a de que se existisse tal perfil revelar se ia mais f cil tratar e supervisionar este tipo de popula o e finalmente ainda outros profissionais poderiam acreditar que os mesmos poderiam proceder identifica o de pessoas que se possam 36 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 encontrar em risco de se tornarem num ASC s e portanto serem capazes de evitar a ocorr ncia deste crime Center for Sex Offender Management 2009 Na base da desconstru o deste cen rio ilus rio encontra se o facto de a investiga o cient fica dem
76. formal s entidades oficiais relacionadas com os respectivos sectores envolvidos no presente estudo designadamente a Direc o Geral dos Servi os Prisionais e a Direc o do Estabelecimento Prisional da Covilh da Guarda e de Castelo Branco assegurada a aprova o do pedido de autoriza o pelas institui es requeridas proceder se respectiva selec o de sujeitos condenados com transito em julgado devido a crimes cometidos contra a liberdade e a auto determina o sexual Ap s a selec o da amostra e constitui o do respectivo grupo de investiga o pretende se proceder explica o detalhada do objectivo do estudo fazendo refer ncia ao asseguramento de quest es ticas cruciais como a confidencialidade e a possibilidade de desist ncia em qualquer fase do estudo sendo ainda redigido e entregue e cada indiv duo uma requisi o de consentimento informado Aplica o dos question rios de avalia o psicol gica designadamente o Mini Mult e o SCL 90 R A realiza o deste procedimento ter lugar no pr prio estabelecimento prisional numa rea destacada para o mesmo efeito tendo em conta que o presente estudo tamb m constitu do por um grupo normativo pretende se aplicar os question rios supramencionados aos indiv duos que integram o mesmo sendo tamb m especificado o objectivo do estudo e sublinhada a import ncia da sua participa o enquanto contributo para a prolifera o de conh
77. globais de sa de mental concernentes ao Global de Severidade e Total de Sintomas Positivos em m dia os ASC s que obtiveram pontua es tradutoras de psicopatologia tinham escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico Em oposi o nos ndices sintom ticos de sa de mental relativos Hostilidade Ansiedade F bica e Psicoticismo em m dia os ASC s que pontuaram a t tulo psicopatol gico possu am escolaridade correspondente ao Ensino Secund rio A t tulo excepcional verificou se no que ndice global de sa de mental de Severidade dos Sintomas Presentes em m dia os ASC s que obtiveram resultados de car cter patol gico tinha escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico Sujeitos Normativos aferiu se que relativamente aos ndices sintom ticos de sa de mental relativos Somatiza o Obsess es Compuls es Sensibilidade Interpessoal Ansiedade Hostilidade Idea o Paran ide e Psicoticismo bem como em rela o ao ndice global de sa de mental relativo ao Total de Sintomas Positivos em m dia os sujeitos normativos que alcan aram pontua es indicativas de psicopatologia possu am escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico posteriori procedeu se aprecia o cr tica das frequ ncias absolutas e relativas obtidas quando o intuito por n s versado assentou na an lise das categorias de normatividade severidade dos ndices sintom ticos e globais de s
78. gt 45 n 18 28 29 03 44 44 lt 45 n 15 4 Nota T gt 70 24 19 6 34 gt 45 n 20 3 32 25 4 76 Pd lt 45 n 18 0 108 29 1 000 Faixa Normativa 29 03 46 03 Nota T31 50 69 gt 45 n 9 27 14 51 42 85 lt 45 n 14 5 Nota T gt 70 22 58 7 93 gt 45 n 16 1 Pa 25 80 1 58 lt 45 n 19 0 455 28 0 243 Faixa Normativa 30 64 44 44 Nota T31 50 69 gt 45 n 13 29 20 96 46 03 lt 45 n 9 0 Nota T gt 70 14 51 0 00 gt 45 n 14 0 22 58 0 00 lt 45 n 24 31 Faixa Normativa 38 70 0 149 49 20 1 000 Pt Nota T31 50 69 gt 45 n 15 28 24 19 44 44 lt 45 n 0 2 Nota T lt 30 0 00 3 17 gt 45 n 0 2 0 00 3 17 Nota p lt 0 05 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 x Qui quadrado Pyator Valor de Probabilidade de Signific ncia n Frequ ncias Absolutas Frequ ncias Relativas Hs Hipocondria D Depress o Hy Histeria Pd Desvio Psicop tico Pa Paran ia Pt Psicastenia 213 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 14 Continua o Tabela 37 Tabela 37 Teste do Qui Quadrado relativo distribui o das frequ ncias absolutas e relativas de cada grupo de participantes da amostra pelas escalas cl nicas do Mini Mult em fun o das categorias de notas T e das categorias de idade Grupo de Grupo de Controlo Escalas Categorias de Categorias Investiga o Cl nicas Notas T de Idade Totais x Totais x p valor p valo
79. lt 0 05 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 n Frequ ncias Absolutas Frequ ncias Relativas y Qui quadrado Pyaior Valor de Probabilidade de Signific ncia ndices Sintom ticos SOM Somatiza o O C Obsess es Compuls es S I Sensibilidade Interpessoal D Depress o ANS Ansiedade HOST Hostilidade A F Ansiedade F bica I P Idea o Paran ide PSIC Psicoticismo Indices Globais GSI Global de Severidade PSDI Severidade dos Sintomas Presentes 223 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 224 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 17 Tabela 48 Teste de Qui Quadrado para a distribui o das frequ ncias absolutas e relativas de cada grupo de participantes da amostra pelos ndices sintom ticos e globais do SCL90R em fun o das categorias de notas T e das categorias de idade 225 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Tabela 48 Teste de Qui Quadrado para a distribui o das frequ ncias absolutas e relativas de cada grupo de participantes da amostra pelos ndices sintom ticos e globais do SCL90R em fun o das categorias de notas T e das categorias de idade Grupo de Grupo de Controlo ndices Categorias de Categorias Investiga o Sintom ti
80. n o caracterizam de igual forma tantos outros question rios de personalidade tais como e entre outros o MCMI e o BDI Beck Depression Inventory IACLIDE Invent rio de Avalia o Cl nica da Depress o Escala de Depress o de Hamilton Ribeiro 1999 Manita 2002 Millon Davis Millon e Grossman 2006 Cessado este primeiro ponto de debate de resultados apresentam se os principais resultados obtidos ao n vel da validade dos perfis tra ados para os ASC s e para os sujeitos normativos cf Tabela 54 Tabela 54 Principais resultados obtidos ao n vel da validade dos perfis personal sticos Validade dos perfis personal sticos A maioria quase absoluta dos perfis de personalidade obtidos quer pelo grupo de ASC s quer pelo grupo de sujeitos normativos foi considerada v lida Mediante a leitura e a an lise dos artigos cient ficos colectados em torno do estudo da personalidade constat mos que nenhum dos mesmos fez men o ao c lculo do ndice de determina o da validade dos perfis ndice de F K nem t o pouco mencionou de que forma controlou e ou contornou este importante requisito e g S nchez 2003 t o necess rio no que respeita interpreta o dos perfis personal sticos obtidos pelos sujeitos Assim opt mos por recorrer ao Manual T cnico do MMPI e que se aplica de modo id ntico ao Mini Mult com o intuito de dar significado fidedigno aos resultados explicitados bem como tecer face aos mesmos as devidas inf
81. n 12 20 Normativa 19 35 31 74 Nota T34 59 Ensino Secund rio n 2 To 3 22 11 11 lt 1 Ciclo E B n 23 19 37 09 30 15 2 3 Ciclos E B n 23 18 Nota T gt 60 37 09 28 57 Ensino Secund rio n 6 3 I P 9 67 4 76 lt 1 Ciclo E B n 2 0 285 5 0 095 Faixa 3 22 7 93 Normativa 2 3 Ciclos E B n 7 14 Nota T34 59 11 29 22 22 Ensino Secund rio n 1 4 1 61 6 34 lt 1 Ciclo E B n 20 18 32 25 28 57 2 3 Ciclos E B n 21 15 Nota T260 33 87 23 80 Ensino Secund rio n 6 1 PSIC 9 67 1 58 lt 1 Ciclo E B n 5 0 550 6 0 007 8 06 9 52 Faixa 2 3 Ciclos E B n 9 17 Normativa 14 51 26 98 Nota T34 59 Ensino Secund rio n 1 6 1 61 9 52 Nota p lt 0 05 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 n Frequ ncias Absolutas Frequ ncias Relativas x Qui quadrado Pvaor Valor de probabilidade de signific ncia lt 1 Ciclo E B Escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico 2 3 Ciclos E B Escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico ndices Sintom ticos A F Ansiedade F bica l P Idea o Paran ide PSIC Psicoticismo 233 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 18 Continua o da Tabela 18 Tabela 49 Teste do Qui Quadrado relativo distribui o das frequ ncias absolutas e relativas de cada grupo de participantes da amostra pelos ndices sintom ticosx e globais do SCL90
82. n 6 10 9 67 15 87 lt 45 n 25 2 Nota T gt 60 40 32 3 17 gt 45 n 24 2 PSDI 38 70 3 17 lt 45 n 8 0 717 31 1 000 Faixa Normativa 12 90 49 20 Nota T34 59 gt 45 n 5 Boro 8 06 44 44 Nota Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 n Frequ ncias Absolutas Frequ ncias Relativas y Qui quadrado Pyaor Valor de probabilidade de signific ncia ndices Sintom ticos A F Ansiedade F bica l P Idea o Paran ide PSIC Psicoticismo ndices Globais GSI Global de Severidade PSDI Severidade dos Sintomas Presentes 227 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 228 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 18 Tabela 49 Teste do Qui Quadrado relativo distribui o das frequ ncias absolutas e relativas de cada grupo de participantes da amostra pelos ndices sintom ticos e globais do SCL90R em fun o das categorias de notas T e das categorias de escolaridade 229 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 230 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Tabela 49 Teste do Qui Quadrado relativo distribui o das frequ ncias absolutas e relativas de cada grupo de participantes da amostra pelos ndices sintom ticosx e globais do SCL90R em fun o das categorias de notas T e das ca
83. n 63 e X 45 00 Devido s evid ncias estat sticas referenciadas optou se por retirar da contabiliza o na base de dados e respectiva an lise estat stica o sujeito 40 que integrava o grupo de investiga o tendo se mantido portanto no mesmo grupo o oultlier relativo ao sujeito 37 Este procedimento estat stico foi sucedido pelo c lculo da respectiva estat stica descritiva a partir do qual foi poss vel apurar uma menor dispers o ao n vel da m dia de idades no grupo de investiga o X 43 61 S 9 62 uma maior similaridade entre o resultado desta ltima medida de tend ncia central e a m dia de idades do grupo de controlo X 43 56 6 55 e por ltimo e do modo mais lato uma maior igualdade com a m dia de idades obtida para a amostra total na aus ncia de discrimina o do grupo de participantes X 43 58 S 8 18 cf Tabela 21 Tabela 21 Estat stica descritiva da vari vel cont nua idade na aus ncia da contabiliza o do outlier na amostra total bem como no grupo de investiga o Amostra Total Grupo de Investiga o Grupo de Controlo sem outlier sem outlier sem exclus o de qualquer outlier n V lido 125 62 63 Omisso 0 0 0 M dia 43 58 43 61 43 56 Mediana 45 00 45 00 45 00 Moda 37 00 37 00 47 00 Desvio Padr o 8 18 9 62 6 55 Minimo 23 00 23 00 27 00 M ximo 75 00 75 00 55 00 25 37 00 37 00 38 00 Percentis 50 45 00 45 00 45 00 75 49 00 50 00 49 00 Nota Grupo de In
84. na amostra cf Tabela 36 cf Anexo 13 Estabelecendo a devida continuidade de an lise estat stica sob recurso aplica o do teste do Qui Quadrado atendeu se neste momento para todas as escalas cl nicas do Mini Mult e para os dois grupos de participantes da amostra ao exame dos valores absolutos e relativos registados bem como indaga o do grau de independ ncia existente ou n o entre as categorias de notas T e as categorias de idade Partindo da an lise da Tabela 37 e no que concerne ao grupo de investiga o pode afirmar se de modo geral que em 6 das 8 escalas cl nicas do Mini Mult e independentemente da categoria de idade o maior n mero de sujeitos registados em termos absolutos e relativos representou a categoria da faixa normativa Neste sentido na escala Hipocondria n 26 41 93 Depress o n 21 33 87 Histeria n 28 45 16 Paran ia n 19 30 64 Psicastenia n 24 38 70 e Hipomania n 32 51 61 o maior n mero de sujeitos pertencentes categoria da faixa normativa possu a idade lt 45 anos Por outro lado no que se refere ao grupo de controlo pode atestar se que nas oito escalas cl nicas do Mini Mult e independentemente da categoria de idade as frequ ncias absolutas e relativas mais elevadas foram alcan adas na categoria associada faixa normativa De forma mais expl cita constatou se que nas escalas Hipocondria n 29 46 03 Depress o n 31 49 20 Histeria n 31 49 20 Desvi
85. obtidos em m dia dado que se utilizaram testes n o param tricos espec ficos para o efeito e Diferen as Estatisticamente Significativas ASC s exist ncia de diferen as estatisticamente significativas somente neste grupo de sujeitos e apenas ao n vel dos tra os personal sticos Histeria e Depress o Dos resultados registados nestas duas escalas cl nicas apurou se que em m dia os sujeitos que pontuaram mais elevado tinham idade superior a 45 anos e Resultados Clinicamente Significativos ASC s constatou se que em m dia os resultados indicativos de psicopatologia foram alcan ados por sujeitos com idade superior a 45 anos ao n vel dos tra os personal sticos Desvio Psicop tico e Esquizofrenia Sujeitos Normativos aferiu se que independentemente da categoria de idade dos sujeitos em m dia os resultados aferidos para todos os tra os personal sticos n o reflectiram o seu car cter psicopatol gico Cessado o prisma de an lise baseado na aprecia o de valores obtidos em m dia prosseguiu se com o estudo da mesma vari vel nominal tendo se remetido por m para a pondera o da incid ncia absoluta e relativa de ASC s e de sujeitos normativos nas categorias de normatividade psicopatologia em fun o das categorias de idade e Diferen as Estatisticamente Significativas ASC s verificou se a exist ncia de diferen as estatisticamente significativas no que concerne apenas ao tra o personal stico Hipocondria
86. pio tico e deontol gico do anonimato e da confidencialidade de todos os dados s cio demogr ficos cedidos pelos sujeitos em reclus o se deveriam tomar medidas ao n vel do tratamento e an lise estat stica que primassem pelo m ximo zelo da protec o da identidade dos mesmos Por outro lado no que respeita exclusivamente s conting ncias demandadas pelo grupo de investiga o foi possivel constatar aquando da comunica o via oral e escrita do seu consentimento para participar no estudo que um n mero significativo de sujeitos solicitou a n o divulga o da totalidade dos seus dados s cio demogr ficos devido ao receio da sua identifica o e por conseguinte ao temor de que os seus conhecidos e ou significativos em particular familiares ou n o ou mesmo a sua comunidade ou sociedade em geral tomassem conhecimento da sua condi o actual e ainda para evitar relativamente sua pessoa numa perspectiva futura da sua liberta o qualquer forma de estigma discrimina o marginaliza o e ou exclus o social Tendo em conta os fundamentos supramencionados a caracteriza o da totalidade da amostra bem como de cada um dos grupos de sujeitos da amostra ao n vel da vari vel idade e escolaridade contou com o c lculo das devidas medidas de tend ncia central m dia mediana moda e percentis e medidas de dispers o desvio padr o e valores m nimos e m ximos Posteriormente e no que concerne especificamente vari
87. por vari vel dado que o objectivo de um estudo de car cter estat stico assenta nas vari veis e na informa o que estas podem fornecer Neste sentido as vari veis estat sticas podem ser classificadas como qualitativas ou como quantitativas pelo que as primeiras correspondem a vari veis cuja escala de medida somente indica a sua presen a em categorias de classifica o discreta exaustivas e mutuamente exclusivas e por sua vez as segundas equivalem a vari veis em que a sua escala de medida possibilita a ordena o e quantifica o das diferen as entre elas Maroco 2007 Com efeito na Tabela 15 encontra se efectivada a tradu o destes argumentos da literatura para a realidade pr tica da presente investiga o cf Tabela 15 Tabela 15 Caracteriza o das escalas de medida e das ari veis estat sticas integradas na presente investiga o e Escala Qualitativa Nominal a Question rio s cio demogr fico g nero estado civil categorias de idade b Mini Mult os 71 itens originais que se encontram subdivididos pelas categorias de resposta de verdadeiro ou falso categorias de normatividade psicopatologia tra adas a partir das notas T obtidas nas escalas de validade e nas escalas cl nicas c SCL9OR categorias de normatividade psicopatologia formuladas a partir das notas T obtidas nos ndices globais e nos ndices sintom ticos d Base de dados grupo de perten a dos 52 Perfil Personal stico e de S
88. que segundo o s autor es do Mini Mult e do SCL9R s o indicativas de exist ncia de indicadores e n o como defini o nica de um crit rio diagn sticos ou ate mesmo de um diagn stico efectivo de uma qualquer perturba o mental de tra os de personalidade ou de sintomatologia psicopatol gica diversa de car cter psicopatol gico e ou normativo importa enfatizar que para o efeito de minimizar a repeti o de voc bulos e dado que foi a categoria que juntamente com a denominada por faixa normativa mais se referenciou nas tabelas e coment rios de resultados determinou se que quando na presente discuss o nos referirmos categoria de indica o de psicopatologia estaremos a referir nos categoria de nota T gt 70 105 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Deste modo depreendemos que a obten o de pontua es elevadas na escala Frequ ncia pelos ASC s n o tiveram um sentido univoco pelo que urgiu a necessidade de efectuar um screenig retrospectivo no que concerne experi ncia decorrente da aplica o dos question rios face to face isto entre a avaliadora e cada um dos ASC s em contexto prisional pelo que poss vel asseverar que todas as situa es descritas nas al neas anteriores foram exibidas por este mesmo grupo de sujeitos A explica o deste facto parece ter sido dada por Lachar 1974 pelo que a correspond ncia entre os seus fundamentos co
89. que foi efectivado para o instrumento de avalia o da personalidade tamb m ao n vel do SCL90R se operou em jeito de averigua o do sentido e do grau de associa o entre os seus ndices sintom ticos e globais de sa de mental cf Tabela 61 Tabela 61 Principais resultados obtidos ao n vel das associa es existentes entre os ndices sintom ticos e globais de sa de mental Grau e Sentido das Associa es entre os ndices sintom ticos e globais de Sa de Mental Apurou se nos dois grupos da amostra a exist ncia de associa es positivas de grau alto bem como associa es positivas de grau muito alto Dada a clara proximidade do valor positivo 1 associa o perfeita optou se somente pelo debate do ltimo tipo de associa es ASC s obtiveram se associa es positivas de grau muito alto entre o ndice sintom tico e global de sa de mental designados por Sensibilidade Interpessoal e Global de Severidade bem como entre os ndices globais de sa de mental conotados por Global de Severidade e Total de Sintomas Positivos Sujeitos Normativos verificou se a presen a de associa es positivas de grau muito alto entre os ndices globais de sa de mental relativos ao Global de Severidade e Total de Sintomas Positivos De fronte para o sentido positivo aliado ao grau muito elevado das associa es obtidas pode declarar se de forma gen rica e alertando que embora n o se tenham referenciado os nomes espec ficos dest
90. que permite caracterizar os estilos de personalidade de adultos normais dos 18 aos 65 ou mais anos de vida Os 180 itens que comp em o instrumento est o organizados em 24 escalas que se agrupam em 12 pares e estes por sua vez agrupam se em tr s grandes reas Metas Motivacionais Modos Cognitivos e Comportamentos Interpessoais O MIPS R ainda composto por 3 indicadores de validade Impress o Positiva Impress o Negativa e Consist ncia no total s o avaliados 24 tra os de personalidade Principais Resultados Tabela 13 Discrimina o entre G neros verificou se que a escala denominada por orienta o para pelo pensamento revelou se a que melhor discriminava entre g nero masculino e feminino A mesma descreve um estilo cognitivo em que a informa o que captada sobre o mundo analisada de forma l gica e anal tica e em que os processos de tomada de decis o se baseiam em ju zos objectivos Nesta escala os homens apresentaram resultados m dios superiores aos das mulheres Por outro lado a escala designada por orienta o para os sentimentos que descreve um estilo cognitivo em que os ju zos s o formulados com base nos afectos e nos valores pessoais Tamb m se verificou ao n vel desta escala a possibilidade de discrimina o entre os dois g neros mas desta vez os resulatdos m dios s o superiores no grupo de mulheres Considerando as restantes escalas que contribuiram para a discrimina o entre o sexo
91. que se exprimem numa gama diversificada de contextos de natureza social e pessoal Assim sendo quando os mesmos adquirem um car cter inflex vel e desadaptativo passando a implicar incapacidade funcional significativa ou sofrimento subjectivo para o sujeito encontramo nos perante uma perturba o de personalidade Por sua vez a perturba o de personalidade conceptualizada como um padr o persistente de viv ncia ntima e de comportamento que se desvia de forma acentuada das expectativas da cultura na qual o indiv duo se encontra inserido note se que a descri o subsequente dos crit rios exigidos pela DSM IV TR para o diagn stico de perturba o de personalidade funda se apenas nos que melhor a caracterizam exceptuando se assim o crit rio E e F Este mesmo padr o deve manifestar se em duas ou mais das seguintes reas 1 cogni o e g forma de perceber e 35 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 interpretar a si mesmo aos outros e os acontecimentos 2 afectividade e g varia o intensidade labilidade e adequa o das respostas emocionais 3 desempenho interpessoal 4 controlo dos impulsos crit rio A o padr o persistente revela se inflex vel e abrange uma ampla gama de situa es pessoais e sociais crit rio B o padr o persistente provoca sofrimento clinicamente significativo ou preju zo ao n vel do funcionamento social ocupacional ou em outras
92. racioc nio atestou se ASC s exist ncia de associa es positivas de grau alto elevado entre os tra os personal stico Hipocondria e Histeria entre o tra o personal sticos Depress o e os tra os personal sticos Esquizofrenia e Psicastenia entre o tra o personal stico Desvio Psicop tico e os tra os personal sticos Psicastenia e Esquizofrenia e finalmente entre os tra os personal sticos Psicastenia e Esquizofrenia Sujeitos Normativos apurou se a presen a de associa es com o referenciado grau e sentido entre os tra os personal sticos Histeria e Hipocondria bem como entre os tra os personal sticos Esquizofrenia e Paran ia Analisando de forma global e integradora os principais resultados explicitados pode certificar se em linguagem de senso comum e advertindo que embora sem utilizarmos as designa es espec ficos das escalas cl nicas nos referimos unicamente s escalas cl nicas citadas na Tabela 58 que independentemente da pontua o obtida pelos ASC s ou pelos sujeitos normativos numa determinada escala cl nica os mesmos sujeitos pontuaram com o mesmo grau e sentido numa outra escala cl nica Por outras palavras um aumento de pontua o numa escala cl nica foi acompanhado ou encontrou se associado em m dia a acr scimos de pontua o com o mesmo grau e sentido numa outra escala cl nica Procurando contrastar os principais resultados obtidos com alguma literatura cient fica apurou se a exist
93. reas importantes da vida do indiv duo crit rio C APA 2000 p 689 Em s ntese pode referir se que enquanto campo da psicologia moderna o estudo da personalidade enra za se tanto na tradi o da pesquisa emp rica como na tradi o cl nica da psicoterapia mas ambas n o se fundem facilmente Por um lado assiste se inexist ncia de uma compreens o te rica comum que convirja para o estabelecimento de um paradigma dominante e por outro verifica se uma concep o de personalidade mais voltada para o seu reverso disfuncional e desadaptativo Cloninger 2003 1 6 3 As particularidades de dois grupos populacionais A presente investiga o assentou numa Abordagem Clinica do Profiling norteada para o estudo da Sa de mental e da Personalidade pelo que esbo ou como principais alvos dois grupos populacionais distintos um grupo constitu do por ASC s e um segundo constitu do por sujeitos da popula o normativa Deste modo revela se impreter vel tecer cruciais considera es acerca de ambos para que se torne claro o que se entende acerca de cada um dos mesmos quando se especifica a sua denomina o isolada 1 6 3 1 Abusadores Sexuais de Crian as Perfil Vs Grupo Heterog neo Frequentemente os profissionais numa perspectiva multidisciplinar e o p blico em geral pretendem saber quem que s o ou quem se pode revelar como potencial ASC s de crian as atrav s do estudo de certas caracter sticas s cio demogr
94. rias sendo pr adolescentes adolescentes adultos ou idosos n o existe exclusividade de g nero por m a maioria do sexo masculino em termos de funcionamento intelectual estes indiv duos podem ter habilita es liter rias superiores e outros podem possuir um QI m dio e ainda outros podem ter abandonado precocemente a escola e ou ter limita es intelectuais significativas de forma mais lata pode acrescentar se que os ASC s podem ser encontrados na maioria das ra as culturas estatutos s cio econ micos e tipos de religi es podem encontrar se em empregados ou desempregados casados envolvidos num relacionamento amoroso ou solteiros finalmente este tipo de sujeitos podem ou n o conhecer as v timas isto serem membros da fam lia da mesma e ou ser seu amigo conhecido A heterogeneidade do grupo de ASC s n o se reflecte somente neste plano s cio demogr fico como tamb m ao n vel da sua carreira delitiva Objectivamente existe um crescente reconhecimento que os ASC s podem n o ser exclusivamente especializados na pr tica isolada de crimes sexuais podendo tamb m cometer crimes de outra natureza e gravidade teoria da versatilidade vs especializa o tendo em conta a idade da v tima e o grau de coac o e ou viol ncia envolvido Veysey amp Zgoba 2010 Atendendo a todos estes factos poderia colocar se uma quest o Ser que este grupo populacional pass vel de possuir caracteristicas comuns que se re
95. sa de mental Perfil de Sa de Mental Normatividade vs Psicopatologia dos ndices sintom ticos e globais de Sa de Mental em fun o da vari vel Idade A indaga o da normatividade psicopatologia aliada aos ndices sintom ticos e globais de sa de mental em fun o da vari vel idade foi efectuada primeiramente atendendo aos valores alcan ados em m dia pelos ASC s e pelos sujeitos normativos e Diferen as Estatisticamente Significativas Tendo se operacionalizado o des gnio anterior verificou se a n o exist ncia de diferen as estatisticamente significativas para qualquer grupo de participantes da amostra ao n vel das referenciadas vari veis em contraste e Resultados Clinicamente Significativos ASC s apurou se que nos ndices sintom ticos de sa de mental relativos Sensibilidade Interpessoal Hostilidade e Psicoticismo bem como no ndice global de sa de mental alusivo ao Global de Severidade em m dia as pontua es de car cter psicopatol gico foram alcan adas pelos sujeitos com idade igual ou inferior a 45 anos Em contrapartida nos ndices sintom ticos de sa de mental designados por Somatiza o Obsess es Compuls es Depress o Ansiedade Ansiedade F bica e Idea o Paran ide bem como nos ndices globais de sa de mental respeitantes ao Total de Sintomas Positivos e Severidade dos Sintomas Presentes em m dias os resultados de evid ncia psicopatol gica foram obtidos por sujeitos
96. se enquadrou na categoria de nota T gt 60 isto 20 sujeitos 31 74 possu am idade lt 45 anos e outros 20 sujeitos 31 74 tinham idade gt 45 anos Por ltimo assinalaram se as constata es efectuadas ao n vel dos valores de probabilidade de signific ncia No que respeita ao grupo de investiga o e considerando um n vel de signific ncia de 5 aferiu se que Os Pyatores Oscilaram entre os 0 341 obtido no ndice sintom tico Ansiedade F bica e os 1 000 registado no ndice global respeitante ao Global de Severidade pelo que se apurou para a totalidade de ndices sintom ticos e globais do SCL9OR que Pyatores gt 0 05 Por outro lado no grupo de controlo e para um n vel de signific ncia de 5 OS Pyatores Variaram entre os 0 284 alcan ado no ndice sintom tico Ansiedade F bica e os 1 000 aferido no ndice global Severidade dos Sintomas Presentes pelo que para todos os incides sintom ticos e globais do SCL9OR se obtiveram Pyatores gt 0 05 Estes dois factos referentes aos dois grupos da amostra conduziram n o rejei o da hip tese nula relativa exist ncia de independ ncia entre as categorias de notas T e as categorias de idade cf Tabela 48 cf Anexo 17 Efectivados os des gnios supramencionados para as categorias de idade recorreu se de novo aplica o do teste de Qui Quadrado e prossecu o dos mesmos objectivos no entanto substitui se as referidas categorias de idade pelas categorias d
97. sexualmente abusivas aquando da sua inf ncia Aguiar 2007 1 4 2 Estudos de Incid ncia Realidade Nacional Vs Internacional No que respeita a esta linha de estudos e por interm dio da efectiva o de uma revis o bibliogr fica foi poss vel aceder a um conjunto de estudos nacionais e internacionais incluindo se neste panorama os pa ses da comunidade europeia e alguns pa ses anglo sax nicos que embora n o se destaquem pelo seu n mero avultado retratam os crit rios primordiais que norteiam a realiza o dos mesmos no momento fulcral da recep o de cada participa o queixa den ncia Estes crit rios fundamentais assentam no CP vigente em cada pa s ou seja na forma particular na qual cada legislador tipifica o crime de ASC e a sua natureza p blico ou semip blico Posterior a tais evid ncias imp e se referenciar que uma leitura fidedigna dos estudos de incid ncia se revela obstaculizada quando se parte da generaliza o dos crit rios explicitados anteriormente isto e a t tulo exemplificativo n o se pode analisar os estudos de incid ncia de ASC dos Estados Unidos da Am rica luz do CPP pois no primeiro pa s verificam se altera es na tipifica o do Crime de ASC entre os seus 50 estados dos quais s o exemplo o Texas e o Kansas Por outro lado a tomada desta posi o justifica se ainda no que respeita ao facto de se constatar que o CPP em termos da Sec o que integra os crimes contra a autodetermina
98. vel dos sistemas cardiovascular respirat rio gastrointestinal e muscular Deste modo este ndice constitui o grosso das manifesta es psicossom ticas ou funcionais embora possa tamb m reflectir uma patologia m dica subjacente Obsess es compuls es 0 C esta dimens o composta por dez itens itens 3 9 10 28 38 45 46 51 55 65 que descrevem condutas pensamentos e impulsos que o sujeito considera absurdos e indesej veis ou seja viv ncias e fen menos cognitivos caracter sticos das perturba es de personalidade obsessivo compulsivas Sensibilidade interpessoal S l esta dimens o constitu da por nove itens itens 6 21 34 36 37 41 61 69 73 que equivalem a sentimentos de timidez e de vergonha tend ncia para o sujeito se sentir inferior aos outros hipersensibilidade face a opini es e a atitudes alheias e inibi o ao n vel do estabelecimento e manuten o das rela es interpessoais Depress o D esta dimens o institu da por 13 itens itens 5 14 15 20 22 26 29 30 31 32 54 71 79 que reconhecem sinais e sintomas cl nicos relacionados com viv ncias disf ricas apatia e anergia ideias auto destrutivas e outras manifesta es cognitivas e som ticas dos estados depressivos Ansiedade ANS a dimens o de ansiedade integra dez itens itens 2 17 23 33 39 57 72 78 80 86 que reflectem sintomas cl ssicos da ansiedade cl nica tanto generalizada como aguda
99. vezes de anormal Com o decurso do conhecimento cient fico e remetendo para uma perspectiva contempor nea parece vir caindo cada vez mais por terra a validade da ideia de que os limites normais normalidade s o impostos pela aus ncia de psicopatologia Para sustentar esta nossa afirma o bastou nos apresentar argumentos que falam por si a OMS 2008 na Confer ncia Europeia de Alto N vel realizada em Bruxelas prestou se conhecimento de que as perturba es mentais est o a aumentar na Europa Estima se que quase 50 milh es de cidad os cerca de 11 da popula o possua alguma forma de perturba o mental das mais variadas etiologias A Depress o constitui em muitos Estados Membros da Uni o Europeia o problema de sa de com maior preval ncia b OMS 2004 mediante a elabora o do Relat rio sobre a Projec o da Mortalidade e da Carga Global de Doen a 2002 2030 demonstrou se a verdadeira dimens o das perturba es mentais atrav s da utiliza o de uma medida integrada de carga de 132 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 doen a em que se concebeu que um ano ajustado vivido com incapacidade Disability Adjusted Life Year DALY constitu do pela soma dos anos vividos com incapacidade e dos anos de vida perdidos Mediante este c lculo apurou se que as perturba es neuropsiqui tricas registam uma preval ncia agregada de cerca de 10 pa
100. voc bulos e de f cil compreens o adequabilidade interpretabilidade aceitabilidade e utilidade o SCL9OR tem tamb m dados provas da sua forte robustez psicom trica por interm dio da sua utiliza o em diferentes pa ses culturas ao n vel de diversas reas de sa de Carimbado o findar do escrut nio antecedente passamos a discutir os principais resultados obtidos pelos ASC s e pelos sujeitos normativos e que permitiram tra ar o seu perfil de sa de mental em fun o primordial de categorias de normatividade psicopatologia e posteriormente em fun o tamb m da vari vel de idade e de escolaridade cf Tabela 60 Tabela 60 Principais resultados obtidos ao n vel dos ndices sintom ticos e globais de sa de mental em fun o dos indicadores da sua normatividade psicopatologia e da vari vel idade e escolaridade Perfil de Sa de Mental Normatividade vs Psicopatologia dos ndices sintom ticos e globais de Sa de Mental ASC s constatou se que obtiveram em m dia as pontua es tradutoras de psicopatologia ao n vel dos ndices sintom ticos de sa de mental denominados por Idea o Paran ide Depress o Ansiedade Somatiza o Sensibilidade Interpessoal e Hostilidade bem como nos ndices globais de sa de mental denominados por Severidade dos Sintomas Presentes Global de Severidade e Total de Sintomas Positivos Sujeitos Normativos verificou se em m dia que os resultados indicativos de psicopato
101. 254 ANS 33 56 39 10 55 29 57 40 11 60 0 580 HOST 33 57 85 9 73 29 59 40 9 54 0 478 A F 33 51 36 15 00 29 55 10 16 00 0 308 I P 33 63 64 11 48 29 64 00 10 95 0 933 PSIC 33 53 76 15 40 29 55 97 14 33 0 606 GSI 33 58 94 12 23 29 62 03 11 30 0 342 Total S P 33 62 30 12 52 29 64 50 11 62 0 473 PSDI 33 46 67 9 65 29 49 53 8 88 0 193 Nota Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 Indices Sintom e Globais Indices Sintom ticos e Globais n Frequ ncias Absolutas Indices Sintom ticos SOM Somatiza o O C Obsess es Compuls es S l Sensibilidade Interpessoal D Depress o ANS Ansiedade HOST Hostilidade A F Ansiedade F bica I P Idea o Paran ide PSIC Psicoticismo Indices Globais GSI ndice Global de Severidade Total S P Total de Sintomas Positivos PSDI ndice de Severidade dos Sintomas Presentes Posteriormente recorreu se aplica o do teste n o param trico Kruskal Wallis tendo se inclu do neste ponto a vari vel ordinal escolaridade pelo que se preconizou o alcance de objectivos id nticos aos referenciados em prol da obten o da Tabela 44 Obtiveram se deste modo os resultados presentes na Tabela 45 pelo que se apurou no grupo de investiga o que em 8 dos 12 ndices mensurados pelo SCL90R em m dia as notas T mais elevadas foram registadas na categoria de escolaridade lt 1 Ciclo do Ensino B sico isto nos ndices sintom ticos Somatiza o n 25 X 68 32 S 6 88 Obses
102. 3 15 82 92 00 42 00 92 00 59 00 67 50 88 00 Hy 62 0 61 56 9 34 66 00 39 00 82 00 52 00 62 00 67 00 Pd 62 0 69 54 10 64 64 00 33 00 84 00 64 00 72 00 78 00 Pa 62 0 66 48 8 91 75 00 42 00 83 00 60 00 68 00 75 00 Pt 62 0 60 51 14 42 72 00 31 00 95 00 48 75 62 00 72 50 Sc 62 0 73 87 15 81 91 00 31 00 95 00 62 00 74 00 89 00 Ma 62 0 55 98 9 26 62 00 23 00 70 00 49 00 58 00 62 25 Escalas Grupo de Controlo Cl nicas n Desvio Percentis ede V O M dia Padr o Moda M nimo M ximo 25 50 755 Validade L 63 0 50 31 8 65 45 00 37 00 75 00 45 00 52 00 56 00 F 63 0 53 96 11 88 45 00 37 00 81 00 45 00 52 00 62 00 K 63 0 49 30 8 82 44 00 35 00 75 00 44 00 48 00 53 00 Hs 63 0 58 41 11 12 63 00 42 00 87 00 49 00 56 00 66 00 D 63 0 53 88 12 07 46 00 32 00 92 00 46 00 54 00 63 00 Hy 63 0 55 34 8 61 51 00 36 00 73 00 51 00 52 00 62 00 Pd 63 0 57 50 8 88 60 00 39 00 83 00 49 00 58 00 64 00 Pa 63 0 54 90 9 37 47 00 40 00 74 00 47 00 53 00 62 00 Pt 63 0 44 15 9 27 40 00 23 00 68 00 39 00 44 00 50 00 Sc 63 0 52 01 10 60 46 00 32 00 74 00 44 00 51 00 60 00 Ma 63 0 45 90 9 83 49 00 30 00 67 00 38 00 46 00 51 00 Nota n Frequ ncias Absolutas Frequ ncias Relativas V Frequ ncias Absolutas V lidas O Frequ ncias Absolutas Omissas M n M nimo M x M ximo Escalas de Validade L Mentira F Frequ ncia K Correc o Escalas Cl nicas Hs Hipocondria D Depress o Hy Histeria Pd Desvio Psicop tico Pa Paran ia Pt Psicastenia Sc Esquizofr
103. 43 10 90 0 032 Ma 24 49 00 8 83 32 44 34 10 15 7 42 43 10 13 0 027 Nota p lt 0 05 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 n Frequ ncias Absolutas DP Desvio Padr o 1 Ciclo E B 1 Ciclo do Ensino B sico 2 3 Ciclos do Ensino B sico Hs Hipocondria D Depress o Hy Histeria Pd Desvio Psicop tico Pa Paran ia Pt Psicastenia Sc Esquizofrenia Ma Hipomania No sentido de testar que valores foram efectivamente diferentes segundo a categoria de escolaridade recorreu se representa o do gr fico de barras para a apresenta o dos intervalos de confian a referentes s categorias de escolaridade em an lise tomando somente como refer ncia o grupo de controlo Pela an lise da Figura 3 foi poss vel efectuar uma compara o m ltipla de m dias de notas T e retirar conclus es acerca de quais os pares de categorias de escolaridade nos quais existiram diferen as estatisticamente significativas Assim sendo constatou se que para as escalas cl nicas Paran ia Esquizofrenia e Hipomania os sujeitos com escolaridade lt 1 Ciclo do Ensino B sico apresentavam valores m dios mais elevados comparativamente com os sujeitos que possu am escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico Entre as restantes categorias de escolaridade n o se verificou a exist ncia de diferen as estatisticamente significativas uma vez que se constatou uma sobreposi o dos intervalos de confian a cf
104. 60 engendr mos um racioc nio que nos pareceu inovador tendo em conta a literatura cient fica analisada ou seja primeiramente elucidou se o leitor acerca das brechas existentes em termos da investiga o cient fica realizada em torno do estudo da sa de mental em amostras forenses e n o cl nicas secundariamente descentr mo nos da preocupa o investigativa de justificar ponto a ponto os resultados por n s obtidos para nos centrarmos numa reflex o 121 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 global na qual se concebeu a Sa de Mental de acordo com os des gnios da OMS 2002 2003 2004 e com o modelo multifactorial de Lahtinen Lehtinen Riikonen e Ahonen 1999 ou seja formulou se um pondera o cr tica em torno da sa de mental tomando esta dimens o como uma preocupa o de Sa de P blica e n o somente como mais uma discuss o de resultados espec ficos de investiga o De modo complementar e sem cairmos no erro de perder de vista quais s o os dois grupos de sujeitos que nortearam a nossa investiga o optou se por um lado por apurar qual o processo ou condicionante principal associado ao cumprimento de pena e que pode interferir negativamente com a sa de mental de amostras forenses e por outro procurou se indagar quais os determinantes que podem ter implica es negativas ao n vel da sa de mental da popula o normativa No que concerne e
105. 67 43 15 40 0 763 GSI 25 70 07 6 17 30 67 40 12 51 7 67 00 12 00 0 893 Total S P 25 68 16 9 10 30 63 77 14 75 7 64 43 14 23 0 757 PSDI 25 68 00 8 76 30 70 73 7 31 7 67 86 8 37 0 431 Indices Grupo de Controlo Sintom e n M dia DP n M dia DP n M dia DP Pyalor Globais SOM 24 64 21 7 33 32 59 16 9 64 7 56 00 6 45 0 023 O C 24 62 54 10 58 32 59 31 10 44 7 51 00 9 30 0 083 S l 24 61 29 11 04 32 57 69 13 94 7 52 43 11 58 0 183 D 24 58 29 11 27 32 53 88 11 97 7 44 71 9 46 0 051 ANS 24 61 50 9 10 32 55 00 12 15 7 49 57 0 97 0 009 HOST 24 61 63 10 04 32 57 53 9 56 7 53 00 9 69 0 035 A F 24 55 08 16 57 32 53 47 15 34 7 45 00 10 66 0 359 I P 24 67 46 11 55 32 62 84 9 53 7 55 71 12 91 0 012 PSIC 24 61 08 11 72 32 53 78 15 27 7 38 00 6 85 0 014 GSI 24 64 92 10 45 32 59 41 11 90 7 49 57 8 08 0 014 Total S P 24 66 83 10 12 32 62 63 12 53 7 54 71 12 61 0 091 PSDI 24 53 00 10 28 32 45 75 7 69 7 41 43 3 30 0 003 Nota p lt 0 05 Grupo de investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 Indices Sintom e Globais Indices Sintom ticos e Globais 1 Ciclo E B lt 1 Ciclo do Ensino B sico 2 3 Ciclos E B 2 3 Ciclos do Ensino B sico DP Desvio Padr o n Frequ ncias Absolutas Indices Sintom ticos SOM Somatiza o O C Obsess es Compuls es S I Sensibilidade Interpessoal D Depress o ANS Ansiedade HOST Hostilidade A F Ansiedade F bica I P Idea o Paran ide PSIC Psicoticismo Indices Globais GSI Global d
106. ASC s caracteriza va se pela aplica o de question rios de personalidade para mensurar de modo id ntico a sa de mental c recurso Abordagem Cl nica do Profiling em Portugal os nicos estudos existentes realizados sob a filosofia do Profiling direccionaram se em exclusivo para a aplica o da Abordagem Estat stica por seu turno a n vel internacional embora se verifique a exist ncia de investiga o cient fica que tivesse aplicado a Abordagem Cl nica do Profiling as amostras eram constitu das por sujeitos que tinham cometido crimes que n o os sexuais posteriori declaramos que as potencialidades que derivaram dos resultados por n s obtidos analisados e interpretados funcionaram como triggers de uma reflex o critica que abonou a favor da coloca o de uma pan plia de quest es Estas por sua vez objectivaram o despertar de consci ncias e ceder pistas face ao desenvolvimento de investiga es futuras que poderiam e deveriam ter implica es a n vel cient fico social pol tico que engloba por sua vez o dom nio educacional de justi a etc e obviamente a n vel Humano De forma directa e relativamente aos ASC s lan mos como quest es At que ponto os resultados por n s obtidos n o v o ao encontro do que alguns pa ses como os Estados Unidos da Am rica j reconheceram h alguns anos isto a necessidade de desenvolvimento e de implementa o de programas de tratamento para ASC s
107. Absolutas Frequ ncias Relativas lt 1 Ciclo E B Escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico 2 3 Ciclos E B Escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico Hs Hipocondria D Depress o Hy Histeria Pd Desvio Psicop tico 217 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 15 Continua o Tabela 38 Tabela 38 Teste do Qui Quadrado para a distribui o de frequencias absolutas e relativas de cada grupo de participantes da amostra em fun o das categorias de notas T e das categorias de escolaridade Grupo de Grupo de Escalas Categorias de Categorias de Investiga o Controlo Cl nicas Notas T Escolaridade Totais x Totais x p valor p valor lt 1 Ciclo E B n 11 19 17 74 30 15 2 3 Ciclos E B n 16 32 Nota T270 25 80 50 79 Ensino Secund rio n 3 6 Pa 4 83 9 52 lt 1 Ciclo E B n 14 0 751 5 0 009 22 58 7 93 Faixa Normativa 2 3 Ciclos E B n 14 0 Nota T31 50 69 22 58 0 00 Ensino Secund rio n 4 1 6 45 1 58 lt 1 Ciclo E B n 10 0 16 12 0 00 Nota T gt 70 2 3 Ciclos E B n 10 0 16 12 0 00 Ensino Secund rio n 3 0 4 83 0 00 lt 1 Ciclo E B n 15 22 24 19 34 92 Pt Faixa Normativa 2 3 Ciclos E B n 20 30 Nota T31 50 69 32 25 0 830 47 61 0 587 Ensino Secund rio n 4 7 6 45 11 11 lt 1 Ciclo E B n 0 2 0 00 3 17 Nota T lt
108. Benito J 2009 The prevalence of child sexual abuse in community and student samples A meta analysis Clinical Psychology Review 29 328 338 Pestana M amp Gageiro J 2008 An lise de dados para Ci ncias Sociais A complementaridade do SPSS 5 ed revista e corrigida Lisboa Edi es Silabo Pestana J 2010 A Sa de Mental dos Portugueses On Line http pt scribd com doc 44800941 A Saude Mental Dos Portugueses Peters S Wyatt G amp Finkelhor D 1986 Prevalence In D Finkelhor Ed A sourcebook on child sexual abuse pp 15 59 California Sage Publications Polaschek D Hudson S Ward T amp Siegert R 2001 Rapists offence processes A preliminary descriptive model Journal of Interpersonal Violence 16 6 523 544 Prescott A Bank L Reid J Knutson J Burraston B amp Eddy J 2000 The veridicality of punitive childhood experiences reported by adolescents and young adults Child Abuse amp Neglect 24 3 411 423 Public Health Agency of Canada 2003 Canadian Incidence Study of Reported Child Abuse and Neglect Major Findings pp 1 162 Canad Minister of Public Works and Government Services of Canada Queiroz M Vicente V Alves C Silva C amp Negreiro F 2009 Sa de em Mapas e N meros Eurotrials Boletim informativo 28 1 4 Rebocho M 2007 A Caracteriza o do Violador Portugu s Um estudo Explorat rio Coimbra Almedina Ribeiro
109. CPP Deste modo o primeiro per odo temporal demarcado entre 2002 e 2007 carece de especial considera o pois a determina o e a justifica o do ano de in cio do referido intervalo de tempo assenta na altera o da natureza de semip blico para p blico do crime de ASC em Agosto de 2001 Lei n 99 2001 de 25 de Agosto Neste sentido da leitura dos RASI s desta primeira faixa temporal devem tecer se algumas aprecia es ou seja nos RASI s elaborados para ilustrar a incid ncia de ASC s em Portugal desde o ano de 2002 a 2007 os dados referenciados partiam de uma conceptualiza o geral relativa descri o e an lise das participa es registadas estabelecendo para tal uma subdivis o da criminalidade em cinco categorias a crimes contra as pessoas nos quais se fazia men o aos crimes sexuais 23 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 incluindo nesta categoria todos os crimes contra a liberdade e auto determina o sexual n o discriminando em especifico para cada crime a totalidade de participa es recebidas b crimes contra o patrim nio c crimes contra a vida em sociedade d crimes contra o Estado e crimes previstos em legisla o penal avulsa Os resultados apresentados em cada uma destas categorias reflectiam o total de participa es efectuadas OPC por m o mesmo m todo n o era adoptado no t pico que permitia aceder e analisar as cifras espec
110. Cidade da Covilh e do Fund o os sujeitos da popula o normativa eram questionados em locais p blicos e g ruas ou caf s acerca da possibilidade de participar no estudo por interm dio da explica o dos seus objectivos dos crit rios de inclus o exclus o estipulados e finalmente do pedido de consentimento informado Devido acentuada n o ades o ao estudo justificada pela popula o normativa pela natureza da tem tica em investiga o perspectivou se um plano complementar versado para a constitui o do grupo de controlo assente na desloca o ao p lo IV da Universidade da Beira Interior Faculdade de Ci ncias Sociais e Humanas Mais especificamente desloquei me s aulas das unidades curriculares denominadas por Psicologia da Gravidez e da Parentalidade leccionada pela Prof Paula Carvalho e Introdu o Neuropsicologia leccionada pelo Prof Doutor Luis Maia ambas destinadas a alunos do 1 2 e 3 ano do 1 Ciclo do Curso de Psicologia No primeiro contacto estabelecido em ambas as unidades curriculares foram explicados os objectivos e a pertin ncia do estudo os question rios utilizados cf Anexo 9 10 e 11 e os crit rios de inclus o e de exclus o da amostra Em fun o somente dos crit rios de inclus o delimitados para o grupo de controlo questionaram se os alunos se conheciam alguma pessoa que os preenchesse e que considerariam que poderia e aceitaria eventualmente participar na investiga
111. Depress o com a Paran ia sujeitos inseguros e que propenso auto culpabiliza o tend ncia acentuada para projectar as pr prias sensa es de incapacidade face aos outros ou face ao pr prio contexto ressentimentos face aos que os rodeiam culpabilizando os das suas limita es incapacidades no sentido de tornar essa frustra o mais toler vel para a sua auto estima hipersensibilidade e receio de ser alvo de cr ticas baixa toler ncia frustra o b combina o da Depress o com a Esquizofrenia sujeitos que possuem acentuados sentimentos de culpa e de menos valia enquanto pessoa tend ncia ao isolamento social tend ncia para a fixa o de metas que n o se encontram ajustadas com as suas reais capacidades timidez perante o estabelecimento e ou manuten o de rela es interpessoais Remetendo a ptica de an lise para os sujeitos normativos pode declarar se que estabelecemos o c digo 14 enquanto representante do seu perfil personal stico A n vel interpretativo o mesmo significou a c digo 1 Hipocondria indicativo de sujeitos bem adaptados inteligentes optimistas com iniciativa e ambiciosos demonstram ser pessoas seguras e eficazes na sua vida di ria expressam poucas queixas ou problemas som ticos podendo dizer se que devido ao elevado envolvimento na sua vida di ria podem por vezes descurar a sua aten o ou preocupa o face sua pr pria sa de b c digo 4 Desvio Psicop tico indicativo de s
112. Finkelhor Hotalig Lewis e Smith 1990 Principais Resultados 28 das mulheres e 16 dos homens afirmaram ter sido v timas de abuso sexual durante a sua inf ncia Investiga o Il Autores Ano L pez Fuertes Zapian Carpinteiro Hernandez e Martins 1994 Principais Resultados 23 das mulheres e 15 dos homens confessaram ter sido v timas de abuso sexual na inf ncia Panorama Nacional Investiga o Autores Ano Oliveira Santos e Fernandes de 1990 a 1993 Principais Resultados 33 dos casos cl nicos Investiga o Autor Ano F vero 2003 Principais Resultados 3 7 dos homens e 9 9 das mulheres expuseram que tinham sido v timas de acompanhados na consulta de Psiquiatria abusos sexuais durante a inf ncia Infantil do Departamento de Pedopsiquiatria e na consulta de Sa de Materno infantil e Juvenil do Centro Hospitalar de Coimbra possu am em termos de hist ria cl nica experiencia s de abuso sexual na inf ncia Investiga o Il Autores Ano N cleo de Estudos e Apoio Crian a Maltratada e Fam lia em Lisboa de 1985 a 1987 Principais Resultados 55 dos casos cl nicos acompanhados os sujeitos relataram que tinham sido v timas de abuso sexual na inf ncia Fonte Adaptado de F vero 2003 Da totalidade de estudos apresentados constatou se ao n vel dos estudos de preval ncia com base em amostras n o cl nicas a impossibilidade de citar uma segunda inv
113. Hipocondria Depress o Histeria Paran ia e Psicastenia a maior soma de ASC s e de sujeitos normativos denotou a posse de indicadores de normatividade embora em termos de frequ ncias absolutas o segundo grupo de sujeitos tenha revelado uma supremacia num rica comparativamente com o primeiro grupo de sujeitos No que respeita aos tra os personal sticos Desvio Psicop tico e Esquizofrenia o maior n mero de ASC s demonstrou possuir indicadores de psicopatologia e inversamente o maior n mero de sujeitos normativos ostentou indicadores de normatividade e Resultados Clinicamente Significativos ASC s apurou se nos tra os de personalidade de Esquizofrenia e Desvio Psicop tico que o maior n mero destes sujeitos denotou a posse de indicadores de psicopatologia Todavia importa ressalvar uma importante constata o por n s efectuada isto embora o tra o de personalidade Depress o se tenha revelado em segundo lugar enquanto escala cl nica na qual os sujeitos em m dia mais pontuaram tal evid ncia n o se reflectiu aquando do posicionamento dos sujeitos em fun o das categorias de normatividade psicopatologia dos tra os personal sticos Por outras palavras verificou se em espec fico para o tra o de personalidade Depress o que a maior frequ ncia absoluta e relativa de sujeitos deixou patente indica es acerca da sua normatividade tendo sobressa do em sua vez o j referenciado tra o de personalidade respectivamente o D
114. Kocsis 2004 Estes primeiros passos embora n o representando uma escola de pensamento consistiram em esfor os independentes de v rios profissionais de Sa de Mental que contribuiram para a concep o do Profiling enquanto ferramenta til ao n vel da investiga o criminal bem como para destacar as compet ncias do Psic logo e ou Psiquiatra aquando da aplicabilidade da mesma Kocsis 2006 G noves 2007 Segundo uma ptica de an lise mais actual esta Abordagem Cl nica do Profiling prevalece mas afirmando se enquanto dom nio mais alargado ao n vel da conjuntura da sua realiza o ou seja embora a aplicabilidade desta t cnica esteja tradicionalmente associada s necessidades de investiga o criminal e g aquando da investiga o de um criminoso suspeito n o identificado reconhece se actualmente a sua utilidade e validade em fases posteriores identifica o e deten o do criminoso Com efeito e de acordo com Ressler 1988 cit in Toutin 2000 a investiga o de um criminoso que tenha cometido um crime abrangido pelo campo de actua o do Profiling deve ser efectuada em meio prisional pois trata se de um contexto que permite efectuar o estudo dos comportamentos e ou das caracter sticas personalisticas e mentais do mesmo sujeito bem como aprofundar o conhecimento acerca do como e porqu das suas ac es passadas o seu modus operandi crit rios de escolha da v tima a sua historia familiar escolar e o
115. O C 62 0 64 90 75 00 12 92 34 00 75 00 58 75 67 00 75 00 S l 62 0 66 21 75 00 13 24 34 00 75 00 58 00 75 00 75 00 D 62 0 68 04 75 00 10 60 34 00 75 00 66 00 75 00 75 00 ANS 62 0 67 00 75 00 12 75 34 00 75 00 60 00 75 00 75 00 HOST 62 0 62 95 75 00 15 75 34 00 75 00 51 00 75 00 75 00 A F 62 0 59 61 75 00 18 73 34 00 75 00 34 00 75 00 75 00 l P 62 0 70 38 75 00 10 26 34 00 75 00 75 00 75 00 75 00 PSIC 62 0 66 30 75 00 14 11 34 00 75 00 61 75 75 00 75 00 GSI 62 0 68 71 75 00 10 32 37 00 75 00 66 00 75 00 75 00 Total S P 62 0 65 61 75 00 12 67 37 00 75 00 57 75 75 00 75 00 PSDI 62 0 69 30 75 00 8 03 49 00 75 00 67 00 75 00 75 00 Indices Grupo de Controlo Sintom n M dia Moda Desvio Min M x Percentis e Globais V O Padr o 25 50 75 SOM 63 60 73 67 00 8 89 34 00 75 00 54 00 63 00 67 00 59 61 67 00 10 78 34 00 75 00 51 00 60 00 67 00 58 47 67 00 12 76 34 00 75 00 49 00 63 00 67 00 54 54 42 00 12 00 34 00 75 00 42 00 55 00 63 00 56 87 67 00 10 99 34 00 75 00 49 00 57 00 67 00 58 58 58 00 9 59 34 00 75 00 51 00 58 00 67 00 53 14 34 00 15 47 34 00 75 00 34 00 58 00 67 00 63 81 75 00 11 47 34 00 75 00 58 00 67 00 75 00 54 81 34 00 14 83 34 00 75 00 34 00 57 00 67 00 60 41 75 00 11 80 37 00 75 00 51 00 60 00 70 00 Total S P 63 63 34 75 00 12 05 37 00 75 00 55 00 67 00 75 00 PSDI 63 48 03 43 00 9 33 34 00 75 00 43 00 46 00 54 00 Nota Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 n Frequ ncias Absolutas V Frequ ncias Absoluta
116. P de proveni ncia dos sujeitos Estabelecimento Prisional Guarda Covilh Castelo Branco Carregueira Total de sujeitos indicados pelo EP 32 4 1 45 Total de sujeitos que aceitaram 32 4 1 37 participar no estudo Total de sujeitos que n o aceitaram 0 0 0 8 participar no estudo Total de sujeitos que foram inclu dos 32 2 1 28 no grupo de investiga o Total de sujeitos excluidos do grupo de 0 2 0 9 investiga o Nota Ap s a recep o e o respectivo diferimento v lido das cartas enviadas Direc o Geral dos Servi os Prisionais DGSP a mesma organiza o prestou a cada um dos EP s o devido conhecimento relativo autoriza o cedida para a realiza o da investiga o Aquando da recep o deste documento formal cada EP seleccionou de entre a totalidade de ASC s que se encontravam a cumprir pena na condi o de tr nsito em julgado os que cumpriam os requisitos para participarem na presente investiga o Tabela 18 Explicita o dos argumentos relativos exclus o de sujeitos do grupo de investiga o em fun o do seu EP de perten a Estabelecimento Argumento justificativo da exclus o dos sujeitos da perten a ao grupo de Prisional investiga o Os dois sujeitos exclu dos n o cumpriam a totalidade dos crit rios de inclus o determinados para o grupo de investiga o pois um destes sujeitos encontrava se na Regional da condi o de tr nsito em julgado mas a cumprir pena devido pr tica do crime
117. Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 14 Tabela 37 Tabela 37 Teste do Qui Quadrado relativo distribui o das frequ ncias absolutas de cada grupo de participantes da amostra pelas escalas cl nicas do Mini Mult em fun o das categorias de notas T e das categorias de idade 211 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 212 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Tabela 37 Teste do Qui Quadrado relativo distribui o das frequ ncias absolutas e relativas de cada grupo de participantes da amostra pelas escalas clinicas do Mini Mult em fun o das categorias de notas T e das categorias de idade Grupo de Grupo de Controlo Escalas Categorias de Categorias Investiga o Cl nicas Notas T de Idade 2 x Totais p valor Totais p valor lt 45 n 7 4 Nota T gt 70 11 29 6 34 gt 45 n 16 6 25 80 9 52 Hs lt 45 n 26 0 012 29 0 610 Faixa Normativa 41 93 46 03 Nota T31 50 69 gt 45 n 13 24 20 96 38 09 lt 45 n 12 2 Nota T gt 70 19 35 3 17 gt 45 n 17 2 27 41 3 17 D lt 45 n 21 0 134 31 1 000 Faixa Normativa 33 87 49 20 Nota T31 50 69 gt 45 n 12 28 19 35 44 44 lt 45 n 5 2 Nota T gt 70 8 06 3 17 gt 45 n 11 2 17 74 3 17 Hy lt 45 n 28 0 079 31 1 000 Faixa Normativa 45 16 49 20 Nota T31 50 69
118. Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Introdu o PSP acusado de abuso sexual de crian a vai ser julgado 13 de Junho de 2009 Correio da Manh Professor acusado de abuso sexual continua a leccionar 14 de Dezembro de 2010 Correio da Manh Pedreiro acusado de violar menor 25 de Maio de 2011 Correio da Manh Tantas vezes somos invadidos por estas e tantas outras e id nticas manchetes de jornais que outrora eram uma esp cie de letrinhas pequeninas de contratos que ningu m ousava ler mas que actualmente se converteram no prato dia que as mesmas foram semeando em n s o intento de estudar os seus actores principais os Abusadores Sexuais de Crian as doravante ASC s Como reina na saberia popular portuguesa Tantas vezes o c ntaro vai fonte que um dia deixa l a asa ou a sua fronte pelo que connosco a hist ria n o foi diferente Perante a manchete Abusos Sexuais de Crian as Abusador n o tem perfil especifico 13 de Maio de 2008 Expresso a asa dos mass media deixou em definitivo na nossa pessoa o derradeiro mote para partir para essa aventura que a investiga o No sentido de enquadrar e justificar introdutoriamente a tem tica pode declarar se e segundo Flora 2001 que muito e muito mais se tem escrito sobre as v timas do que sobre os ASC s pelo que o aprofundar do conhecimento acer
119. Posteriormente quando se partiu para a execu o do estudo semelhante ao efectuado para o Mini Mult ou seja quando se procedeu implica o estat stica das categorias de normatividade psicopatologia bem como s categorias de idade e de escolaridade efectuaram se cruciais constata es No que respeita vari vel idade aferiu se que em m dia os sujeitos normativos alcan aram pontua es tradutoras de psicopatologia ao n vel de 3 ndices sintom ticos e de 2 ndices globais Por m quando se analisaram os resultados mediante a considera o das categorias de normatividade psicopatologia e das categorias de idade vislumbrou se a adi o sob o n mero anterior de mais 2 ndices sintom ticos na qual os sujeitos normativos assinalaram o seu car cter psicopatol gico Relativamente vari vel escolaridade quando se analisou primeiramente os valores obtidos em m dia pelos sujeitos normativos em cada ndice sintom tico e global de sa de mental apurou se em 9 dos 12 ndices a exist ncia de valores que evocavam a presen a de sintomatologia psicopatol gica Contrariamente ao esperado quando se contrastou os dois grupos de participantes em fun o das categorias de normatividade psicopatologia e das categorias de escolaridade somente em 7 dos 9 ndices precedentes se verificou que o maior n mero de sujeitos representou a categoria de psicopatologia No entanto n o deixa de ser clinicamente significativo que mesmo nos ndic
120. Prisionais Presta se conhecimento que o referenciado pedido foi j analisado e validado pela Direc o Geral de Servi os Prisionais tendo a mesma institui o oficializado a comunica o do seu parecer positivo para a realiza o do estudo j efectuado no Estabelecimento Prisional de Castelo Branco e Estabelecimento Prisional Regional da Covilh mediante a formaliza o de uma carta endere ada ao Departamento de Psicologia e Educa o da Faculdade de Ci ncias Sociais e Humanas pertencente Universidade da Beira Interior que segue em anexo Em conformidade com o que v m sendo exposto a pretendida investiga o preconiza como principal des gnio acad mico cient fico a elabora o de um Perfil Personal stico e Mental de Abusadores Sexuais que se encontrem condenados com tr nsito em julgado A sua operacionaliza o metodol gica assenta na constitui o de um grupo de investiga o composto por abusadores sexuais com tr nsito em julgado e por um grupo normativo constitu do por indiv duos emparelhados pelas vari veis de idade g nero e grau de escolariza o A fim de alcan ar o exposto objectivo pretende se aplicar aos grupos descritos dois instrumentos de Avalia o Psicol gica Em conformidade com o que foi manifesto justifica se o presente pedido de autoriza o visto que a natureza do grupo de investiga o exige a execu o do referido procedimento de avalia o em contexto prisional segue em anexo
121. Profilage criminel petit historique Revue Internationale de Sociologie et de Sciences Sociales 4 1 1 8 Thornton L Finch A amp Griffin J 1975 The Mini Mult wth Criminal Psychiatric Patients Journal of Personality Assessment 39 4 394 397 Toutin T 2000 Les origins du profilage criminal Revue Internationale de Criminologie et de Police Technique et Scientifique 1 105 119 Toutin T 2002 Ultraviolence et profilage criminologique Revue Fran aise de Sociologie 43 195 207 151 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Turvey B 2008 Criminal Profiling An introction to behavioral evidence analysis 3 ed USA Elsevier UNICEF 2005 The Media and Children Rights 2 ed United Kingdom Mediawise United States Department of Health amp Human Services 2007 Child Maltreatment pp 2 180 Washington DC United States Government Printing Office Veysey B amp Zgoba K 2010 Sex offenses and offenders reconsidered An investigation of characteristics and correlates over time Criminal Justice and Behavior 37 5 583 595 Vidal J 1997 Direitos de Menores e Menores de Direito Actas do Semin rio Nacional sobre Abusos Sexuais de Crian as e Adolescentes 111 114 Wilson P Lincoln R amp Kocsis R 1998 Validity utility and ethics of profiling for serial violent and sexual offenders Humanities amp Social Sciences P
122. R em fun o das categorias de notas T e das categorias de escolaridade Grupo de Grupo de ndices Categorias de Categorias de Investiga o Controlo Sintom ticos Notas T Escolaridade Totais x Totais x e Globais p valor p valor lt 1 Ciclo E B n 23 17 37 09 26 98 2 3 Ciclos E B n 23 16 Nota T gt 60 37 09 25 39 Ensino Secund rio n 6 1 GSI 9 67 1 58 lt 1 Ciclo E B n 2 0 285 7 0 020 3 22 11 11 Faixa 2 3 Ciclos E B n 7 16 Normativa 11 29 25 39 Nota T34 59 Ensino Secund rio n 1 6 1 61 9 52 lt 1 Ciclo E B n 21 18 33 87 28 57 2 3 Ciclos E B n 20 18 Nota T260 32 25 28 57 Ensino Secund rio n 4 2 Total de 6 45 3 17 Sintomas lt 1 Ciclo E B n 4 0 212 6 0 067 Positivos 6 45 9 52 Faixa 2 3 Ciclos E B n 10 14 Normativa 16 12 22 22 Nota T34 59 Ensino Secund rio n 3 5 4 83 7 93 lt 1 Ciclo E B n 18 4 29 03 6 34 2 3 Ciclos E B n 26 0 Nota T gt 60 41 93 0 00 Ensino Secund rio n 5 0 PSDI 8 06 0 00 lt 1 Ciclo E B n 7 0 351 20 0 017 11 29 31 74 Faixa 2 3 Ciclos E B n 4 32 Normativa 6 45 50 79 Nota T34 59 Ensino Secund rio n 2 RR 3 22 11 11 Nota p lt 0 05 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 n Frequ ncias Absolutas Frequ ncias Relativas x Qui quadrado Pyaior Valor de probabilidade de signific ncia lt 1 Ciclo E B Escolaridade igual ou inferior ao 1 Cic
123. SC passou ainda a tipificar mediante o acrescento da al nea c do ponto 3 do artigo 172 comparativamente com o mesmo artigo no CP de 1995 a puni o de condutas daquele que exibisse ou cedesse a qualquer tipo ou por qualquer meio fotografia filme ou grava o pornogr fica em que se utilizasse um menor de 14 anos Alfaiate 2009 cf Tabela 3 Tabela 3 Tipifica o do Crime de ASC segundo o C digo Penal Portugu s de 1998 Artigo 172 Abuso Sexual de Crian as 1 Quem praticar acto sexual de relevo com ou em menor de 14 anos ou o levar a pratic lo consigo ou com outra pessoa punido com pena de pris o de 1 a 8 anos 2 Se o agente tiver c pula coito anal ou coito oral com menor de 14 anos punido com pena de pris o de 3 a 10 anos 3 Quem a Praticar acto de car cter exibicionista perante menor de 14 anos b Actuar sobre menor de 14 anos por meio de conversa obscena ou de escrito espect culo ou objecto pornogr ficos c Utilizar menor de 14 anos em fotografia filme ou grava o pornogr ficos ou d Exibir ou ceder a qualquer t tulo ou por qualquer meio os materiais previstos na al nea anterior punido com pena de pris o at 3 anos 4 Quem praticar os actos descritos no n mero anterior com inten o lucrativa punido com pena de pris o de 6 meses a 5 anos Fonte Lei n 65 98 de 2 de Setembro Sucedidos 3 anos ap s a supracitada revis o do CPP ocorre uma outra na qual as p
124. SC s e dos sujeitos normativos somente se pode prefigurar como finalizado aquando do acrescento das conclus es efectuadas em torno das medidas de sofrimento psicopatol gico geral relembra se o leitor que estas foram avaliadas atrav s dos ndices globais do SCL90R Neste sentido concluiu se que os ASC s e independentemente das categorias de idade e ou de escolaridade implicadas apresentaram superior intensidade ps quica e psicossom tica e uma maior amplitude e diversidade de sintomatologia comparativamente com os sujeitos normativos No entanto destaca se que o car cter psicopatol gico encontrou se associado a estas duas medidas globais de sa de mental e em ambos os grupos de sujeitos Por conseguinte e relativamente terceira medida de sofrimento psicopatol gico apurou se que os ASC s possu am uma intensidade sintom tica m dia de ndole psicopatol gica facto inverso ao constatado nos sujeitos normativos na qual emergiu um car cter de normatividade Aglutinando as conclus es tecidas em prol do perfil personal stico e de sa de mental de ambos os grupos de sujeitos perfez se uma conclus o global ou seja do ponto de vista cl nico constatou se que os ASC s possu am indicadores mais acentuados de distress psicol gico a n vel personal stico e de sa de mental comparativamente com os sujeitos normativos 135 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Seguidamente op
125. Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 jovens desapareceram para dar lugar a uma nova concep o de protec o de todo o sujeito menor seja qual for a sua idade Dias 1999 1 4 Incid ncia e Preval ncia do Abuso Sexual de Crian as 1 4 1 Considera es Gerais De acordo com Paulino 2009 a verdade escondida em torno do ASC encontra se dependente da realiza o de estudos de Incid ncia e de Preval ncia De modo esclarecedor os estudos de incid ncia correspondem investiga o de car cter contabil stico em termos da totalidade de casos que tiveram lugar num determinado per odo de tempo de uma determinada localidade ou pa s no decurso da marca temporal de um ano A informa o pass vel de cr dito neste tipo de estudo epidemiol gico obtida mediante o n mero de queixas participa es den ncias apresentadas s entidades policiais e ou aos Tribunais e ou aos organismos de protec o inf ncia Por seu turno os estudos de preval ncia versam como principal des gnio a identifica o da propor o de pessoas que sofreram de abusos sexuais na inf ncia utilizando como fontes de informa o a d ade em causa nestas experi ncias traum ticas ou seja as v timas e os abusadores Neste sentido a l gica subjacente a este tipo de investiga o de ndole retrospectivo assenta no questionamento destas duas popula es em idade adulta sobre a sua viv ncia ou n o de tais experiencias
126. Urbaniza o Em diversas investiga es tem sido encontrada uma associa o entre viver em cidades com elevada densidade populacional e possuir um maior risco de desenvolver perturba o mental Esta associa o tem sido explicada atrav s de motivos diversos tais como o enfraquecimento dos la os familiares a adop o de estilos de vida menos saud veis e g com menor pr tica de exerc cio f sico obesidade polui o ambiental a viv ncia di ria sobre elevados niveis de stress a exposi o a n veis elevados de viol ncia etc Por outro lado residir em meios rurais parece gerar condi es prop cias face ao desenvolvimento de perturba es mentais devido ao isolamento falta de transportes e comunica es dificuldade no acesso a meios de educa o e de forma o profissional falta de oportunidades econ micas e ainda s dificuldade de acesso a cuidados sa de mental e ou prim rios Y Experi ncias Precoces Ambiente Familiar O estabelecimento de rela es afectivas est veis com os pais ou com as figuras de refer ncia s o fundamentais para que ocorra um desenvolvimento psicol gico e intelectual normal uma adequada regula o emocional bem como o desenvolvimento de mecanismos de coping para lidar com situa es adversas stressantes de vida Se tal n o decorrer na inf ncia as repercuss es estender se o at a idade adulta pelo que as potencialidades referenciadas transformam se em d fices e culminam num m
127. a o cient fica 98 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 cuja metodologia tivesse assentado na aplica o de instrumentos com a mesma TAA I do Mini Mult e do SCL90R O assumir deste posicionamento investigativo justificou se no sentido em que a formula o e a significa o dos constructos dos question rios referenciados foi efectuada pelos seus pais autores de refer ncia assente numa vasta pr tica cl nica e ou investigativa Logo expor debater e fundamentar os resultados por n s obtidos segundo a l gica supramencionada parece ter nos dado garantia de que se est o a estabelecer elos comparativos equitativos ao n vel dos constructos personal sticos e ou de sa de mental avaliados Tal garantia n o se revelaria tang vel e recorrendo a um exemplo para potenciar a compreens o do que vendo sendo exposto aquando da discuss o entre os resultados obtidos no Mini Mult e os aferidos num outro estudo cient fico que tivesse utilizado o MCMI III isto porque os constructos avaliados por este ltimo foram determinados imagem e semelhan a das perturba es mentais e ou quadros cl nicos que integram o eixo e o eixo Il do DSM IV TR Heim amp Westen 2009 Findo o esclarecimento precedente deve aludir se o leitor de que foi poss vel aceder a literatura cient fica embora em n mero muito reduzido polarizada metodologicamente nos dois eixos de pesquisa
128. a o enviado Direc o Geral dos Servi os Prisionais ao Estabelecimento Prisional Regional da Guarda e da Covilh e ao Estabelecimento Prisional de Castelo Branco e Carregueira 173 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 174 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Universidade da Beira Interior Faculdade de Ci ncias Sociais e Humanas gt E IS PA E g e Departamento de Psicologia e Educa o e to aa D LABORE ATOS Projecto de Investiga o Parte 1 Informa o sobre a candidatura 1 1 Especialidade Psicologia Cl nica e da Sa de 1 2 T tulo Provis rio Perfil Personal stico e Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 1 3 Identifica o do candidato Filipa Soraia de Oliveira Rebelo Carrola Licenciada em Psicologia na Universidade da Beira Interior 1 4 Orienta o Cient fica Professor Doutor Luis Alberto Coelho Rebelo Maia Universidade da Beira Interior Parte 2 Programa de Trabalhos 2 1 Sum rio A realiza o deste projecto de investiga o prende se com o desenvolvimento de um estudo de car cter explorat rio que preconiza como meta central a elabora o de um perfil personal stico e mental de uma amostra de abusadores sexuais condenados com tr nsito em julgado que constituem o grupo de investiga o que integram os Estabelecimentos Prisionais das cidades da Guarda C
129. a 47 cf Anexo 16 De seguida recorreu se de novo aplica o do teste de Qui Quadrado por m inclui se nesta an lise estat stica a vari vel nominal idade Por outras palavras pretendeu se averiguar para todos os ndices sintom ticos e globais do SCL9OR e para os dois grupos discriminados de participantes as frequ ncias absolutas e relativas estabelecidas bem como o grau de independ ncia existente ou n o entre as categorias de notas T e as categorias de idade cf Tabela 23 T pico 2 5 Da considera o da Tabela 48 e analisando em primeiro lugar os resultados obtidos no grupo de investiga o verificou se de um modo geral que independentemente da categoria de idade em quest o a categoria de nota T gt 60 obteve a maior incid ncia de sujeitos em termos absolutos e relativos para todos os ndices sintom ticos e globais do SCL90R De modo particular apurou se que nos ndices sintom ticos Sensibilidade Interpessoal n 25 40 32 Depress o n 27 43 54 Ansiedade n 25 40 32 Hostilidade n 20 32 25 Idea o 92 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Paran ide n 27 43 54 Psicoticismo n 26 41 93 bem como nos ndices globais denominados por Global de Severidade n 28 45 16 e Severidade dos Sintomas Presentes n 25 40 32 as frequ ncias absolutas e relativas mais avultadas de sujeitos que integraram a categoria de nota T260 possu am ida
130. a Por outras palavras e por interm dio da execu o de uma an lise estat stica assente na compara o m ltipla de m dias afigurou se que em m dia os sujeitos que pontuaram mais elevado nos referenciados tra os possu am escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico Todavia em m dia os resultados apurados por estes sujeitos ao n vel destes tr s tra os de personalidade n o se revelaram tradutores de indicadores de psicopatologia e Resultados Clinicamente Significativos 110 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 ASC s somente nos tra os de personalidade respeitantes Depress o Desvio Psicop tico e Esquizofrenia se obtiveram em m dia pontua es indicativas de psicopatologia por m estes sujeitos divergiam quanto categoria de escolaridade na qual se prefiguraram estes resultados De modo mais espec fico no que respeita ao tra o personal stico Depress o os sujeitos possu am escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico no tra o de personalidade Desvio Psicop tico tinham escolaridade correspondente ao Ensino Secund rio e por ltimo em termos do tra o personal stico Esquizofrenia os ASC s detinham escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico Sujeitos Normativos apurou se que em nenhum tra o de personalidade e independentemente da categoria de escolaridade em causa os sujeitos normativos obt
131. a de Mental de Abusadores Sexuais nos Estabelecimentos Prisionais sediados nas cidades da Covilh e de Castelo Branco Em conson ncia com o exposto os referenciados estabelecimentos prisionais deliberaram formalmente o devido consentimento relativo ao in cio da recolha dos dados tendo a mesma sido realizada no decurso do presente m s de Janeiro Pode declarar se que foi poss vel constituir uma amostra razo vel no entanto e no sentido de maximizar a representatividade e a validade cient fica do estudo revela se imperativo expandir em termos num ricos a amostra alcan ada at ao momento actual Por tudo o que se encontra mencionado e refor ando a import ncia e a necessidade do estudo das caracter sticas personalisticas e mentais deste tipo de popula o solicitamos concess o de autoriza o para a realiza o da presente investiga o no Estabelecimento Prisional da Carregueira De novo se presta conhecimento que a efectiva o pr tica do estudo exposto encontra se a cargo da equipa de investiga o constitu da pela aluna Filipa Soraia de Oliveira Revelo Carrola licenciada em Psicologia pela Universidade de Beira Interior que se encontra actualmente a ingressar no 2 Ciclo de estudos no ramo de Psicologia Cl nica e da Sa de na referida institui o de ensino superior e pelo Professor Doutor Luis Alberto Coelho Rebelo Maia actualmente Professor Auxiliar e Orientador de Est gios e Disserta es de Mestrado na Unive
132. a de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 sujeitos na investiga o investiga o ou de controlo Ordinal a Question rio s cio demogr fico estatuto s cio econ mico auto estimado habilita es liter rias categorias de escolaridade c SCL90R escala de Likert de 5 valores do SCL9OR como f rmula de resposta a cada um dos 90 itens e Escala Quantitativa Cont nua a Question rio s cio demogr fico idade n de filhos b Mini Mult nota T obtida nas escalas de validade e nas escalas cl nicas c SCL90R nota T obtida nos ndices globais e nos ndices sintom ticos 2 4 Defini o de Hip teses O cerne da presente investiga o assentou num estudo descritivo explorat rio e de acordo com a literatura cient fica este design investigativo baseia se em quest es de investiga o ou em objectivos gerais e espec ficos como o caso e n o em hip teses Deste modo e ao contr rio dos estudos experimentais nos estudos descritivos explorat rios as hip teses n o precedem da teoria e n o s o testadas empiricamente dado que n o est o em causa vari veis independentes e dependentes nem as rela es presumidas entre as mesmas Fortin C t amp Filion 2006 Assim sendo justificou se a n o formula o de hip teses no presente estudo 2 5 Amostra Caracteriza o A amostra total do nosso estudo foi constitu da por um total de 126 sujeitos do sexo masculino dividid
133. a de mental em fun o das categorias de escolaridade e Diferen as Estatisticamente Significativas ASC s pode declarar se que se verificou a exist ncia de diferen as estatisticamente significativas ao n vel do ndice sintom tico de sa de mental designado por Somatiza o Tal resultado deixou patente que al m da maior incid ncia absoluta e relativa de ASC s possuir um car cter psicopatol gico inerente ao referenciado ndice de sa de mental detinha escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico Sujeitos Normativos apurou se a presen a de diferen as estatisticamente significativas em termos dos ndices sintom ticos de sa de mental denominados por Obsess es Compuls es Ansiedade Hostilidade Ansiedade F bica Psicoticismo e nos ndices globais de sa de mental designados por Global de Severidade e Severidade dos Sintomas Presentes Por outras palavras nos ndices sintom ticos de sa de mental relativos s Obsess es Compuls es e ao Psicoticismo o maior n mero de sujeitos normativos evidenciou a presen a de indicadores de psicopatologia associada aos mesmos ndices Todavia no que respeita especificamente ao ndice sintom tico Obsess es Compuls es um mesmo n mero de sujeitos possu a por um lado escolaridade equivalente por um lado ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico e por outro escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico Por seu turno no ndice sintom tico de sa d
134. a de escolaridade verificou se em todas as escalas cl nicas do Mini Mult que a superioridade absoluta e relativa destes participantes se enquadrou na categoria referente faixa normativa Assim pode atestar se que os sujeitos normativos que representaram em maior n mero a categoria da faixa normativa possu am tamb m escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico Hipocondria n 27 42 85 Depress o n 32 50 79 Histeria n 29 46 03 Desvio Psicop tico n 27 42 85 Paran ia n 32 50 79 Psicastenia n 30 47 61 Esquizofrenia n 31 49 20 e Hipomania n 31 49 20 Em ltima inst ncia procedeu se an lise dos valores de probabilidade de signific ncia tendo se verificado primeiramente ao n vel do grupo de investiga o que atendendo a um n vel de signific ncia de 5 OS Pvalores OsCilaram entre 0 345 obtido na escala cl nica Hipocondria e 0 884 registado na escala cl nica Depress o Uma vez que se apurou que para todas as escalas cl nicas OS Pvaores gt 0 05 n o se rejeitou a hip tese nula referente exist ncia de independ ncia entre as categorias de notas T e as categorias de escolaridade Em contrapartida verificou se no grupo de controlo e considerando um n vel de signific ncia de 5 que OS Pyatores Variaram entre 0 009 alcan ado na escala cl nica Paran ia e 0 987 aferido na escala cl nica Hipocondria Por conseguinte revelou se somente poss vel rejeitar a hip tese nula re
135. a do crime de ASC tipificado pelo artigo 171 do CPP mediante a constitui o de um grupo de controlo institu do por sujeitos da popula o normativa e por sua vez sucedeu se a operacionaliza o de m ltiplos objectivos espec ficos pelo que se visou responder aos mesmos ao longo da redac o da discuss o dos resultados Com o intuito de alcan ar este des gnio optou se por arquitectar a presente discuss o de resultados com base na formula o de cinco t picos centrais designadamente 1 Perfil de g nero et rio e escolar 2 Mini Mult Perfil Personal stico 3 SCL90R Perfil de Sa de Mental 4 Mini Mult vs SCL90R Matriz de associa es 5 Sujeitos Normativos Que normalidade Atendendo a esta organiza o deve acrescentar se que se versou na globalidade dos t picos debater prestar justifica o cient fica e elaborar infer ncias emp ricas cl nicas fenomenol gicas em rela o aos resultados obtidos pelos ASC s e pelos sujeitos normativos De modo complementar deve prestar se conhecimento ao leitor acerca do plano de pesquisa por n s adoptado pois o mesmo teve implica es directas no momento de responder s seguintes quest es Quais foram os principais resultados obtidos neste estudo e ainda De que forma a literatura corrobora ou n o os resultados aferidos na nossa investiga o Particularizando a nossa revis o bibliogr fica foi norteada por um princ pio transversal isto a pesqu
136. a e de sa de mental de ASC s e de Sujeitos Normativos Autores Ano Fabrizi Petruccelli Turella e Farigu 2008 os An lise das caracter sticas de personalidade e das s ndromes cl nicas mais Objectivo proeminentes de um grupo de ASC s e de um grupo se sujeitos da popula o normal Amostra O estudo foi constitu do por um grupo de 9 ASC s que se encontravam a cumprir pena num EP da It lia e por um grupo de controlo formado por 9 sujeitos normativos A idade m dia era de 31 anos em ambos os grupos Instrumentos MMPI Il vers o italiana M todo Hip teses os autores constru ram as seguintes hip teses relativas aos ASC s 1 ndices mais elevados de ansiedade 2 maior probabilidade de desenvolvimento de tra os de personalidade anti social 3 n veis mais elevados de raiva 4 menores ndices de capacidade de controlo de impulsos em toda as hip teses do que os sujeitos normativos Das hip teses formuladas pelos investigadores n o se verificaram diferen as estatisticamente significativas entre os dois grupos no que respeita aos n veis de ansiedade raiva e tra o anti social A nica diferen a estatisticamente significativa entre o grupo de investiga o e o grupo de controlo remeteu para a capacidade de controlo de impulsos encontrando esta componente relacionada com a hostilidade Principais Por outras palavras obtiveram se no grupo de ASC s os n veis mais elevados de Resultados hostilidade relacionados com a
137. a popula o normativa atrav s do SCL90R ou de qualquer outro instrumento com a mesma TAA I confront mo nos com a sua inexist ncia Esta factualidade depreende se que possa ser o resultado dos argumentos explicitados por Canavarro 1999 cit in Sim es Machado Gon alves amp Almeida 2007 e que se encontram patentes no ponto de discuss o de resultados alusivo Tabela 59 pelo que n o foram de novo expostos para minimizar efeitos de exaustividade repetitiva bem como ser o produto de outras conting ncias n o menos surpreendentes e alarmantes que se encontram presentes no Relat rio elaborado pela Comiss o Nacional para a Reestrutura o dos Servi os de Sa de Mental 2007 denominado por Proposta de Plano de Ac o para a Reestrutura o e Desenvolvimento dos Servi os de Sa de Mental em Portugal 2007 2016 Em jeito de reflex o a referenciada comiss o empregou o voc bulo nunca para autenticar que n o foi desenvolvido nenhum inqu rito de morbilidade psiqui trica quer de mbito nacional quer de mbito regional facto este que tem conduzido ao desconhecimento da preval ncia e da incid ncia da grande maioria das perturba es mentais em Portugal Assim sendo e em linha de conta com todas estas contrariedades n o baix mos os bra os e com o intuito de conseguir debater justificar e efectuar infer ncias de natureza cl nica e emp rica acerca dos principais resultados por n s alcan ados cf Tabela
138. a todos os tra os personal sticos que embora n o representassem a maioria de sujeitos normativos comparativamente com o n mero de casos registados na categoria de normatividade existiu sempre uma incid ncia absoluta e relativa destes participantes a integrar a categoria formulada para assinalar o car cter psicopatol gico Constata es id nticas ocorreram quando se estudou os tra os personal sticos em fun o da vari vel idade e escolaridade De forma mais esclarecedora foi poss vel constatar quando se analisou as pontua es obtidas em m dia pelos sujeitos normativos em fun o de cada uma destas vari veis que as mesmas reflectiam para todos os tra os personal sticos a presen a de normatividade De modo complementar quando se efectivou para ambos os grupos de participantes o estudo destas vari veis nominal e ordinal conjuntamente com as categorias de normatividade psicopatologia dos tra os personal sticos as evid ncias precedentes relativas ao predom nio de indicadores de normatividade n o se confirmaram De forma mais clara e no respeita somente vari vel idade verificou se para a totalidade de tra os personal sticos que embora n o representassem a maior frequ ncia absoluta e relativa de sujeitos comparativamente com o n mero de casos registados na categoria de normatividade existiram sempre sujeitos normativos a integrar a categoria indicadora de psicopatologia e em fun o das duas categorias de idade
139. adas foram registadas nos sujeitos com escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico Atendendo agora aos resultados obtidos no grupo de controlo aferiu se que em 4 das 8 escalas cl nicas nomeadamente na Depress o n 24 X 57 75 S 14 06 Psicastenia n 24 X 45 42 S 11 42 Esquizofrenia n 24 X 55 71 S 9 93 Hipomania n 24 X 49 00 S 8 83 em m dia as notas T mais elevadas foram estabelecidas para a categoria de escolaridade lt 1 Ciclo do Ensino B sico No que se refere an lise dos valores de probabilidade de signific ncia verificou se no grupo de investiga o e atendendo a um n vel de signific ncia de 5 que Os Pyatores Variaram entre 0 087 aferido na escala Desvio Psicop tico e 0 982 alcan ado na escala Depress o tendo se assim apurado que para a globalidade das escalas cl nicas os Pyatores gt 0 05 Tal evid ncia estat stica conduziu n o rejei o da hip tese nula relativa exist ncia de igualdade de m dias de notas T em fun o das categorias de escolaridade Quanto ao grupo de controlo aferiu se para um n vel de signific ncia de 5 um Pyatror 0 032 na escala cl nica Paran ia um Pyaior 0 032 na escala cl nica Esquizofrenia e Pyator 0 027 na escala cl nica Hipomania pelo que na sua totalidade se demonstraram Pyaiores lt 0 05 Isto significa que para al m de se ter rejeitado a hip tese nula referente igualdade de m dias de notas T em fun o das categorias de es
140. ade de um nico sujeito ou de um grupo de sujeitos em reclus o De modo ainda mais espec fico o procedimento adoptado neste tipo de abordagem similar ao usado na elabora o de laudos ou diagn sticos cl nicos na qual o s profissionai s de Sa de Mental recorrem ao seu background de conhecimento das teorias psicol gicas e g do desenvolvimento da aprendizagem da personalidade e das perturba es psicopatol gicas e g perturba es mentais e crit rios exigidos pelos manuais de diagn stico e estat stica como o DSM ou o CID para elaborar o respectivo Profiling e dar resposta pergunta Qual o tipo ou os tra os de personalidade e ou estado mental deste s sujeito s 31 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Somando e integrando estas premissas urge a necessidade de esclarecer um aspecto crucial relativo aos grupos que podem ser inclu dos no espectro de elabora o de um Profiling De forma mais objectiva o Profiling embora obedecendo ao estudo de pessoas que cometeram determinado crime o mesmo pode ser alargado atrav s do estabelecimento de um paralelismo investigativo de natureza comparativa em termos das diferen as e semelhan as entre um grupo de sujeitos em reclus o e um grupo de pessoas que vivem em sociedade e que n o cometeram qualquer tipo de crime Morales Mu oz Delgado Santill n Arenas amp De Le n 2007 1 6 Estado da Arte Conceito
141. afirmaram que os dois grandes segmentos que marginam as perturba es da adapta o pris o s o a ansiedade e a depress o pelo que ambas podem evidenciar se atrav s de dist rbios psicossom ticos ou de car cter hipocondriaco No entanto a ansiedade parece potenciar com mais frequ ncia explos es de agressividade auto ou hetero dirigida e g automutila es ao passo que a depress o desencadear com maior probabilidade as descompensa es de tipo psic tico e ou a altera o da auto imagem e ou a eclos o de del rios associadas a diversos medos e ou idea o paran ide e ou conduzir tentativa de suic dio Finalmente conv m frisar que todas estas manifesta es t m como factor comum a sua eclos o em meio prisional factor stressante n o estando pois em causa as patologias pr existentes at data de entrada na pris o A estas infer ncias cient ficas e cl nicas importa acrescentar outras de car cter emp rico Deste modo pode declarar se aquando do contacto directo com os ASC s que a sua grande maioria relatou que desde que se encontram a cumprir pena no EP se tinham visto acometidos e traduzindo as suas afirma es sintom ticas para linguagem cl nica por ndices elevados de ansiedade e g taquicardia sudorese etc e ou de depress o e g apatia isolamento social etc e ou de queixas som ticas e g cefaleias etc e ou pela viv ncia de experi ncias de car cter psic tico e g alucina
142. ainda poss vel constatar que em todos os ndices sintom ticos se alcan ou o valor de nota T 75 00 para a moda o valor de nota T 34 00 para nota T m nima e o valor de nota T 75 00 como nota T m xima Em contrapartida ao n vel dos ndices globais destacou se o ndice Severidade dos Sintomas Presentes com a maior m dia de nota T alcan ada X 69 31 S 8 03 De modo complementar apurou se para todos os ndices globais que a nota T 75 00 foi o valor encontrado para a mediana moda e nota T m xima ao passo que o valor de nota T m nima A Escala Adicional n o constou da na subsequente an lise estat stica relativa ao SCL90R dado que Derogatis 1994 considerou que embora os sete itens desta escala constitu ssem indicadores do estado de gravidade de sa de mental do sujeito n o representavam no seu todo uma dimens o ndice sintom tico especifico Na verdade e do ponto de vista estritamente psicom trico o mesmo autor revelou que n o introduziu a mesma escala na folha de constru o de perfil para efectuar a correspond ncia entre a pontua o m dia obtida com as notas T porque o peso factorial obtido pelos itens desta escala quando distribu dos por diferentes dimens es ndices n o permitiu inseri los os em nenhum ndice espec fico facto este que conduziu o autor a optar pela cria o desta Escala Adicional 81 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 oscilo
143. aior risco de desenvolvimento de perturba o mental 124 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Y Exclus o Social e Estigma O desemprego o racismo a discrimina o e estigmatiza o podem levar exclus o social condi o esta que se associa pelas m ltiplas vulnerabilidades que condiciona a um elevado risco de perturba o mental Nestas circunst ncias fica comprometido o acesso a bens essenciais a uma habita o condigna educa o e a todos os outros elementos que fazem parte do exerc cio da cidadania Por consequ ncia a perda dos la os familiares o ressentimento a desesperan a e o sentimento de incapacidade ajudam a criar um ciclo vicioso que al m de limitarem a capacidade dos indiv duos para pedir ajuda conduzem nos a uma deteriora o social e a pobreza crescentes W Cultura A investiga o trouxe luz do conhecimento que a cultura pode predispor precipitar ou perpetuar a perturba o mental atrav s da gera o de tipos de personalidade vulner veis da cria o de pap is stressantes da promo o de interac es familiares patol gicas de processos de acultura o do refor o de determinados comportamentos desajustados ou sancionamento de comportamentos mais adaptativos ou ainda atrav s do estabelecimento de pr ticas n o saud veis de vida e da adop o de padr es r gidos de comportamento Y Acontecim
144. aior soma de ASC s bem como de sujeitos normativos evidenciou a exist ncia de indicadores de psicopatologia Em contrapartida nos ndices sintom ticos de sa de mental relativos Depress o Ansiedade Hostilidade e Ansiedade F bica a incid ncia mais elevada de ASC s transpareceu a presen a de indicadores de psicopatologia enquanto que a maior cifra de sujeitos normativos demonstrou possuir um car cter normativo associado a estes mesmos ndices Relativamente aos ndices globais de sa de mental apurou se no ndice Global de Severidade que o maior n mero de ASC s e de sujeitos normativos deu provas da exist ncia de indicadores de psicopatologia Por seu turno no ndice Severidade dos Sintomas Presentes a maior incid ncia de ASC s integrou o patamar categ rico de psicopatologia e o maior n mero de sujeitos normativos denotou a presen a de indicadores de normatividade e Resultados Clinicamente Significativos 118 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 ASC s Vs Sujeitos Normativos A excep o regra em termos da inexist ncia de diferen as estatisticamente significativas consistiu no ndice global de sa de mental conotado por Total dos Sintomas Positivos Por outras palavras apurou se que as maiores frequ ncias absolutas e relativas de ASC s e de sujeitos normativos denunciaram possuir indicadores de psicopatologia subjacente a este ndice de
145. ais de Crian as 2010 2011 154 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 ANEXOS 155 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 156 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 1 Carta Endere ada Direc o Geral dos Servi os Prisionais 157 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 158 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Universidade da Beira Interior Faculdade de Ci ncias Sociais e Humanas Departamento de Psicologia e Educa o R Ei A 4 K Tanoe ANOS Covilh 3 de Dezembro de 2010 Para Direc o Geral dos Servi os Prisionais Exmo Sr Director Rui S Gomes vimos por este meio requerer concess o formal referente realiza o de um estudo de car cter explorat rio nos Estabelecimentos Prisionais Regionais da Guarda e Covilh e no Estabelecimento Prisional de Castelo Branco Declara se que se encontra em desenvolvimento um projecto de investiga o que transcorre da elabora o de Disserta o de Mestrado exigida para a obten o de grau de Mestre na qual se preconiza como principal des gnio acad mico cient fico a elabora o de um Perfil Personal stico e Mental de Abusadores Sexuais que se encontrem condenados com tr nsit
146. alifornia Sage Publications Howitt D 1995 Paedophilies and sexual offences against children UK John Wiley amp Sons Howitt D 2006 Introduction to forensic and criminal psychology 2 ed London Pearson Prentice Hall Jim nez P 2009 Caracterizaci n psicol gica de un grupo de delicuentes sexuales chilenos atrav s del Test de Rorschach Psykhe 18 1 27 38 Jones J 2008 Child Sex Offenders Cognitive Distortions and related Personality Traits Master Thesis not published Victoria University of Wellington Kalichman S 1991 Psychopathology and Personality Characteristics of Criminal Sexual Offenders as a function of victim age Archives of Sexual Behavior 20 2 187 197 Kellog N amp Hoffman T 1997 Child sexual revictimization by multiple perpetrators Child Abuse and Neglect 21 10 953 964 Kincannon J 1968 Prediction of the standard MMPI scalce scores from 71 items the Mini Mult Journal of Consulting and Clinial Psychology 32 319 325 Kinsey A Pomeroy W Martins C amp Gebhard P 1953 Sexual behavior in the human male Filad lfia Saunders Editors Kocsis R 2004 Profiling the criminal mind does it actually work Medicine Crime and Punishment 364 14 15 Kocsis R 2006 Criminal Profiling Principles and Practice New Jersey Human Press Krug E Dahlberg L Mercy J Zwi A amp Lozano R 2002 Relat rio Mundial sobre Viol ncia e Sa de
147. alis mos os resultados em m dia alcan ados pelos sujeitos em causa n o se conseguiu logo partida apontar a exist ncia de caracter sticas psicopatol gicas inerentes aos tra os de personalidade bem como aos indicadores sintom ticos e globais de sa de mental Por m quando atendemos os valores de mediana verific mos que estes nos davam 133 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 pistas acerca do car cter patol gico de ambos os dom nios em estudo Por conseguinte o alcance da confirma o destas pistas de patologia ocorreu em fun o da implica o estat stica das categorias de normatividade psicopatologia Assim sendo mais do que nos debru armos em m dias importa muitas vezes atendermos a estas primeiras pistas valores de mediana e posteriormente valid las com base no que os estudos anteriores tamb m apresentaram frequ ncias absolutas e relativas contudo enquadradas obviamente em patamares definidores de normatividade psicopatologia 134 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Conclus es A Conclus o enquanto presente e final t pico de referencia o de conhecimentos cient ficos cl nicos e emp ricos inaugurou se mediante a coloca o da quest o que melhor a caracteriza isto Que conclus es foram por n s extra das a partir do estudo do perfil personal stico e de sa de menta
148. almente abusiva Resposta da comunidade cientifica Esta quest o encontra se envolta de enorme discrep ncia entre a comunidade cient fica pois tendem a assumir se posi es bastante antag nicas Em primeiro lugar alguns autores n o estipulam qualquer limite de idade para se afirmar que nos encontramos perante um ASC e g Morrow Yeager amp Lewis 1997 enquanto outros fazem uso de termos gerais como rela o entre crian a e adulto e g Kinsey Pomeroy Martins amp Gebhard 1953 ou entre uma crian a e um companheiro mais velho e g Finkelhor 1979 1984 para demarcar a exist ncia de uma situa o sexualmente abusiva Em segundo lugar pode aludir se que entre os autores que mais especificaram a idade que deve existir entre o agressor e a v tima numa rela o dita sexualmente abusiva poss vel constatar a exist ncia de diferen as relevantes que ilustram a diversidade de opini es acerca deste crit rio De forma mais 10 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 espec fica alguns autores demarcam como 5 os anos que devem diferenciar o agressor da v tima em caso de contactos sexuais mantidos antes dos 16 anos de idade e g Leitenberg Greenwald amp Cado 1992 Robin Chester Rasmussen Jaranson amp Goldman 1997 outros por seu turno recorreram ao estabelecimento de duas escalas impondo a exist ncia de 5 anos de diferen a se o menor tiver at 12
149. am os dois patamares indicadores de psicopatologia em termos personal sticos 68 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 an lise das escalas cl nicas para o grupo de controlo pode declarar se que foi na escala Histeria que se obtiveram os valores mais elevados de m dia de nota T X 58 41 S 11 12 e de moda Mo 63 00 ao passo que a escala Desvio Psicop tico alcan ou o valor mais elevado de mediana 58 00 Por ltimo e no que concerne aos valores m nimos e m ximos em termos de notas T verificou se para os primeiros valores uma oscila o entre a nota T 23 00 obtido na escala Psicastenia e a nota T 42 00 alcan ado na escala Hipocondria e para os segundos constatou se uma varia o entre a nota T 67 00 registada na escala Hipomania e a nota T 92 00 assinalada na escala cl nica Depress o cf Tabela 30 Tabela 30 Estat stica descritiva das escalas de validade e das escalas cl nicas do Mini Mult segundo o grupo de participantes da amostra Escalas Grupo de Investiga o Cl nicas n Desvio Percentis e de V O M dia Padr o Moda M nimo M ximo 25 50 75 Validade L 62 0 47 08 12 48 37 00 37 00 92 00 37 00 45 00 52 00 F 62 0 75 96 18 19 96 00 37 00 96 00 62 00 81 00 95 25 K 62 0 45 70 8 10 41 00 30 00 67 00 41 00 44 00 51 25 Hs 62 0 64 74 14 04 54 00 33 00 92 00 54 00 66 00 73 50 D 62 0 71 8
150. an ide PSIC Psicoticismo E A Escala Adicional Finalizado o estudo da fiabilidade do SCL90R procedeu se elabora o da respectiva estat stica descritiva no sentido de melhor caracterizar o padr o de respostas de ambos os grupos de participantes da amostra Contudo revela se fundamental esclarecer o leitor de que semelhan a do que foi efectuado para o Mini Mult tamb m no SCL90R se procedeu realiza o desta an lise estat stica atrav s da contabiliza o das vari veis quantitativas assentes nas notas T obtidas pelos sujeitos em cada ndice sintom tico e global tendo se cumprido todos os requisitos face convers o das pontua es brutas em notas T que foram formulados pelo autor do SCL90R cf Tabela 26 T pico de elabora o do perfil Da an lise da Tabela 41 importa salientar que ser o descritos os resultados mais avultados obtidos em cada grupo de participantes em termos de medidas de tend ncia central e de dispers o Assim sendo e dissecando primeiramente o grupo de investiga o verificou se que da totalidade de ndices sintom ticos que a m dia de nota T mais elevada foi obtida no ndice Idea o Paran ide X 70 38 S 10 26 Por seu turno obteve se em todos os ndices sintom ticos o valor de nota T 75 00 de mediana exceptuando se os ndices Somatiza o Obsess es Compuls es e Sensibilidade Interpessoal na qual se apurou a exist ncia do valor de nota T 67 00 De modo adicional foi
151. ande exercido adulto e conotado como forte sobre o pequeno crian a e conotado como fraco b a confian a que o pequeno dependente tem no grande que deveria ser protector c o uso delinquente da sexualidade ou seja o atentado ao direito que todo o sujeito tem de propriedade sobre o seu corpo Gabel 1997 Desta forma Faleiros 2000 Machado e Gon alves 2002 e F vero 2003 defendem que quando estamos ante um ASC estamos igualmente de frente com o desrespeito pela pessoa no seu todo especialmente no que concerne sua intimidade Assim sendo h entre o abusador e a v tima um desn vel em termos do dom nio f sico e ou psicol gico autoridade e capacidades quer sociais quer cognitivas pelo que o menor devido ao seu est dio de desenvolvimento e sua imaturidade sexual f sica e ou psicol gica n o se encontra em condi es para entender e prestar de forma plena consentimento informado face a um contacto sexual De modo conclusivo importa enfatizar que para estudar e investigar este dom nio do MI torna se imprescind vel a considera o de que nenhuma defini o per si traduz a real dimens o e complexidade desta problem tica Neste sentido nenhuma defini o deve ser utilizada sob a condi o de imposi o de um car cter axiom tico Paulino 2009 1 2 3 Distin o Conceptual Abuso Sexual de Crian as vs Pedofilia Para Gomes Almeida e Vieira 2010 p 471 A generaliza
152. anos de idade e de 10 anos de diferen a se a crian a possuir uma idade entre os 13 e os 16 anos e g Finkelhor 1979 Higgins amp McCabe 1994 Em terceiro plano poss vel verificar ainda que outros investigadores tomaram como refer ncia o crit rio do consentimento conjuntamente com o crit rio de idade pelo que alguns fixaram a marca num rica de 5 anos ou mais para crian as menores de 12 anos independentemente do consentimento Peters Wyatt amp Finkelhor 1986 cit in F vero 2003 outros definiram a mesma diferen a para as crian as entre os 12 e os 16 anos a menos que a rela o seja consentida ou pelo menos n o seja vivida de forma desagrad vel e g Fleming Mullen amp Bammer 1997 Por ltimo outros autores determinaram ainda a mesma diferen a de idade de 5 anos somente quando a crian a tenha avaliado a situa o como abusiva e g Finkelhor 1979 Crit rio Ill Que idade deve ter a v tima o menor para que a rela o seja considerada abusiva Resposta da comunidade cient fica A matura o biol gica tem sido utilizada como crit rio para determinar o final da inf ncia e a consequente independ ncia dos adultos mas o conceito continua igualmente amb guo na medida em que evoca reac es individuais do desenvolvimento infantil F vero 2003 Adoptando esta perspectiva Furniss 1993 determina como t rmino da inf ncia o momento na qual a crian a alcan ou um n vel de desenvolvimento f
153. ao n vel da identifica o e consequente deten o do s criminoso s Correia Luca amp Lamia 2007 O Profiling diz respeito a uma subcategoria das t cnicas de investiga o criminal que remete para o desenvolvimento de um processo de infer ncia das caracter sticas de indiv duos respons veis por actos criminais atrav s do qual se estabelece a correspond ncia entre a personalidade e o comportamento criminal de um indiv duo Embora se trate de um modelo de predi o recente e em desenvolvimento o objecto e a fun o desta t cnica sup e a compreens o do criminoso e do crime Em segundo plano e no que respeita s terminologias associadas ao Profiling constata se que v rios termos t m sido usados pelo se pode aludir que existe uma falta de uniformidade ao n vel da aplica o das distintas terminologias verificando se por vezes o seu emprego em artigos cient ficos de forma alternada e inconsistente De forma enumerada pode declarar se que al m da terminologia Profiling se aplicam de forma id ntica as seguintes Offender Profiling Criminal Personality Profiling Criminal Investigative Analysis Psychological Profiling Investigative Profiling Criminal Behavior al Profiling Behavioral Profiling e Crime Scene Profiling Turvey 2008 Todavia apesar da not ria variabilidade de terminologias a comunidade cient fica certifica que uma vez que a t cnica em causa exige um conhecimento aplicado e integrado das ci nci
154. apers 1 12 Wolfe D 1985 Child abusive parents an empirical review and analysis Psichological Bulletin 97 3 462 482 Zigler E amp Hall N 1989 Physical child abuse in Am rica past present and future In D Cicchetti amp V Carlson Eds Child Maltreatment Theory and research on the causes and consequences of child abuse and neglect pp 38 75 New York Cambridge University Press 152 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Bibliografia Legisla o Decreto Lei n 48 95 de 15 de Mar o Di rio da Rep blica 1 s rie N 17 25 de Janeiro de 2011 Lei n 65 98 de 2 de Setembro Lei n 147 99 de 1 de Setembro Lei n 99 2001 de 25 de Agosto C digo Penal Portugu s sob a lei 59 2007 de 4 de Setembro C digo do Processo C vil ao abrigo das altera es presente no Decreto Lei n 383 99 de 23 de Setembro Decreto Lei n 183 2000 de 10 de Agosto Declara o de Rectifica o n 7 S 2000 de 31 de Agosto Declara o de Rectifica o n o 11 4 2000 de 30 Setembro 1 Suplemento Lei 30 D 2000 de 20 Dezembro 3 Suplemento Decreto Lei n 272 2001 de 13 10 Decreto Lei n 323 01 de 17 12 Lei 13 2002 de 19 02 C digo do Processo Penal ao abrigo das altera es decretadas pelo Di rio da Republica 1 S rie n 163 de 24 de Agosto de 2007 153 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexu
155. ar no conhecimento do perfil de personalidade dos sujeitos foi inicialmente proposto por Hathaway 1940 visto que este autor postulava que a defini o dos mesmos permitia fazer infer ncias com maior precis o acerca da personalidade de uma pessoa Todavia Hathaway desenvolveu a sua nomenclatura de c digos a partir da aplica o do MMPI a uma vasta amostra de sujeitos com algum diagn stico de perturba o mental pelo que 107 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 posteriormente alguns autores sustentaram que se deve dar espa o a cada psic logo para estimar os respectivos c digos inerentes ao perfil personal stico obtido pelo sujeito bastando somente duas ou tr s escalas para definir o perfil t pico de personalidade de cada sujeito normal vs patol gico Tendo em conta as premissas anteriores e reportando o focus de aten o para a nossa investiga o pode afirmar se que o de estima o de c digos por n s efectuado partiu por um lado e no que respeita ao grupo de ASC s pela considera o das escalas cl nicas caracterizadas pelas eleva es acima de nota T70 e por outro lado no que se refere ao grupo de sujeitos normativos efectuou se a an lise das duas escalas cl nicas nas quais estes sujeitos mais pontuaram todavia dentro dos limites da faixa normativa Em ltima an lise importa destacar que para dar significado a cada um dos conjuntos de c digos es
156. aran ia Pt Psicastenia Sc Esquizofrenia Ma Hipomania Indices Sintom ticos do SCL90R SOM Somatiza o O C Obsess es Compuls es S I Sensibilidade Interpessoal D Depress o ANS Ansiedade HOST Hostilidade A F Ansiedade F bica I P Idea o Paran ide PSIC Psicoticismo Por ltimo realizou se o mesmo procedimento da an lise estat stica efectuado para a obten o da Tabela 51 todavia versando neste momento a avalia o das associa es existentes ou n o entre as escalas cl nicas do Mini Mult e os ndices globais do SCL9OR De acordo com a Tabela 46 e no que respeita ao grupo de investiga o verificou se para um n vel de signific ncia de 1 e de 5 a presen a de associa es pois rz0 pelo que se rejeitou a hip tese nula da nega o de associa o entre as vari veis quantitativas sob estudo Mais 96 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 especificamente para um n vel de signific ncia de 5 obtiveram se no seu todo associa es de grau baixo mas entre uma minoria de escalas cl nicas e de ndices globais e g associa o negativa baixa entre escala Depress o com ndice Severidade de Sintomas Presentes em que r 0 32 Em rela o ao n vel de signific ncia de 1 sobressa ram as associa es positivas de grau moderado e as associa es positivas de grau alto elevado As associa es positivas de grau moderado obtiveram se entre a
157. articipantes em estudo Posteriormente quando se passou a discriminar entre grupo de participantes verificou se ASC s exist ncia de uma consist ncia interna boa Sujeitos Normativos apurou se a exist ncia de uma consist ncia interna razo vel A partir da informa o explicitada pode afirmar se que da revis o bibliogr fica por n s efectuada n o se encontraram refer ncias liter rias relativas a valores de consist ncia interna obtidos para o Mini Mult aquando da sua aplica o a amostras de ASC s Por seu turno e no que respeita utiliza o do Mini Mult junto de amostras normativas encontrou se somente uma refer ncia bibliogr fica De forma ilustrativa num estudo realizado por Rodrigues 2009 cujo objectivo consistiu em estudar a rela o entre as caracter sticas personal sticas e a severidade da sintomatologia depressiva tendo para tal constitu do um grupo cl nico n 44 e um grupo n o cl nico n 49 obteve se para o Mini Mult uma consist ncia interna conotada como razo vel de acordo com a nomenclatura de Pestana amp Gageiro 2008 Importa ressalvar que da an lise deste estudo se constatou que os resultados de consist ncia interna foram aferidos a partir da totalidade de itens do question rio em fun o da amostra total Desta forma e tendo em conta esta lacuna os resultados por n s alcan ados ao n vel do grupo de sujeitos normativos foram de corroborados pelo tipo de consist ncia interna af
158. as T Deste modo e de acordo com o postulado por Derogatis 1994 acerca dos valores estabelecidos para o ponto de corte e para o respectivo desvio padr o formul mos duas categorias de notas T designadamente a categoria da faixa normativa que integrou os valores de nota T entre 34 e 59 inclusiv que representou a normatividade dos ndices sintom ticos e globais de sa de mental bem como a categoria denominada por nota T igual ou superior a 60 doravante nota T gt 60 que preconizou a natureza psicopatol gica 91 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 inerente a estes mesmos dois tipos de ndices Neste sentido objectivou se apurar se a categoriza o das notas T permitiu uma discrimina o adequada entre os dois grupos de participantes pelo que se aplicou o Teste de Qui quadrado Deste modo tornou se poss vel averiguar para todos os ndices sintom ticos e globais do SCL90R e atendendo compara o entre os grupos que frequ ncias relativas e absolutas foram registadas em cada uma das categorias de notas T e em segundo lugar avaliar o grau de independ ncia existente ou n o entre as categorias de notas T e o grupo de perten a dos sujeitos Relativamente ao grupo de investiga o verificou se em todos os ndices sintom ticos e globais do SCL9OR que a maioria dos sujeitos integrou a categoria de nota T260 destacando se o ndice sintom tico de Idea o Paran id
159. as pessoas conhecidas ou n o comprometimento ao n vel da intelig ncia emocional e social tend ncia para serem negativistas ap ticos impulsivos hostis e emocionalmente e ou afectivamente desorganizados Seisdedos amp Roig Fust 1986 Atendendo a este perfil personal stico por n s obtido para os ASC s fomos tentar apurar na literatura em que medida estes resultados eram ou n o corroborados A resposta a este intento ficou se pelo encontro de resultados similares somente ao n vel do c digo 7 relativo ao tra o Esquizofrenia De modo mais espec fico numa investiga o levada a cabo por S nchez 2003 cujo objectivo versou a adapta o do MSI Multiphasic Sex inventory bem como efectuar a caracteriza o s cio demogr fica personal stica e psicossexual de violadores n 104 e de ASC s n 43 idades 37 entre os 31 e os 40 anos 26 entre 41 e 50 anos escolaridade 37 possu a o 2 Ciclo do Ensino B sico comparativamente com sujeitos presos por crimes n o sexuais n 58 que se encontravam a cumprir pena num EP 108 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Espanhol apurou se pela aplica o do MMPI ao grupo de ASC s um perfil personal stico assente no c digo 257 que corresponde aos tra os Depress o c digo 2 Paran ia c digo 5 e Esquizofrenia c digo 7 Perante estes resultados o autor interpretou os do seguinte modo a combina o da
160. as que estudam o comportamento criminal possuindo as suas ra zes na Criminologia Psiquiatria Psicologia e nas Ci ncias Forenses as concep es mais adequadas residem nos termos de Profiling Offender Profiling ou Criminal Profiling justificando se deste modo a adop o da terminologia Profiling na presente investiga o Crabb Decoene amp Vertommen 2008 1 5 2 0bjectivos De forma global e integradora pode afirmar se que os principais objectivos do Profiling preconizam respectivamente a orienta o das investiga es com a ajuda das Ci ncias Sociais e Humanas e das Ci ncias Criminais em relacionar casos e ou identificar crimes com as mesmas caracter sticas e ainda moldar as estrat gias de investiga o deten o interrogat rio e avalia o e g psicol gica efectuada por Psic logos ao Profiling do criminoso Toutin 2002 Mais uma vez da revis o de literatura efectuada foram tr s os autores que se destacaram pela defini o dos objectivos inerentes aplica o do Profiling Holmes e Holmes 2002 Estes dois autores postulam que o Profiling assenta em tr s metas centrais 1 29 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 realiza o de avalia o psicol gica dos bens em causa encontrados com os suspeitos criminosos 2 auxiliar no desenvolvimento e aplica o de estrat gias aquando da entrevista e ou interrogat rio do s criminoso s
161. avam ter entre os 2 e os 7 anos de idade eram maioritariamente do sexo masculino detinham habilita es liter rias equivalentes ao infant rio integravam fam lias monoparentais ou institui es n o costumavam apresentar les es f sicas Em jeito de reparo adicional pode afirmar se que na aus ncia de contempla o na nossa investiga o de informa es acerca das v timas bem como das tipologias dos ASC s conseguimos de forma inesperada mas muito pertinente atrav s do contraste entre os resultados por n s obtidos e o conte do cient fico exposto largar pistas em prol do reflexo da idade da v tima etapa desenvolvimental na personalidade do ASC s da natureza intra ou 113 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 extra familiar dos ASC s tipologias da caracteriza o et ria e escolar dos ASC s e da s v tima s e de todo um rol mais vasto de dados acerca do bin mio ASC s v tima Em rela o ao grupo de sujeitos normativos efectu mos constata es similares s mencionadas na introdu o deste ponto pelo que a aparente car ncia de estudos cient ficos encontrados em prol do estudo da personalidade em fun o da idade e da escolaridade pode dever se em parte escassez do pr prio estudo da personalidade em amostras n o cl nicas Em conformidade com esta factualidade e no sentido de conseguir de algum modo debater os resultados obtidos pelo grupo
162. bais do SCL90R optou se pela utiliza o da alternativa n o param trica ao do teste t student designadamente o teste de Mann Whitney Uma vez aplicado este teste estat stico aferiu se para os dois grupos de participantes que apesar de todos os Pyatores terem variado entre Pyaior 0 000 e g ndice sintom tico Depress o e Pvator 0 019 ndice global denominado por Total de Sintomas Positivos a totalidade dos ndices sintom ticos e globais do SCL9OR acabou por se traduzir em Pyatores lt 0 05 Assim sendo e considerando um n vel de signific ncia de 5 procedeu se rejei o da hip tese nula relativa igualdade das m dias de notas T cf Tabela 42 Tabela 42 Teste de Kolmogorov Smirnov e Teste de Mann Whitney para os ndices sintom ticos e globais do SCL90R segundo o grupo de participantes da amostra Indices Teste K S Teste de Mann Whitney Sintom Amostra Total Grupo de Investiga o Grupo de Controlo Pvalor e Globais Est GL Pralor M dia DP M dia DP SOM 0 162 125 0 000 66 43 10 30 60 73 8 89 0 000 O C 0 197 125 0 000 64 90 12 92 59 61 10 78 0 001 S I 0 220 125 0 000 66 21 13 24 58 47 12 76 0 000 D 0 196 125 0 000 68 04 10 60 54 54 12 00 0 000 ANS 0 221 125 0 000 67 00 12 75 56 87 10 99 0 000 HOST 0 195 125 0 000 62 95 15 17 58 58 9 59 0 007 A F 0 228 125 0 000 59 61 18 73 53 14 15 47 0 006 I P 0 321 125 0 000 70 38 10 26 63 81 11 14 0 000 PSIC 0 185 125 0 000 66
163. baixa capacidade de controlo de impulsos que segundo os investigadores podem estar relacionados com dois tipos de condutas adoptadas pelos mesmos respectivamente 1 os ASC s podem ser capazes de responder de forma passiva e n o violenta s provoca es de outrem 2 os mesmos 44 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Principais podem exibir de modo excessivo a sua hostilidade em termos comportamentais em Resultados situa es nas quais podem n o estar patentes eventos justificativos pelo despoletar de tais reac es 45 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 46 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Parte Il Metodologia Apresenta o e Discuss o de Resultados 47 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 48 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Cap tulo 2 Corpo Empirico 49 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 50 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 2 1 Tipo de Estudo Com o intuito de efectiva o pr tica da presente investiga o recorreu se aplica o do m todo quantitativo que preconiza a an lise matem tica como forma de lingua
164. ca dos mesmos se tem revelado numa crescente necessidade visto que se trata de uma popula o cada vez mais vis vel e mais numerosa tendo aumentado em 330 por cento desde 1980 nos EUA Todavia Costa 2003 assinala que em Portugal prevalece no pensamento de muitos especialistas investigadores o reconhecimento da extrema import ncia de estudar os ASC s no entanto na pr tica tem nos restado um campo sedento de pesquisa Neste sentido quando estreitamos a ptica de an lise e a redireccionamos para a quest o do perfil e ainda mais especificamente para a t 5nica que pretendemos investigar designadamente a personal stica e de sa de mental apur mos que a resposta que mais tem sido veiculada pela comunidade cient fica a de que embora os estudos efectuados em prol desta mat ria se resumam palavra alguns n o existe perfil de ASC s Caetano 2008 Em prol destas advert ncias pode declarar se que os estudos pioneiros desenvolvidos na d cada de 60 e 70 em torno do estudo do perfil personal stico e de sa de mental dos ASC s sugeriram que se tratavam de pessoas que possu am personalidades deficit rias no que respeita a aptid es sociais auto estima empatia auto afirma o bem como uma tend ncia para o isolamento e para serem perturbados do ponto de vista emocional Em contrapartida estudos recentes em popula es diversas demonstraram que a maioria dos ASC s em nada diferia em rela o s caracter sticas de pe
165. cados para o Livro Il Parte Especial sob o t tulo Crimes contra as Pessoas e passaram a integrar o cap tulo V sob a ep grafe Crimes contra a Liberdade e Auto determina o Sexual De forma ainda mais particular o referenciado cap tulo de car cter unit rio e ou aut nomo foi subdivido em tr s sec es designadamente Sec o Crimes contra a Liberdade Sexual Sec o Il Crimes contra a Auto determina o Sexual e finalmente a Sec o III Disposi es Comuns Dias 1999 Cabral 2003 Tendo em conta esta estrutura o dos crimes sexuais no CPP pode asseverar se que as duas primeiras sec es encontravam se indubitavelmente associadas uma vez que em ambas se encontravam em causa bens jur dicos associados com a esfera sexual da pessoa Contudo mediante a interpreta o literal das express es empregues pelo legislador poderia remeter se para a efectiva o de uma l gica de pensamento na qual na primeira sec o se impunha como bem jur dico protegido a liberdade sexual e na segunda sec o estaria patente a protec o da auto determina o sexual Esta leitura note se seria err nea pois na realidade a subdivis o dos crimes sexuais em duas sec es residiu no facto da Sec o proteger a liberdade e ou auto determina o sexual de todas as pessoas sem fazer no entanto acep o da sua idade ao passo que a Sec o Il estende essa mesma protec o a circunst ncias que n o constitu ram crime se pratica
166. cando de fora os factos n o participados Por outro lado deve ponderar se o rigor na tipifica o legal dos crimes denunciados ou participados com base nos quais se elaboram as estat sticas Ora esse rigor suscept vel de ser afectado pelo subjectivismo do agente que recebe a not cia do feito e que em primeira linha o qualifica criminalmente Perturba es id nticas podem surgir das altera es respeitantes ao desencadeamento processual como acontece quando os crimes de natureza semi p blica passaram a p blicos pelo que todos estes factores reunidos interferem no realismo ou objectividade das estat sticas criminais Por ltimo relativamente a esta parte a DGPJ acrescentou aquando da constata o das varia es positivas ao n vel da totalidade participa es efectuadas aos OPC em 2010 comparativamente com o ano de 2009 que embora possa pesar a progressiva cria o das condi es necess rias para que as v timas participem os crimes tamb m se verifica o recurso s participa es de ASC pela repugn ncia que causa ou seja em situa es em que este tipo de crime n o aconteceu e em que sobressai apenas a mera inten o de atingir objectivos n o permitidos por lei e que naturalmente suscept vel de enviesar a estat stica desta terr vel realidade Relativamente s declara es proferidas pela comunidade cient fica Finkelhor 1994 referiu que a maioria das pessoas que sofre de abusos sexuais na inf nc
167. categoria de idade Traduzindo esta ideia por factos declara se que nos ndices sintom ticos de sa de mental de Sensibilidade Interpessoal Depress o Ansiedade Hostilidade Idea o Paran ide Psicoticismo e nos ndices globais de sa de mental respeitantes ao Global de Severidade e Severidade dos Sintomas Presentes os ASC s tinham idade igual ou inferior a 45 anos Por seu turno aferiu se que nos ndices sintom ticos de sa de mental relativos Somatiza o Obsess es Compuls es Ansiedade F bica bem como no ndice global de sa de mental referente ao Total de Sintomas Positivos os ASC s possu am idade superior a 45 anos Sujeitos Normativos constatou se que al m do maior n mero de sujeitos normativos possuir indicadores psicopatol gicos de sa de mental ao n vel dos ndices sintom ticos de Somatiza o Obsess es Compuls es Idea o Paran ide Psicoticismo e do ndice global associado ao Global de Severidade e ao Total de Sintomas Positivos estes detinham idade superior a 45 anos A mesma constata o de exist ncia de psicopatologia foi constatada para os ndices sintom ticos de sa de mental designados por Sensibilidade Interpessoal e Idea o Paran ide sublinhe se que se obteve neste ndice sintom tico o mesmo n mero de sujeitos a integrar a categoria de normatividade e de severidade dos indicadores de sa de mental bem como no ndice global de sa de mental relativo Severidade dos Sintomas P
168. cia de um fen meno na popula o pelo que todas as pessoas que se encontram acima ou abaixo de um determinado valor de corte encontram se fora da norma Dalgalarrondo 2000 1 6 4 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as vs Popula o Normativa O presente t pico assume se como exerc cio de maior estreitamento em termos da referencia o de conhecimentos te rico cientificos isto prossegue se a meta de interligar e de integrar os t picos precedentes no seu respectivo lugar em termos de investiga o cient fica Para tal apresentar se o os argumentos que traduzem a pertin ncia e a actualidade de investigar a Sa de Mental e a Personalidade de ASC s mediante uma Abordagem Cl nica de Profiling n o olvidando a men o e a respectiva inclus o do grupo de popula o normativa que de modo id ntico fez parte integrante do presente estudo 1 6 4 1 Tend ncia dos estudos Reflexos da pertin ncia da presente investiga o A realiza o de investiga es cient ficas em torno do grupo dos ASC s remonta d cada de 70 e tem se operacionalizado de forma escassa Caetano 2008 Neste sentido explicitou se de forma sum ria o percurso evolutivo de investiga o deste grupo populacional t o heterog neo subdividindo o em distintas fases nas quais se inscrevem diferentes objectivos preceituados Atendendo a uma primeira fase de estudos pode afirmar se que os investigadores se
169. colaridade existiu pelo menos uma categoria de escolaridade na qual os valores m dios destas escalas cl nicas foram significativamente diferentes cf Tabela 35 15 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Tabela 35 Teste de Kruskal Wallis para a compara o de m dias obtidas nas escalas cl nicas em fun o grupo de participantes e das categorias de escolaridade Grupo de Investiga o Escalas Cl nicas lt 1 Ciclo E B 2 3 Ciclos E B Ensino Secund rio Draio n M dia DP n M dia DP n M dia DP Hs 25 68 36 13 17 30 62 47 13 75 7 61 57 17 39 0 296 D 25 72 12 15 56 30 71 80 16 12 7 71 00 17 81 0 982 Hy 25 62 76 10 06 30 60 70 9 12 7 61 00 8 36 0 732 Pd 25 65 60 12 29 30 72 20 8 79 7 72 29 8 03 0 087 Pa 25 64 84 9 06 30 68 10 9 09 7 65 43 7 27 0 288 Pt 25 60 52 15 49 30 60 23 14 72 7 61 71 10 21 0 942 Sc 25 72 32 16 52 30 75 03 15 72 7 74 43 15 50 0 831 Ma 25 54 60 8 33 30 57 30 10 20 7 55 29 8 57 0 251 Escalas Grupo de Controlo Cl nicas n M dia DP n M dia DP N M dia DP Pyator Hs 24 58 42 11 35 32 58 75 11 50 7 56 86 9 92 1 000 D 24 57 75 14 06 32 52 44 10 70 7 47 29 5 85 0 101 Hy 24 55 79 8 69 32 54 69 8 97 7 56 86 7 35 0 659 Pd 24 57 29 8 73 32 58 50 9 05 7 53 71 8 84 0 960 Pa 24 58 25 9 55 32 51 56 8 06 7 58 71 10 01 0 032 Pt 24 45 42 11 42 32 43 88 7 69 7 41 14 8 09 0 349 Sc 24 55 71 9 93 32 49 59 10 55 7 50
170. com esta mesma vari vel tanto para homens como para mulheres Desta feita a comunidade cient fica parece somente concordar em dois aspectos gerais O primeiro concerne no facto de que o nico consenso que existe em rela o estabilidade vs mudan a da personalidade o de que n o existe consenso O segundo consenso consiste no facto de se atribuir aos designados life events e g acidente grave ter sido vitima de abuso sexual etc a poss vel justifica o de mudan a da personalidade em fun o da idade Hansenne 2003 Schultz amp Schultz 2003 Contudo importa acrescentar que n o tom mos partido em prol de nenhuma perspectiva te rica apresentada pois al m de n o ter constitu do um dos objectivos da nossa investiga o as mesmas foram somente referenciadas como forma comentarmos os resultados obtidos pelos sujeitos normativos Logo partiu se em alternativa efectiva o de uma reflex o cr tica acerca da estabilidade vs mudan a da personalidade em fun o da 17Na nossa investiga o n o definimos nem dividimos os ASC s pelo grau de parentesco ou de relacionamento com o v tima isto intra ou extra familiar pelo que temos consci ncia de que este facto pode ter constitu do uma poss vel limita o Todavia aceder a este tipo de informa es exigia a consulta dos processos crime dos sujeitos ou o questionamento do pr prio recluso o que neste ltimo caso poderia em muito ter repercuss es negativas a
171. com idade superior a 45 anos Sujeitos Normativos pode prestar se conhecimento de que nos ndices sintom ticos de sa de mental intitulados por Somatiza o Obsess es Compuls es e Idea o Paran ide bem como nos ndices globais de sa de mental concernentes ao Global de Severidade e ao Total de Sintomas Positivos em m dias as pontua es de car cter psicopatol gico foram registadas nos sujeitos com idade superior a 45 anos Findada a argumenta o dos valores obtidos em m dia sucedeu se o devido escrut nio emp rico dos principais resultados alcan ados aquando da distribui o das frequ ncias absolutas e relativas dos sujeitos de ambos os grupos de participantes pelas categorias de normatividade psicopatologia dos ndices sintom ticos e globais de sa de mental em fun o das categorias de idade e Diferen as Estatisticamente Significativas Aquando da efectiva o do procedimento referenciado precedentemente n o se aferiu a exist ncia de diferen as estatisticamente significativas em nenhum dos dois grupos de sujeitos em investiga o ao n vel de qualquer um dos ndices sintom ticos e globais de sa de mental e Resultados Clinicamente Significativos ASC s verificou se para todos os indicadores sintom ticos e globais de sa de mental que a maior soma destes sujeitos revelou possuir um car cter psicopatol gico inerente aos mesmos contudo as nicas diferen as registadas ocorreram ao n vel da sua
172. cometer este tipo particular de crime d predizer o comportamento futuro destes sujeitos em reclus o quando se encontrarem perante factores situacionais e ambientais similares aos do crime e desenvolvimento de programas de tratamento interven o e de preven o do ASC f averiguar os preditores de reincid ncia ou o grau de perigosidade deste grupo populacional Ortiz Tallo S nchez amp Cardenal 2002 Garcia amp Hidalgo 2003 Jim nez 2009 Dando por terminado o presente t pico deve apenas acrescentar se que actualmente embora o aumento da prolifera o da investiga o cient fica em tornos dos ASC s a sua maioria centra se na v tima Mais espec ficamente o conhecimento acerca das vari veis que influenciam as condutas executadas contra a autodetermina o sexual das crian as embora seja amplo revela se ainda bastante inespec fico Gonz lez Castedo amp Dominguez 2009 1 6 4 2 Principais Resultados de Investiga es Cient ficas Dada a escassez de estudos cient ficos que adoptassem o escopo da presente investiga o optou se por proceder ao escrut nio do Perfil Personal stico e de Sa de Mental subdividindo o de forma singular por cada um dos grupos populacionais sob investiga o 1 6 4 2 1 Perfil Personal stico e de Sa de Mental Foco exclusivo nos Abusadores Sexuais de Crian as Reportando a ptica de explicita o te rico cient fica para a realidade portuguesa e a partir da revis o bibl
173. como mais frequentes as perturba es as fobias espec ficas 8 6 seguidas da perturba o obsessivo compulsiva que ronda os 4 4 As perturba es de humor atingem uma cifra de 8 e integradas nesta categoria diagn stica 1 corresponde a sujeitos com perturba o bipolar 3 5 da popula o portuguesa padece de perturba es do controlo dos impulsos e 1 8 tamb m apresenta explos es intermitentes s perturba es relacionadas com o lcool representam cerca de 1 6 e a hiperactividade d fice de aten o normalmente associado s crian as tamb m apresenta express o nos adultos representando cerca de 0 4 da amostra 1 6 4 2 3 Perfil Personal stico e Mental Foco nos Abusadores Sexuais de Crian as e na Popula o Normativa A realiza o de investiga o cient fica acerca do Perfil Personal stico e de Sa de Mental de ASC s por interm dio do estabelecimento de um grupo de controlo constitu do por sujeitos normativos revelou se inexistente a n vel nacional posteriori de uma exaustiva revis o bibliogr fica efectuada Este condicionamento resultou na explicita o de um estudo de car cter internacional contudo deve esclarecer se que foi tamb m o nico estudo encontrado enquanto vers o relativamente equivalente presente investiga o em termos do objectivo de estudo amostra e instrumentos utilizados cf Tabela 14 Tabela 14 Estudo cient fico ialusivo caracteriza o personal stic
174. como para determinar posteriori do seu c lculo quais os testes estat sticos a aplicar na procedente an lise estat stica De seguida recorreu se utiliza o do Teste Mann Whitney considerado um teste n o param trico no sentido de comparar m dias de uma vari vel quantitativa em dois grupos distintos de sujeitos e dos quais se desconhecem as respectivas vari ncias populacionais A decis o pela sua aplica o em alternativa ao teste t student prendeu se com a averigua o da viola o do princ pio de normalidade da distribui o es ao n vel de grande parte das escalas cl nicas do Mini Mult e da totalidade dos ndices sintom ticos e globais do SCL90R 3 2 Medidas de associa o Coeficiente de Correla o de Pearson O c lculo deste coeficiente objectivou avaliar a intensidade e o sentido direc o da associa o entre duas vari veis quantitativas sendo que os resultados podem oscilar entre 1 e 1 Segundo D Hainaut 1992 p 78 o valor e 1 significa que as duas vari veis possuem uma associa o positiva perfeita o valor 1 traduz a exist ncia de uma associa o linear negativa perfeita e por ltimo o valor 0 aponta para o facto de n o existir rela o linear entre as vari veis Deste modo e citando Morteira 1993 cit in Maroco 2007 importa ter em mente que a presen a de uma associa o entre duas vari veis quantitativas indica que os fen menos n o est o indissoluvelmente ligados
175. constru o de uma vis o mais lata mas ao mesmo tempo mais integradora de personalidade Partindo deste ponto de vista e de acordo com Burger 2008 a personalidade pode ser conceptualizada de forma geral como os padr es comportamentais consistentes e como os 34 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 processos intrapessoais originados pelo indiv duo Deste modo a compreens o da mesma defini o carece do estabelecimento de uma l gica de pensamento dividida em duas partes A primeira parte remete para a no o de padr es consistentes de comportamento Este mesmo autor semelhan a de outros ao se referir a esta mesma caracter stica faz uma subjacente men o s diferen as individuais Por outras palavras embora o padr o de comportamento consistente ou est vel manifestado pelos sujeitos ao longo do tempo perante as diferentes circunst ncias de vida com os quais se deparam cada indiv duo nico no sentido em que duas pessoas distintas possuem personalidades desiguais embora o padr o comportamental de cada um seja consistente A segunda parte da defini o diz respeito aos processos intrapessoais pelo que se pode declarar que comparativamente aos processos interpessoais os primeiros envolvem os processos cognitivos emocionais e motivacionais que ocorrem dentro do sujeito e que afectam a sua forma de agir e de se sentir Assim a partir do estabelecimento de um elo
176. cos Notas T de Idade x x e Globais Totais p valor Totais p valor lt 45 n 23 18 Nota T gt 60 37 09 28 57 gt 45 n 24 19 38 70 30 15 SOM lt 45 n 10 0 368 15 0 652 Faixa Normativa 16 12 23 80 Nota T34 59 gt 45 n 5 11 8 06 17 46 lt 45 n 23 16 Nota T260 37 09 25 39 gt 45 n 23 19 O C 37 09 0 567 30 15 0 352 lt 45 n 10 17 Faixa Normativa 16 12 26 98 Nota T34 59 gt 45 n 6 11 9 67 17 46 lt 45 n 25 17 Nota T260 40 32 26 46 gt 45 n 21 16 S l 33 87 0 993 25 39 1 000 lt 45 n 8 16 Faixa Normativa 12 90 25 39 Nota T34 59 gt 45 n 8 14 12 90 22 22 lt 45 n 27 8 43 54 12 69 D Nota T260 gt 45 n 22 12 35 48 0 793 19 04 0 284 lt 45 n 6 25 Faixa Normativa 9 67 39 68 Nota T34 59 gt 45 n 7 18 11 29 25 57 lt 45 n 25 13 Nota T260 40 32 20 63 gt 45 n 23 14 ANS 37 09 22 22 lt 45 n 8 0 977 20 078 Faixa Normativa 12 90 31 74 Nota T34 59 gt 45 n 6 16 9 67 25 39 lt 45 n 20 13 Nota T gt 60 32 25 20 63 gt 45 n 19 15 HOST 30 64 23 80 lt 45 n 13 0 892 20 0 554 Faixa Normativa 20 96 31 74 Nota T34 59 gt 45 n 10 15 16 12 23 80 Nota Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 n Frequ ncias Absolutas Frequ ncias Relativas y Qui quadrado Pyator Valor de probabilidade de signific ncia ndices Sintom ticos SOM Somatiza o O C Obsess es Compuls es S I Sensibilidade Interpessoal D Depress o ANS Ansiedade HOST Hostilidade 226
177. da criminalidade em 5 categorias n o faziam parte dos crimes contra as pessoas os crimes sexuais Estes ltimos apenas surgiam numa segunda parte destinada an lise mais detalhada da criminalidade na qual ap s a apresenta o da totalidade de participa es efectuadas para esta mesma categoria geral se procedia sua ramifica o em quatro sub categorias principais designadamente a Viola o b ASC Adolescentes e Dependentes c Lenoc nio e Pornografia de Menores d Outros crimes contra a Liberdade e Auto determina o Sexual Importa ainda salientar que o n mero de participa es explicitado quer para a categoria geral de crimes sexuais quer para cada uma das 4 sub categorias os dados apresentados reflectiam o n mero total de participa es efectuadas aos OPC Sistema de Seguran a Interna do Gabinete do Secretariado Geral 2008 2009 2010 De seguida efectua se a respectiva men o das principais somas obtidas no patamar espec fico definido por ASC Adolescentes e dependentes cf Tabela 7 Tabela 7 N mero de participa es de ASC de Adolescentes e de Menores Dependentes efectuados PJ Ano 2008 l 2009 2010 N Total de Participa es 604 688 777 Fonte Sistema de Seguran a Interna do Gabinete do Secretariado Geral 2008 2009 e 2010 24 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 De forma mais ampla e a partir do RASI de 2010 atesta se que relativamente
178. da e qualquer situa o na qual um determinado s sujeito s comete m uma infrac o da lei bem como das normas morais e sociais De forma mais particular Toutin 2000 procedeu formula o de quatro grupos fundamentais de crimes nos quais a aplica o do Profiling se revela pertinente e poss vel designadamente 1 comportamentos de viol ncia extrema que abrangem os crimes de tentativa ou homic dio efectivado em s rie ou n o e outros comportamentos volunt rios com graves n veis de viol ncia 2 crimes sexuais em s rie ou n o como a viola o ou ASC e diversas agress es sexuais que envolvem uma certa pervers o e crueldade 3 destrui o de bens jur dicos ou privados motivados por eventuais reivindica es 4 comportamentos violentos que afectam aspectos morais e que compreendem coac o psicol gica com recurso a meios como cartas ou chamadas telef nicas de reivindica o de um crime ou para efeitos de chantagem Por seu turno Keppel e Walter 2001 Maurel 2001 Marret 2001 Buquet 2001 e Watanabe Suzuki e Tamura 2001 cit in Correira Lucas amp Lamia 2007 complementam esta nomenclatura acrescentando ao raio de aplicabilidade do Profiling por um lado os crimes relativos a actos s dicos cru is ou perversos que podem incluir ou n o a tortura crimes ritual sticos assaltos em s rie ou n o crimes que envolvem tomar a s pessoa s como ref m ns alco licos armados dementes em crise e ou
179. dade com o valor 1 associa o perfeita ASC s obtiveram se este tipo de associa es entre o tra o de personalidade Psicastenia e os ndices sintom ticos de sa de mental designados por Somatiza o Hostilidade e Ansiedade F bica e de modo similar entre o tra o de personalidade Esquizofrenia e os ndices sintom ticos de sa de mental relativos Sensibilidade Interpessoal e Ansiedade F bica entre o ndice global de sa de mental referente ao Global de Severidade e os tra os personal sticos Psicastenia e Esquizofrenia A f rmula de discuss o de resultados adoptada neste ponto poderia inscrever se numa l gica id ntica desenvolvida aquando da explica o e fundamenta o te rico pr tica das associa es obtidas ao n vel do question rio Mini Mult bem como ao n vel do question rio SCL90R Assim sendo optava se simplesmente pelo estabelecimento da correspond ncia entre os pressupostos formulados por Hathaway e Mckinley 1940 e pelos pressupostos formulados por Derogatis 1994 para justificar o que significa pontuar num tra o personal stico e pontuar com o mesmo grau e sentido num ndice sintom tico global partindo claro e especificamente da considera o das dimens es personalisticas e de sa de mental que se encontram citadas na Tabela 62 Deste modo tal racioc nio pode ser operacionalizado mediante a leitura e an lise das Tabelas 25 e 26 no entanto n o se procedeu neste ponto sua efec
180. de Psicoticismo e Total de Sintomas Positivos r 0 89 entre o ndice sintom tico Depress o e os ndices sintom ticos globais Ansiedade r 0 72 Total de Sintomas Positivos e Global de Severidade r 0 87 entre o ndice sintom tico Ansiedade e os ndices sintom ticos globais Ansiedade F bica r 0 71 Hostilidade Psicoticismo Global de Severidade r 0 89 e Total de Sintomas Positivos r 0 89 entre o ndice sintom tico Hostilidade e os ndices sintom ticos globais Psicoticismo r 0 71 e Total de Sintomas Positivos r 0 78 entre o ndice sintom tico Ansiedade F bica e os ndices globais designados por Global de Severidade r 0 72 e Total de Sintomas Positivos r 0 83 entre o ndice sintom tico Idea o Paran ide e o ndice global designado por Global de Severidade r 0 74 e por ltimo entre o ndice sintom tico Psicoticismo e os ndices globais respeitantes ao Global de Severidade r 0 83 e Total de Sintomas Positivos r 0 85 Relativamente a este mesmo grupo e considerando Pyaior lt 0 01 obtiveram se associa es positivas de grau muito alto elevado entre o ndice sintom tico Sensibilidade Interpessoal e o ndice global relativo ao Global de Severidade r 0 91 bem como entres os ndices globais denominados Global de Severidade e Total de Sintomas Positivos r 0 92 Analisando o grupo de controlo e atendendo aos resultados obtidos para um Pyaior lt 0 01 apurou se a exist ncia de associa es posi
181. de lt 45 anos Por outro lado nos ndices sintom ticos Somatiza o n 24 38 70 Ansiedade F bica n 21 33 87 e ainda no ndice global respeitante ao Total de Sintomas Positivos n 23 37 09 aferiu se que a maior soma de sujeitos que pertenciam categoria de nota T260 tinha idade gt 45 anos Contudo no restante ndice sintom tico denominado por Obsess es Compuls es a categoria de nota T260 foi representada por sujeitos que possu am por um lado idade lt 45 n 23 37 09 e por outro idade gt 45 anos n 23 37 09 No que concerne ao grupo de controlo aferiu se que independentemente da escala de escolaridade a categoria de nota T260 alcan ou uma supremacia de casos registados em 7 dos 12 ndices do SCL9OR Isto significou que nos ndices sintom ticos Somatiza o n 19 30 15 Obsess es Compuls es n 19 30 15 e Psicoticismo n 18 28 57 bem como nos ndices globais Global de Severidade n 18 28 57 e Total de Sintomas Positivos n 20 31 74 a maior incid ncia absoluta e relativa de sujeitos que se enquadrou na categoria de nota T gt 60 detinha idade gt 45 anos Em contrapartida no ndice sintom tico Sensibilidade Interpessoal n 17 26 98 os sujeitos que mais representaram a categoria de nota T gt 60 possu am idade lt 45 anos Todavia urge assinalar que no ndice sintom tico Idea o Paran ide se obteve uma igualdade em termos absolutos e relativos em termos do n mero de sujeitos que
182. de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 ansiedade actual e g sintoma doloroso e ou incapacidade e g incapacidade numa ou v rias reas de funcionamento e ou risco significativamente aumentado de sofrer de morte dor incapacidade ou uma perda importante de liberdade A mesma s ndrome n o deve representar somente uma resposta espect vel e ou sancion vel culturalmente no que concerne a um acontecimento particular e g morte de um ente querido Por ltimo postula se ainda que qualquer que seja a causa original da PM a mesma deve ser correctamente considerada como manifesta o de uma disfun o comportamental biol gica e psicol gica do sujeito APA 2000 Concluindo este t pico torna se pertinente enfatizar se que se deve encontrar inerente quer primeira posi o mais lata apresentada pela OMS quer aos fundamentos cient ficos diagn sticos postulados pelos DSM IV TR que o dom nio da Sa de Mental assenta num processo din mico que capacita e promove o funcionamento f sico e ou comportamental cognitivo afectivo e social do indiv duo transformando se numa for a ou impulso que o motiva face realiza o de actividades produtivas procura e satisfa o de objectivos de vida ao estabelecimento de relacionamentos satisfat rios e na capacidade de adapta o a mudan as e ainda a enfrentar situa es adversas Harber 1992 cit in Miranda 2008 1 6 2 Personalidade A exposi o te rico cient fica
183. de Mestrado n o publicada Porto Faculdade de Medicina Castro M E L pez Castedo A amp Sueiro E 2009 Sintomatologia asociada a agresores sexuales en pris n Anales de Psicologia 25 1 44 51 Center for Sex Offender Management 2009 Understanding Sex Offenders An Introductory Curriculum Section 3 Common Characteristics of Sex Offenders Retirado em Dezembro de 2010 http www csom org train etiology 3 3 1 htm Chaffin M Letourneau E amp Silovsky J 2002 Adults adolescents and children who sexually abuse children A developmental perspective In J Myers amp L Berliner Eds The APSAC Handbook on Child Abuse and Neglect Thousand Oaks SAGE Publications Cloninger S 2003 Teorias da Personalidade 2 ed S o Paulo Martins Fontes Comiss o Nacional para a Reestrutura o dos Servi os de Sa de Mental 2007 Relat rio Proposta de Plano de Ac o para a Reestrutura o e Desenvolvimento dos Servi os de Sa de Mental em Portugal 2007 2016 Portugal Minist rio da Sa de Conte J 1991 The nature of sexual offences against children In C Hollin amp K Howells Eds Clinical Approaches to sex offenders and their victims pp 13 33 Chichester John Wiley amp Sons Correia E Lucas S Lamia A amp Lamia A 2007 Profiling Uma t cnica auxiliar de investiga o criminal An lise Psicol gica 4 25 595 601 Costa J 2003 Sexo Nexo e Crime Teoria
184. de correspond ncia e de integra o de abordagem duplamente faseada de an lise atesta se que a personalidade inclui portanto aspectos mais est veis ao n vel do funcionamento dos indiv duos por vezes chamados de tra os que correspondem ao padr o est vel e consistente do comportamento bem como de aspectos mais fluidos ou pass veis de mudan a denominados por processos tais como a cogni o pensamento a afectividade emo es e o comportamento manifesto Assim a personalidade perspectivada como um sistema dado que se estima a exist ncia de uma din mica complexa e sofisticada entre as suas dimens es mais est veis e flutuantes ocorrendo n o s de um ponto vista intr nseco ao sujeito mas tamb m em fun o de est mulos e ou situa es advindas do ambiente externo circundante Carducci 2009 Adoptando o mesmo m todo de referencia o do t pico anterior inserem se neste momento os fundamentos propostos pelo DSM IV TR acerca da personalidade De modo id ntico ao que se apurou em rela o ao conceito de SM tamb m ao n vel da personalidade o mesmo manual apresenta apenas a defini o da sua vers o patol gica Todavia parte da no o de tra os de personalidade para introduzir e contextualizar a no o de perturba o de personalidade De forma global o DSM IV TR define tra os de personalidade enquanto padr es est veis de compreens o rela o e de pensamento acerca do meio envolvente e de si pr prio
185. de deferimento face realiza o da nossa investiga o enviadas pela DGSP cf exemplo Anexo 6 e posteriormente por cada um dos EPs cf exemplo Anexo 7 Estabelecimento de contacto telef nico com a Direc o de cada um dos EP s com o intuito de prestar 62 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 conhecimento acerca receptividade das suas cartas de deferimento bem como das respectivas cartas concess o de autoriza o por parte da DGSP tendo se sucedido o agendamento da realiza o do estudo Desloca o aos EP s nas datas e hor rios agendados que em termos cronol gicos decorreu em primeiro lugar no EP Regional da Guarda e da Covilh EP de Castelo Branco e da Carregueira tendo sido recebida por profissionais destacados pela Direc o de cada EP para monitorizar a realiza o do estudo EP Guarda Castelo Branco e Carregueira Psic logos EP da Covilh Director Adjunto No decurso do estabelecimento de contacto directo com os referenciados profissionais de cada EP procedeu se explicita o oral da pertin ncia do estudo e dos seus principais objectivos sucedida pela apresenta o do consentimento informado por n s formulado exigido pela DSGP cf Anexo 8 do question rio s cio demogr fico cf Anexo 9 bem como dos instrumentos de avalia o psicol gica cf Anexo 10 e 11 De seguida e ap s o avalio favor vel de tudo o que foi comunicado e a
186. de em que se insere De modo complementar a OMS adicionou ainda mesma conceptualiza o as seguintes dimens es pessoais designadamente o bem estar subjectivo a auto efic cia percebida a autonomia a compet ncia a depend ncia inter geracional e o reconhecimento da habilidade de realizar o seu potencial intelectual e emocional OMS 2004 A divulga o desta defini o tem fomentado o reconhecimento de que a condi o mental de cada indiv duo determinada por uma multiplicidade de factores reconhecendo se actualmente que a etiologia da Sa de Mental de natureza biopsicossocial sendo portanto ditada pela rela o estabelecida entre os factores biol gicos e g gen tica os factores individuais e g antecedentes pessoais os factores familiares e sociais e g enquadramento social e ainda os factores econ micos e ambientais e g estatuto social e condi es de vida Importa salientar que o reconhecimento deste facto foi amplamente potenciado pelos progressos existentes ao n vel das neuroci ncias dado que se tem tornado cada vez mais patente que o funcionamento mental possui um substrato fisiol gico que se encontra indissociavelmente relacionado com o funcionamento f sico e social OMS 2002 De modo exemplificativo apresenta se um esquema ilustrativo face natureza multifactorial da Sa de e ou Doen a Perturba o Mental cf Tabela 10 Tabela 10 Modelo Multifactorial da Sa de Mental o SOciedade e Cu
187. der sobre a v tima A par e subjacente a esta tr ade conceptual urge a necessidade de explicitar o tipo e a natureza das pr ticas sexuais consideradas abusivas bem como a quest o do consentimento No que respeita ao tipo e natureza de pr ticas sexuais consideradas abusivas o ASC pode apresentar se sob a forma de actividades er ticas e sexuais impostas crian a pelo recurso viol ncia f sica amea a ou indu o da sua vontade Associa o Brasileira Multiprofissional de Protec o Inf ncia e Adolesc ncia 2003 Por outras palavras do rol diverso e nefasto de comportamentos que o abusador sexual pode exercer sobre a crian a os mesmos distinguem se pelo seu pendor f sico que pode ou n o estar presente na rela o abusiva Deste modo definem se como actos sexuais abusivos nos quais existe contacto sexual logo f sico o sexo anal vaginal ou oral a introdu o do dedo e ou de objectos na vagina ou no nus as car cias que incluam o toque dos genitais do abusador ou do menor for ar o menor a masturbar o abusador e ou obrigar o menor a manter contactos sexuais com animais Em contrapartida os actos sexuais abusivos nos quais n o se prefigura a exist ncia de contacto sexual logo n o envolve a componente f sica s o comummente descritos como o voyeurismo o exibicionismo bem como formas m ltiplas de explora o sexual que se ramificam em actividades promovidas para a produ o de pornografia e ou impulsionar
188. do de sa de mental da popula o portuguesa adulta Mediante os resultados por n s obtidos n o ficou ainda mais refor ada a necessidade de realizar um estudo epidemiol gico para estimar a incid ncia e a preval ncia de sintomatologia de car cter psicopatol gica e ou de perturba es mentais na popula o portuguesa Uma vez que a comunidade cient fica reconhece que o conhecimento acerca das determinantes sociais e econ micas permite arquitectar programas de avalia o e interven o de diversas indoles que n o somente psicol gica destinadas a popula es de diversas faixas et rias com o intuito de melhorar a Sa de Mental das mesmas e assim reduzir a carga global de perturba o es mental ais para quando o reconhecimento desta l gica preventiva bem como da necessidade de realizar um maior n mero de investiga es acerca deste tipo de determinantes Em jeito de s mula deixamos em aberto a rubrica Repensar para evoluir Em primeira inst ncia presta se conhecimento de um prov rbio nigeriano que pronuncia necess ria uma aldeia inteira para educar uma crian a Os ASC s antes de condenados povoam esta aldeia sob disfarces que v o desde ser pais a padrastos e desde ser vizinhos a professores Assim sendo o n o reconhecimento da necessidade de os conhecermos melhor atrav s do desenvolvimento de linhas investigativas multidisciplinares n o faz com que estejamos a deixar que ao ASC s
189. do question rio Mini Mult MINI MULT QUESTION RIO Nome Sexo M F Data de Nascimento Data de Avalia o Nestas folhas encontram se v rias frases Pedimos lhe que responda VERDADEIRO ou FALSO a cada uma delas Se a sua resposta for VERDADEIRO fa a uma CRUZ volta da palavra VERDADEIRO Se a sua resposta for FALSO fa a um C RCULO volta da palavra FALSO N o demore muito tempo entre uma resposta e a seguinte e d todas as respostas por ordem VOLTE A P GINA 197 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 198 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 11 Question rio SCL90R Aplicado aos Abusadores Sexuais de Crian as e aos Sujeitos Normativos 199 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 200 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Nota Este documento possui direitos de autor pelo que a sua aquisi o deve ser solicitada ou comprada pelas vias normais de investiga o Deste modo opt mos pela n o apresenta o integral do question rio SCL9OR SCL 90 R Question rio de avalia o de 90 sintomas INSTRU ES A seguir encontra uma lista de problemas e queixas que algumas pessoas costumam ter Por favor leia as quest es cuidadosamente e assinale a sua esco
190. dos dos ndices globais apurou se que no ndice Global relativo Severidade os sujeitos que integravam a categoria de nota gt 60 possu am escolaridade lt 1 Ciclo de Ensino B sico e escolaridade correspondente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico pois perfez se para ambas as categorias de escolaridade a mesma incid ncia de sujeitos em termos absolutos n 23 e relativos 37 09 De modo complementar no ndice global alusivo ao Total de Sintomas Positivos verificou se que a superioridade de sujeitos que integrou a categoria de nota T gt 60 possuia lt 1 Ciclo do Ensino B sico n 21 33 87 ao passo que no ndice global de Severidade de Sintomas Presentes os sujeitos que integravam esta mesma categoria de nota T detinham escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico n 26 41 93 Face ao grupo de controlo aferiu se que independentemente da categoria de escolaridade em quest o em 5 dos 9 ndices sintom ticos e em 2 dos 3 ndices globais do SCL90R o maior n mero absoluto e relativo de sujeitos enquadrou se na categoria de nota T gt 60 De modo mais espec fico e em rela o aos ndices sintom ticos pode afirmar se que no ndice de Somatiza o n 18 28 57 e Sensibilidade Interpessoal n 18 28 57 o maior n mero de sujeitos que integrou a categoria de nota T gt 60 possu am escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos de Ensino B sico De modo complementar verificou se ainda por um lado que no
191. dos entre adultos ou o seriam dentro de limites menos amplos ou ainda assumiriam menor gravidade este prolongamento remete para o argumento de que a vitima uma crian a ou um menor de certa idade Rebocho 2007 Deste modo quer ao n vel da doutrina quer ao n vel da jurisprud ncia reside a concord ncia de que o bem jur dico protegido em ambas as sec es a Liberdade Sexual que consiste na liberdade de viver e de expressar a sexualidade associado a um outro o livre discernimento da personalidade do menor na esfera sexual Dias 1999 Por outras palavras o bem jur dico tutelado emerge quando estiverem em causa menores tamb m na sec o relativa Liberdade Sexual pois o desenvolvimento pleno do mesmo na esfera sexual deve processar 17 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 se em liberdade sem intromiss es que a lei presume como nocivas forma o da personalidade e pr pria assump o de sexualidade Gers o 1997 Aliadas a estas altera es devem explicitar se outras duas que se revestem de extrema import ncia Em primeiro lugar pode atestar se que uma das novidades patentes no CPP de 1995 comparativamente s revis es anteriores equivale cria o e tipifica o de um artigo espec fico sobre o crime de ASC em concreto o artigo 172 sendo que a sua tipifica o penal se encontra exposta de seguida cf Tabela 2 Tabela 2 Tipifica o
192. dos quatro perfis 112 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 distintos Desta totalidade num rica de perfis decidimos destacar os que implicavam ASC s com caracter sticas de idade e de escolaridade id nticas s categorias por n s formuladas Assim sendo destacou se o perfil 1 designado por intrafamiliar inadequado uma vez que os ASC s revelaram um inadequado cumprimento do papel parental em rela o vitima Este grupo foi representado por 28 casos o que correspondeu a 21 37 da amostra estudada Nela integraram se pais e padrastos com idade entre os 26 e os 55 anos de idade possu am profiss es pouco qualificadas e habilita es liter rias correspondentes ou iliteracia ou ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico eram casados comunh o de facto e ou divorciados separados apresentavam antecedentes criminais mas que envolviam a pr tica de crimes n o sexuais e g roubo quanto s perturba es psicol gicas estes sujeitos possu am historial de consumo de subst ncias e portanto altera es comportamentais personalisticas inerentes o comportamento criminal englobava caracter sticas como a premedita o e envolviam penetra o vaginal e anal as agress es tinham sido cometidas na casa do abusador ou abusador v tima a v tima tinha idade entre os 8 e os 16 anos de idade sexo feminino e possu a o 2 3 Ciclos do Ensino B sico eram oriundas de fam lias biparenta
193. e Escala Adicional E A escala constitu da por sete itens itens 19 60 44 59 64 66 e 89 que equivalem a indicadores do estado de gravidade mental de um sujeito mas que n o constituem uma dimens o sintom tica espec fica 61 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 ndices Globais Cada um destes ndices globais indicativo de diferentes aspectos do sofrimento psicopatol gico geral GSI corresponde a uma medida generalizada e indiscriminada da intensidade do sofrimento ps quico e psicossom tico global E Somat rio da totalidade da pontua o obtida em cada um dos ndices F rmula de c lculo GSl ne nono o nono nono nono non nn nono nono nono nono non on nocao on onon ooo N mero total de itens do SCL90R PST contabiliza o n mero total de sintomas presentes ou seja a amplitude e diversidade da psicopatologia F rmula de c lculo PST n mero de itens com valor diferente de zero PSDI relaciona o sofrimento do dist rbio global com o n mero de sintomas e por isso um indicador da intensidade sintom tica m dia GSI X 90 F rmula de c lculo PSDI PST Elabora o do Perfil Ap s resposta a todos os itens do SCL90R iniciam se os c lculos para cada ndice sintom tico numa folha constru da para o efeito e da qual constam de forma disc
194. e Sa de Mental Nova Concep o Nova Esperan a Lisboa Minist rio da Sa de Organiza o Mundial de Sa de 2003 Investigation in Mental Health Geneva Nove Impression Organiza o Mundial de Sa de 2004 The Global Burden of Disease 2004 Update Geneva Nove Impression Organiza o Mundial de Sa de amp International Society for Prevention of Child Abuse and Neglect 2006 Preventing child maltreatment a guide for taking action and generating evidence Genebra WHO Press Organiza o Mundial de Sa de 2008 Pacto Europeu para a Sa de Mental e o Bem estar Acta da Confer ncia de Alto Nivel da Uni o Europeia 1 8 Ortiz Tallo M S nchez L amp Cardenal V 2002 Perfil Psicol gico de delicuentes sexuales Um est dio cl nico con el MCMI II Revista de Psiquiatria 29 3 144 153 Pasquali L 2003 Psicometria Teoria dos testes na psicologia e na educa o Rio de Janeiro Vozes 148 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Paulino M 2009 Abusadores Sexuais de Crian as A verdade escondida Lisboa Prime Books Pechorro P Poiares C amp Vieira R 2008 Caracteriza o psicol gica de uma amostra forense de abusadores sexuais An lise Psicol gica 4 26 615 623 Perdig o A 2003 Pedofilia e Abuso Sexual de Menores A abordagem Jur dica Boletim do IAC 6 68 1 4 Pereda N Guilera G Forns M amp G mez
195. e possuem uma prefer ncia sexual por crian as estimulada pelos crit rios que definem esta Parafilia Gomes amp Coelho 2003 A conceptualiza o dos conceitos supramencionados introduz a problem tica dos Crimes Sexuais que se encontram previstos na Legisla o Portuguesa e que est o definidos no C digo Penal aprovado pela Lei n 59 2007 de 4 de Setembro Os crimes contra a Liberdade Sexual integram entre outros crimes sexuais a viola o Art 164 e o abuso sexual de pessoa incapaz de resist ncia Art 165 Por outro lado os Crimes contra a Auto determina o Sexual incluem o abuso sexual de crian as Art 171 o abuso sexual de menores dependentes Art 172 entre outros Visando enquadrar o objectivo do proposto estudo revela se crucial esclarecer a no o de Profiling vs Perfil Criminal O Profiling a constru o virtual de um perfil psicol gico tipol gico social e f sico de um indiv duo n o identificado pass vel de ter cometido um crime isto suscept vel de passar ao acto Agrapart Delmas 2001 O objecto e a fun o desta t cnica sup em a compreens o do criminoso e do crime Correia Lucas amp Lamia 2007 Esta t cnica forense engloba um conjunto de metodologias que identificam conceitos diversos como perfil psicol gico perfil do agressor perfil de personalidade criminal etc 176 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Kocs
196. e um n vel educacional baixo parece constituir um marcador de condi es adversas na inf ncia ou de um n vel socioecon mico baixo Todavia estes achados n o s o universais pois em alguns estudos realizados no Reino Unido tal associa o n o foi identificada verificando se que o n vel de rendimento mas n o o n vel educacional se encontrava associado com a ocorr ncia de perturba es mentais comuns W Pobreza Postula se que a pobreza se encontra relacionada com um baixo n vel socioecon mico mas condi es de habita o desemprego baixa escolaridade e por um comprometimento ao n vel da coes o familiar pelo que estes elementos se associam perturba o mental na medida em que constituem factores de risco Por seu turno a pobreza dificulta o acesso aos servi os de sa de n o s cuidados de sa de mental especializados como tamb m cuidados de sa de prim rios repercutindo se esta barreira num impacto negativo ao n vel da sa de mental e da sa de f sica W Habita o Estudos t m demonstrado que as pessoas que possuem uma habita o condigna que lhes proporcione abrigo n o s f sico mas tamb m ps quico possuem assim um factor protector ao n vel da sa de mental Deste modo as pessoas de classes s cio econ micas desfavorecidas que n o possuem esta garantia em termos de habita o encontram se expostas a maior risco de perturba o mental doen as f sicas bem como maior risco de mortalidade WW
197. e Investiga o da Delinqu ncia Sexual Lisboa Edi es Calibri 141 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Crabb A Decoene S amp Vertommen H 2008 Profiling Homicide Offenders A review of assumptions and theories Agression and Violent Behavior 13 88 106 Cusson M 2006 Criminologia Cruz Quebrada Casa das Letras Dalgalarrondo P 2000 Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais Porto Alegre Artes m dicas Danni K amp Hampe G 2000 An analysis of predictors of child sex offenders types using presentence investigation reports International Journal of Offender Therapy and Comparative Criminology 44 4 490 504 Derogatis L 1994 SCL 90 R Cuestion rio de 90 sintomas Manual T cnico Espanha TEA Ediciones D Hainaut L 1997 Conceitos e M todos da Estat stica Vol 2 Edi o Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian Dias J 1999 Artigo 172 Abuso Sexual de Crian as In J Dias Ed Coment rio Conimbricense do C digo Penal Parte Especial Tomo pp 541 553 Coimbra Coimbra Editora Duhr V 1992 Un enfant est battu non d nonc Neuropsychiatrie de Enfance et de Adolescence 40 7 358 362 Dunaigre P 2001 Paedophilia A psychiatric and psychoanalytical point of view In C Arnaldo Child Abuser on the Internet Ending the silence USA UNESCO amp Berghahn Books Ebisike
198. e Mestrado 2 8 An lise estat stica O processo de tratamento e an lise estat stica dos dados teve in cio com a elabora o da estat stica descritiva relativa primeiramente amostra total e de seguida discrimina o 63 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 entre os dois grupos de participantes Neste sentido procedeu se caracteriza o s cio demogr fica da amostra todavia importa sublinhar que apesar da recolha de informa o efectuada atrav s do question rio por n s formulado para o efeito somente se procedeu an lise da vari vel idade e escolaridade tendo se exclu do portanto a contabiliza o da informa o relativa s vari veis do estatuto socioecon mico auto estimado do estado civil e do n de filhos Tal decis o prendeu se com uma reflex o e pondera o cr tica efectuada por n s em torno dos requisitos impostos pela DGSP face realiza o do estudo e com pedidos e ou afirma es tecidas pelos sujeitos do grupo de investiga o aquando da comunica o do seu consentimento informado para participar no mesmo Tendo em conta os contactos telef nicos estabelecidos com profissionais da DGSP e os posteriores pedidos de autoriza o deferidos formalmente pela mesma entidade foi nos comunicado de forma clara e objectiva que por mais reduzida que fosse a probabilidade de identifica o dos sujeitos por interm dio da salvaguarda do princ
199. e Severidade Total S P Total de Sintomas Positivos PSDI Severidade dos Sintomas Presentes 89 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Versando o intuito de testar que valores foram efectivamente diferentes segundo a categoria de escolaridade no grupo de controlo recorreu se compara o m ltipla de m dias atrav s da aplica o do Teste Post Hoc de Tukey Pela an lise da Tabela 46 foi poss vel inferir quais os pares de categorias de escolaridade nos quais se verificaram diferen as estatisticamente significativas Deste modo pode afirmar se que nos ndices sintom ticos Idea o Paran ide Psicoticismo e nos ndices globais designados por Global de Severidade e Severidade dos Sintomas Presentes os sujeitos com escolaridade lt 1 Ciclo do Ensino B sico apresentaram em m dia os valores de notas T mais elevados comparativamente com os sujeitos que detinham escolaridade correspondente ao Ensino Secund rio Esta evid ncia estat stica foi comprovada pois para um n vel de signific ncia de 5 verificou se para os referenciados ndices que os Pyaores Oscilaram entre 0 000 e g ndice sintom tico Psicoticismo e 0 035 obtido no ndice sintom tico Idea o Paran ide Assim sendo constatou se nos referenciados ndices que Pyatores lt 0 05 e por consequ ncia rejeitou se a hip tese nula relativa exist ncia de igualdade de m dias nos diferentes ndices sintom ticos
200. e abuso sexual cometido MCMI II os resultados obtidos com maior relev ncia encontravam se relacionados com a eleva o das escalas relativas categoria de padr es de personalidade cl nicos Mais Principais especificamente verificou se a exist ncia de indicadores de sintomatologia Resultados psicopatol gia ao n vel das escalas conotadas como personalidade Dependente Compulsiva Evitante Esquiz ide e Narc sica Ao n vel das s ndromes cl nicas verificou se a exist ncia de sintomatologia patol gica associada perturba o de ansiedade perturba o dist mica de humor e perturba o relacionada com abuso de subst ncias designadamente o lcool 1 6 4 2 2 Perfil Personal stico e de Sa de Mental Foco exclusivo na Popula o Normativa No que concerne ao retrato personal stico e de sa de mental da popula o normativa prosseguiu se a l gica precedente citando se subsequentemente duas investiga es cient ficas que partem do estudo da popula o normativa portuguesa aspecto este similar investiga o por n s realizada Todavia e partindo desta d ade de investiga es importa destacar que al m do facto de terem sido os nicos estudos encontrados ap s a devida revis o bibliogr fica realizada a primeira investiga o particulariza o estudo da personalidade do ponto de vista da normalidade e o segundo escrutina a sa de mental do ponto de vista psicopatol gico n o se tendo encontrado
201. e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Execu o constru o de um perfil de abusadores sexuais restrito aos indiv duos da amostra do presente estudo constitu do por tra os de personalidade e sintomas cl nicos indicadores ou n o de patologia mental sem visar alcan ar a elabora o de um profiling Por outras palavras n o se objectiva dar resposta s quest es que caracterizam o profiling enquanto t cnica auxiliar de investiga o criminal nomeadamente O que se passou na cena do crime Por que raz o estes acontecimentos tiveram lugar e Que tipo de individuo pode estar implicado 2 4 Hip teses Devido ao car cter explorat rio do proposto estudo e de forma similar escassa sustentabilidade te rica n o se revelou efectiva a constru o de hip teses orientadoras do presente estudo 2 5 Amostra A Amostra ser constitu da por um grupo de investiga o e por um grupo normativo perfazendo um n esperado de 50 sujeitos O primeiro grupo ser composto por indiv duos condenados com tr nsito em julgado que se encontram a cumprir pena nos Estabelecimentos Prisionais da cidade da Covilh Guarda e Castelo Branco No que respeita ao segundo grupo pode dizer se que a sua constitui o se encontra dependente da finaliza o da recolha de informa o relativa s vari veis de idade g nero e grau de escolaridade do grupo de investiga o Por conseguinte os sujei
202. e e o ndice global designado por Global de Severidade como os que obtiveram maiores frequ ncias absolutas e relativas registadas nesta mesma categoria Idea o Paran ide n 52 83 87 Global de Severidade n 52 83 87 Em segundo lugar e no que respeita ao grupo de controlo apurou se que nos ndices sintom ticos de Somatiza o n 37 58 73 Obsess es Compuls es n 35 55 55 Sensibilidade Interpessoal n 33 52 28 Idea o Paran ide n 40 63 49 e Psicoticismo n 34 53 96 bem como nos ndices globais designados por Global de Severidade n 34 53 96 e Total de Sintomas Positivos n 38 60 31 a maior incid ncia absoluta e relativa de sujeitos foi registada na categoria de nota T gt 60 No que respeita an lise dos valores de probabilidade de signific ncia verificou se para um n vel de signific ncia de 5 que nos ndices sintom ticos Obsess es Compuls es Pvaior 0 039 Sensibilidade Interpessoal Pyaior 0 016 Depress o Pyaior 0 000 Ansiedade Pyator 0 000 Hostilidade Pyaior 0 049 Ansiedade F bica Pyaior 0 001 Idea o Paran ide Pyator 0 014 Psicoticismo Pyator 0 015 bem nos ndices globais designados por Global de Severidade Pyaior 0 000 e Severidade dos Sintomas Presentes Pyaior 0 000 a presen a de Pyatores lt 0 05 Por conseguinte rejeitou se a hip tese nula relativa exist ncia de independ ncia entre as categorias de notas T e o grupo de perten a dos sujeitos cf Tabel
203. e escolaridade Iniciando a an lise da Tabela 49 pelos resultados obtidos no grupo de investiga o pode declarar se de um modo geral que independentemente da categoria de escolaridade em 93 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 quest o se obtiveram as frequ ncias absolutas e relativas mais elevadas em todos os ndices sintom ticos e globais do SCL90R na categoria de nota T260 Primeiramente e no que diz respeito aos ndices sintom ticos do SCL90R pode afirmar se que nos ndices Sensibilidade Interpessoal n 22 35 48 Ansiedade n 22 35 48 Hostilidade n 20 32 25 e Psicoticismo n 21 33 87 se constatou pela an lise dos maiores valores de frequ ncias absolutas e relativas que os sujeitos que integraram a categoria de nota T260 tinham escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico Todavia importa salientar que nos ndices sintom ticos de Obsess es Compuls es e Idea o Paran ide a supremacia de sujeitos que integrou a categoria de nota t gt 60 possu a por um lado escolaridade lt 1 Ciclo do Ensino B sico e por outro escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico observando se uma igualdade de casos registados em termos absolutos e relativos para estas duas categorias de escolaridade Obsess es Compuls es n 21 33 87 Idea o Paran ide n 23 37 09 Relativamente ao mesmo grupo mas atendendo an lise dos resulta
204. e existir um n mero consider vel de sujeitos que pode ser considerado simultaneamente ped filo e ASC s consistindo a Falometria tecnologia que permite avaliar as prefer ncias sexuais do homem por interm dio da medi o do di metro do p nis perante est mulos er ticos espec ficos numa das formas que permite distinguir entre estas duas popula es Marshall 1997 Em s mula pode sustentar se que estas duas popula es acabam por ser um oximoro por m tal vis o n o se encontra enraizada no senso comum pois prevalece a ideia de que os ped filos e os ASC s s o uma e a mesma coisa Assim sendo importa portanto refor ar que urge a necessidade de emergir por parte dos mass media e da pr pria comunidade cient fica um sentido de mobiliza o de esfor os com o intuito de imprimir na sociedade em geral a ideia de que nem todos os ped filos s o ASC s e inversamente nem todos os ASC s s o ped filos A par deste fomento de tomada de consci ncia os mesmos vectores de presta o de informa o e ou conhecimento devem educar o p blico em geral para o facto de os ped filos representarem apenas uma pequena parte dos ASC s Marshall 2007 Soeiro 2009 1 3 Abuso Sexual de Crian as luz do C digo Penal Portugu s 1 3 1 A Crian a no Estado de Direito Portugu s Num passado n o muito remoto em Portugal as crian as n o eram titulares de direitos estando apenas sujeitas ao poder familiar Monaco 2004 pelo
205. e mental referente ao Psicoticismo os sujeitos detinham escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico Em jeito complementar apurou se tamb m que ao n vel dos ndices sintom ticos de sa de mental alusivos Ansiedade Hostilidade Ansiedade F bica bem como ao ndice global de sa de mental referente Severidade dos Sintomas Presentes al m da maior soma de sujeitos ter afigurado a presen a de indicadores de normatividade os mesmos tinham escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico Por ltimo apurou se no ndice global de sa de mental designado por Global de Severidade que a maior e igual incid ncia absoluta e relativa destes sujeitos apresentava indicadores de psicopatologia e escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico e Resultados Clinicamente Significativos ASC s de um modo geral em todos os ndices sintom ticos e globais de sa de mental a maior incid ncia absoluta e relativa de ASC s enquadrou se na categoria tradutora de psicopatologia divergindo assim somente ao n vel a escolaridade dos sujeitos De modo ilustrativo verificaram se as tr s seguintes evid ncias a ndices sintom ticos de sa de mental designados por Sensibilidade Interpessoal Ansiedade Hostilidade Ansiedade F bica Psicoticismo bem como ndice global de sa de mental relativo Severidade dos Sintomas Presentes os sujeitos possu am escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensi
206. e n o existe um perfil de personalidade t pico de abusadores sexuais Golberg amp Okami 1992 cit in Pechorro Poiares amp Vieira 2008 Em suma justifica se a total pertin ncia do presente estudo no sentido de refor ar a import ncia da avalia o psicol gica no dom nio jur dico forense 2 3 Objectivos 2 3 1 Objectivos Gerais Contribuir para a amplia o e aprofundamento do estudo e conhecimento relativo aos crimes contra a liberdade e auto determina o sexual visto que os mesmos encerram uma natureza traumatizante para as v timas e s o geradores de acentuada repulsa social Sensibilizar para a relev ncia do foco de investiga o cient fica se direccionar para o estudo de indiv duos condenados devido a crimes de abuso sexual no sentido de maximizar o conhecimento acerca dos padr es mais internos e cristalizados que caracterizam a sua persona e que se reflectem na sua conduta desviante Destacar a import ncia do campo cient fico da Psicologia como geradora de conhecimento cient fico e de avolumada relev ncia no mbito Forense mediante o equil brio estabelecido entre a teria fundamentos pressupostos te ricos e a pr tica aplica o de instrumentos de avalia o psicol gica 2 3 2 Objectivos Espec ficos Estudar compreender as caracter sticas personal sticas e psicopatol gicas de abusadores sexuais condenados com tr nsito em julgado 177 Perfil Personal stico
207. e no patamar normativo bem como no psicopatol gico Sujeitos Normativos independentemente da categoria de escolaridade implicada o car cter psicopatol gico n o vingou com a representa o da maior soma de sujeitos em nenhum tra o de personalidade Assim sendo atestou se que a maior fasquia num rica e percentual de sujeitos normativos al m de ter deixado patente a normatividade dos tra os personal sticos de Depress o Histeria Desvio Psicop tico Psicastenia Esquizofrenia e Hipomania era de igual modo caracterizado pela deten o de escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico Aquando da efectiva o da revis o bibliogr fica para de alguma forma indagar o estado da arte relativamente ao racioc nio expresso nos principais resultados precedentemente mencionados depar mo nos com a inexist ncia de refer ncias cient ficas que reportassem linhas de investiga o no qual se tivesse procedido execu o da mesma ou similar de algum modo an lise estat stica e consequente discuss o de resultados Consciente desta lacuna impusemo nos em reverter a mesma mediante a averigua o de qual o norte que tem sido adoptado pela comunidade cient fica para estudar a personalidade em fun o da vari vel idade e escolaridade Dos estudos cient ficos escassos encontrados e relativamente ao grupo de ASC s procedemos selec o daqueles que nos permitiram de alguma forma acrescentar conheciment
208. e sintom tico Sensibilidade Interpessoal e o ndice global designado por Global de Severidade par de ndices este na qual Canavarro aferiu a exist ncia de uma associa o positiva de grau alto elevado Para finalizar esta interpreta o de resultados procedeu se elabora o de infer ncias relativas ao significado cl nico das associa es obtidas na presente investiga o De forma objectiva deve prestar se conhecimento que os itens que formam as nove dimens es de psicossintomatologia avaliadas pelo SCL90R constituem no seu conjunto importantes elementos de psicopatologia pelo que s o considerados pelos Manuais de Classifica o Diagn stica mais utilizados CID 10 e DSM IV como aspectos importantes para a elabora o de diagn sticos das primeiras cinco categorias F00 a F49 segundo o CID 10 e para as perturba es do eixo l segundo o DSM IV Canavarro 1999 cit in Sim es Machado Gon alves amp Almeida Contudo e semelhan a do que acontece com o Mini Mult os constructos avaliados pelos ndices sintom ticos do SCL90R foram denominadose conceptualizados luz da experi ncia cl nica e investigativa de Derogatis e n o nica e exclusivamente com base nos referenciados manuais de perturba es mentais Assim sendo e dado que a elabora o de diagn sticos formais de perturba o mental n o consistiu num dos nossos objectivos pareceu nos err neo analisar os resultados com base no DSM ou no CID Por
209. e sujeitos aquando da resposta ao Mini Mult e que foi avaliado por interm dio das suas tr s escalas de validade cf Tabela 55 Tabela 55 Principais resultados obtidos ao n vel da atitude dos sujeitos perante o question rio Atitude dos sujeitos perante a prova ASC s vs Sujeitos Normativos em ambos os grupos em m dia as pontua es mais elevadas foram obtidas na escala de validade Frequ ncia Todavia quando comparados os resultados dos ASC s e dos sujeitos normativos tornou se patente que nas escalas de validade Mentira e Correc o o segundo grupo superou o primeiro tendo alcan ado em m dia os resultados mais elevados De modo a conseguir percepcionar o significado emp rico e cientifico destes resultados m dios recorreu se circunscri o do posicionamento dos sujeitos de ambos os grupos em estudo em fun o das categorias de normatividade psicopatologia definidas para os tra os personal sticos pois o que o que se encontrava em causa era a avalia o da atitude mantida pelos sujeitos aquando da presta o das suas respostas Assim sendo verificou se ASC s contrariamente ao aferido para as escalas Mentira e Correc o constatou se na escala Frequ ncia que o maior n mero de sujeitos representou a categoria tradutora de psicopatologia Sujeitos Normativos aferiu se para a totalidade das escalas de validade que a maioria dos sujeitos se enquadrou na categoria que representou neste caso a normatividade
210. e todos os Pyatores gt 0 05 Deste modo n o se rejeitou a hip tese nula referente igualdade entre as m dias de notas T em fun o das duas categorias de idade cf Tabela 34 Tabela 34 Teste de Mann Whitney para a compara o de m dias obtidas nas escalas cl nicas em fun o grupo de participantes e das categorias de idade Grupo de Investiga o Escalas ldades4S dade gt 45 Par Cl nicas n M dia DP n M dia DP Hs 33 60 42 13 87 29 69 66 12 74 0 006 D 33 68 00 15 63 29 76 21 15 12 0 038 Hy 33 59 73 8 54 29 63 66 9 90 0 100 Pd 33 68 73 9 81 29 70 48 11 61 0 336 Pa 33 66 52 9 65 29 66 45 8 15 0 892 Pt 33 58 33 13 39 29 63 00 15 36 0 196 Sc 33 72 00 15 30 29 76 00 16 38 0 373 Ma 33 56 67 8 14 29 55 21 10 48 0 799 Escalas Grupo de Controlo Cl nicas n M dia DP n M dia DP Pvalor Hs 33 58 76 10 19 29 58 03 12 23 0 673 D 33 53 30 11 77 29 54 53 12 55 0 792 Hy 33 56 33 8 60 29 54 27 8 63 0 268 Pd 33 58 00 10 10 29 56 97 7 46 0 704 Pa 33 55 52 10 11 29 54 23 8 60 0 632 Pt 33 43 33 9 36 29 45 07 9 24 0 567 Sc 33 51 64 10 24 29 52 43 11 13 1 000 Ma 33 47 45 9 36 29 44 20 10 21 0 174 Nota p lt 0 05 n Frequ ncias Absolutas DP Desvio Padr o Pyaor Valor de Probabilidade de Signific ncia Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 Hs Hipocondria D Depress o Hy Histeria Pd Desvio Psicop tico Pa Paran ia Pt Psicastenia Sc Esquizofrenia Ma Hi
211. e um processo de amostragem n o probabil stico baseado na aplica o dos question rios por via de intermedi rios alunos do 1 2 e 3 ano de Psicologia bem como a aus ncia de recolha de informa es s cio demogr ficas mais diversificadas e g resid ncia nome da localidade ou discrimina o por meio rural urbano situa o profissional empregado desempregado etc Assimilando todas estas contrariedades sentimo nos impelidos em fazer dois ltimos reparos O primeiro concerne na possibilidade do leitor se questionar Considerando os resultados obtidos nesta investiga o significa ent o que existe um perfil personal stico e de sa de mental de ASC s e at mesmo de sujeitos normativos A antecipa o desta quest o permitiu nos alertar o leitor de que apesar de forma subentendida os nossos resultados terem criado uma brecha a partir do qual os ASC s e os sujeitos normativos parecem constituir um grupo homog neo e por conseguinte alvos f ceis de perfilamento n o podemos deixar de advertir que esta imagem resultou da abordagem nomot tica versada Assim sendo temos plena consci ncia de que a efectiva o de uma abordagem ideogr fica comprovaria o car cter heterog neo do grupo de ASC s e do grupo de sujeitos normativos bem como poderia fazer cair por terra a aparente ideia de facilidade em tra ar o perfil destes sujeitos O segundo reparo diz respeito s condi es exigidas p
212. e uma associa o positiva quase perfeita cf Tabela 43 Tabela 43 Matriz de correla es de Pearson entre os ndices sintom ticos e os ndices globais do SCL90R segundo o grupo de participantes da amostra Indices Grupo de Controlo Sint e SOM OC Si D ANS HOST A F LP PSIC GS Tot PSDI Globais S P SOM 1 0 60 0 48 0 54 0 63 0 56 0 49 0 50 0 54 0 68 0 62 0 42 O C 0 73 1 0 74 0 77 0 75 0 63 0 59 0 68 0 70 0 84 0 82 0 43 S I 0 74 0 80 1 0 73 0 69 0 58 0 69 0 70 0 75 0 81 0 84 0 28 kk kk kk kk kk kk kk kk D 0 79 0 75 0 79 1 0 81 0 66 0 63 0 66 0 75 0 86 0 82 0 48 kk kk kk kk kk kk kk kk kk ANS 0 71 0 71 0 82 0 72 1 0 69 0 61 0 64 0 80 0 88 0 81 0 48 kk kk kk kk kk kk kk kk kk HOST 0 63 0 63 0 67 0 50 0 75 1 0 55 0 64 0 67 0 81 0 73 0 49 kk kk kk kk kk kk A F 071 0 74 0 72 0 65 0 71 0 64 1 0 54 0 67 0 72 0 75 0 13 kk kk kk kk kk kk kk kk LP 0 55 0 53 0 67 0 63 0 66 0 44 0 57 1 0 72 0 83 0 81 0 45 kk kk kk Grupo de Investiga o PSIC 0 65 0 71 0 80 0 65 0 77 0 71 0 66 0 56 1 0 88 0 87 0 35 kk kk kk kk GSI 0 78 0 82 0 91 0 87 0 89 0 69 0 72 0 74 0 83 1 0 95 0 48 Tot 0 82 0 83 0 89 0 81 0 89 0 78 0 83 0 69 0 85 0 92 1 0 30 S P kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk PSDI 0 28 0 31 0 30 0 43 0 16 0 07 0 12 0 34 0 16 0 32 0 13 1 Nota p lt 0 05 p lt 0 01 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 Indices Sint ndices Sint
213. e uma profunda an lise ao regime penal vigente tornou se poss vel constatar que ao longo deste mesmo percurso evolutivo tiveram lugar diversas ocorr ncias que n o corroboram a factualidade anterior Pormenorizadamente pode declarar se que at 1998 a lei penal permitia que tratando se de menores de 12 anos o MP poderia iniciar procedimento criminal sem ser necess rio a apresenta o de queixa desde que o interesse p blico assim o impusesse Contudo deste quadro legal escapava a faixa et ria compreendida entre os 12 e os 16 anos mas n o durante muito tempo pois que a Lei n 65 98 de 2 de Setembro veio permitir que quando o crime fosse cometido contra menores de 16 anos podia o MP avan ar com o procedimento criminal desde que o interesse da v tima assim o justificasse Desta forma abandonou se o atendimento do interesse p blico para se atender ao interesse da v tima alargando se a defesa dos menores s idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos Este cen rio manteve se apenas at 2001 a partir da Lei n 99 de 25 de Agosto que alterou em definitivo a natureza do crime de ASC at aos 14 anos consagrado at ao momento pelo artigo 172 do CP Em efeito tratando se e t o s de crian as at aos 14 anos e considerando as condutas tipificadas como Acto Sexual de Relevo at 2001 o artigo 178 n 1 al nea b expunha a cessa o da exig ncia de apresenta o de queixa por parte da v tima para que o MP pudesse da
214. ecimento cient fico em prol da problem tica estudada Ser o tamb m asseguradas quest es ticas relativas confidencialidade e liberdade de cada um dos participantes para desistir no decurso do preenchimento dos mesmos Recolha e an lise dos resultados obtidos nos question rios preenchidos pelo grupo de investiga o e normativo por interm dio do programa de tratamento estat stico dos dados denominado SPSS Statistical Package for the Social Sciencies Elabora o do perfil personal stico e mental da amostra de abusadores sexuais presente neste estudo 179 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 2 6 Anexos Anexo l Question rio S cio Demogr fico Anexo ll SCL 90 R Anexo lll Mini Mult Anexo VI Termo de Consentimento Informado 2 7 Refer ncias Bibliogr ficas Almeida N Gon alves M Gra a O amp Vieira F 2010 A Psiquiatria e a Psicologia na Avalia o Pericial em Sexologia Forense Acta M dica Portuguesa 23 469 474 C digo Penal Portugu s Di rio da Rep blica 1 s rie n 170 de 4 de Setembro de 2007 Correia E Lucas S amp Lamia A 2007 Profiling uma t cnica auxiliar de investiga o criminal An lise Psicol gica 4 25 595 601 DellVaglio D D amp dos Santos S S 2008 Compreendendo as m es de crian as v timas de abuso sexual ciclos de viol ncia Estudos de Psicologia 25 4 595
215. ed filo crian as at aos 13 anos tipo n o exclusivo quanto ao contexto exclusivo de concretiza o das fantasias e ou impulsos e ou comportamentos sexuais abusivos por parte do ped filo limitado ao incesto APA 2000 p 572 Sucedem se assim dois argumentos que derivam de investiga es com acentuado pendor cl nico descritivo Howitt 1995 e Dunaigre 2001 alertam para a cautela necess ria que se deve ter aquando do estudo desta mat ria pois enfatizam que existem ped filos homossexuais atra dos por rapazes e heterossexuais atra dos por raparigas pelo que se defende que seja a sua orienta o sexual a determinar a sua prefer ncia em termos do g nero da v tima Por outro lado os mesmos autores destacam que os verdadeiros ped filos correspondem a sujeitos que se sentem primariamente atra dos por crian as n o efectuando distin o entre o sexo da v tima Urge a este mesmo n vel te rico cient fico a necessidade de descri o de vastos comportamentos suscept veis de serem encetados com crian as por parte dos ped filos De acordo com Furniss 1993 sujeitos com tal perturba o podem cingir se a observar a crian a 14 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 enquanto a mesma se despe a exibirem se a si pr prios e ou masturbarem se na sua presen a bem como a toca l e ou acarici la e g genitais Por sua vez outros ped filos podem praticar fe
216. egorias das notas T 2 ndices Categorias de Grupo de Grupo de Controlo p valor Sintom ticos Notas T Investiga o e Globais Nota T gt 60 n 47 37 75 80 58 73 SOM Faixa Normativa n 15 26 0 057 Nota T 34 59 24 19 41 26 Nota T gt 60 n 46 35 74 19 55 55 O C Faixa Normativa n 16 28 0 039 Nota T 34 59 25 80 44 44 Nota T260 n 46 33 74 19 52 38 S I Faixa Normativa n 16 30 0 016 Nota T 34 59 25 80 47 61 Nota T260 n 49 20 79 03 31 74 D Faixa Normativa n 13 43 0 000 Nota T 34 59 20 96 68 25 Nota T260 n 48 27 77 41 42 85 ANS Faixa Normativa n 14 36 0 000 Nota T 34 59 22 58 57 14 Nota T260 n 39 28 62 90 44 44 HOST Faixa Normativa n 23 35 0 049 Nota T 34 59 37 09 55 55 Nota T260 n 40 22 64 51 34 92 A F Faixa Normativa n 22 41 0 001 Nota T 34 59 35 48 65 07 Nota T260 n 52 40 I P 83 87 63 49 Faixa Normativa n 10 23 0 014 Nota T 34 59 16 12 36 50 Nota T gt 60 n 47 34 75 80 53 96 PSIC Faixa Normativa n 15 29 0 015 Nota T 34 59 24 19 46 03 Nota T gt 60 n 52 34 83 87 53 96 GSI Faixa Normativa n 10 29 0 000 Nota T 34 59 16 12 46 03 Nota T260 n 45 38 Total de 72 58 60 31 Sintomas Faixa Normativa n 17 25 0 186 Positivos Nota T 34 59 27 41 39 68 Nota T260 n 49 4 79 03 6 34 PSDI Faixa Normativa n 13 59 0 000 Nota T 34 59 20 96 93 65 Nota p
217. ela o subjectiva Grupo de Trabalho sobre Crian as e Jovens em Risco 2008 Em prol destes fundamentos e de acordo com Miralto Duque Barros e Leite 2010 a no o mais pr xima de Acto Sexual de Relevo corresponde de Ac o de conota o sexual de uma certa gravidade objectiva realizada na v tima ou seja aos actos que constituem uma ofensa s ria e grave intimidade e liberdade sexual do sujeito passivo invadindo o de uma forma objectivamente significativa contra ao equivalente da sua reserva pessoal e patrim nio ntimo e que no dom nio da sexualidade representa o apan gio de todo o Ser Humano Por fim no que toca ao Direito Penal Portugu s importante enfatizar a natureza semi p blica do impulso processual dos crimes sexuais praticados contra crian as assumindo se assim em 1995 que seria estritamente necess ria a apresenta o da queixa por parte da v tima para que o Minist rio P blico doravante MP pudesse dar in cio ao respectivo procedimento criminal 1 3 2 1 2 Revis o do C digo Penal Portugu s 1998 e 2001 A revis o de 1998 do CPP acrescentou a refer ncia a um outro Acto Sexual de Relevo em mat ria de crimes sexuais mais especificamente no que respeita ao crime tipificado por ASC designadamente o coito oral que passou deste modo conjuntamente com a c pula e com o coito oral a figurar entre os mais ofensivos actos sexuais de relevo Em conson ncia com estas modifica es o crime de A
218. ela DGSP para ceder autoriza o face realiza o da investiga o e que fique claro que as acat mos como as mais v lidas e pertinentes do ponto de vista tico e deontol gico pois embora tenhamos recolhido toda a informa o contida no nosso question rio s cio demogr fico foi nos somente poss vel tra ar o pretendido perfil personal stico e de sa de mental em fun o dos dados relativos vari vel idade e escolaridade Todavia reconhecemos que mesmo na aus ncia desta condicionante a constru o fidedigna de um perfil a partir de uma abordagem nomot tica dependeria da articula o entre a aplica o dos instrumentos de avalia o psicol gica e a constru o de 136 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 dois question rios que al m de s cio demogr ficos suportariam um car cter anamn tico que poderiam ou n o ser utilizados em formato de entrevista semi estruturada Esta segunda hip tese metodol gica assentaria na maximiza o da quantidade de informa o recolhida e potenciaria a possibilidade de constru o de um perfil assente numa matriz de rela o entre a hist ria passada e presente dos sujeitos desdobrada por dom nios familiares escolares profissionais etc e os resultados alcan ados nos instrumentos de avalia o da personalidade e de sa de mental No que concerne s mais valias subjacentes nossa investiga o perspectiv
219. eleccionada para a sustenta o das infer ncias por n s formuladas em prol dos resultados obtidos pelo grupo de ASC s Todavia importa sublinhar que em rela o aos resultados alcan ados pelos sujeitos normativos recorreu se identicamente efectiva o de uma Abordagem Cl nica Psicol gica alheando somente da mesma os pressupostos e os des gnios que caracterizam o Profiling Daqui se depreendeu que o uso destas duas ferramentas assentou na conjuga o do conhecimento cient fico e do treino experi ncia cl nica e forense com a pr tica in loco resultante do contacto directo com a amostra forense e com parte significativa da amostra normativa para assim se poder predizer intuir inferir acerca das suas caracter sticas personalisticas e mentais 2 10 1 Perfil de G nero Et rio e Escolar Abusadores Sexuais de Crian as vs Sujeitos Normativos No sentido de relembrar o leitor e de potenciar o enquadramento dos t picos de discuss o de resultados procedentes efectu mos uma s mula das caracter sticas de g nero idade e de escolaridade dos ASC s e dos sujeitos normativos cf Tabela 52 Tabela 52 Principais resultados obtidos ao n vel vari vel g nero idade e escolaridade Caracteriza o de g nero et ria e de escolar ASC s verificou se que a totalidade dos sujeitos era do sexo masculino Relativamente idade a m dia ficou estabelecida por arredondamento nos 44 anos tendo se contudo afer
220. enia Ma Hipomania gt Os valores de nota T de Moda respeitantes ao grupo de investiga o foram apresentados semelhan a do que ocorre no programa SPSS isto explicitando o resultado com menor valor absoluto Por m em duas escalas cl nicas verificou se a exist ncia de outros valores adicionais de Moda respectivamente o 80 00 para a escala Desvio Psicop tico e o 77 00 para a escala Psicastenia Devido ao motivo supramencionado na precedente nota de rodap tamb m no grupo de controlo se verificou para duas escalas cl nicas a exist ncia de dois valores complementares de Moda designadamente o valor 52 00 para a escala Hipocondria e o valor 46 00 para a escala Psicastenia 69 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Cessada a an lise da Tabela 30 urgiu a necessidade de avaliar o posicionamento gr fico de cada um dos grupos de participantes da amostra tendo em conta as m dias de notas T alcan adas nas escalas de validade e nas escalas cl nicas do Mini Mult Mediante a an lise da Figura 2 constatou se que ao n vel das escalas de validade as m dias de notas T para o grupo de investiga o oscilaram entre os 45 70 obtido na escala Correc o e os 75 96 alcan ada na escala Frequ ncia e por sua vez no grupo de controlo as m dias de notas T variaram entre os 49 30 aferido na escala Correc o e os 53 96 obtida na escala Frequ ncia Assim sendo o grupo de
221. ental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Prisional de Castelo Branco e ou da Carregueira Ser do sexo feminino Ser do sexo feminino Ser de nacionalidade estrangeira Ser de nacionalidade estrangeira Ser portador de perturba o Ser portador de perturba o mental mental Ser portador de oligofrenia retardo Crit rios de Ser portador de oligofrenia retardo mental defici ncia mental Exclus o mental defici ncia mental Ter antecedentes criminais de cumprimento de Encontrar se na condi o de pena devido a crimes cometidos contra a auto tr nsito em julgado devido pr tica determina o sexual e ou liberdade sexual de outro s crime s contra a auto e ou outro crimes de outra natureza delitiva e determina o sexual que n o o pun veis luz do CPP crime de ASC tipificado pelo artigo 171 e ou contra a liberdade sexual e ou crimes de outra natureza delitiva e pun veis luz do CPP Relativamente ao grupo de investiga o devem tecer se algumas considera es fundamentais no sentido de maximizar o esclarecimento acerca da discrimina o do EP de proveni ncia dos ASC s bem como dos fundamentos que justificaram a exclus o de determinados sujeitos face sua integra o neste grupo em particular apresentando se tais considera es nas tabelas 17 e 18 cf Tabela 17 e 18 Tabela 17 Caracteriza o do grupo de investiga o a partir da discrimina o do E
222. entos de Vida Stressantes O abuso sexual infantil a viol ncia e g familiar conjugal entre outras surgimento de doen as cr nicas ou les es incapacitantes e a exposi o a situa es de cat strofe natural constituem exemplos de in meras viv ncias traum ticas que podem produzir um impacto negativo na Sa de mental pelo que as mesmas se encontram associados a um elevado risco de depress o ansiedade perturba o de stress p s traum tico e suic dio Fonte Wilkinson e Marmot 2003 Fried Bentley Buekens Burke Frenk e Klag 2010 OMS 2001 Prince Patel Saxena Maj Maselko e Phillips 2010 Mathers e Loncar 2010 Stevens 2005 OMS 2008 Patel e Kleinman 2003 Araya Lewis Rojas e Fritsch 2003 Saraceno e Barbui 1997 Brugha 1993 cit in Alves e Rodrigues 2010 Tendo em conta as determinantes descritas anteriormente das quais se destaca a educa o deve acrescentar se uma outra enquadrada numa perspectiva de factor de risco designadamente a idade pois estas duas vari veis foram as que tivemos em particular conta na an lise estat stica e na consequente interpreta o de resultados Assim sendo a idade perspectiva segundo a OMS 2002 como um factor de risco para o desenvolvimento de perturba es mentais pois esta entidade mundial defende que a preval ncia das perturba es mentais tende a crescer com a idade predominando entre estas a Depress o Todavia esta associa o n
223. entude 2 7 15 Cabral J 2003 Abuso Sexual de Crian as Pornografia Infantil Centro de Investiga o em Hist ria e Trabalho Social 1 22 Burger J 2008 Personality 7 ed USA Thomson Wadsworth Butler R Jenkins M amp Braff D 1993 The Abnormality of Normal Comparison Groups The identification of psychosis proneness and substance abuse in putatively normal research subjects American Journal of Psychiatry 150 9 1386 1391 Caetano A 2008 Abusadores Sexuais de Crian as Quem Como e Porque o s o Lisboa Sete Caminhos 140 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Canavarro M 1999 Invent rio de Sintomas Psicopatol gicos BSI In M Sim es M Gon alves C Machado M Gon alves amp L Almeida Eds Avalia o Psicol gica Instrumentos validados para a popula o portuguesa Vol Ill pp 305 331 Braga APPORT SHO Cardoso W 2001 Sa de Mental Trabalho e Qualidade de Vida Interac es 1 65 78 Carducci B 2009 The Psychology of Personality 2 ed USA Wiley Blackwell Carmo R 2010 A justi a e o abuso de crian as e jovens Um caminho em constante constru o In T Magalh es Ed O Abuso de Crian as e Jovens Da suspeita ao diagn stico Lisboa Lidel Carvalho L 2007 A valora o do testemunho da crian a v tima de abuso sexual intra familiar no contexto da avalia o forense Disserta o
224. er ncias cl nicas e emp ricas Assim sendo o ponto de partida para a discuss o dos resultados presentes na tabela 54 assentou na compreens o do ndice de validade dos perfis Deste modo apurou se que no decurso de 1947 Gough formulou o ndice de F K procurando identificar o poss vel falseamento da prova Neste sentido o mesmo autor determinou tr s pressupostos 1 resultado positivo igual ou superior a 9 os sujeitos teriam 103 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 tentado simular uma perturba o mental 2 resultados positivos menores que 9 os sujeitos teriam respondido com uma atitude neutral isto nem para simular uma perturba o mental nem para imprimir o efeito de desejabilidade social 3 resultados negativos o sujeito pautou as suas respostas pelo efeito desejabilidade social Seisdedos amp Roig Fust 1986 Dado o mote te rico analis mos caso a caso cada um dos resultados obtidos no ndice referenciado pelos ASC s e pelos sujeitos normativos tendo se aferido que as duas maiores cifras percentuais do primeiro grupo de sujeitos denotaram por um lado o assumir de uma atitude neutra n 25 40 32 e por outro deixaram transparecer nas suas respostas o efeito de desejabilidade social n 24 38 70 Relativamente ao grupo de sujeitos normativos verificou se que a maior parte de sujeitos n 39 61 90 denunciou a sua tentativa deliberada em imprim
225. erfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 forma mais ampla ao estudo do seu estado mental Ortiz Tallo S nchez amp Cardenal 2002 Garcia amp Hidalgo 2003 Esta mesma tend ncia de investiga o mais recente tem se caracterizado pela forma o de grupos de controlo diversos constitu dos por ASC s subdivididos pelo crit rio da idade da vitima e ou sujeitos condenados por crimes contra a liberdade sexual e g violadores e ou sujeitos condenados devido pratica de crimes n o sexuais e g homicidas e ou amostras de sujeitos que integram a popula o normativa por m relativamente a este ltimo grupo de controlo os estudos realizados conjuntamente com o grupo de investiga o composto por ASC s condenados s o ainda bastante escassos Jones 2008 De modo complementar os instrumentos aplicados a este n vel tem consistido maioritariamente no MMPI Minnesota Multiphasic Personality Investory no PCL R Psychopathy Checklist Revised e no MCMI Millon Clinical Multiaxial Inventory Pechorro Poiares amp Vieira 2008 N o menos importantes s o as potencialidades que t m sido associadas realiza o desta quinta vaga de investiga es designadamente a compreens o da delinqu ncia sexual de um modo global b recolha de informa o acerca dos pensamentos comportamentos e atitudes mais usuais dos ASC s c compreens o dos motivos que conduziram estes sujeitos a
226. erido na mencionada investiga o Por conseguinte e partindo de uma reflex o cr tica acerca dos resultados por n s obtidos efectu mos tr s constata es fundamentais Em primeiro lugar os resultados de consist ncia interna por n s obtidos parecem ter nos dado garantias de que a totalidade de itens implicados no Mini Mult mediram os distintos tra os ou constructos de personalidade que se propunham medir Todavia n o se deve omitir que embora esta no o de seguran a sob os resultados de consist ncia interna obtidos tenha sido apurada para a totalidade da amostra e para ambos os grupos de participantes os indicadores mais avultados de garantia 101 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 foram aferidos ao n vel do grupo de ASC s Em segunda inst ncia estas no es latentes de garantia revelaram se de significado major uma vez que o Mini Mult constitui um dos muitos question rios de avalia o de personalidade que n o se encontra aferido para a popula o portuguesa Neste sentido esta evid ncia deixou emergir brechas que carecem por um lado de tomada de consci ncia isto Qual a realidade dos instrumentos de avalia o de personalidade em Portugal e por outro de justifica o ou seja Porqu ter se decidido utilizar o Mini Mult quando se sabia partida que n o se encontra va aferido para a popula o portuguesa Para dar resposta p
227. es ndices nos referimos exclusivamente aos citados na Tabela 61 que independentemente da pontua o alcan ada pelos ASC s ou pelos sujeitos normativos num determinado ndice sintom tico e ou global de sa de mental cada um destes grupos de sujeitos pontuou com o mesmo grau e sentido num outro ndice global de sa de mental Sob um prisma de an lise mais simplista um aumento de pontua o num ndice sintom tico ou global de sa de mental foi acompanhado ou encontrou se associado em m dia a acr scimos de pontua o com o mesmo grau e sentido num outro ndice global de sa de mental Na incessante procura de resultados obtidos mediante o c lculo da medida de associa o impl cita neste ponto de discuss o de resultados de modo a conseguir contrastar os mesmos com os que por n s foram obtidos alude se que conseguimos aceder apenas aos resultados alcan ados por Canavarro 1999 cit in Sim es Machado Gon alves amp Almeida 126 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 aquando da adapta o do BSI popula o portuguesa Ap s a an lise da matriz de correla es entre os ndices sintom ticos e globais do BSI apresentada pela referenciada autora apurou se que se corroboram os resultados por n s obtidos ao n vel da associa o positiva muito elevada entre os ndices globais designados por Global de Severidade e Total de Sintomas Positivos mas n o entre o ndic
228. es sintom ticos e globais de sa de mental nos quais se verificaram que o maior n mero destes sujeitos possu a um car cter normativo associado aos mesmos ndices registou se sempre a presen a de frequ ncias absolutas e relativas na categoria denunciativa de patologia em fun o de uma ou de todas as categorias de escolaridade A reflex o cr tica formulada em torno dos sujeitos normativos emergiu como o intuito de corroborar ou n o a posi o defendida na parte relativa ao enquadramento te rico deste grupo de sujeitos na tem tica em estudo Nesse momento avan mos com uma express o titular relativa normalidade controversa e neste ponto de racioc nio mais aprofundado mant m se a aplicabilidade da mesma afirma o Na verdade os resultados patenteados nas Tabelas 56 57 e 60 semelhan a do que j se encontrava exposto na Sec o 3 dos Resultados contrariam em grande medida o paradigma m dico e psicol gico psiqui trico da Normalidade enquanto Sa de postulado por Offer e Sabshin 1984 cit in Sadock amp Sadock 2007 pois o car cter psicopatol gico irrompeu n o raras vezes a no grupo de sujeitos normativos a n vel personal stico e de sa de mental Em jeito popular pode afirmar se que j em 1993 Butler Jenkins e Braff argumentavam que a normalidade dos sujeitos concebida enquanto sin nimo redutor de sa de n o existe se n o a popula o normativa poderia ser denominada tantas e tantas
229. escala cl nicas Depress o e os ndices Global de Severidade r 0 51 e Total de Sintomas Positivos r 0 64 entre a escala cl nica Desvio Psicop tico e o ndice global Total de Sintomas Positivos r 0 46 entre a escala cl nica Paran ia e os ndices globais Total de Sintomas Positivos r 0 53 e Global de Severidade r 0 54 e para findar entre a escala cl nica Psicastenia e o ndice Global de Severidade r 0 61 Por outro lado as associa es de grau alto forte ocorreram entre a escala cl nica Psicastenia e o ndice Global de Severidade r 0 72 bem como entre a escala cl nica Esquizofrenia e o ndice Global de Severidade r 0 75 No que respeita ao grupo de controlo verificou se a exist ncia de associa es positivas enfatizando se somente as moderadas a um n vel de signific ncia de 1 pois n o se constatou a exist ncia de associa es positivas altas elevadas Assim este tipo de associa es foi apurado entre a escala cl nica Depress o e os ndices Global de Severidade r 0 45 e Globalidade de Severidade de Sintomas Presentes r 0 54 e ainda entre a escala cl nica Hipomania e os ndices globais Total de Sintomas Positivos r 0 43 e Global de Severidade r 0 45 cf Tabela 51 Tabela 51 Matriz de correla es de Pearson entre as escalas cl nicas do Mini Mult e os ndices globais do SCL90R segundo o grupo de participantes da amostra Indices Globa
230. esmos nos parecem ter prestado em grande medida uma no o de garantia de que os itens do question rio mediram os constructos relativos aos indicadores sintom ticos e globais de 116 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 sa de mental que se propunham medir Contudo n o se pode deixar cair em falso os resultados alcan ados pelos sujeitos normativos em termos da Escala Adicional pois acabaram por demonstrar de forma corroborativa os resultados de consist ncia interna aferidos pelo pr prio Derogatis 1994 De modo id ntico vers o constru da e validada pelo autor registaram se na nossa investiga o no que respeita a esta Escala Adicional valores de consist ncia interna inadmiss veis pelo que para potenciar a precis o e a validade da interpreta o destes resultados opt mos por excluir da an lise estat stica a contabiliza o da totalidade de itens integrados nesta dimens o procedimento este tamb m efectuado por Derogatis Posteriores a estas primeiras considera es surgiu nos uma quest o que tamb m se imp s ao n vel do question rio Mini Mult isto o facto do SCL90R n o se encontrar aferido para a popula o portuguesa Para responder a esta lacuna poder amos ter nos socorrido somente do facto de que os resultados por n s obtidos em termos de consist ncia interna nos parecerem ter dado garantias da medi o avalia o dos constructos de sa de
231. estiga o portuguesa pois nenhum dos estudos realizados poderia ser equiparado ao de F vero em termos dos crit rios defendidos precedentemente e g Amaro 1986 Almeida 1997 Neste sentido em conformidade com a posi o defendida por esta autora muito h ainda por fazer em Portugal ao n vel da investiga o da preval ncia do ASC Repescando esta ideia relativa ao panorama portugu s alguns investigadores defendem que a n vel internacional esta vertente de estudos carece tamb m de uma maior expans o reconhecendo que o maior entrave ao alcance desta meta tem consistido numa gama diversa de obst culos Em primeiro lugar destaca se a multidisciplinariedade subjacente realiza o destes estudos ou seja o facto da investiga o da problem tica do ASC n o se enquadrar numa rea especifica resulta na utiliza o de uma gama diversa e dispar de metodologias que impossibilita o estabelecimento de compara es entre estudos e por conseguinte a elabora o de generaliza es Em segundo plano sobressai o facto de os estudos de preval ncia partirem de amostras constitu das por popula es de universit rios quest o que tem gerado alguma controv rsia entre os investigadores pois alguns estudos apontam que quando tal grupo tomado como refer ncia as taxas de preval ncia relativamente 27 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 problem tica do ASC s o mai
232. estigativa fundada por Canter e a An lise da Cena do Crime desenvolvida por Kocsis Todavia deve alertar se o leitor para o facto de n o raras vezes estas duas abordagens serem referenciadas e coexistirem num mesmo trabalho n o s numa perspectiva mais remota como tamb m mais actual Soeiro 2009 Rodrigues 2010 Em prol destas considera es introdut rias a seguinte exposi o te rico cient fica assenta em exclusivo no escrut nio da Abordagem Cl nica do Profiling dado que a mesma constitui a ferramenta metodol gica bem como de infer ncia e interpreta o cl nica da presente investiga o Iniciando portanto este fio condutor de racioc nio pode declarar se que os trabalhos realizados em prol da Abordagem Cl nica associados primeira fase de desenvolvimento do Profiling nomeadamente a Abordagem de Avalia o e Diagn stico baseavam se em situa es nas quais as entidades policiais de diversos pa ses e g EUA no decurso de investiga es criminais solicitavam aos profissionais de Sa de Mental que por interm dio dos seus conhecimentos experi ncia treino e intui o cl nica prestassem o seu aux lio com a elabora o de um poss vel Profiling de um criminoso n o identificado Destacam se desta primeira fase casos c lebres como a investiga o do assassino de Whitechappel mais conhecido por Jack The Ripper realizada por Thomas Bond bem como o Profiling de Adolf Hitler desenvolvido por Walter Langer
233. esvio Psicop tico Sujeitos Normativos verificou se na totalidade de tra os personal sticos avaliados pelo Mini Mult que o maior n mero de sujeitos normativos n o integrou a categoria de psicopatologia para se ter enquadrado de modo constante na categoria alusiva normatividade Em linha de conta com os resultados supra expostos depar mo nos com terreno f rtil para a partir da an lise dos mesmos tecermos as nossas considera es acerca do perfil personal stico de ambos os grupos de sujeitos alvo de estudo sendo que para tal fizemo nos valer do recurso ao j referenciado Manual T cnico Este passo investigativo estrat gico justificou se pelo facto do Manual T cnico constituir o documento mais fidedigno na hora de conceber a caracteriza o personal stica dos sujeitos uma vez que possui as directrizes implicadas na operacionaliza o das pontua es obtidas em notas T em prol da constru o a par e passo do respectivo perfil De forma objectiva pode declarar se que ap s o tra ar do perfil personal stico de para cada sujeito abusador sexual vs sujeito normativo o Mini Mult semelhan a do que ocorre no MMPI oferece a possibilidade de estimar c digos a partir da considera o das escalas cl nicas nos quais os sujeitos obtiveram pontua es iguais ou superiores a nota T70 indicador de psicopatologia A formula o deste procedimento que implica a determina o de c digos para result
234. ficas relativas ao total de participa es associadas ao ASC Neste ponto alusivo an lise de alguns tipos de crime em especial os dados expostos apenas provinham da PJ e diziam respeito n o totalidade de participa es efectuadas mas ao n mero de inqu ritos iniciados e submetidos a investiga o Sistema de Seguran a Interna do Gabinete do Secretariado Geral 2002 2003 2004 2005 2006 2007 cf Tabela 6 Tabela 6 N mero de inqu ritos de ASC investigados pela PJ Ano 2002 2003 2004 2005 2006 2007 N Total de Participa es 474 1102 1075 909 1007 1083 Fonte Sistema de Seguran a Interna do Gabinete do Secretariado Geral 2002 2003 2004 2005 2006 e 2007 Por sua vez o segundo marco temporal de an lise da incid ncia desta problem tica iniciou se no ano de 2008 e estendeu se at 2010 devido ocorr ncia da Revis o do CP em Setembro de 2007 e dado advirem da mesma diversas altera es descritas com maior min cia no t pico 1 3 ao n vel do crime de ASC das quais se destaca a introdu o da conota o jur dica de Acto Sexual de Relevo Atendendo leitura dos RASI s elaborados para cada um dos anos desta faixa cronol gica p de apurar se que a organiza o da apresenta o dos principais resultados n o dava continuidade l gica supramencionada De forma mais clarificada embora se partisse de uma an lise geral da totalidade de participa es efectuadas aos OPC por interm dio da descri o
235. fil personal stico Uma vez efectuado este processo deve realizar se de seguida a devida correspond ncia entre a nota convertida da escala K e as frac es de K existentes numa coluna de valores existente neste mesmo documento de perfil sendo que os valores desta frac o s o somados s escalas de Hipocondria Desvio Psicop tico Psicastenia Esquizofrenia e Hipomania De seguida deve tra ar se o perfil a partir das notas resultantes dos procedimentos anteriores obtendo se deste modo as respectivas notas T para cada uma das escalas de validade e das escalas cl nicas O ponto de corte do perfil corresponde nota T50 sendo a normalidade estipulada dois desvio padr o acima ou abaixo deste mesmo valor A partir dos limites inferiores nota T lt 30 e superiores da faixa normativa nota T gt 70 pode considerar se a exist ncia de psicopatologia em termos de tra os de personalidade ou indicadores de psicopatologia clinicamente significativa ao n vel das caracter sticas personalisticas Importa contudo salientar que a validade invalidade do perfil se calcula atrav s do ndice de F K ou seja efectua se a abstrac o das pontua es brutas obtidas nas escalas de validade F e K O intervalo que permite determinar a validade do perfil tendo em conta o valor obtido a partir do c lculo do referenciado ndice encontra se definido entre o intervalo num rico de 11 a 11 Fonte Seisdedos amp Roig Fust 1986 Lopes Barreira amp Pire
236. fiss o de Profiler n o se encontra redigida de acordo com as normas judiciais sindicalizadas e regulamentadas legalmente 30 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Trata se portanto mais de uma especializa o que preenche uma hipot tica profiss o ou uma actividade profissional principal pelo que os distintos profissionais que apreendem o fen meno criminal podem exercer actividades relacionadas ao com o Profiling ensino investiga o per cia etc sobretudo se inerente a uma profiss o liberal e rotular se de profiler Spitzer 2002 1 5 4 Abordagens de Elabora o A caracteriza o dos procedimentos e das compet ncias associadas forma de como o Profiling efectuado comummente apresentada pela literatura cient fica mediante a refer ncia a duas abordagens distintas que marcaram o seu in cio e respectiva evolu o hist rica semelhan a do que se encontra mencionado no t pico 1 5 isto a Abordagem de Avalia o e Diagn stico qual se sucedeu uma segunda designada de Abordagem Estat stica Neste sentido estas duas abordagens constituem como que duas categorias principais sendo que a Abordagem de Avalia o e Diagn stico se desdobra numa sub categoria de especializa o intitulada por Abordagem Cl nica ao passo que a Abordagem Estat stica se ramifica em diversas sub categorias de especializa o das quais se destaca a Psicologia Inv
237. fun o das categorias das notas T 2 Escalas Categorias de Notas Grupo de Grupo de bal r Cl nicas T Investiga o Controlo Nota T270 n 23 10 37 09 15 87 Hs Faixa normativa n 39 53 0 013 Nota T31 50 69 62 90 84 12 Nota T270 n 29 4 46 77 6 34 D Faixa normativa n 33 59 0 000 Nota T31 50 69 53 22 93 65 Nota T270 n 16 4 25 80 6 34 0 006 Hy Faixa normativa n 46 59 Nota T31 50 69 74 19 93 65 Nota T270 n 35 7 56 45 11 11 Pd Faixa normativa n 27 56 0 000 Nota T31 50 69 43 54 88 88 Nota T270 n 30 6 48 37 9 52 Pa Faixa normativa n 32 57 0 000 Nota T31 50 69 51 61 90 47 Nota T270 n 23 0 37 09 0 00 Faixa normativa n 39 59 Pt Nota T31 50 69 62 90 93 65 0 000 Nota T lt 30 n 0 4 0 00 6 34 Nota T gt 70 n 33 3 53 22 4 76 0 000 Sc Faixa normativa n 29 60 Nota T 31 50 69 46 77 95 23 Nota T gt 70 n 3 0 4 83 0 00 Faixa normativa n 59 62 Ma Nota T 31 50 69 95 16 98 41 0 060 Nota T lt 30 n 0 1 0 00 1 58 Nota p lt 0 05 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 x Qui quadrado Pyator Valor de Probabilidade de Signific ncia n Frequ ncias Absolutas Frequ ncias Relativas Hs Hipocondria D Depress o Hy Hipocondria Pd Desvio Psicop tico Pa Paran ia Pt Psicastenia Sc Esquizofrenia Ma Hipomania 209 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 210
238. gem objectivando a descri o dos fen menos isto possibilita ao investigador explicar os fen menos com base na quantifica o e na categoriza o empregando instrumentos precisos que garantam a objectividade e a aplica o de procedimentos correlacionais Almeida amp Freire 2007 No que diz respeito ao tipo de estudo realizado optou se pelo emprego do m todo descritivo explorat rio descritivo comparativo e descritivo correlacional Hern ndez Fern ndez amp Baptista 1993 Clarificando e em primeira inst ncia os estudos de car cter descritivo explorat rio possibilitam a identifica o e a caracteriza o de forma precisa das vari veis atendendo diversidade de vari veis abrangidas na problem tica em estudo Este tipo de estudo comporta o reconhecimento do fen meno a estudar a determina o do ou dos conceitos que se reportam ao mesmo e a elabora o de defini es conceptuais e operacionais das vari veis A descri o das vari veis conduz a uma an lise de mbito te rico dos resultados e formula o de hip teses Num segundo patamar o tipo de estudo descritivo comparativo prop e se ao n vel do estabelecimento de diferen as e ou semelhan as entre os grupos implicados num estudo particularmente no que concerne a dados s cio demogr ficos e g idade escolaridade Em terceira inst ncia e no que se refere ao tipo de estudo descritivo correlacional a literatura aponta que o mesmo permite explorar
239. globais em fun o dos pares de categorias de escolaridade em an lise cf Tabela 46 90 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Tabela 46 Teste de Tukey aplicado ao grupo de controlo para compara o m ltipla de m dias dos ndices Somatiza o Hostilidade Idea o Paran ide Psicoticismo Global de Severidade e Severidade dos Sintomas Presentes em fun o das categorias de escolaridade Grupo de Controlo Indices Categoria de Escolaridade Sintom e Vs M dia Desvio Pvalor Globais Categorias de Escolaridade Padr o 2 3 Ciclos E B 5 05 2 30 0 081 lt 1 Ciclo E B Ensino Secund 8 20 3 66 0 073 lt 1 Ciclo E B 5 05 2 30 0 081 SOM 2 3 Ciclos E B Ensino Secund 3 15 3 56 0 651 lt 1 Ciclo E B 8 20 3 66 0 073 Ensino Secund 2 3 Ciclos E B 3 15 3 56 0 651 2 3 Ciclos E B 4 09 2 52 0 244 lt 1 Ciclo E B Ensino Secund 8 62 4 01 0 089 lt 1 Ciclo E B 4 09 2 52 0 244 HOST 2 3 Ciclos E B Ensino Secund 4 53 3 89 0 480 lt 1 Ciclo E B 8 62 4 01 0 089 Ensino Secund 2 3 Ciclos E B 4 53 3 89 0 480 2 3 Ciclos E B 4 61 2 89 0 256 lt 1 Ciclo E B Ensino Secund 11 74 4 60 0 035 lt 1 Ciclo E B 4 61 2 89 0 256 I P 2 3 Ciclos E B Ensino Secund 7 12 4 47 0 256 lt 1 Ciclo E B 11 74 4 60 0 035 Ensino Secund
240. gu s tipifica o crime de ASC Quais s o os n meros que quantificam a ocorr ncia deste problema numa panor mica nacional e internacional estas quest es assumem se como o vector norteador da presente exposi o te rica Todavia e similarmente posi o adoptada na investiga o de F vero 2003 e de Paulino 2009 estipulam se duas formas de responder s referidas quest es isto mediante a considera o de um crit rio interno e de um crit rio externo Assim o crit rio interno remete para a apresenta o do estado da arte relativo ao conhecimento cient fico existente acerca desta problem tica T pico global 1 2 Em segundo lugar o crit rio externo assenta na exposi o do ASC enquadrado numa vis o jur dico penal resultante do escrut nio do C digo Penal Portugu s doravante CPP T pico integral 1 3 1 2 1 Abuso Sexual de Crian as Reflex es gerais sobre o conceito A defini o de ASC reveste se de uma complexidade sem precedentes visto que a primeira constata o efectuada aquando da revis o liter ria acerca desta mesma problem tica consistiu no facto de que sobre este conceito existe somente um consenso o de que n o existe consenso Finkelhor 1986 L pez 1995 Haugaard 2000 F vero 2003 Gold Hughes e Swingle 1996 sustentam que uma das raz es que justifica tal argumento prende se com o facto de os investigadores ao definirem o abuso sexual tenderem a recorrer a uma ampla va
241. gy of child sexual abuse In W O Donohue amp J Geer Eds The Sexual Abuse of children Vol 1 New Jerswey Lawrence Erlbaum Salter A 2003 Pedofilia e outras agress es sexuais Como nos podemos proteger a n s e aos nossso filhos Lisboa Climepsi Editores Sarwer D Crawford amp Durlak J 1997 The relationship between childhood sexual abuse and adult male sexual dysfunction Child Abuse and Neglect 21 7 649 665 Schultz D amp Schultz S 2003 Teorias de la Personalidad 7 ed Madrid International Thomson Editores Seisdedos N amp Roig Fust 1986 MMPI Suplemento T cnico e Interpretaci n cl nica 2 edi o Madrid Publicaciones de Psicologia Aplicada Serafim A Saffi F Rigonatti S Casoy l amp Barros D 2009 Perfil Psicol gico e Comportamental de agressores sexuais de crian as Revista de Psiquiatria Cl nica 36 6 101 111 150 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Sistema de Seguran a Interna Gabinete do Secretariado Geral 2002 Relat rio de Seguran a Interna pp 173 175 Direc o Geral da Pol tica da Justi a Sistema de Seguran a Interna Gabinete do Secretariado Geral 2003 Relat rio de Seguran a Interna 124 135 Direc o Geral da Pol tica da Justi a Sistema de Seguran a Interna Gabinete do Secretariado Geral 2004 Relat rio de Seguran a Interna pp 123 132 Direc
242. ia n o os denuncia ou revela a sua experi ncia Por outro lado ainda que os profissionais identifiquem os casos de ASC n o os denunciam em mais de metade das vezes Na perspectiva de F vero 2003 encontramos em Portugal a mesma postura perante a den ncia j que os dados dos tribunais civis da pol cia e dos servi os de apoio social s v timas numerosas vezes n o s o coincidentes Neste sentido a autora apresenta como hip tese para tal facto que o estigma social a atitude de descr dito ou a culpabiliza o das v timas por parte da sociedade a 25 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 vergonha e o medo face ao abusador possam constituir alguns dos motivos que refor am o segredo pr prio da situa o abusiva Cusson 2006 adianta que um dos factores da referenciada fragilidade epidemiol gica em termos de estudos de incid ncia pode dever se ao facto da rela o entre o abusador e a vitima determinar a apresenta o da queixa na medida em que quanto maior a rela o e ou intimidade e ou conhecimento entre eles menor a taxa de participa o No entanto tem se verificado a prolifera o de uma nova mentalidade em torno do tema e da sua consequente den ncia isto a partir da d cada de 70 ao n vel de pa ses como os EUA e o Canad e aquando da d cada de 90 com a divulga o em massa pela comunica o social da rede de pedofilia da B lgica e em 2002
243. iam punidos os actos sexuais que tenham relevo e portanto que violassem o novo bem jur dico garantido Tendo em conta estes argumentos atesta se que a t cnica legislativa evoluiu na especifica o do que deve e do que n o deve ser crime no que respeita previs o expressa em determinados tipos de crimes em termos das condutas aptas interven o penal pelo que no que concerne especificamente ao crime de ASC do CPP de 1995 o Acto Sexual de Relevo preconizava apenas a c pula e o coito anal Uma vez inserido este novo conceito gerou se uma acentuada pol mica em torno do seu verdadeiro significado e da sua validade em mat ria espec fica do crime de ASC Neste sentido as primeiras declara es remetiam para o esclarecimento de que a lei penal portuguesa n o define literalmente Abuso Sexual falando somente em Acto Sexual de Relevo sendo que a sua no o assume aquilo que no Direito se costuma denominar por conceito indeterminado e que portanto deve ser integrado na pr tica dos Tribunais Assim sendo e de acordo com um de v rios Ac rd os do Supremo Tribunal de Justi a o Acto Sexual de Relevo carece impreterivelmente de ser entendido como um acto que possuindo uma rela o objectiva com o sexo reveste se de gravidade e que al m disso remete para o facto 18 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 do autor do crime ter a inten o de satisfazer apetites sexuais r
244. ibilidade dificuldade em tomar decis es medos injustificados e obsess es e compuls es Escala Esquizofrenia Sc os itens dizem respeito a distor es ou a peculiaridades ao n vel da percep o do pensamento e do afecto a sensa es ideias de persegui o a sentimentos de inadequa o interpessoal a relacionamentos familiares comprometidos pobres a falta de interesse pela vida sexual a dificuldades de concentra o e por ltimo a um escasso controlo de impulsos Escala Hipomania Ma identifica sintomas hipoman acos subjacentes a uma hiperactividade do pensamento e da ac o instabilidade do humor euforia excita o psicomotora auto conceito grandioso egocentricidade impulsividade e facilidade na passagem ao acto Elabora o do Perfil Personal stico Ap s o sujeito ter respondido ao question rio as respostas cedidas pelo mesmo segundo a sua respectiva classifica o em verdadeiro ou falso s o redigidas para uma folha de correc o a partir do qual se contabiliza em primeiro lugar o total bruto obtido em cada escala de validade e em cada escala cl nica Em segundo plano procede se convers o destas mesmas pontua es atrav s de uma escala de refer ncia designada por Conversion Table for the prediction of standard scale raw scores froms the Mini Mult e em terceira inst ncia efectua se a passagem das respectivas notas convertidas para uma folha destinada ao tra ar do per
245. icado pelo artigo 171 do actual C digo Penal Portugu s e de um grupo de sujeitos da popula o normativa Informo que me foi comunicado que a minha identidade permanecer no anonimato e que os dados resultantes do preenchimento dos question rios encontrar se o sob total confidencialidade Mais ainda ficou contratado que a qualquer momento posso interromper a minha colabora o pedindo mesmo a devolu o de todos os documentos facultados por mim cessando assim a minha participa o no estudo por minha e nica vontade Mais declaro que desejo participar na referida investiga o Covilh 2011 Mestranda e investigadora Filipa Soraia de Oliveira Rebelo Carrola 205 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 206 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 13 Tabela 36 Teste do Qui Quadrado relativo distribui o das frequ ncias absolutas e relativas de cada grupo de participantes pelas escalas cl nicas do Mini Mult em fun o das categorias das notas T 207 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 208 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Tabela 36 Teste do Qui Quadrado relativo distribui o das frequ ncias absolutas e relativas de cada grupo de participantes pelas escalas cl nicas do Mini Mult em
246. icar estes resultados de acordo com os pressupostos formulados pelos autores referenciados para cada um dos tra os personal sticos pois assumir a explana o dos mesmos com base nos crit rios de diagn stico do DSM exigia recuar at a marcos temporais hist ricos que antecederam e ou procederam a publica o do MMPI Tal exerc cio cronol gico revelar se ia obrigat rio pois sabido que o DSM reflecte o conhecimento cient fico da psicopatologia de uma determinada poca e cultura s todavia atestou se que a primeira edi o do DSM I foi somente publicada em 1952 isto 12 anos ap s a publica o do MMPI Assim sendo e para explicitar o que significa em termos pr ticos a obten o das associa es positivas de grau alto elevado ao n vel dos tra os de personalidade referenciados optou se por indicar a leitura da Tabela 25 pois a mesma cont m a explicita o da conceptualiza o gen rica inerente a cada um dos mesmos Por outras palavras pretende se que o leitor compreenda que independentemente da pontua o obtida em determinado tra o de personalidade e que se ir repercutir com igual sentido e grau num outro tra o personal stico existe um princ pio geral formulado pelos autores do MMPI que funciona como significante ou identidade de cada tra o de personalidade e portanto n o s o pass veis de extrapola es com os crit rios de diagn stico da DSM 2 10 3 SCL90R Perfil de Sa de Mental Abusadores Se
247. icar a quantidade de vari ncia total observada Em segundo lugar o crit rio de independ ncia local ou condicional consiste no facto da resposta de um sujeito a um determinado item n o sofrer influ ncia das respostas dadas a outros itens Tal crit rio encontra se directamente relacionado com o crit rio de unidimensionalidade pois se todos os itens medem uma mesma dimens o toda a vari ncia do teste explicada em fun o dos intervalos de representa o da dificuldade dos itens que medem essa dimens o no teste al m de acrescentar ao seu valor os erros aleat rios Assim os acertos ou erros dos sujeitos em cada item s o independentes entre si pois reflectem a magnitude da dimens o avaliada e que se encontra presente em cada um dos mesmos Almeida amp Primi 2001 Baseando nos no estudo e na aprecia o cr tica destas teorias psicom tricas em conson ncia com a investiga o por n s desenvolvida pode afirmar se que na presente investiga o reinou a Teoria Cl ssica dos Testes pois os procedimentos estat sticos que implicaram a medida de associa o entre as vari veis atrav s do coeficiente de Pearson semelhan a de outros que foram debatidos em pontos dispersos da presente discuss o de resultados foram efectuados em fun o de cada uma das dimens es ou constructos gerais que por sua vez constituem cada um dos question rios de avalia o psicol gica utilizados O facto da l gica de an lise e de interpre
248. ices sintom ticos e nos ndices globais do SCL90R segundo o grupo de participantes da amostra Nrotai 125 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 Subsequentemente e tendo em conta a totalidade dos ndices sintom ticos e globais do SCL90R procedeu se averigua o do seu tipo de distribui o normal ou n o bem como indaga o da exist ncia de igualdade ou n o das m dias de notas T entre os dois grupos de participantes Na pr tica obtiveram se os resultados que se encontram na Tabela 42 83 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Primeiramente e tomando como refer ncia os resultados obtidos a partir da aplica o do Teste Kolmogorov Smirnov apurou se para a amostra total n 125 que nenhum dos ndices sintom ticos e globais do SCL90R seguiu uma distribui o normal Tal constata o justificou se pois para a totalidade de ndices sintom ticos e globais deste question rio verificou se que K S125 oscilou entre 0 162 ndice sintom tico Somatiza o e 0 321 ndice sintom tico Idea o Paran ide tendo se aferido portanto para os 12 ndices que todos os Pyatores 0 000 Considerando estes factos e atendendo a um n vel de signific ncia de 5 rejeitou se a hip tese nula relativa normalidade da distribui o Em segundo lugar e devido constata o de viola o do pressuposto da normalidade ao n vel de todos os ndices e glo
249. idade Lisboa CEJ American Psychiatric Association 2000 Manual de Diagn stico e Estat stica das Perturba es Mentais 4 edi o Texto Revisto Lisboa Climepsi Anastasi A amp Urbina S 2000 Testagem Psicol gica Porto Alegre Artes M dicas Anderson J Martin J Mullen P Romans S amp Herbison P 1993 Prevalence of childhood sexual abuse experiences in a community sample of women Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry 32 5 911 919 Andrade D Tavares H amp Valle R 2000 Teoria da Resposta ao Item conceitos e aplica es S o Paulo Associa o Brasileira de Estat stica Antunes M amp Isasca F 1991 O projecto do novo C digo Penal Uma primeira leitura adjectiva pp 596 Almada Editorial Not cias Arboleda C 1997 Definici n incid ncia y causas del abuso sexual infantil In J Duarte amp C Arboleda Eds Malos Tratos y Abuso Sexual Infantil pp 172 215 Madrid Siglo Veintiuno Associa o Brasileira Multiprofissional de Protec o Inf ncia e Adolesc ncia 2003 Relat rio Anual do Sistema Nacional de Combate Explora o Sexual Infanto Juvenil Rio de Janeiro ABRAPIA Bassett J Schelman G Gayton W amp Tavormina J 1977 Efficacy of the Mini Mult validity scales with prisioners Journal of Clinical Psychology 33 3 729 731 Bruynooghe R 1988 O conceito de viol ncia na fam lia Inf ncia e Juv
250. ido uma oscila o et ria entre os 23 e os 75 anos No que respeita escolaridade verificou se que a maior soma de sujeitos possu a escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico Sujeitos Normativos a totalidade dos sujeitos deste grupo era do sexo masculino No que respeita vari vel idade verificou se uma m dia via arredondamento de 44 anos uma vez que as idades variaram entre os 27 e os 55 anos Relativamente escolaridade constatou se que a maior cifra absoluta e percentual de sujeitos detinha escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico Relativamente a este primeiro n vel de an lise de resultados pareceu nos crucial elucidar o leitor que se optou por n o contrastar os resultados obtidos ao n vel das tr s vari veis de caracteriza o de g nero idade e escolaridade dos ASC s e dos sujeitos normativos com literatura cient fica Tal decis o justificou se pois dos estudos consultados 13 Ressalva se que as infer ncias cl nicas e ou emp ricas formuladas pela presente equipa de investiga o em prol dos principais resultados obtidos e expostos nas tabelas da sec o da Discuss o de Resultados basearam se na literatura que foi sendo referenciada Todavia temos consci ncia que as hip teses formuladas para o grupo de ASC s e para o grupo de sujeitos normativos em prol da sua caracteriza o personal stica e de sa de mental reflectem uma abordagem nomot tica efectuada em
251. iliar e Orientador de Est gios e Disserta es de Mestrado na Universidade da Beira Interior 163 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Em conformidade com o exposto solicita se respeitando o quadro de regulamento interno que rege o normal funcionamento do referente Estabelecimento Prisional a prestimosa colabora o dos guardas prisionais e o respectivo diferimento face ao presente pedido promulgado Atenciosamente Assinatura da Mestranda e investigadora Filipa Soraia de Oliveira Rebelo Carrola Assinatura do Professor Doutor e Orientador Professor Doutor Luis Alberto Coelho Maia 164 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 3 Carta Endere ada Direc o Geral dos Servi os Prisionais 165 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 166 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Universidade da Beira Interior Faculdade de Ci ncias Sociais e Humanas Departamento de Psicologia e Educa o Covilh 28 de Janeiro de 2011 Para Direc o Geral de Servi os Prisionais Exmo Sr Director Dr Rui S Gomes vimos por este meio prestar os mais sinceros agradecimentos pela autoriza o concebida em prol da realiza o de um estudo de car cter explorat rio intitulado Perfil Personal stico e de S
252. inda muitas as lacunas apontadas a esta valida o Por conseguinte o autor corrobora as inflex es tecidas por Manita 2002 acerca desta problem tica em Portugal procurando sensibilizar os psic logos portugueses nomeadamente os acad micos para a necessidade de realiza o de estudos de tradu o adapta o e de valida o de instrumentos de personalidade segundo os crit rios cientificamente exigidos pois a aus ncia destes estudos acaba por condicionar negativamente a investiga o e a pr tica da Psicologia no nosso Pa s Relativamente segunda quest o colocada impunha se a selec o de um instrumento que reunisse consenso cientifico mundial acerca da sua validade e fidedignidade Seguindo esta pondera o criteriosa emergiu de uma vasta referencia o cient fica o MMPI pois este actualmente concebido e utilizado como um teste cl nico de mais amplo espectro e que segundo diversos estudos representa um dos testes mais utilizados se n o mesmo o mais utilizado em todo o mundo A aceita o generalizada deste teste deve se ao facto de lhe ser reconhecida uma elevada validade em diferentes dom nios de avalia o e de permitir produzir com facilidade uma medida objectiva de personalidade Assim optou se por aplicar o Mini Mult pois para al m de cumprir os requisitos de apropriabilidade 102 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 adequabilidade inte
253. iogr fica efectuada foi poss vel apurar a exist ncia de uma investiga o que implica somente uma amostra de ASC s sob a condi o de tr nsito em julgado a cumprir pena em diversos estabelecimentos prisionais doravante EP e ou EP s portugueses Optou se 41 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 assim pela sua referencia o dada a inclus o na nossa investiga o de uma amostra de ASC s que se encontram a cumprir pena numa das pris es referenciadas neste estudo cf Tabela 11 Tabela 11 Estudo cient fico relativo caracteriza o personal stica e de sa de mental de ASC s Autor Ano Pechorro Poiares e Vieira 2008 Caracteriza o psicol gica de uma amostra forense de ASC s em termos de personalidade Objectivos e de s ndromes cl nicos bem como recolha de informa o sobre as caracter sticas do tipo de abuso que cometeram Participantes A amostra foi obtida em meio prisional amostra forense intencionalmente por conveni ncia sendo constitu da por 41 homens 3 do EP de Lisboa 7 do EP junto Policia Judiciaria de Lisboa 33 do EP da Carregueira com uma idade M todo m dia de 43 anos Instrumentos question rio s cio demogr fico MCMI II que se foca simultaneamente no estudo da personalidade e de s ndromes cl nicos e g ansiedade e depress o ficha de recolha de dados acerca da classifica o dos ASC s e de caracteriza o do tipo d
254. ir incidence and treatment Aggression and Violent Behavior 12 16 35 Marshall W amp Serran G 2001 Naturaleza y alcance del delito sexual y su prevenci n In W Marshall Agresores Sexuales Barcelona Editorial Ariel McCrary G 2001 Le profilage criminal P int rieur et lext rieur du tribunal l exp rience des tats Unis In G Bourgon R Hanson J Pozzulo K Bourgon amp C Tanasichuk Eds Actes de la Conference nord am ricaine de psychologie de la justice p nale et criminelle EUA Criminal Justice Section of Division 18 of the American Psychological Association APA McDonald J 2008 Measuring Personality Constructs The Advantages and Disadvantages of Self Reports Informant Reports and Behavioural Assessments Enquire 1 1 1 19 Millon T Davis R Millon C amp Grossman S 2006 The Millon Clinical Multiaxial Inventory lll 3 ed Minneapolis Pearson Assessment Miralto O Duque M Barros M amp Leite T 2010 Linhas orientadoras para a actua o em casos de ind cios de Abuso Sexual de Crian as e Jovens pp 1 142 Lisboa Casa Pia Miranda A 2008 Bio tica e Sa de Mental No limiar dos limites o que o doente mental mant m de homem tico Disserta o de Mestrado n o publicada Porto Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Monaco G 2004 O 15 Anivers rio da Conven o Sobre os Direitos da Crian a Contributo Para o Aprofundame
255. ir nas suas respostas o efeito de desejabilidade social N o deixando cair por terra a quest o dos perfis inv lidos decidimos efectuar de novo uma abordagem ideogr fica face este grupo de sujeitos No que se refere aos ASC s apurou se que a totalidade de perfis inv lidos n 3 4 83 foi devida simula o excessiva de uma perturba o mental e em contrapartida o nico perfil inv lido obtido pelos sujeitos normativos n 1 1 58 prendeu se com o levar a um extremo o efeito de desejabilidade social A partir destas constata es e em rela o aos perfis considerados v lidos e ou inv lidos discute se o efeito de desejabilidade social e a tend ncia para simular uma perturba o mental Por outras palavras e de acordo com McDonald 2008 os respondentes de provas personal sticas podem imprimir uma melhor ou pior imagem de si n o porque o pretendam de forma consciente mas antes porque podem possuir uma imagem distorcida acerca de si pr prios e portanto acerca das suas caracter sticas personalisticas Por conseguinte este processo inconsciente pode passar despercebido nas escalas de validade ou seja n o ser detectado pelas mesmas e ou quando o ser de forma err nea sendo conotado com as denomina es atitudinais referenciadas anteriormente Outra hip tese complementar que o autor coloca e que postulamos enquanto infer ncia reside no facto de at que ponto as pessoas se conhecem suficientemente a
256. is 2006 Apesar da diversidade de terminologias o Profiling visa desenvolver o Perfil Criminal sendo que este segundo pretende analisar padr es de comportamento que melhor definem um crime violento ou uma s rie de crimes que podem estar associados com o objectivo de identificar as caracter sticas do presum vel agressor Kocsis 2003 Segundo uma perspectiva reflexiva pessoal constata se na investiga o cient fica nacional uma preocupa o crescente por estudar os crimes de viola o e de abuso sexual infantil objectivando um perfil criminal Verifica se o tra ar de um perfil baseado na an lise da cena do crime dos dados da v tima e do agressor que se reflectem no desenvolvimento de tipologias de agressores sexuais presente nas recentes investiga es de Soeiro C 2009 Facto id ntico acontece a n vel internacional em que as investiga es se debru am sobre o perfil mais psicol gico e comportamental dos abusadores sexuais Contudo tem se constatado embora ainda em n mero reduzido o desenvolvimento de estudos sobre o perfil psicopatol gico de abusadores sexuais devido ao facto de serem geralmente descritos como indiv duos psicologicamente doentes geralmente psic ticos psicopatas ou introvertidos que actuam como predadores desenfreados de crian as Pechorro Poiares amp Vieira 2008 De forma similar t m sido realizados estudos para elaborar um perfil personal stico tentando confirmar ou n o a ideia de qu
257. is do Grupo de Investiga o SCL90R GSI Total de Sintomas Positivos PSDI Hs 0 12 0 19 0 27 D 0 51 0 64 0 32 Hy 0 23 0 35 0 20 2 Pd 0 37 0 46 0 20 Pa 0 54 0 53 0 37 E Pt 0 61 0 72 0 32 Sc 0 67 0 75 0 357 TU Ma 0 59 0 66 0 25 5 Grupo de Controlo E Hs 0 12 0 07 0 12 o D 0 45 0 38 0 54 E Hy 0 12 0 08 0 20 Pd 0 02 0 02 0 18 Pr Pa 0 32 0 32 0 28 Pt 0 30 0 32 0 29 Sc 0 29 0 28 0 29 Ma 0 42 0 43 0 22 Nota p lt 0 05 p lt 0 01 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 Escalas Cl nicas do Mini Mult Hs Hipocondria D Depress o Hy Histeria Pd Desvio Psicop tico Pa Paran ia Pt Psicastenia Sc Esquizofrenia Ma Mania Indices Globais do SCL90R GSI Global de Severidade PSDI Severidade de Sintomas Presentes 97 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 2 10 Discuss o de Resultados A presente discuss o de resultados foi perspectivada como uma etapa crucial do processo de constru o do conhecimento cient fico que objectivou debater e interpretar os resultados por n s obtidos sem perder de vista os objectivos gerais e espec ficos propostos Em termos pr ticos imp s se como objectivo geral de investiga o a elabora o do perfil personal stico e de sa de mental de ASC s sob condi o de tr nsito em julgado e que se encontram a cumprir pena em distintos EP s devido pr tic
258. is e ou residiam em com fam lias de acolhimento as les es consequ ncias para as v timas aquando do abuso sexual equivaleram comummente a situa es de gravidez e a doen as sexualmente transmiss veis O outro perfil a sobressair foi o perfil 4 que foi classificado por extrafamiliar sedu o pois o comportamento destes ASC s revelou a procura da v tima para o estabelecimento de uma rela o de proximidade que fosse ben fica para a mesma em termos de bens materiais e ou demonstra o de afectos e que permitisse a gratifica o sexual para o abusador este grupo foi representado por 62 casos da amostra 49 e integrou vizinhos e ou amigos da fam lia professores e desconhecidos e geralmente solteiros em termos profissionais eram trabalhadores qualificados ou encontravam se desempregados possu am frequ ncia do ensino secund rio ou mesmo completo e ou forma o superior tinham idade entre os 18 e os 25 anos ou mais de 55 anos de idade n o apresentavam registo formal de antecedentes criminais e ou de quaisquer perturba es psicol gicas a an lise do comportamento criminal identificou um comportamento n o premeditado com registo de toques sexuais diversos n o amea avam as vitima apresentando uma postura am vel pelo que perante a resist ncia da v tima o abusador desistia de cometer o abuso todavia quando o abuso era cometido decorria em espa os p blicos como escola ou imedia es as v timas costum
259. isa de literatura cient fica com objectivos de investiga o similares e tipo de amostra grupo de participantes sublinhando se que al m do requisito da condi o do sujeito ASC s e ou sujeito normativo cedeu se especial aten o semelhan a tanto quanto poss vel dos sujeitos inter estudos ao n vel das vari veis g nero idade e escolaridade De forma objectiva operou se pela pesquisa de artigos cient ficos que tivessem aplicado o mesmo instrumento de avalia o de personalidade e de sa de mental bem com instrumentos com a mesma Teoria Auxiliar de Avalia o Investiga o doravante TAA I Mini Mult MMPI MMPI 2 MMPI A MMPI R Midi Mult Maxi Mult MMPI 168 SCL9OR BSI Brief Symptom Inventory HSCH Hopkins Symptom Checklist Disconfort Scale Cornell Medical Index e por outro priorizou se a busca de literatura cient fica que tivesse utilizado question rios regidos por distinta alternativa TAA I Seisdedos amp Roig Fust 1986 Canavarro 1999 cit in Sim es Machado Gon alves amp Almeida 2007 Um vez posto em pr tica o plano de pesquisa por n s tra ado e ap s a leitura e an lise da globalidade de bibliografia colectada a equipa de investiga o tomou uma posi o relativamente contraposi o dos resultados obtidos nesta investiga o com os apurados na literatura cient fica Objectivamente decidimos explicitar sempre que se revelou pertinente os principais resultados obtidos em investig
260. ispers o com o intuito de melhor caracterizar cada um dos grupos de participantes em termos do seu padr o de resposta Todavia revela se crucial elucidar o leitor de que os dados foram tratados estatisticamente mediante vari veis quantitativas assentes em notas T ou seja efectivou se a devida convers o da pontua o obtida por cada sujeito em cada uma das escalas de validade e cl nicas do Mini Mult mediante o cumprimento de todos os crit rios requeridos e formulados pelo autor do referenciado question rio cf Tabela 25 elabora o do perfil personal stico Tendo em conta tais esclarecimentos obtiveram se os resultados apresentados na Tabela 30 sucedendo se a sua devida descri o mediante o realce das escalas que obtiveram pontua es mais elevadas notas T nas medidas de tend ncia central e de dispers o Assim sendo e no que respeita s escalas de validade do Mini Mult declara se que quer no grupo de investiga o quer no grupo de controlo foi a escala Frequ ncia que obteve os resultados mais proeminentes No grupo de investiga o a escala Frequ ncia alcan ou uma m dia de nota T de 75 96 associada a um desvio padr o de 18 96 X 81 00 Mo 96 00 e uma nota T m nima e m xima correspondente a 37 00 e a 96 00 Por sua vez no grupo de controlo obteve se na mesma escala de validade uma m dia de nota T de 53 96 inerente a um desvio padr o de 11 88 X 52 00 Mo 45 00 e as notas T 37 00 e 81 00 enquanto valor m ni
261. isto na posi o extrema de um primeiro p lo inclu am se as interac es afectuosas em contrapartida num segundo e oposto p lo integrava se o abuso Num segundo patamar conceptual evidencia se a defini o esbo ada pelo Consultation on Child Abuse Prevention da Organiza o Mundial de Sa de 1999 na qual o MI em rela o crian a consiste em todas as formas de tratamento disfuncional de natureza f sica e ou emocional abuso sexual neglig ncia explora o comercial ou outro tipo de explora o que resulta em danos reais para a sa de sobreviv ncia desenvolvimento e ou dignidade da crian a no contexto de uma rela o de responsabilidade confian a ou poder Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Mutando a ptica de an lise para a l gica jur dico penal pode asseverar se que o C digo Penal vigente em Portugal apresenta refer ncias ao MI por m polariza se com maior nfase maior nfase no abuso f sico e psicol gico Neste sentido e relativamente a esta problem tica alude no artigo 152 A p 40 1 Quem tendo a seu cuidado sua guarda sob a responsabilidade da sua direc o ou educa o ou a trabalhar ao seu servi o pessoa menor a lhe infligir de modo reiterado ou n o maus tratos f sicos ou ps quicos incluindo castigos corporais priva es de liberdade e ofensas sexuais ou a tratar cruelmente b a empregar em actividades pe
262. itos integrado enquanto grupo de controlo na presente investiga o faz refer ncia ao conjunto de elementos que apresentam caracter sticas comuns que os identificam como pertencentes a uma determinada sociedade ou popula o e que de modo invertido possuem ainda caracter sticas que os diferenciam de outras popula es designadamente e a t tulo exemplificativos dos ASC s que se encontram em reclus o Maroco 2007 Deste modo a atribui o da denomina o de popula o normal ao tipo de sujeitos explicitados pode fazer emergir dois mitos latentes na mente do senso comum e por vezes 38 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 at da pr pria comunidade cient fica Especificamente o sujeito ASC s tende a ser considerado como uma pessoa psicologicamente doente ou portador de perturba o mental de car cter nico ou m ltiplo geralmente psicoses e ou psicopatia actuando por isso como predador desenfreado de crian as Por outro lado tende a associar se popula o normal a exist ncia da uma dita sanidade mental desprovida de qualquer car cter psicopatol gico F vero 2003 Pechorro Poiares amp Vieira 2008 Embora estas ideias possam prevalecer no S c XXI o que se constata na realidade cient fica que os ASC s conotados como loucos malucos ou doentes n o padecem necessariamente de um n vel de patologia mental superior ao da popula o normal
263. iveram em m dia pontua es tradutoras de psicopatologia Finalizada a explicita o de resultados em termos dos valores alcan ados em m dia procedeu se averigua o da distribui o das frequ ncias absolutas e relativas de ASC s e de sujeitos normativos pelas categorias de normatividade psicopatologia dos tra os de personalidade em fun o da vari vel escolaridade e Diferen as Estatisticamente Significativas Sujeitos Normativos registou se a exist ncia de diferen as estatisticamente significativas somente para este grupo de sujeitos e apenas ao n vel dos tra os personal sticos de Depress o e de Paran ia Assim sendo verificou se que al m da normatividade inerente a este dois tra os personal sticos a maior incid ncia absoluta e relativa destes sujeitos possu a escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico Todavia no tra o de Personalidade Paran ia igual soma de sujeitos detinha por seu turno escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico Resultados Clinicamente Significativos ASC s averiguou se no que se refere aos tra os de personalidade Depress o Desvio Psicop tico Paran ia e Esquizofrenia que o maior n mero de ASC s al m de ter integrado a categoria concernente psicopatologia possu a tamb m escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico importa ressalvar que no tra o personal stico Depress o a mesma soma de sujeitos enquadrou s
264. l consiste numa parte integrante da sa de a Sa de Mental equivale a muito mais do que a mera aus ncia de doen a ou de enfermidade e n o menos importante a Sa de Mental encontra se intimamente relacionada com a sa de f sica e com o comportamento Assim a SM a sa de f sica e a sa de social correspondem a fios de vida estreitamente interligados e profundamente interdependentes tornando se cada vez mais percept vel que a Sa de Mental indispens vel para que os indiv duos das sociedades dos diversos pa ses alcancem um estado de bem estar geral Cardoso 2001 OMS 2003 Todavia o dom nio da SM prevalecia somente referenciado na defini o de sa de e a n vel transcultural a tarefa de defini o de Sa de Mental de uma forma mais independente permanecia enquanto utopia Neste sentido em 2001 a OMS prop s uma defini o de Sa de Mental que parece reunir consenso em termos da sua interpreta o n o s pela comunidade cientifica como pelos povos de diferentes culturas existindo como que um certo significado universal inerente mesma conceptualiza o A Sa de Mental foi portanto definida como um 32 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 estado de bem estar no qual o indiv duo se revela capaz de realizar as suas capacidades consegue fazer face ou lidar com o stress normal da vida trabalhar de forma produtiva e frut fera e ainda contribuir para a comunida
265. l de ASC s bem como de sujeitos normativos No que respeita ao perfil personal stico conclu mos que os ASC s possu am indicadores de psicopatologia ao n vel dos tra os personal sticos denominados por Desvio Psicop tico e Esquizofrenia Dentro do mesmo mbito de an lise conclu mos que os sujeitos normativos n o possu am indicadores de car cter patol gico no que se refere totalidade dos tra os de personalidade avaliados Em jeito de complemento concluiu se para ambos os grupos de sujeitos que as mesmas constata es se mantiveram intactas em fun o de quaisquer categorias de idade e de escolaridade Sob a ptica de an lise do perfil de sa de mental conclu mos que os ASC s detinham indicadores de psicopatologia em termos de sintomatologia de Somatiza o Obsess es Compuls es Sensibilidade Interpessoal Depress o Ansiedade Hostilidade Ansiedade F bica Idea o Paran ide e Psicoticismo Por seu turno os sujeitos normativos deram provas da presen a de indicadores de car cter psicopatol gico ao n vel de sintomatologia relativa Somatiza o Obsess es Compuls es Sensibilidade Interpessoal Idea o Paran ide e Psicoticismo De forma id ntica tamb m foi poss vel constatar para ambos os grupos de sujeitos que estes resultados foram corroborados em fun o de quaisquer categorias de idade e ou de escolaridade Todavia importa frisar que o ep logo relativo ao perfil de sa de mental dos A
266. lativa exist ncia de independ ncia entre as categorias de notas T e as categorias de escolaridade no que respeita s escalas cl nicas de Depress o Pyaior 0 017 e Paran ia Pyator 0 009 pois Pyatores lt 0 05 cf Tabela 38 cf Anexo 15 2 9 2 SCL90R Perfil de Sa de Mental Grupo de Investiga o vs Grupo de Controlo Finda a an lise estat stica referente ao Mini Mult sucedeu se realiza o da respectivo an lise estat stica atendendo neste momento ao SCL90R Em primeiro lugar objectivou se calcular a consist ncia interna deste question rio por interm dio do c lculo do Coeficiente de Alpha de Cronbach Tendo se considerado inicialmente a totalidade num rica de 90 itens 79 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 do SCL90R em fun o do n mero total de participantes da amostra obteve se um valor de Alpha de Cronbach de 0 987 que remete segundo Pestana amp Gageiro 2008 para a indica o de uma consist ncia interna conotada como muito boa excelente cf Tabela 39 Tabela 39 Coeficiente de Fiabilidade do SCL9OR Alpha de Cronbach N de Itens Amostra Total 90 0 987 Nota Amostra Total n 125 No sentido de complementar o estudo da fiabilidade do SCL90R procedeu se ao c lculo do Coeficiente do Alpha de Cronbach para cada uma das suas nove dimens es ndices sintom ticos Constatou se a partir da an lise dos resultados obtidos e presen
267. lha colocando um c rculo no n mero que melhor descreve QUANTO ESTE PROBLEMA O INCOMODOU NOS LTIMOS 7 DIAS INCLUINDO HOJE Fa a somente um c rculo e responda a todas as quest es Leia o exemplo que se segue antes de come ar Se tiver d vidas coloque as ao orientador EXEMPLO EM QUE MEDIDA TEM SOFRIDO DAS Nunca Pouco Moderadamente Bastante Muito SEGUINTES QUEIXAS 201 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 202 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 12 Termo de Consentimento Informado aplicado aos Sujeitos Normativos 203 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 204 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Termo de Consentimento Consentimento Informado Eu ou declaro ter sido informado pela Mestranda Filipa Soraia de Oliveira Rebelo Carrola que a resposta aos presentes question rios de Avalia o Psicol gica reverte para efeitos de realiza o de uma Disserta o de Mestrado cujo principal objectivo assenta na elabora o do Perfil Personal stico e de Sa de mental de Abusadores Sexuais de Crian as sob condi o de tr nsito em julgado a cumprir pena em distintos estabelecimentos prisionais devido pr tica do crime de Abuso Sexual de Crian as tipif
268. licados na realiza o da presente investiga o Fase Conceptual Realiza o de pesquisa consulta de in meras bases de dados cientificas existentes na internet bem como em livros e consequente revis o bibliogr fica em torno da problem tica em estudo Reflex o tomada de decis o por parte da equipa de investiga o acerca dos principais objectivos instrumentos grupos de participantes da amostra bem como dos EP S pass veis da realiza o do estudo Elabora o do Estado da Arte enquadramento te rico relativo problem tica em estudo Fase Metodol gica Constitui o do Grupo de Investiga o Elabora o de um pedido de autoriza o formal endere ado Direc o Geral dos Servi os Prisionais este servi o de administra o directa do Estado passou a ser designado posteriormente pela sigla DGSP cf exemplo Anexo 1 e em simult neo Direc o do EP Regional da Guarda e da Covilh bem como ao EP de Castelo Branco cf exemplo Anexo 2 Decorrido cerca de um m s procedeu se amplia o da investiga o mediante a inclus o do EP da Carregueira tendo sido elaborada e endere ada DGSP e Direc o do mesmo EP cf Anexo 3 e 4 uma carta de requisi o de concess o de realiza o do presente estudo Foi anexado a cada uma das cartas enviadas um projecto de investiga o de car cter provis rio para maximizar a compreens o do nosso estudo cf Anexo 5 Recep o das cartas
269. llatio introdu o do p nis na boca ou cunnilingus estimula o lingual da vagina ou penetra o com o p nis dedos ou objectos na vagina boca e nus com for a f sica em graus vari veis Todavia Salter 2003 e Howitt 2006 alertam que s muito raramente os sujeitos que padecem de pedofilia atacam uma crian a por interm dio do emprego da for a f sica violenta pois a maioria pauta a sua conduta pelas ofensas sem contacto e g exibi o de rg os sexuais e ou observar secretamente o menor bem como pela primazia face ao recurso da manipula o e g atrav s do suborno como forma de tirar partido da imaturidade da crian a de modo a conseguirem estabelecer actos sexuais com a mesma Importa referir que existem adultos que abusam sexualmente de crian as n o porque sejam ped filos e portanto n o possuem prefer ncia sexual pelas mesmas mas sim devido a uma diversidade de motivos e g meio familiar disfuncional em termos de padr es de viol ncia e dom nio falta de parceiro mais velho dispon vel embriaguez ou intoxica o por drogas doen a org nica mental procura de est mulos sexuais diferentes desprezo pelas regras sociais etc Em contrapartida existem adultos ped filos que ainda que sintam atrac o sexual por crian as pr p beres n o mant m rela es sexuais com as mesmas devido a raz es ticas ou religiosas Howitt 1995 Albuquerque 2006 Relacionado ainda com o exposto o facto d
270. lmente a totalidade de den ncias efectuadas por diversos profissionais e ou institui es e ou servi os de protec o crian a Os resultados apontam que para uma totalidade de 3 2 milh es de den ncias efectuadas que envolviam 5 8 milh es de crian as suspeitas de maltrato infantil 7 6 correspondiam a participa es associadas a ASC A esta primeira delibera o conceptual sucede se o escrut nio mais aprofundado do estudo da incid ncia do ASC em Portugal mediante a exposi o dos principais resultados apresentados nos denominados Relat rios Anuais de Seguran a Interna doravante RASI e ou RASI S Um aspecto relevante e transversal concep o destes relat rios consiste no facto dos dados apresentados serem representativos da criminalidade participada aos pelos rg os de Pol cia Criminal doravante OPC de compet ncia gen rica designadamente a Guarda Nacional Republicana doravante GNR a Policia de Seguran a P blica doravante PSP e a Pol cia Judici ria doravante PJ Sistema de Seguran a Interna do Gabinete do Secretariado Geral 2002 Todavia esta escolha n o se revela ainda assim a mais facilitada dado que para efectuar uma an lise eficiente das estat sticas criminais nacionais presentes nestes documentos necess rio desdobrar o mesmo racioc nio em dois per odos temporais distintos cuja justifica o se prende com dois marcos legislativos que se encontram referenciados no T pico 1 3 ao n vel do
271. lo do Ensino B sico 2 3 Ciclos E B Escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico ndices Globais GSI Global de Severidade PSDI Severidade dos Sintomas Presentes 234
272. logia foram alcan ados nos ndices sintom ticos de sa de mental relativos Idea o Paran ide e Somatiza o bem como nos ndices globais de sa de mental designados por Total de Sintomas Positivos e Global de Severidade Contudo importa ressalvar que se registou a exist ncia de diferen as estatisticamente significativas ao n vel das m dias de pontua o obtida entre ambos os grupos de participantes ou seja o grupo de ASC s obteve em m dias as pontua es mais elevadas em todos os ndices sintom ticos e globais avaliados pelo SCL90R Por conseguinte e objectivando apreender de que forma estes resultados se reproduziram em termos de exist ncia ou n o de psicopatologia efectuou se a implica o das categorias de normatividade psicopatologia dos ndices sintom ticos e globais de sa de mental em fun o de cada um dos grupos de participantes e Diferen as Estatisticamente Significativas ASC s Vs Sujeitos Normativos Por interm dio desta op o estrat gica foi poss vel constatar a exist ncia de diferen as estatisticamente significativas ao n vel de todos os ndices sintom ticos e globais de sa de mental excep o do ndice global referente ao Total de Sintomas Positivos Assim sendo e no que se concerne primeiramente aos ndices sintom ticos de sa de mental pode declarar se que nos ndices Somatiza o Obsess es Compuls es Sensibilidade Interpessoal Psicoticismo e Idea o Paran ide a m
273. ls es a 0 746 Hostilidade a 0 732 Ansiedade F bica a 0 725 Idea o Paran ide q 0 798 e boa ndices sintom ticos Somatiza o a 0 855 Sensibilidade Interpessoal a 0 896 Depress o a 0 884 Ansiedade a 0 877 Psicoticismo a 0 875 Neste sentido certifica se ainda que n o se verificou neste grupo de sujeitos a exist ncia de consist ncias internas conotadas como muito boas excelentes mas antes como inadmiss vel designadamente ao n vel da Escala Adicional em que q 0 570 cf Tabela 40 80 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Tabela 40 Coeficiente de Fiabilidade para os nove ndices sintom ticos do SCL90R segundo a amostra total e cada um dos grupos de participantes da amostra Indices N de Amostra Grupo de Sintom ticos itens Total investiga o Grupo de Controlo SOM 12 0 902 0 904 0 855 O C 10 0 802 0 815 0 746 S I 9 0 951 0 942 0 896 D 13 0 934 0 916 0 884 ANS 10 0 914 0 894 0 877 HOST 6 0 935 0 958 0 732 A F 7 0 878 0 895 0 725 I P 6 0 871 0 847 0 798 PSIC 10 0 920 0 918 0 875 EA 7 0 705 0 744 0 570 Nota Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 Indices Sintom ticos SOM Somatiza o O C Obsess es Compuls es S I Sensibilidade Interpessoal D Depress o ANS Ansiedade HOST Hostilidade A F Ansiedade F bica I P Idea o Par
274. ltura Factores Predisponentes Consequ ncias AA 1 Precipitantes Factores gen ticos SESE DA A es relacionados A e g Life Events ndaja t N vel de bem estar l 1 e com a gravidez e com o 1 A saude f sica arto vi Conhecimentos e Ra eraras 2 Sa de Mental compet ncias Experi ncias da inf ncia Ambiente o din micas FR Recursos individuais coping Qualidade dos relacionamentos familiares Eno EN i Satisfa o sexual Circunst ncias sociais vi dutividad Ambiente f sico SEIPONENiaadEs gr Er 4 3 Contexto social actual lt Uso de bens e servi os Educa o e g suporte social Seguran a p blica Emprego 8 sup s a P Condi es de trabalho Condi es de vida q a Sociedade e Cultura Fonte Adaptado de Lahtinen Lehtinen Riikonen Ahonen 1999 Tomando como refer ncia a vis o cl nica do DSM IV TR pode afirmar se que o mesmo manual de refer ncia n o ostenta uma defini o para SM apresentando somente a sua vers o oposta isto a defini o de Perturba o Mental De modo particular a Perturba o Mental conceptualizada como uma s ndrome ou padr o comportamental ou psicol gico clinicamente significativo que ocorre num sujeito e ao qual se podem encontrar associados a 33 Perfil Personal stico e de Sa de Mental
275. m dizem respeito a dist rbios cuja origem directa assenta em factores de stress ambiental existentes na pris o e na esteira do que tipificado pelo DSM IV TR 2000 como Perturba es de Adapta o Assim sendo estas perturba es representam no fundo um conjunto de respostas adaptativas que o indiv duo encontra para lidar com o stress ainda que a expensas da sua integridade f sica e psicol gica APA 2000 Numa primeira tentativa de sistematiza o Gon alves e Vieira 1995 efectuaram a listagem de seis grupos de perturba es explicitando para cada uma das mesmas um conjunto diverso de manifesta es sintom ticas que pareceram aos mesmos bem como mestranda que p de experienciar in vivo as demandas de um contexto prisional e ouvir os pensamentos e ou 180s mesmos autores procederam posteriormente especifica o da influ ncia de factores e ou condi es dos EP s como a luminosidade alimenta o hor rios de sono rotinas di rias etc ao n vel da Sa de Mental de amostras forenses Todavia embora se reconhe a a sua relev ncia fez se somente refer ncia s perturba es mentais inerentes ao processo de adapta o pris o em detrimento desta vis o mais particularizada pois para se ser fidedigno na exposi o deste segundo prisma de an lise teria de ter ser procedido discrimina o dos sujeitos por EP pois os mesmos revelaram se bastante antag nicos ao n vel das condi es e actividades
276. m o que decorreu em setting forense conduziu formula o das nossas infer ncia cientificas e cl nicas Assim sendo o autor procedeu combina o entre as escalas de validade tendo tra ado 9 perfis quando se obtinham pontua es consideradas como um indicador de psicopatologia em pelo menos uma das escalas de validade Combinando a eleva o da escala Frequ ncia por n s aferida ao n vel dos ASC s com os perfis determinados pelo autor obteve se o perfil 5 que discrimina que os sujeitos tentaram nitidamente efectuar um pedido de ajuda ou seja os indiv duos recorreram simula o do exagero de sintomatologia f sica e ou psicol gica com o intuito de passar a imagem de que se encontravam sob acentuado sofrimento ang stia distress psicol gico ou que padeciam mesmo de uma perturba o mental e ou doen a f sica Seisdedos amp Roig Fust 1986 Relativamente discuss o de resultados obtidos pelos sujeitos normativos e visto que todas as escalas de validade se posicionaram dentro da faixa normativa base mos as nossas infer ncias cient ficas e cl nicas nos pressupostos de Hathaway e McKinley 1940 designadamente a pontua es normativas na escala Mentira os sujeitos foram francos e sinceros demonstraram uma elevada capacidade de autocr tica evidenciaram um certo grau de cinismo ou exibicionismo e apresentaram um certo grau de independ ncia face s pessoas e aos contextos que os rodeiam b pontua
277. m termos absolutos e relativos na categoria referente faixa normativa De modo particular presta se conhecimento de que a referenciada soma num rica de escalas cl nicas correspondeu Hipocondria n 39 62 90 Depress o n 33 53 22 Histeria n 46 74 19 Paran ia n 32 51 61 Psicastenia n 39 62 90 e Hipomania n 59 95 16 No que respeita ao grupo de controlo aferiu se que para a totalidade das escalas cl nicas do Mini Mult as maiores frequ ncias absolutas e relativas foram estabelecidas para a categoria referente faixa normativa Hipocondria n 53 84 12 Depress o n 59 93 65 Histeria n 59 93 65 Desvio Psicop tico n 56 88 88 Paran ia n 57 90 47 Psicastenia n 59 93 65 Esquizofrenia n 60 95 23 e Hipomania n 62 98 41 Procedendo por ltimo an lise dos valores de probabilidade de signific ncia pode afirmar se que para um n vel de signific ncia de 5 verificou se que nas escalas cl nicas Hipocondria Pyator 0 013 Depress o Pyator 0 000 Histeria Pyator 0 006 Desvio Psicop tico Pyator 0 000 Paran ia Pyator 0 000 Psicastenia Pyator 0 000 e Esquizofrenia Pyator 0 00 todos os Pyaiores lt 0 05 Este facto estat stico implicou a rejei o da hip tese nula que 77 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 preconiza a exist ncia de independ ncia entre as categorias de notas T e o grupo de perten a dos sujeitos da
278. m valor obtido pelo sujeito e que representa uma determinada dimens o psicol gica que se pretende medir e por outro concebe o erro como uma componente que se encontra associada ao resultado total devido a lacunas psicom tricas do pr prio instrumento ou a enviesamentos imprimidos deliberadamente pelo sujeito aquando da sua resposta aos itens do teste Anastasi amp Urbina 2000 Pasquali 2003 Maia 2011 Desta feita a TCT postula que a an lise e a interpreta o dos resultados obtidos pelos sujeitos num determinado teste psicol gico deve ser efectuada a partir da perspectiva o da dimens o ou construto como um todo ou seja em fun o do conjunto de itens que a comp em independentemente do procedimento medida de estat stico efectuada e n o a partir da considera o individual dos mesmos constituindo este facto a principal limita o imposta a esta teoria Andrade Tavares amp Valle 2000 Maia 2011 De forma a colmatar a lacuna referenciada imp s se o desenvolvimento de uma teoria psicom trica alternativa tendo surgido a denominada TRI Maia 2011 Na TRI os elementos centrais de an lise e interpreta o s o os itens e n o as dimens es constructos psicol gicos como um todo pelo que distintamente da TCT a TRI assenta em tra os latentes e adopta dois axiomas fundamentais propostos por Pasquali 2003 a o desempenho de um sujeito numa determinada prova psicol gica item do teste explica se em fun o de um co
279. ma Freitas 2003 A um segundo n vel de aprecia o enfatiza se a conceptualiza o que segundo Miralto Duque Barros e Leite 2010 se assume como a mais pr xima das considera es adoptados pelo actual CPP isto a defini o proposta por Kempe e Kempe em 1978 Estes perspectivaram como ASC o envolvimento de crian as e de adolescentes dependentes com um adulto em actividades sexuais que t m como intuito final a gratifica o ou a estimula o sexual do adulto Tal defini o deve ser interpretada com cautela pois os autores assumiram que o abusador um adulto e que a vitima uma crian a e ou adolescente dependente o que pode n o ser o caso em determinadas circunst ncias Numa terceira inst ncia sublinha se a defini o postulada pela OMS 2006 onde o ASC corresponde ao envolvimento de uma crian a em actividades sexuais que a mesma n o compreende perante as quais n o apresenta capacidades para prestar o seu consentimento informado para as quais n o se encontra preparada do ponto de vista do seu est dio de desenvolvimento e ou ainda o seu envolvimento em actos comportamentos de natureza sexual que constituem uma viola o das leis ou das normas sociais que regem uma determinada sociedade Como parte desta defini o a crian a poder ser abusada por um adulto ou por uma outra crian a que devido sua idade ou est dio de desenvolvimento se posicione numa posi o de responsabilidade de confian a ou de po
280. mas sim que a intensidade de um acompanhada 65 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 tendencialmente em m dia e com maior frequ ncia pela intensidade do outro no mesmo sentido ou em sentido inverso Por conven o nas ci ncias exactas promulgou se a associa o linear muito baixa r menor que 0 20 b associa o linear baixa r entre 0 20 e 0 39 c associa o linear moderada r entre 0 40 e 0 69 d associa o linear alta elevada r entre 0 70 e 0 89 e associa o linear muito alta elevada r entre 0 90 e 1 Deve aludir se que l gica semelhante pode e deve ser adoptada quando os valores obtidos para este coeficiente forem negativos Pestana amp Gageiro 2008 3 3 Compara o de m dias entre amostras independentes Teste de Mann Whitney Teste de Kruskal Wallis e Teste Post Hoc de Tukey Em primeiro lugar o Teste de Mann Whitney foi utilizado para comparar o centro de localiza o das duas amostras independentes como forma de detectar a exist ncia de diferen as entre os dois grupos Tal procedimento implicou a vari vel nominal de categorias de idade Em segundo lugar recorreu se ao c lculo do Teste de Kruskal Wallis no sentido de testar a igualdade no que refere a um par metro de localiza o neste caso a m dia amostral ou seja pretendeu se testar a hip tese da exist ncia de um par metro de localiza o comum aos grupos de participantes em
281. mental pretendidos Todavia a matura o do investigador pensamos n s deve alcan ar se por interm dio do conhecimento das lacunas e das potencialidades que se encontram inerentes aos instrumentos de avalia o psicol gica pois esta actividade como que uma marca registada da Psicologia Assim sendo buscou se averiguar o ponto da situa o nacional relativamente aferi o ou n o dos question rios com a mesma TAA I bem como justificar a escolha do SCL90R De acordo com Canavarro 1999 cit in Sim es Machado Gon alves amp Almeida 2007 dos instrumentos com a mesma TAA I do SCL90R somente o BSI se encontra adaptado para a popula o portuguesa Por m a mesma reconheceu e acrescentou que este seu estudo preliminar de valida o do BSI possui uma lacuna a n o descurar isto n o realizou estudos de normaliza o dos resultados que lhe permitissem desenvolver semelhan a do instrumento original concebido por Derogatis os valores notas T padronizadas importando sublinhar que esta constitui a etapa final implicada e exigida num qualquer processo de aferi o de instrumentos de avalia o psicol gica As repercuss es desta limita o fizeram se sentir nos estudos realizados posteriormente com o BSI e que envolveram predominantemente amostras cl nicas pois o que imprime o real significado possibilidade de interpretar e de comparar resultados entre investiga es s o as notas T e n o a considera
282. mo e m ximo No que respeita s escalas cl nicas e seguindo a l gica anterior de escrut nio dos resultados pode afirmar se que no grupo de investiga o se destacou a escala Esquizofrenia pois obteve os valores mais elevados no que se refere m dia de nota T X 73 87 S 15 81 mediana X 74 00 e moda Mo 91 00 Relativamente s notas T m nimas verificou se uma oscila o entre os valores 23 00 registado na escala Hipomania e o valor 42 00 obtido nas escalas Desvio Psicop tico e Paran ia Em termos das notas T m ximas afigurou se uma varia o entre o valor 70 00 inerente escala Hipomania e o valor 95 00 estabelecido para as escalas Psicastenia e Esquizofrenia Mutando o prisma de Atendendo aos resultados obtidos deve prestar se conhecimento que a elabora o da consequente an lise estat stica partiu da contabiliza o da totalidade de perfis v lidos e inv lidos obtidos pelos dois grupos de participantes n 125 dado que a validade invalidade dos mesmos que se traduz pela considera o das escalas de validade para o c lculo do ndice F K apenas reflecte a caracteriza o da atitude dos sujeitos perante a prova n o condicionando portanto os resultados obtidos nas escalas cl nicas A t tulo de exemplificativo a obten o de um perfil inv lido devido ao alcance de um resultado de 13 no ndice de F K n o significa que todas as notas T aferidas nas escalas cl nicas sejam T lt 30 ou T gt 70 que represent
283. mo las sob um prisma dual ou seja as potencialidades que se encontraram intrinsecamente relacionadas com o design metodol gico veiculado e as potencialidades que emergiram por interm dio dos resultados por n s obtidos e interpretados Em rela o primeira estirpe de potencialidades pode declarar se que as mesmas se enquadrariam no lema contrariar tend ncias devido a m ltiplas raz es tais como a estudo da personalidade e da sa de mental voltado para os ASC s e para uma amostra normativa o foco investigativo preferencial encontra va se direccionado para o estudo da personalidade e da sa de mental das v timas de abuso sexual e ou para amostras cl nicas Por outro lado a n vel nacional n o se conseguiu apurar a exist ncia de quaisquer estudos que tivessem partido do estudo destes dois dom nios a partir da constitui o conjunta destes dois grupos de sujeitos e a n vel internacional apenas se teve conhecimento de uma investiga o desenvolvida com moldes similares nossa investiga o b estudo de um n significativo de ASC s da revis o bibliogr fica por n s efectuada acerca dos estudos realizados com ASC s aferiu se o predom nio da constiui o de amostras com base num n que oscilava entre os 9 e os 40 sujeitos c avalia o dos ASC s atrav s de um instrumento de avalia o da personalidade e de outro centrado na avalia o da sa de mental a tend ncia ao n vel da investiga o com amostras de
284. ncia de estudos internacionais com amostras forenses e g Thornton Finch amp Griffin 1975 ou n o cl nicas Seisdedos amp Roig Fust 1986 na qual se procedeu ao c lculo do Coeficiente de Correla o de Pearson entre as escalas cl nicas do MMPI e as escalas cl nicas do Mini Mult ou seja entre as 8 escalas cl nicas que possuem em comum Todavia ao inv s dos autores terem constru do uma matriz de correla es entre todas as escalas somente relacionaram um mesmo par de escalas cl nicas entre si e g estudar o sentido e grau de associa o entre a escala Mentira do MMPI e escala de Mentira do Mini Mult Desta feita optou se por n o referenciar os resultados destas linhas investigativas pois n o permitiam estabelecer compara es fidedignas inter estudos formulando se um racioc nio alternativo que nos pareceu mais v lido e plaus vel Dito de outro modo atendemos a alguns dos aspectos que foram referidos no pre mbulo da presente discuss o de resultados ou seja o MMPI vers o original e a partir do qual foi constru do o Mini Mult foi publicado em 1940 e a conceptualiza o de cada um dos tra os de personalidade sob a forma de escalas cl nicas foi executada pelos seus pr prios autores designadamente Hathaway e McKinley Kincannon 115 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 1968 Deste modo considerou se que cientificamente mais fidedigno debater e justif
285. ncipais Resultados Da s ntese de resultados preliminares avan ados pela Faculdades de Ci ncias M dicas no dia 23 de Mar o de 2010 foi poss vel apurar em particular os seguintes factos relativos popula o portuguesa De modo geral os primeiros resultados do estudo exp em que os grupos de portugueses mais afectados por doen as mentais s o as mulheres os jovens entre os 18 aos 24 anos as pessoas mais s s separados vi vos e divorciados e as pessoas com baixa e m dia literacia 43 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Portugal representa at ao momento o pa s da Europa que apresenta maior preval ncia de perturba es mentais na popula o 23 chegando muito perto do campe o mundial os EUA 26 3 Em 2009 1 em cada 5 portugueses sofreu de uma doen a psiqui trica e quase metade 43 afirmou j ter tido uma destas perturba es ao longo da sua vida Principais 7 dos doentes com perturba es graves 65 dos doentes com perturba es moderadas e 82 dos Resultados doentes com perturba es ligeiras nunca tiveram acesso a qualquer tipo de tratamento apesar de Portugal ser um dos pa ses europeus com maior consumo de antidepressivos e ansiol ticos per capita As perturba es mentais mais comuns na popula o portuguesa s o as de ansiedade 16 5 que em 3 2 dos casos assume propor es graves Deste mesmo grupo nosol gico destacam se
286. njunto de factores ou tra os latentes aptid es pelo que o seu desempenho representa o efeito e os tra os latentes constituem a causa b a rela o existente entre o desempenho na prova e o conjunto de tra os latentes pode ser descrita por uma equa o denominada por Curva 129 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Caracter stica do Item onde se observa que os sujeitos com uma maior aptid o possuem uma maior probabilidade de responder correctamente ao item e vice versa Por conseguinte existem dois componentes centrais para potenciar um maior entendimento da TRI designadamente a unidimensionalidade e a independ ncia local A unidimensionalidade corresponde homogeneidade do conjunto de itens que devem medir um nico tra o grupo de itens que deve medir um mesmo construto Ao se assumir que existe uma rela o entre as respostas dos sujeitos e a dimens o do tra o latente a ser avaliada uma exig ncia sobressai a este n vel a de averiguar se a probabilidade de acerto depende unicamente do valor do tra o latente Assim deve verificar se se os itens implicados no teste para avaliar o tra o latente medem somente a dimens o descrita por ele ou se existe tamb m independ ncia nas respostas entre os itens Em termos estat sticos o m todo para indagar a unidimensionalidade consiste na An lise Factorial pois possibilita verificar o n mero m nimo de factores que pode expl
287. no B sico b ndice sintom tico de sa de mental relativo Depress o bem como ndice global de sa de mental relativo ao Total de Sintomas Positivos os ASC s tinham escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico c ndices sintom ticos de sa de mental alusivos s Obsess es Compuls es Idea o Paran ide bem como ndice global de sa de mental designado por Global de Severidade um mesmo n mero de ASC s possuia por um lado escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico e por outro lado escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico Sujeitos Normativos nos ndices de sa de mental na qual o maior n mero de sujeitos exibiu indicadores de psicopatologia efectuaram se tr s constata es em rela o escolaridade dos sujeitos a ndice sintom tico Somatiza o e Sensibilidade Interpessoal os sujeitos normativos tinham escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico b ndices sintom ticos de sa de mental rotulados por Idea o Paran ide os sujeitos normativos tinham escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico c ndice global designado por Total de Sintomas Positivos igual n mero de 120 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 sujeitos normativos possu am por um lado escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico e por outro detinham escolaridade e
288. ntal de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Cap tulo 1 Abuso Sexual de Crian as o seu Perpretador e a t cnica do Profiling Contextualiza o Clinico Forense Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 1 1 Maltrato Infantil As m ltiplas faces da viol ncia cometida contra as Crian as O Maltrato Infantil doravante MI corresponde a uma realidade complexa global e integradora que equivale ao ponto de partida cientificamente mais prim rio que possibilita maximizar o enquadramento e a consequente compreens o de um dos seus v rtices de ramifica o conceptual isto o Abuso Sexual de Crian as doravante ASC Deste modo este primeiro ponto de refer ncia assenta na conceptualiza o do MI sob um ponto de vista duplo e complementar entre si nomeadamente a vis o cient fica e a vis o jur dico penal Iniciando o enquadramento do MI pode declarar se que a investiga o e a interven o enquanto dom nios processuais que se encontram dependentes e inseridos num contexto s cio cultural e hist rico nem sempre consideraram a viol ncia contra crian as como tal Zigler amp Hall 1989 Neste sentido pode declarar se que a forma de conceber e valorizar a crian a foi diferindo ao longo dos tem
289. nto cient fico Sempre que na presente discuss o de resultados se mencionou e g que n o se encontrou literatura cient fica no sentido de confirmar ou n o os resultados alcan ados e ou elaborar infer ncias cient ficas e ou cl nicas em prol dos mesmos pretendeu se dar a entender ao leitor que da revis o bibliogr fica por n s efectuada n o se encontrou literatura cient fica ao inv s de se querer declarar de modo prepotente ou arrogante que n o existe 20 perfil personal stico e de sa de mental de ambos os grupos de sujeitos foi elaborado com base na enfatiza o das dimens es que reflectiram um car cter psicopatol gico semelhan a do que acontece aquando da elabora o de um relat rio de avalia o psicol gica na qual se destacam as reas de dificuldades comprometimento dos sujeitos destacando se pontualmente o car cter normativo inerente a determinadas dimens es quando se revelou pertinente e justific vel ao n vel da discuss o de resultados 99 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Em jeito de remate final no que respeita elucida o do leitor face estrutura o da discuss o de resultados inteira se que face quest o Que infer ncias se revelam poss veis e plaus veis de elaborar posteriori dos resultados por n s obtidos a sua resposta assentou na Abordagem Cl nica do Profiling dado que foi a ferramenta s
290. nto e Implementa o do Direito Internacional dos Direitos Humanos Inf ncia e Juventude 4 934 Montet L 2002 Le profilage criminel Paris PUF 147 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Morales L Mu oz Delgado J Santill n A Arenas R amp De Le n F 2007 Perfiles Criminol gicos El Arte de Sherlock Holmes en el siglo XXI Salud Mental 30 3 68 75 Morrow J Yeager C amp Lewis D 1997 Encopresis and sexual abuse in a sample of boys in a residential treatment Child Abuse and Neglect 21 1 11 18 Mosticoni R amp Chiari G 1979 Una descrizione obiettiva della personalit Il Minnesota Multiphasic Personality Inventory Firenze Organizzazioni Speciali Mullen P Romans Clarkson S Walton V amp Herbison G 1988 Impact of sexual and physical abuse on women s mental health The Lancet 841 845 National Research Council 1993 Understanding child abuse and neglect Washington DC National Academy of Sciences Press O Callaghan D amp Print B 1994 Adolescent sexual abuse In T Morison M Erooga amp R Beckett Eds Sexual offending against children Assessment and treatment of male abusers pp 146 177 New York Routledge Organiza o Mundial de Sa de 1999 Report of the Consultation on Child Abuse Prevention Geneva WHO HSC PVI 99 1 Organiza o Mundial de Sa de 2002 Relat rio Mundial de Sa d
291. o linear ou uniforme pois encontra se dependente de vari veis como o g nero o estado de sa de percebido incluindo se aqui as limita es f sicas bem como as determinantes s cias e econ micas que se encontram mencionadas na Figura 5 Completa a ef gie de determinantes sociais e econ micas em complemento do factor risco idade pareceu nos pertinente partilhar uma ideia que partiu da nossa reflex o acerca desta mat ria Por outras palavras mesmo n o tendo controlado o tempo de reclus o j cumprido pelos ASC s poss vel lacuna inerente a esta investiga o colocamos a seguinte quest o Ser que as referenciadas determinantes sociais e econ micas n o exerceram tamb m a sua influ ncia sobre os ASC s visto que antes dos mesmos ingressarem no contexto prisional constitu am um conjunto de cidad os que viviam de igual forma em comunidade e em sociedade como os sujeitos normativos estudados e portanto independentemente da pena cumprida estas condicionantes poderiam ter estado presentes nas suas vidas em graus vari veis e ter contribu do por conseguinte para a instaura o de um n vel pr m rbido de sintomatologia clinicamente significativa que se pode ter exacerbado com o processo de adapta o pris o Para finalizar refor a se mais uma vez que as refer ncias te ricas relativas ao processo de adapta o pris o bem como s determinantes sociais e econ micas foram utilizadas para explicitar as raz
292. o Psicop tico n 29 46 03 Psicastenia n 31 49 20 Esquizofrenia n 32 50 79 e Hipomania n 33 52 38 a maior soma de sujeitos que integrou a categoria da faixa normativa possu a idade lt 45 anos Em contrapartida verificou se na escala Paran ia n 29 46 03 que embora o maior n mero de sujeitos tivesse integrado a categoria da faixa normativa estes tinham idade gt 45 anos No que concerne an lise dos valores de probabilidade de signific ncia constatou se que no grupo de investiga o OS Pyatores OsCilaram entre 0 012 obtido na escala cl nica Hipocondria e 0 909 aferido na escala cl nica Hipomania Deste modo e considerando um n vel de signific ncia de 5 apurou se que somente se revelou poss vel rejeitar a hip tese nula relativa presen a de independ ncia entre as categorias de notas T e as categorias de idade ao n vel da escala cl nica Hipocondria pois obteve se um Pyator lt 0 05 Por seu turno aferiu se no grupo de controlo que para um n vel de signific ncia de 5 os Pyatores variaram entre 0 243 obtido na escala cl nica Desvio Psicop tico e 1 000 e g na registado na escala cl nica Depress o Com efeito e dado que para a totalidade das escalas cl nicas os Pvatores gt 0 05 n o se rejeitou a hip tese nula respeitante exist ncia de independ ncia entre as categorias de notas T e as categorias de idade cf Tabela 37 cf Anexo 14 De forma procedente mutou se a ptica de an li
293. o a redund ncia popular resumindo e concluindo e efectuados os devidos esclarecimentos justificou se portanto a nossa decis o de substituir a designa o de sujeito popula o normal por sujeito popula o normativa De modo complementar pode esclarecer se ainda que tal delibera o se justifica com o facto do conceito de a normalidade s poder ser compreens vel em rela o a uma norma todavia nem toda a varia o em rela o a uma norma assume um car cter patol gico pois e por exemplo uma pessoa sobredotada ou um criminoso encontram se ambos fora da norma sem que tal signifique que pade am necessariamente de uma perturba o mental Deste modo e no dom nio da Sa de Mental adquire maior relev ncia a considera o da norma enquanto padr o comportamental que a maioria das pessoas de um dado sexo ou grupo et rio adopta em determinadas situa es numa determinada esfera s cio cultural o que implica que a norma sendo comum em rela o a certos comportamentos assuma uma certa relatividade face aos diversos contextos e ao tempo em que os mesmos se desenrolam Por outro lado e dado que a presente investiga o se insere no campo das Ci ncias Sociais e Humanas 39 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 tamb m se revela de todo pertinente conceber a normalidade do ponto de vista estat stico isto na qual se sup e que norma determinada pela frequ n
294. o cient fico em rela o vertente de pensamento veiculada neste No momento de efectiva o do estado da arte acerca do estudo da personalidade em fun o da vari vel idade e escolaridade constatou se um predom nio de estudos que somente contemplavam estas vari veis enquanto estat stica descritiva da amostra de ASC s e g Leue Borchard amp Hoyer 2004 ou de amostras de sujeitos que cometeram outros crimes de natureza sexual e g Gon alves amp Vieira 2005 ou enquanto caracteriza o da idade e da escolaridade de in cio da carreira delitiva em fun o do crime sexual cometido e g Rebocho 2007 sem tamb m relacionarem t o pouco com os indicadores de normatividade psicopatologia dos tra os personal sticos 111 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 t pico e cujos argumentos expostos se transformaram em infer ncias por n s promulgadas de forma cient fica cl nica e emp rica Partindo da considera o do grupo de ASC s a literatura cient fica que de algum modo contemplou o estudo da personalidade em fun o de vari veis como a idade e a escolaridade foi a seguinte 1 Kalichman 1991 investigou as caracter sticas de personalidade de criminosos sexuais em fun o da idade da v tima tendo partido de uma amostra formada por ASC s e violadores todos do sexo masculino que se encontravam a cumprir pena em EP s dos EUA A amostra foi dividida em 3 g
295. o em julgado A sua operacionaliza o metodol gica assenta na constitui o de um grupo de investiga o composto por abusadores sexuais com tr nsito em julgado e por um grupo normativo constitu do por indiv duos emparelhados pelas vari veis de idade g nero e grau de escolariza o A fim de alcan ar o exposto objectivo pretende se aplicar aos grupos descritos dois instrumentos de Avalia o Psicol gica Em conformidade com o que foi manifesto justifica se o presente pedido de autoriza o visto que a natureza do grupo de investiga o exige a execu o do referido procedimento de avalia o em contexto prisional segue em anexo a este pedido formal o Projecto de Investiga o e a discrimina o dos dois instrumentos de Avalia o Psicol gica A efectiva o pr tica do estudo exposto encontra se a cargo da equipa de investiga o constitu da pela aluna Filipa Soraia de Oliveira Revelo Carrola licenciada em Psicologia pela Universidade de Beira Interior que se encontra actualmente a ingressar no 2 Ciclo de estudos no ramo de Psicologia Cl nica e da Sa de na referida institui o de ensino superior e pelo Professor Doutor Luis Alberto Coelho Rebelo Maia actualmente Professor Auxiliar e Orientador de Est gios e Disserta es de Mestrado na Universidade da Beira Interior Em conformidade com o que foi exposto solicita se diferimento face ao pedido promulgado 159 Perfil Personal stico e de Sa de Men
296. o n vel da aceita o de participa o no estudo pelo que n o nos foi concedido deferimento por parte da DGSP 114 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 idade pelo que lan amos comunidade cient fica o seguinte repto Uma vez ASC s para sempre ASC s e ainda Nunca ASC s para sempre nunca ASC s Encerrado o precedente t pico discutiram se os principais resultados por n s obtidos ao n vel das medidas de mensura o do sentido e grau de associa o entre os tra os de personalidade avaliados pelo Mini Mult cf Tabela 58 Tabela 58 Principais resultados obtidos ao n vel das associa es existentes entre os tra os de personalidade Grau e Sentido Associa es entre os Tra os de Personalidade No momento em que se objectivou apurar qual o sentido e o grau de associa o entre cada um dos tra os personal sticos avaliados pelas 8 escalas cl nicas do Mini Mult foi poss vel verificar atendendo s conota es formuladas por Pestana e Gageiro 2008 a exist ncia de associa es positivas de grau moderado e associa es positivas de grau alto elevado Atendendo a este facto decidimos evidenciar para cada grupo de sujeitos da amostra as associa es positivas com maior grau de associa o pois por se encontrarem mais pr ximas do valor 1 s o as que mais traduzem a exist ncia de uma associa o positiva quase perfeita Maroco 2007 Efectivando este
297. o no ndice global designado por Severidade dos Sintomas Presentes e 0 933 estabelecido no ndice sintom tico Idea o Paran ide constatando se em ambos os grupos e nos 12 ndices sintom ticos e globais do SCL9OR que todos os Pyatores gt 0 05 cf Tabela 44 87 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Tabela 44 Teste de Mann Whitney para a compara o de m dias obtidas nos ndices sintom ticos e globais do SCL90R em fun o do grupo de participantes da amostra e das categorias de idade Indices Grupo de Investiga o Sintom e Idade lt 45 Idade gt 45 Pyalor Globais n M dia DP n M dia DP SOM 33 64 85 9 92 29 68 24 10 59 0 096 O C 33 62 67 13 18 29 67 45 12 35 0 064 S I 33 67 24 12 37 29 65 03 14 39 0 645 D 33 67 64 9 95 29 68 52 11 45 0 303 ANS 33 66 88 12 08 29 67 14 13 70 0 901 HOST 33 63 36 14 72 29 62 48 15 93 0 938 A F 33 57 61 19 64 29 61 90 17 71 0 407 I P 33 69 97 10 58 29 70 86 10 06 0 705 PSIC 33 67 52 12 56 29 64 93 15 80 0 797 GSI 33 68 97 9 74 29 68 41 11 10 0 890 Total S P 33 64 76 12 21 29 66 59 13 22 0 454 PSDI 33 69 03 7 76 29 69 62 8 45 0 714 Indices Grupo de Controlo Sintom e n M dia DP n M dia DP Pvalor Globais SOM 33 60 24 9 06 29 61 27 8 82 0 375 O C 33 58 64 10 43 29 60 70 11 23 0 369 S I 33 57 64 12 94 29 59 40 12 71 0 545 D 33 52 63 11 72 29 56 53 12 19 0
298. o normal Tal constata o foi efectuada uma vez que nesta escala se obteve K S 125 0 076 Pyator 0 071 logo e como Pyaor gt 0 05 n o se rejeitou a hip tese nula referente normalidade da distribui o Por seu turno e no que respeitou concretiza o do segundo des gnio optou se pelo emprego do teste n o param trico de Mann Whitney Neste sentido foi poss vel apurar atendendo aos valores de probabilidade de signific ncia obtidos que se Realizada a caracteriza o das escalas de validade presente na Tabela 31 deu se continuidade respectiva an lise estat stica e descri o dos resultados contabilizando somente as escalas cl nicas do Mini Mult Tal decis o deveu se ao facto de as escalas de validade apenas revelarem informa o acerca da atitude dos sujeitos de ambos os grupos de participantes da amostra aquando da sua resposta ao Mini Mult corroborando se os argumentos tecidos na nota de rodap n mero 4 71 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 encontraram a variar entre Pyator 0 000 obtido e g na escala Depress o e Pyator 0 005 alcan ado somente na escala Hipocondria que para um n vel de signific ncia de 5 se verificou para todas as escalas cl nicas do Mini Mult um Pyator lt 0 05 Deste modo rejeitou se a hip tese nula referente exist ncia de igualdade de m dias de notas T entre os dois grupos independentes de participantes em an lise
299. ois conclu ram que os crimes sexuais consistem num evento amplamente din mico no que concerne aos aspectos cognitivos comportamentais afectivos e volitivos do criminoso No que diz respeito aos profissionais respons veis pela realiza o do Profiling e segundo Correia Lucas e Lamia 2007 a mesma ferramenta encontra se associada s compet ncias de um investigador criminal e de um especialista em no comportamento humano como s o exemplo os Psic logos Numa primeira linha Spitzer 2002 defende que devido ao facto desta t cnica consistir numa per cia forense pluridisciplinar dificilmente apenas um indiv duo consegue reunir as compet ncias exigidas aquando da sua aplica o refor ando se portanto a ideia do envolvimento de profissionais da Criminologia da Psicologia e qualquer outra ci ncia humana relevante para a investiga o criminal e g Antropologia Geografia Em contrapartida e focando em espec fico o dom nio da Psicologia Soeiro 2009 asseverou que alguns profissionais que recorrem ao Profiling possuem forma o em Psicologia e ou s o profissionais da Pol cia e outros s o Psic logos e g forenses ou cl nicos que integram institui es policiais ou participam como consultores nas investiga es e ou acad micos investigadores Em jeito de s mula conv m contudo salientar que o dom nio do exerc cio de fun es em prol do Profiling n o consiste num job pois at ao momento e a n vel internacional a pro
300. om ticos SOM Somatiza o O C Obsess es Compuls es S I Sensibilidade Interpessoal D Depress o ANS Ansiedade HOST Hostilidade A F Ansiedade F bica I P Idea o Paran ide PSIC Psicoticismo ndices Globais GSI Global de Severidade Tot S P Total de Sintomas Positivos PSDI indice de Severidade dos Sintomas Presentes Posteriormente recorreu se realiza o do teste estat stico n o param trico Mann Whitney devido implica o estat stica da vari vel nominal idade cf Tabela 23 T pico 2 5 Pode declarar se que o mesmo teste foi empregue com o objectivo de apurar para cada um dos grupos de participantes em que ais ndices sintom ticos globais do SCL9OR e em fun o de que ais categoria s de idade se registaram em m dia os valores mais elevados de notas T bem como a exist ncia ou n o de igualdade entre as m dias de notas T alcan adas nos ndices sintom ticos globais e as categorias da vari vel nominal idade Na Tabela 44 encontram se explicitados os resultados obtidos atrav s da aplica o do teste estat stico referenciado pelo que se verificou no grupo de investiga o que em 8 dos 86 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 12 ndices do SCL90R isto nos ndices sintom ticos Somatiza o n 29 X 68 24 S 10 59 Obsess es Compuls es n 29 X 67 45 S 12 35 Depress o n 29 X 68 52 S 11 45 An
301. onstrar de forma consistente que n o existe um perfil de ASC s Apesar dos esfor os mobilizados por diversos investigadores na formula o de tipologias ou sistemas de classifica o e g Danni amp Hampe 2000 em que a partir da identifica o das caracter sticas comuns inerentes aos ASC s relativas ao bin mio v tima abusador se efectuava a distin o e a distribui o dos mesmos por diferentes categorias Assim sendo embora o r tulo de ASC s possa aludir a um conjunto de sujeitos todos iguais que prevaricam contra a autodetermina o sexual de crian as tal premissa n o passa de uma falsa realidade Chaffin Letourneau amp Silovsky 2002 Robertiello amp Terry 2007 De forma mais estreita remete se neste momento a l gica de an lise da heterogeneidade dos ASC s para o t tulo do livro de Marshall 1996 isto ASC s o monstro a v tima ou todo o Homem Na verdade este car cter heterog neo tem se revelado numa tarefa angustiante para a comunidade cient fica pois tem se tornado particularmente dif cil discernir como esta popula o diferente de outros tipos de criminosos ou at mesmo dos sujeitos da sociedade em geral De acordo com Marshall 1996 e mais tarde por Flora 2001 assinala se que a heterogeneidade dos ASC s afigura se de tal ordem que os mesmos podem ser de facto mais similares connosco do que se poderia congeminar visto que estes podem incluir se em quase todas as faixas et
302. ores que definem esta t cnica sendo que esta lacuna se reflecte ao n vel das terminologias postuladas e adoptadas pela comunidade cient fica no momento de denominar a mesma Neste sentido explicitar se o subsequentemente as defini es reconhecidas e referenciadas em maior n mero em publica es cient ficas McCrary 2001 O Profiling consiste na descri o de tra os e de caracter sticas de um agressor desconhecido dado que se considera que qualquer comportamento reflecte a personalidade de um indiv duo O autor faz quest o de salientar ainda que as caracter sticas do criminoso devem ser consideradas factores de predi o meramente indicativos na tentativa de identificar o agressor Kocsis 2006 O Profiling corresponde a uma t cnica de investiga o da cena do crime assente na avalia o e na interpreta o dos comportamentos e ou ac es manifestados no local do crime e que melhor definem um crime violento ou uma s rie de crimes que podem ou n o estar associados com o intuito de compor previs es relativas s caracter sticas do prov vel autor es do crime De forma mais especifica atrav s de processos de recolha e da analise da cena do crime prop e se a predi o do comportamento as caracter sticas de personalidade bem como os indicadores s cio demogr ficos do ofensor que cometeu um ou v rios crimes com o intuito de ajudar os investigadores criminais ou outras entidades policiais e ou de investiga o
303. orias de Categorias de Investiga o Controlo Cl nicas Notas T Escolaridade Totais x Totais x p valor p valor lt 1 Ciclo E B n 12 4 19 35 6 34 2 3 Ciclos E B n 9 5 Nota T gt 70 14 51 7 93 Ensino Secund rio n 2 1 Hs 3 22 1 58 lt 1 Ciclo E B n 13 0 345 20 0 987 20 96 31 74 Faixa Normativa 2 3 Ciclos E B n 21 27 Nota T31 50 69 33 87 42 85 Ensino Secund rio n 5 6 8 06 9 52 lt 1 Ciclo E B n 11 4 17 74 6 34 2 3 Ciclos E B n 15 0 Nota T gt 70 24 19 0 00 Ensino Secund rio n 3 0 4 83 0 00 D lt 1 Ciclo E B n 14 0 884 20 0 017 22 58 31 74 Faixa Normativa 2 3 Ciclos E B n 15 32 Nota T31 50 69 24 19 50 79 Ensino Secund rio n 4 7 6 45 11 11 lt 1 Ciclo E B n 8 1 12 90 1 58 2 3 Ciclos E B n 6 3 Nota T270 9 67 4 76 Ensino Secund rio n 2 0 3 22 0 00 Hy lt 1 Ciclo E B n 17 0 588 23 0 456 27 41 36 50 Faixa Normativa 2 3 Ciclos E B n 24 29 Nota T31 50 69 38 70 46 03 Ensino Secund rio n 5 7 8 06 11 11 lt 1 Ciclo E B n 12 2 19 35 3 17 Nota T270 2 3 Ciclos E B n 19 5 30 64 7 93 Ensino Secund rio n 4 0 6 45 0 00 Pd lt 1 Ciclo E B n 13 0 520 22 0 294 20 96 34 92 Faixa Normativa 2 3 Ciclos E B n 11 27 Nota T31 50 69 17 74 42 85 Ensino Secund rio n 3 7 4 83 11 11 Nota p lt 0 05 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 y Qui quadrado Pyator Valor de probabilidade de signific ncia n Frequ ncias
304. ormando a numa vari vel nominal objectivando por um lado a obten o de uma maior homogeneidade desta caracter stica entre ambos os grupos de participantes da amostra e por outro lado possibilitar uma maior facilita o ao n vel da an lise estat stica ao momento de relacionar esta vari vel com os resultados obtidos em cada um dos instrumentos de avalia o psicol gica Assim sendo formularam se duas categorias de idade respectivamente idade igual ou inferior a 45 anos e idade superior a 45 anos doravante idade lt 45 anos e idade gt 45 anos No que se refere primeira categoria de idade igualaram se em ambos os grupos as frequ ncias absolutas de sujeitos que a representaram n 33 no grupo de investiga o e n 33 no grupo de controlo mas n o as devidas frequ ncias relativas 53 22 no grupo de investiga o e 52 32 no grupo de controlo Em rela o segunda categoria de idade fizeram parte integrante da mesma 29 sujeitos 46 77 do grupo de investiga o e 30 sujeitos 47 61 do grupo de controlo cf Tabela 23 Tabela 23 Distribui o dos grupos de participantes da amostra segundo a vari vel nominal idade Categorias de Grupo de Investiga o Grupo de Controlo Idade n n Idade lt 45 33 53 22 33 52 32 Idade gt 45 29 46 77 30 47 61 Nota Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 n Frequ ncias Absolutas Frequ ncias Relativas Por ltimo procedeu se an lise descriti
305. os de Avalia o Psicol gica integram se na realiza o de um trabalho de investiga o no campo da Sa de de cidad os em reclus o Informo que me foi comunicado que a minha identidade permanecer no anonimato e que os dados resultantes do preenchimento dos question rios encontrar se o sob total confidencialidade Mais declaro que desejo participar na referida investiga o Covilh 2011 Mestranda Filipa Soraia de Oliveira Rebelo Carrola Termo de consentimento informado autorizado pela DGSP e pelos T cnicos Superiores de Reeduca o representantes dos quatro EP s contemplados na presente investiga o 189 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 190 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 9 Question rio S cio Demogr fico aplicado aos Abusadores Sexuais de Crian as e aos Sujeitos Normativos 191 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 192 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Question rio S cio Demogr fico Idade Estatuto s cio econ mico auto estimado Alto M dio Alto M dio M dio Baixo Baixo Habilita es Liter rias Doutoramento L Mestrado L Licenciatura C 12 9 4 Outros indique qual Estado Civil Solteiro a Casado a L Di
306. os em dois grupos de participantes designados por grupo de investiga o e por grupo de controlo O grupo de investiga o foi composto por 63 ASC s sob a condi o de tr nsito em julgado devido pr tica do crime tipificado pelo artigo 171 do CPP e que se encontram a cumprir a respectiva pena nos Estabelecimentos Prisionais Regionais da Guarda e ou da Covilh e ou nos Estabelecimentos Prisionais de Castelo Branco e ou da Carregueira Em segundo lugar o grupo de controlo foi formado por 63 sujeitos da popula o normativa residentes em Portugal De modo particular e no que respeita aos crit rios de inclus o e de exclus o da amostra por n s formulados informa se que os mesmos se encontram descritos na Tabela 16 cf Tabela 16 Tabela 16 Crit rios de inclus o e de exclus o da amostra Grupo de Investiga o Grupo de Controlo Ser do sexo masculino Ser do sexo masculino Ser de nacionalidade portuguesa Ser de nacionalidade portuguesa Indiv duos condenados devido a Indiv duos da popula o normativa que crime de ASC artigo 171 com apresentem caracter sticas similares aos sujeitos Crit rios de condi o de tr nsito em julgado do grupo de investiga o em termos das Inclus o Integrar e ou encontrar se a vari veis de idade g nero e de escolaridade cumprir pena no Estabelecimento Prisional Regional da Guarda e ou da Covilh e ou no Estabelecimento 53 Perfil Personal stico e de Sa de M
307. os sete dias Por conseguinte tamb m comunicado aos sujeitos que as suas respostas devem obedecer a uma correspond ncia com uma escala em formato tipo Likert composta por 5 classes de resposta designadamente nunca valor 0 pouco valor 1 moderadamente valor 2 bastante valor 3 e muito valor 4 Canavarro 1999 cit in Sim es Machado Gon alves amp Almeida 1999 A idade de aplica o do question rio assenta nos 13 anos e o tempo estimado de resposta varia entre 15 a 30 minutos Echebur a Fern ndez Montalvo amp Amor 2003 N o menos importante a referenciar ainda s o as caracter sticas psicom tricas do SCL90R dado que este mesmo instrumento demonstrou possuir n veis de consist ncia interna avaliados pelo coeficiente de Alfa de Cronbach que variavam entre os 0 84 obtido no ndice Sensibilidade Interpessoal e os 0 90 aferido no ndice Depress o Derogatis 1994 Por ltimo sucedeu se na Tabela 26 exposi o te rica detalhada de cada um dos ndices sintom ticos e dos ndices globais avaliados pelo SCL90R cf Tabela 26 Tabela 26 Caracteriza o dos ndices sintom ticos e dos ndices globais do SCL9OR Indices Sintom ticos Somatiza o SOM esta dimens o compreende doze sintomas itens 1 4 12 27 40 42 48 49 52 53 56 58 relacionados com viv ncias de disfun o corporal pelo que inclui sintomas relacionados com altera es neurovegetativas que ocorrem sobretudo ao n
308. ou a exist ncia de associa es independentemente do seu grau e sentido de associa o Esta mesma linha de racioc nio foi adoptada em todas as tabelas relativas ao c lculo deste coeficiente de correla o mas que posteriormente preconizaram o estudo do tipo de associa o entre os ndices sintom ticos e globais do SCL90R e por ltimo entre as escalas cl nicas do Mini Mult e os ndices sintom ticos e globais do SCL90R respectivamente Tabela 43 50 e 51 72 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Histeria r 0 72 entre a escala cl nica Depress o e as escalas cl nicas Esquizofrenia r 0 81 e Psicastenia r 0 85 entre a escala cl nica Desvio Psicop tico e as escalas cl nicas Psicastenia r 0 70 e Esquizofrenia r 0 75 e finalmente entre as escalas cl nicas Psicastenia e Esquizofrenia r 0 86 Efectivando o mesmo racioc nio para o grupo de controlo e considerando um Pyator lt 0 01 emergiu a exist ncia de associa es positivas de grau alto entre as escalas cl nicas Histeria e Hipocondria r 0 77 e entre as escalas cl nicas Esquizofrenia e Paran ia r 0 73 cf Tabela 33 Tabela 33 Matriz de correla es de Pearson entre as escalas cl nicas do Mini Mult segundo o grupo de participantes da amostra Escalas Grupo de Controlo Cl nicas Hs D Hy Pd Pa Pt Sc Ma Hs 1 0 51 0 77 0 21 0 14 0 27 0 26 0 16 D 0 59 1 0 64 0 33 0 39
309. ova 4 49 63 Toutin T 2002 Ultraviolence et profilage criminologique Retirado em 23 de Abril de 2004 de http profiling free fr ultraviolence htm 181 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 182 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 6 Carta de deferimento emitida pela Direc o Geral dos Servi os Prisionais 183 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 184 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 7 Carta de deferimento emitida pela Direc o do Estabelecimento Prisional Regional da Covilh 185 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 186 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 8 Termo de Consentimento Informado aplicado aos Abusadores Sexuais de Crian as 187 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 188 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 q 21 Termo de Consentimento LS Zilo N P a VA EN AR dy S R EAS Tiapore ATO Eu ou declaro ter sido informado pela Consentimento Informado Mestranda Filipa Soraia de Oliveira Rebelo Carrola que os presentes question ri
310. ovilh e Castelo Branco De forma similar ser estabelecido um grupo normativo isto constitui o de um grupo de controlo composto por indiv duos da popula o normativa que ser o emparelhados pelas vari veis idade g nero e grau de escolariza o A operacionaliza o pr tica do objectivo referenciado assenta na aplica o de dois instrumentos de avalia o psicol gica designadamente o Mini Mult vers o reduzida do Minesota Multiphasic Personality Inventory MMPI Kincannon 1968 Consultar Anexo Il e o SCL 90 R Symptom Checklist 90 Revised Derogatis Lipman amp Covi 1973 Consultar Anexo De modo complementar ser entregue a cada um dos sujeitos que comp e o grupo de Este projecto de investiga o foi enviado DGSP bem como a cada um dos quatro EP s sob forma de poss vel proposta pelo que posteriori do estabelecimento de contacto formal com as mesmas entidades foram efectuadas todas as altera es solicitadas e consideradas pertinentes 175 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 investiga o e o grupo normativo um breve question rio cuja finalidade recolher informa o de ndole s cio demogr fica 2 2 Estado da Arte Breve s mula A sexualidade Humana representa um tema multi trans e inter disciplinar sendo redutor perspectivar esta quest o somente sob uma ptica m dica dado que omite o car cter m ltiplo de rela es ent
311. p nico Inclui ainda sinais gerais de tens o emocional e as suas respectivas manifesta es psicossom ticas Hostilidade HOST esta dimens o constitu da por seis itens itens 11 24 63 67 74 81 e os mesmos aludem a pensamentos sentimentos e a condutas pr prias de estados de agressividade tais como a ira a irritabilidade a raiva e o ressentimento Ansiedade F bica A F os sete itens desta dimens o itens 13 25 47 50 70 75 82 pretendem avaliar as distintas variantes da fobia entendida como um medo persistente irracional e desproporcionado relativamente a um animal ou a uma pessoa lugar objecto ou situa o geralmente agravado pela adop o de condutas de fuga Idea o Paran ide I P esta dimens o encontra se regida por seis itens itens 8 18 43 68 76 83 que reconhecem aspectos distintos da conduta paran ide incluindo caracter sticas pr prias do pensamento projectivo como desconfian a centralismo auto referencial idea o delirante hostilidade grandiosidade medo da perda de autonomia e necessidade de controlo Psicoticismo PSIC esta escala abrange 10 itens itens 7 16 35 62 77 84 85 87 88 90 indicadores de isolamento de estilo de vida esquiz ide bem como sintomas prim rios de esquizofrenia tais como alucina es e controlo de pensamentos Esta dimens o fornece ainda um cont nuo graduado desde o isolamento interpessoal ligeiro at evid ncia dram tica de psicos
312. parte do sujeito de uma de duas categorias principais designadamente verdadeiro ou falso Seisdedos amp Roig Fust 1986 Na Tabela 25 procedeu se descri o de cada uma das escalas de validade e cl nicas avaliadas pelo Mini Mult cf Tabela 25 Tabela 25 Caracteriza o das escalas de validade das escalas cl nicas e do modo de elabora o do perfil personal stico do Mini Mult Escalas de Validade Escala Mentira L refere se a situa es socialmente desej veis mas raramente verdadeiras Escala Frequ ncia F composta por itens bastante heterog neos em rela o ao seu conte do por remetem para situa es ins litas e extravagantes experi ncias raras dificuldades de concentra o temas religiosos reac es impulsivas ou paran ides perturba es som ticas ou do sono tendo estes itens sido portanto seleccionados para detectar formas at picas de responder aos itens Escala Correc o K permite avaliar a atitude do sujeito perante uma situa o em que est a ser avaliado no sentido de identificar pessoas com psicopatologia conhecida Escalas Cl nicas Escala Hipocondria Hs permite avaliar o grau de preocupa o do sujeito face s suas fun es corporais Os itens referem se a um estado f sico geral digest o apetite vis o sono e sensibilidade permitindo assim diferenciar as pessoas neur ticas hipocondriacas de outros grupos de sujeitos com 59 Perfil Personal
313. pelo que o Departamento de Justi a dos EUA adiante mesmo que somente 4 deste grupo populacional e que se encontra em reclus o sofre de perturba o mental severa D Amora 1999 cit in Serafim Saffi Rigonatti Casoy amp De Barros 2009 Gonz lez Castelo amp Dominguez 2009 Desmistificado este primeiro mito persiste a necessidade de elaborar o mesmo procedimento face ao segundo mito Com o intuito de alcan ar este objectivo e analisando a quest o do ponto de vista cl nico foi poss vel constatar na literatura que Offer e Sabshin 1984 cit in Sadock amp Sadock 2007 apresentaram quatros perspectivas de normalidade das quais se destaca a primeira denominada por normalidade como sa de Esta mesma perspectiva refere se abordagem de elei o m dica psiqui trica e n o obstantes vezes tamb m psicol gica De modo particular equipara se a normalidade sa de supondo se portanto que o comportamento se encontra dentro dos limites normais quando n o existe nenhuma evid ncia de psicopatologia Esta ideia constitui portanto o pilar de sustento do mito associado normalidade mental da popula o normal todavia este facto n o se encontra corroborado pelo Relat rio de 2004 da OMS Por outras palavras o mesmo documento faz men o de que cerca de 450 milh es de pessoas em todo o mundo da dita normal population padece de perturba es mentais e ou neurol gicas e ou problemas psicossociais Deste modo e frisand
314. pomania Dando continuidade aplica o de testes n o param tricos optou se neste ponto pelo teste Kruskal Wallis atendendo adi o da vari vel ordinal escolaridade cf Tabela 24 T pico 2 5 Deste modo pretendeu se indagar para cada um dos grupos de participantes em que ais escala s cl nica s do Mini Mult e em que ais categoria s de escolaridade se registaram em m dia os valores mais elevados de notas T bem como a exist ncia ou n o de igualdade entre as m dias de notas T das escalas cl nicas e as categorias da vari vel ordinal escolaridade Mediante a efectiva o pr tica do referenciado teste estat stico obtiveram se os resultados que se encontram expostos na Tabela 35 Relativamente ao grupo de investiga o foi poss vel constatar que ao n vel de 3 escalas cl nicas designadamente Hipocondria n 25 X 68 36 S 13 17 Depress o n 25 X 72 12 15 56 e Histeria n 25 X 62 76 S 10 06 e Hipomania n 30 X 57 30 S 10 20 em m dia as notas T mais elevadas foram alcan adas 74 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 para a categoria de escolaridade lt 1 Ciclo do Ensino B sico De modo complementar atestou se neste mesmo grupo que em igual n mero de escalas cl nicas designadamente na Paran ia n 30 X 68 10 S 9 09 na Esquizofrenia n 30 X 75 03 S 15 72 e na Hipomania n 30 X 57 30 S 10 20 em m dia as notas T mais avult
315. pos e reflectindo os pressupostos da inf ncia de distintas culturas pelo que o mais relevante marco hist rico respons vel pela quebra da fase de nega o em que o conhecimento acerca da crian a e do MI n o possu am a correspondente interven o cl nica e social num sentido mais lato consistiu na publica o de um trabalho levado a cabo por Kempe Silverman Steele Droegemueller e Silver 1962 denominado The battered child syndrome na qual a express o sindrome de crian a espancada batida foi cunhada para caracterizar as manifesta es cl nicas do abuso f sico gravoso contra crian as A relev ncia desta publica o potenciou a transi o para a fase de reconhecimento do MI impulsionando o desenvolvimento de investiga o cient fica focada na viol ncia da qual a crian a era vitima bem como a emers o no seio do p blico em geral de um sentimento de responsabiliza o e de consciencializa o face a esta mat ria controversa Duhr 1992 Num sentido mais lato abandonou se a imagem da crian a enquanto propriedade do adulto tendo se progredido para uma concep o que real a as suas caracter sticas espec ficas inerentes e indissoci veis sua fase de desenvolvimento Alberto 2008 As considera es supramencionadas possibilitam assim introduzir de forma mais esclarecida duas distintas conceptualiza es de MI Em primeiro lugar Wolfe 1985 concebeu o MI num continuum de comportamentos parentais
316. presentado tomou se conhecimento do n de sujeitos indicados e seleccionados pela Direc o de cada EP pass veis de inclus o no estudo bem como das instala es destacadas para a sua execu o Em todos os EP s as instala es s quais a Mestranda Filipa Carrola ficou adstrita consistia numa sala na qual permaneceria e receberia de forma aut noma cada um dos reclusos Aquando do estabelecimento de contacto com os mesmos foi solicitada a elabora o de uma apresenta o formal em termos pessoais e acad micos seguida da explica o global do estudo e pela solicita o do consentimento informado de forma oral e escrita Ap s a comunica o da aceita o de participa o no estudo procedeu se aplica o dos tr s question rios por m importa salientar que a maioria dos ASC s excep o de dois reclusos do EP Regional da Covilh requereu a sua resposta aos mesmos atrav s do formato de entrevista Fase Metodol gica Constitui o do Grupo de Controlo Ap s a constitui o do grupo de investiga o procedeu se composi o do grupo de controlo e dado que se pretendia formar o mesmo a partir de sujeitos da popula o normativa residentes em Portugal e que possu ssem caracter sticas equivalentes ao grupo de ASC S em termos de g nero idade e escolaridade efectivou se a sua respectiva constitui o atrav s de uma amostragem n o probabil stica por conveni ncia Deste modo e nas ruas da
317. que a compreens o da revers o deste cen rio exige a realiza o do devido enquadramento te rico Tal racioc nio 15 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 revela se crucial visto que se a crian a nem sempre foi reconhecida como sujeito de direito s escala nacional tamb m nem sempre foram legalmente conden veis ac es que actualmente se encontram penalmente tipificadas como crime Sousa 2005 Neste sentido em 1959 quase dez anos depois da promulga o internacional da Declara o Universal dos Direitos do Homem a Organiza o das Na es Unidas ONU publicou e aprovou em 1989 uma nova declara o que visa exclusivamente a crian a a Declara o Internacional dos Direitos da Crian a Por conseguinte a referenciada Declara o entrou em vigor internacional menos de um ano ap s a sua ratifica o por 191 pa ses Destes pa ses fez parte integrante Portugal pelo que ao assinar a Conven o sobre os Direitos das Crian as com a Resolu o da Assembleia da Rep blica n 20 90 assumiu um compromisso em rela o ao cumprimento de direitos que abarcam a provis o a participa o e a protec o das mesmas destacando se a sua protec o contra todas as formas de viol ncia e de explora o sexuais Alberto 2010 Em conformidade com esta nova forma de reconhecer os direitos e de proteger a crian a surge o conceito legal que define a mesma como todo o Se
318. que se t m revelado cruciais ao n vel da explicita o da relev ncia da sa de mental na sa de f sica bem como para evidenciar a rela o entre v rias doen as org nicas e a sa de mental cf Figura 6 Figura 6 Determinantes sociais e econ micas da sa de mental Y Emprego a estabilidade laboral tal como a satisfa o no trabalho est o relacionadas com melhores n veis de sa de e de bem estar Ao inv s o desemprego encontra se associado a maiores n veis de doen a e de mortalidade precoce A inseguran a laboral o receio de perder o emprego e a consequente vulnerabilidade associam se a uma baixa auto estima e a sentimentos de humilha o e de desespero especialmente em contextos de falta de suporte social nos quais a situa o de desemprego pode levar car ncia dos bens essenciais nomeadamente alimenta o para o pr prio e para a sua fam lia Esta situa o associa se a elevadas taxas de ansiedade depress o podendo culminar no su c dio W Educa o v rios estudos t m demonstrado a exist ncia de uma forte associa o inversa entre o n vel educacional e a ocorr ncia de perturba es mentais comuns e g Depress o ou seja quanto maior o n vel educacional menor a incid ncia destas perturba es Sup e se portanto que um maior n vel de educa o permite o acesso a empregos melhor remunerados melhores condi es de habita o e ainda proporciona uma mais facilitada inclus o social Inversament
319. quivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico A apresenta o do perfil de sa de mental dos ASC s e dos sujeitos normativos atendendo aos indicadores de sintomatologia normativa psicopatol gica bem como ao consequente reflexo destes mesmos indicadores em fun o da idade e da escolaridade de ambos os grupos de sujeitos suscitou nos em primeiro lugar analisar estes resultados mediante a sua confronta o com resultados obtidos por outros investigadores todavia depar mo nos com a exist ncia de apenas uma investiga o cient fica realizada por Castro L pez Castedo e Sueiro 2009 direccionada para o estudo do perfil s cio demogr fico criminol gico e de sa de mental de uma amostra forense na qual se aplicou al m de outros instrumentos o SCL90R Contudo o estudo em quest o ficou se somente pela an lise descritiva das pontua es obtidas em m dia por uma amostra constitu da por 11 violadores e por 9 ASC s tendo se portanto apurado que no segundo grupo de sujeitos somente no ndice Ansiedade F bica se obteve em m dia pontua es indicadoras de exist ncia de sintomatologia de car cter psicopatol gico Estes resultados apenas corroboram os que por n s foram obtidos ao n vel da Ansiedade F bica mas revelaram se completamente contr rios aos por n s aferidos ao n vel dos restantes 11 ndices do SCL90OR Em rela o literatura cient fica nacional e internacional que implicasse o estudo da sa de mental d
320. r lt 45 n 16 1 Nota T270 25 80 1 58 gt 45 n 17 2 Sc 27 41 3 17 lt 45 n 17 0 587 32 0 933 Faixa Normativa 27 41 50 79 Nota T31 50 69 gt 45 n 12 28 19 35 44 44 lt 45 n 1 0 Nota T gt 70 1 61 0 00 gt 45 n 2 0 3 22 0 00 lt 45 n 32 33 Ma Faixa Normativa 51 61 0 909 52 38 0 962 Nota T31 50 69 gt 45 n 27 29 43 54 46 03 lt 45 n 0 0 Nota T lt 30 0 00 0 00 gt 45 n 0 1 0 00 1 58 Nota p lt 0 05 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 y2 Qui quadrado Pair Valor de Probabilidade de Signific ncia n Frequ ncias Absolutas Frequ ncias Relativas Sc Esquizofrenia Ma Hipomania 214 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 15 Tabela 38 Teste de Qui Quadrado para a distribui o de frequ ncias absolutas e relativas de cada grupo de participantes da amostra em fun o das categorias de notas T e das categorias de escolaridade 215 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 216 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Tabela 38 Teste do Qui Quadrado para a distribui o de frequencias absolutas e relativas de cada grupo de participantes da amostra em fun o das categorias de notas T e das categorias de escolaridade Grupo de Grupo de Escalas Categ
321. r Humano menor de 18 anos Por outro lado a necessidade de protec o jur dica n o s antes como tamb m ap s o seu nascimento foi se traduzindo no CPP sob a previs o de penas diversas a serem aplicadas a quem pratique crimes sexuais contra crian as Todavia deve salientar se que dentro da amplitude dos 18 anos de idade a lei portuguesa distingue os crimes que transgridem a autodetermina o sexual da crian a pelas suas respectivas penas de acordo com a idade exacta das v timas UNICEF 2005 Alberto 2010 1 3 2 Como abordar o Abuso Sexual de Crian as luz do C digo Penal Portugu s que racioc nio se imp e A abordagem jur dica do ASC por n s efectuado tomou como refer ncia o CPP pois pretende se elucidar o leitor acerca de uma concep o criminal que implica a tipifica o de crimes em mat ria sexual e que visam a puni o do abusador 1 3 2 1 Os Crimes Sexuais Breve Resenha Hist rica 1 3 2 1 1 Revis o do C digo Penal Portugu s 1982 e 1995 O Direito Penal tem assumido contornos sociais tentando na sua ess ncia adequar se cultura e ao espa o tempo na qual se enquadra Deste modo a regula o da sexualidade das crian as n o tem sido diferente pelo que se torna crucial compreender a evolu o do CPP em termos da tipifica o e dos bens jur dicos protegidos em rela o aos crimes que atentam contra a auto determina o sexual das mesmas Alves 1997 Segundo resume Alves 1997 em
322. r in cio ao devido procedimento criminal Perdig o 2003 Por tudo isto question mo nos Que vantagens e desvantagens acompanharam a concess o de natureza p blica do crime de ASC No que concerne s desvantagens em termos desta tomada de posi o pelo legislador pode declarar se que ao munir se o MP de total autonomia em rela o abertura e condu o do procedimento criminal existe maior permeabilidade para se abandonar a vontade ou interesse superior da v tima bem como esquecer o processo de vitimiza o secund ria face a processos for ados que decorreram da ocorr ncia de determinados contextos e circunst ncias de abuso sexual Em cen rio oposto e mais favor vel pode atestar se que devido ao car cter p blico sucumbiram deste modo as cautelas e receios que se mantinham quanto melhor maneira de fomentar o saud vel desenvolvimento da personalidade da crian a ou seja o car cter p blico do crime de ASC desbloqueou todas as situa es que at ent o podiam ficar silenciadas por quem delas era v tima ou esquecidas por quem tinha tem legitimidade para exercer o direito de queixa e o n o exercia por medo ou por op o Antunes amp Isasca 1991 Por ltimo a segunda vantagem preconiza que com a altera o da natureza do crime de ASC a protec o do menor n o se encontra dependente da sua idade isto os est dios de tutela dos interesses das crian as e 21 Perfil Personal stico e de
323. r se irrecusavelmente um ASC s pois esses mesmos tra os ou caracter sticas podem tamb m ser descobertas em amostras de outros criminosos e em oposi o n o se encaixarem numa larga percentagem de ASC s A segunda objec o revela que se determinado sujeito do p blico em geral possuir uma ou mais caracter sticas presentes num determinado perfil de ASC s pode significar que o mesmo se encontra em risco ou sob maior propens o de agir forma da norma e da moralidade em rela o s crian as Johnson 2007 Em suma a constru o ou a exist ncia efectiva de um perfil revela se bastante pertinente no entanto n o se pode descurar que os perfis t m inerentes a si diversas ideologias pelo que reduzir a figura do abusador a um perfil implica simplificar ao m ximo a tem tica Por outro lado se n o existir um perfil pode colocar se a seguinte quest o Dada a heterogeneidade deste grupo populacional somos todos potenciais abusadores Assim sendo pode afirmar se que n o existe um perfil nico de ASC s devendo evitar se cair em generaliza es Gonz lez Martinez Leyton Bardi 2004 1 6 3 2 Popula o Normal A Normalidade controversa Os termos normal population e g Hanson 2010 ou normal subjects Marshall 2006 cuja tradu o literal para portugu s perfaz os conceitos de popula o normal ou sujeitos normais encontram se vulgarmente referenciados em investiga es cient ficas Este grupo de suje
324. ra os adultos Por outro lado estimou se que 450 milh es de pessoas em todo o mundo sofriam de afec es neuropsiqui tricas sendo que nestas se enquadravam perturba es depressivas unipolares perturba es afectivas bipolares esquizofrenia epilepsia problemas devidos ao abuso do lcool e de determinadas drogas doen a de Alzheimer e outras dem ncias stress p s traum tico perturba o obsessivo compulsiva p nico e ins nia prim ria A OMS adiantou ainda que tanto em pa ses desenvolvidos como em desenvolvimento 25 das pessoas apresentaram durante toda a sua vida uma ou mais perturba o mentais e comportamentais c Queiroz Vicente Alves Silva e Negreiro 2009 estes autores realizaram o oitavo boletim designado por Sa de em mapas e n meros apresentando dados relativos sa de mental em Portugal na Europa e no Mundo Deste modo e frisando os resultados relativos a Portugal aferiu se que maioria das patologias incide sobretudo nos indiv duos entre os 35 e os 64 anos isto perturba es de adapta o psicoses afectivas neuroses perturba es de personalidade dist rbios ao n vel do sistema nervoso e rg os dos sentidos retardo mental esquizofrenia altera es associadas ao consumo de lcool e perturba es de humor Na sua rubrica conclusiva os mesmos autores explicitaram factos alarmantes tais como mais de 50 das doen as mentais t m in cio na adolesc ncia um em cada quatro cidad os europeu
325. ran ia e Psicastenia significavam que os ASC s experienciavam n veis elevados de dist rbio emocional e de psicopatologia eleva es na escala Introvers o Social indicavam que os ASC s eram socialmente inadequados e que se sentiam desconfort veis quando estabeleciam contactos sociais Deste modo Kalichman 1991 concluiu que os ASC s apresentavam indicadores mais avultados de dist rbios emocionais de imaturidade e distress psicol gico apoiando assim a hip tese que lan ara inicialmente ou seja e segundo o modelo de Finkelhor e Araji 1986 a personalidade destes ASC s tendia a ser congruente com o per odo desenvolvimental das v timas 2 Soeiro 2008 levou a cabo um estudo explorat rio na qual procurou definir tipologias de ASC s identificar diferentes perfis criminais associados ao crime de ASC considerando vari veis como as caracter sticas dos agressores das vitimas e do respectivo comportamento criminal com base na Abordagem Estat stica do Profiling A recolha dos dados foi efectuada a partir do question rio para investiga o do Agressor Violento vers o para o crime de ASC QIPAV ASC ISPJCC 2000 tendo sido analisados 131 casos de ASC investigados pela Sec o de Crimes Sexuais ao n vel das directorias de Lisboa e Vale do Tejo Centro e Sul da Policia Judiciaria entre 2000 e 2007 Os dados foram analisados atrav s de an lise estat stica de correspond ncias m ltiplas ACM a partir dos quais foram identifica
326. re o sexual e todas as vertentes da vida humana Fonseca Soares amp Vaz 2003 A viol ncia sexual constitui um dos fen menos que em maior percentagem contribui para revelar o mais paradoxal do comportamento humano no que concerne sexualidade podendo assumir m ltiplas manifesta es condutas Esta realidade encontra se exposta aos imperativos biol gicos psicol gicos e pulsionais Flora 2001 O abuso sexual pode ser conceptualizado como todo o acto ou jogo sexual rela o heterossexual ou homossexual cujo agressor se encontra num est dio de desenvolvimento psicossexual mais avan ado do que a v tima Este fen meno violento pode desdobrar se em actos nos quais n o se produz contacto sexual voyeurismo exibicionismo fotografias pornogr ficas ou em distintos tipos de ac es que incluem contacto sexual com ou sem penetra o Azevedo amp Guerra 1989 cit in dos Santos amp Dell aglio 2008 Todavia e devido em larga escala aos mass media existe socialmente uma dificuldade em distinguir correctamente abuso sexual e pedofilia Assim o abuso sexual isento da no o de pedofilia corresponde circunst ncia em que o abusador n o possui uma prefer ncia sexual por crian as O abuso representa a substitui o ou a resposta a um meio familiar desequilibrado padr es de viol ncia e dom nio ou perturba o do abusador Em contrapartida o abuso sexual enquadrado com pedofilia equivale ao grupo de indiv duos qu
327. re os ndices sintom ticos e globais deste question rio foi calculada em fun o de uma amostra total constitu da por 404 sujeitos normativos 114 homens e 290 mulheres respectivamente de pontua es m dias e n o em notas T e ainda em fun o de 53 itens divididos pelos 12 ndices sintom ticos globais contrariamente ao SCL90R que possui 90 itens 127 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 2 10 4 Matriz de associa es entre os tra os personal sticos e os ndices sintom ticos e globais de sa de mental Abusadores Sexuais de Crian as vs Sujeitos Normativos O quarto t pico de discuss o de resultados reservou se para a interpreta o e justifica o dos principais resultados por n s obtidos aquando da elabora o da matriz correlacional entre os tra os de personalidade do Mini Mult e os ndices sintom ticos e globais de sa de mental do SCL90R atrav s do contraste de ambos os grupos de participantes cf Tabela 62 Tabela 62 Principais resultados obtidos ao n vel da matriz de correla es entre as escalas cl nicas do Mini Mult e os ndices sintom ticos e globais do SCL90R Associa es entre os tra os de personalidade e os ndices sintom ticos e globais de sa de mental Tendo em conta a matriz correlacional obtida optou se por se destacar somente as associa es positivas de grau alto e que forma apenas obtidas no grupo de ASC s devido proximi
328. referenciados Contudo e somente excep o de um estudo da totalidade da literatura cient fica colectada somente uma linha de investiga o promoveu o estudo conjunto de ASC s e de sujeitos normativos ao n vel da personalidade e da sa de mental cf Fabrizi Petruccelli Turella amp Farigu 2008 parte l enquadramento te rico Em conformidade com esta constata o outras duas foram efectuadas e para os quais se deixa impl cita a necessidade e ou pertin ncia de investiga o isto a escassez de literatura cient fica encontrada realizados a n vel nacional e internacional que tivesse preconizado o estudo de sa de mental de ASC s tendo se verificado n o raras vezes o estudo deste dom nio sob recurso a instrumentos de avalia o de personalidade bem como a escassez de literatura cient fica focada no estudo da personalidade e da sa de mental em amostras n o cl nicas popula o normativa Devido a estas conting ncias optou se por explicitar em linguagem comum os principais resultados obtidos pelos ASC s e pelos sujeitos normativos com o intuito de elaborar de forma detalhada uma caracteriza o personal stica e de sa de mental de ambos os grupos de sujeitos de modo a construir um perfil bem como facilitar o seu debate interpreta o e infer ncia a partir dos resultados de investiga o cient fica ou de perspectivas te ricas que se tenham revelado uma mais valia em termos de constru o de conhecime
329. resentes todavia os sujeitos possu am idade igual ou inferior a 45 anos Perfil de Sa de Mental Normatividade vs Psicopatologia dos Indicadores Sintom ticos e Globais de Sa de Mental em fun o da vari vel Escolaridade No que concerne vari vel escolaridade procedeu se estatisticamente ao recurso dos testes n o param tricos efectivados para a vari vel idade pelo que a l gica de apresenta o dos principais resultados ser esbo ada de forma similar e Diferen as Estatisticamente significativas Sujeitos Normativos somente ao n vel dos ndices sintom ticos de sa de mental denominados por Idea o Paran ide e Psicoticismo e dos ndices globais de sa de mental conotados por Global de 119 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Severidade e Severidade dos Sintomas Presentes se apurou que em m dia os sujeitos que obtiveram as pontua es mais elevadas e indicativas de psicopatologia excep o do ndice global Severidade dos Sintomas Presentes que em m dia as pontua es obtidas n o se caracterizaram pelo seu car cter patol gico possu am escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico e Resultados Clinicamente Significativos ASC s nos ndices sintom ticos de sa de mental referentes Somatiza o Obsess es Compuls es Sensibilidade Interpessoal Depress o Ansiedade e Idea o Paran ide bem como nos ndices
330. riedade de crit rios que s o muitas vezes d bios o que converge para a prolifera o de conclus es d spares e para a impossibilidade de efectuar compara es com outros estudos e t o pouco proceder elabora o de generaliza es Estes mesmos autores defendem ainda um outro factor decisivo que contribui para a dificuldade de estabelecimento de uma vis o un nime entre a comunidade cient fica no que respeita defini o de ASC De forma mais clara e objectiva pode asseverar se que esta mesma problem tica se encontra revestida de pelo menos tr s subjectividades centrais designadamente a do agressor a da v tima e a do observador assim se denominam os pais e a todos os profissionais que exercem fun es no dom nio do ASC Assim sendo aquando da defini o da experi ncia como abusiva tal tarefa pode revelar se num verdadeiro desafio pois tais subjectividades nem sempre coincidem De forma complementar pode afirmar se que os indiv duos efectuam a sua avalia o subjectiva de abuso sexual sob a influ ncia do seu contexto social e cultural por m n o se procede conceptualiza o da experi ncia sexualmente abusiva por interm dio da considera o isolada da viv ncia e ou experi ncias pessoal e ou profissional de cada um dos componente da tr ade de subjectividades mas antes Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 mediante a aplica o de crit rios transversais
331. rigosas desumanas ou proibidas c a sobrecarregar com trabalhos excessivos punido com pena de pris o de 1 a 5 anos se pena mais grave lhe n o couber por for a de outra disposi o legal Da an lise criteriosa deste artigo importa tecer cruciais pondera es visto que o mesmo concebe o MI na sua cambiante de abuso f sico e abuso psicol gico quer no contexto familiar quer noutros contextos tais como escolar laboral entre outros De forma id ntica apresenta o abuso f sico e psicol gico enquanto crime contudo n o se pode deixar de destacar algumas das indefini es relativamente quest o da qualifica o e da quantifica o de determinadas situa es tais como tratar cruelmente actividades perigosas desumanas e proibidas ou sobrecarregar premissas estas que remetem necessariamente para uma avalia o cuidada de cada situa o das caracter sticas da v tima e do impacto que da decorreu Carmo 2010 posteriori proclama se a import ncia de discriminar as diferentes formas de MI Segundo Bruynooghe 1988 o MI engloba uma gama de atitudes e ou comportamentos violentos contra a crian a que podem caracterizar se pelo seu car cter passivo ou em oposi o pelo seu car cter activo Especificando as formas de viol ncia passiva incluem a neglig ncia e o abandono e por outro lado as formas de viol ncia activa compreendem o abuso f sico e sexual Importa salientar que o abuso psicol gico
332. rimeira quest o destaca se o estudo de Almeida 2006 que objectivou identificar quais as provas psicol gicas que s o eram mais usadas em Portugal e em que medida a sua utiliza o assenta va em estudos de valida o e de normaliza o para a popula o portuguesa Para alcan ar estes objectivos o mesmo autor constituiu uma amostra de 256 psic logos portugueses 78 9 do sexo feminino idades entre os 25 os 67 anos especializa o acad cmica psicologia cl nica 64 3 educacional 22 1 social organizacional 11 2 e forense 2 3 por exig ncia do pr prio estudo todos os psic logos tinham pelo menos tr s anos de pr tica profissional e enviou via correio um question rio constru do por si para o efeito que continha perguntas relativas forma o e pr tica profissional dos mesmos Como principais resultados o autor aferiu que logo a seguir s primeiras e mais utilizadas t nicas projectivas nomeadamente o Rorschach se sucedia a aplica o do MMPI importando salientar que o Mini Mult se revelou como a vers o deste ltimo question rio que mais era empregue na pr tica de avalia o psicol gica e ou investigativa Deste feita Almeida 2006 tomou como refer ncia os resultados obtidos neste seu estudo e concluiu que o recurso em Portugal a provas psicol gicas n o validadas especialmente evidente no dominio dos instrumentos de avalia o da personalidade pois s o NEO PI R est validado mas s o a
333. riminada todos os ndices sintom ticos integrados numa tabela onde se anotam os valores pontuados pelo sujeito em cada um dos itens pertencentes aos mesmos entre 0 e 49 De seguida procede se ao seu somat rio e subsequente divis o pelo n mero total de itens da respectiva dimens o ndice com o objectivo de obter uma pontua o m dia Em paralelo com este procedimento realiza se o c lculo dos ndices globais atrav s das f rmulas supramencionadas Findados estes procedimentos cada uma das nove pontua es m dias obtidas nos ndices sintom ticos e cada um dos resultados brutos obtidos no c lculo de cada ndice global deve ser redigido num quadro formulado para a constru o do perfil mental fazendo se por conseguinte corresponder a cada um dos mesmos a respectiva nota T A elabora o desta correspond ncia permite determinar quais os indicadores de sa de mental que adquirem um car cter psicopatol gico e ou normativo dado que se estimou em termos de notas T uma faixa normativa dentro do intervalo de valores que oscila entre nota T34 e 59 inclusiv e os valores iguais ou superiores a nota T60 inclusiv que denunciam a natureza psicopatol gica e clinicamente significativa dos sintomas Fonte Derogatis 1994 2 7 Procedimentos A efectiva o te rica e pr tica da nossa investiga o assentou em versas etapas procedimentais que se encontram descritas na Tabela 27 cf Tabela 27 Tabela 27 Procedimentos imp
334. rincipais mudan as promulgadas em mat ria do artigo 172 se referiram criminaliza o 19 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 de actos que implicassem a utiliza o de menores de 14 anos em material pornogr fico para gratifica o pr pria exibi o ou ced ncia a outrem cf Tabela 4 Tabela 4 Tipifica o do Crime de ASC segundo o C digo Penal Portugu s de 2001 Artigo 172 Abuso Sexual de Crian as 1 Quem praticar acto sexual de relevo com ou em menor de 14 anos ou o levar a pratic lo consigo ou com outra pessoa punido com pena de pris o de 1 a 8 anos 2 Se o agente tiver c pula coito anal ou coito oral com menor de 14 anos punido com pena de pris o de 3 a 10 anos 3 Quem a Praticar acto de car cter exibicionista perante menor de 14 anos b Actuar sobre menor de 14 anos por meio de conversa obscena ou de escrito espect culo ou objecto pornogr ficos c Utilizar menor de 14 anos em fotografia filme ou grava o pornogr ficos ou d Exibir ou ceder a qualquer t tulo ou por qualquer meio os materiais previstos na al nea anterior punido com pena de pris o at 3 anos e Detiver materiais previstos na al nea c com o prop sito de os exibir ou ceder punido com pena de pris o at 3 anos 4 Quem praticar os actos descritos nas al neas a b c e d do n mero anterior com inten o lucrativa punido com pena de p
335. ris o de 6 meses a 5 anos Fonte Lei n 99 2001 de 25 de Agosto 1 3 2 1 3 Revis o do C digo Penal Portugu s 2007 A vers o actual vigente A revis o do CPP decorrente do ano de 2007 introduziu um novo marco na forma de tipificar o crime de ASC e reflecte se no poder do Estado em agir sempre que crian as sejam alvo de crime de natureza sexual Paulino 2009 No que diz respeito tipifica o do crime de ASC a revis o operada em 2007 e estabelecendo o devido paralelismo com a revis o de 1995 1998 e de 2001 n o alterou a idade de menoridade da v tima pelo que este mesmo crime deu continuidade protec o de menores de 14 anos Contudo o legislador acrescentou ao elenco n o taxativo de Actos Sexuais de Relevo a introdu o vaginal ou anal de partes do corpo ou objectos conferindo lhe gravidade semelhante c pula ao coito anal e ao coito oral Outra das mudan as efectivadas com esta nova revis o do CP refere se atribui o da moldura penal de 3 anos designadamente aos actos sexuais de relevo que impliquem a importuna o sexual e conduta que sobre o menor actue por meio de conversa escrito espect culo ou objectos pornogr ficos cf Tabela 5 Por m o n mero do artigo que promulgava o crime de ASC verificou se pass vel de altera o passando a corresponder em 2007 ao artigo n 171 que encabe a os restantes crimes contra a autodetermina o sexual previstos para a Sec o Il do CP Alfaia
336. rpretabilidade aceitabilidade e utilidade era a vers o do MMPI que oferecia ainda quatro grandes vantagens adicionais tendo em conta os objectivos gerais e espec ficos versados na nossa investiga o designadamente a economia de tempo e ou energia burden o Mini Mult revelou se a melhor resposta para as condicionantes de timing impl citas nos EP s visto que uma das condi es impostas pela DGSP consistiu na concilia o dos objectivos acad micos com a exequibilidade do trabalho sem a perturba o da vida quotidiana do EP Importa contudo destacar que por exemplo no EP da Carregueira e do que nos foi comunicado pelos pr prios T cnicos Superiores de Reeduca o que o Mini Mult constitui o question rio de auto resposta de elei o ao n vel da avalia o da personalidade dos reclusos condenados por crime de ASC bem como de reclusos condenados por crimes n o sexuais b escalas de validade que permitem avaliar a atitude do sujeito perante a prova e determinar em sua fun o a validade invalidade do perfil c delimita o de uma fronteira entre o normativo e o patol gico o Mini Mult enquanto descendente do MMPI apresenta a determina o de uma faixa num rica em notas T que corresponde normalitividade e dois patamares valorativos tamb m em notas T a partir do qual se depreende a exist ncia de indicadores de psicopatologia em ambos os casos a n vel personal stico Pode atestar se que estes dois componentes
337. rsidade da Beira Interior Em conformidade com o que foi exposto solicita se diferimento face ao pedido promulgado 167 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Atenciosamente Assinatura da Mestranda e investigadora Filipa Soraia de Oliveira Rebelo Carrola Assinatura do Professor Doutor e Orientador Professor Doutor Luis Alberto Coelho Maia 168 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 4 Carta Endere ada Direc o do Estabelecimento Prisional da Carregueira 169 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Universidade da Beira Interior Faculdade de Ci ncias Sociais e Humanas Departamento de Psicologia e Educa o Covilh 28 de Janeiro de 2011 Para Direc o do Estabelecimento Prisional da Carregueira Exma Sra Directora Dra Isabel Maria Vicente Flores vimos por este meio requerer concess o formal referente realiza o de um estudo de car cter explorat rio no Estabelecimento Prisional da Carregueira Declara se que se encontra em desenvolvimento um projecto de investiga o que transcorre da elabora o de Disserta o de Mestrado exigida para a obten o de grau de Mestre que devido s suas directrizes procedimentais e metodol gicas implicou a formaliza o de um pedido de autoriza o endere ado Direc o Geral de Servi os
338. rsonalidade e de sa de mental das pessoas ditas normais e que apenas uma minoria sofria de perturba es mentais e de personalidade Alburquerque 2006 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Por tudo isto e muito mais Paulino 2009 defende que para comprovar sustentar ou n o de forma mais fidedigna os factos precedentes bem como para construir mais e novo conhecimento cient fico torna se relevante trazer luz da investiga o uma perspectiva cl nica dos ditos ASC s pelo que se tem imposto a pertinente quest o Mas como Deste modo a Abordagem Cl nica do Profiling tem irrompido como uma das respostas mais v lidas Assim sendo e de acordo com Soeiro 2009 esta abordagem constitui um instrumento psicol gico utilizado comummente como auxilio na investiga o criminal Curioso o facto da sua elabora o ser equiparada ao processo cl nico de diagn stico ou seja a situa o reconstitu da as hip teses s o formuladas o perfil desenvolvido e testado de forma qualitativa ou quantitativa e os resultados s o por fim reportados aos profissionais e ou entidades organizacionais estatais que deles necessitam Efectivando o devido paralelismo entre os fundamentos cient ficos expostos e a presente investiga o objectivou se de forma gen rica e sob recurso Abordagem Cl nica do Profiling e assim relacionar o conhecimento da Psiquiatria
339. rupos ou seja o primeiro grupo era constitu do por 54 ASC s cujas v timas eram pr p beres idade igual ou inferior a 12 anos o segundo grupo era composto por 42 ASC s cujas v timas eram p s p beres adolescentes idades entre os 13 e os 17 anos e o terceiro grupo era composto por 48 violadores cujas v timas eram adultas idade igual ou superior a 18 anos Para efectivar o seu des gnio o autor aplicou um question rio s cio demogr fico o STPI invent rio estado tra o de personalidade o MMPI a Escala de Auto estima e a Escala de desejabilidade social de Marlowe Crowne Enfatizando somente os resultados obtidos no MMPI e apenas pelo primeiro grupo de ASC s aferiu se que estes sujeitos apresentaram eleva es em 7 das 13 escalas do MMPI comparativamente com o terceiro grupo de criminosos sexuais designadamente escalas Frequ ncia Histeria Hipocondria Paran ia Psicastenia Esquizofrenia e Introvers o Social Este padr o de resultados foi descrito como caracter stico de ped filos pois segundo o autor eleva es nas escalas cl nicas Histeria e Esquizofrenia sugeriam dificuldades significativas no desenvolvimento de rela es interpessoais e viv ncia de experi ncias de aliena o social eleva es nas escalas cl nicas Hipocondria e Esquizofrenia traduziram a presen a de imaturidade expressa numa variedade de contextos e g sociais e experi ncias de idea o sexual inusual eleva es nas escalas Frequ ncia Pa
340. s ndices sintom ticos Idea o Paran ide n 19 30 15 e Psicoticismo n 18 23 80 os sujeitos que mais se enquadraram na categoria de nota T gt 60 detinham escolaridade lt 1 Ciclo do Ensino B sico Por outro lado constatou se ainda que no ndice de Obsess es Compuls es 17 sujeitos 26 98 que representaram a categoria de nota T gt 60 possu am escolaridade lt 1 Ciclo do Ensino B sico e outros 17 sujeitos 26 98 possuiam escolaridade correspondente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico No que concerne aos ndices globais e respectiva categoria de nota T gt 60 onde se verificou o maior n mero de casos registados pode declarar se que no ndice global denominado por Global de Severidade os sujeitos possu am escolaridade lt 1 Ciclo do Ensino B sico n 17 29 98 e no ndice global relativo ao Total de Sintomas Positivos os participantes tinham escolaridade lt 1 Ciclo do Ensino B sico n 18 28 57 e escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico n 18 28 57 94 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Em modo de desfecho analisaram se os valores de probabilidade de signific ncia tendo se verificado no grupo de investiga o e tendo em conta um n vel de signific ncia de 5 que somente no ndice sintom tico Somatiza o se tornou poss vel rejeitar a hip tese nula referente exist ncia de independ ncia entre as categorias
341. s 2001 Felizardo 2005 SCL90R Symptom Check List Revised ou Question rio de avalia o de 90 sintomas vers o revista O SCL90R foi desenvolvido por Derogatis 1994 e consiste num invent rio multidimensional de auto resposta e de auto avalia o de sintomas constitu do por 90 itens cujo objectivo central consiste em avaliar um amplo espectro de sintomas psicol gicos no sentido de identificar a exist ncia ou n o de indicadores de psicopatologia e ou desajustamento emocional O teste procura assim apresentar medidas dos n veis de sintomas psicopatol gicos ou n o actuais n o se tratando portanto de uma medida de personalidade O SCL90R permite avaliar dez dimens es ou ndices sintom ticos designados por Somatiza o Obsess es Compuls es Sensibilidade Interpessoal Depress o Ansiedade Hostilidade Ansiedade F bica Idea o Paran ide Psicoticismo e Escala Adicional De forma id ntica o SCL90R tamb m constitu do por tr s ndices globais denominados por Global de Severidade GSI Total de Sintomas Positivos PST e Severidade dos Sintomas Presentes PSDI Idem 60 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 No que respeita s principais instru es dadas os mesmos s o instru dos no sentido de assinalar a sua resposta partindo da considera o particular e idiossincr tica do modo pelo qual a informa o contida em cada item o afectou nos ltim
342. s es Compuls es n 25 X 66 92 S 9 87 Sensibilidade Interpessoal n 25 X 68 12 S 10 46 Depress o n 25 X 70 80 S 7 71 Ansiedade n 25 X 68 04 S 11 04 Idea o Paran ide n 25 X 72 36 S 6 18 e ainda nos ndices globais designados por Global de Severidade n 25 X 70 07 S 6 17 e Total de Sintomas Positivos n 25 X 68 16 S 9 10 Em rela o ao grupo de controlo averiguou se que em todos os ndices sintom ticos e globais do SCL9O0R em m dia os valores de notas T mais elevados foram estabelecidos para a categoria de escolaridade lt 1 Ciclo do Ensino B sico tendo se aferido que em m dia os valores de notas T flutuaram entre 88 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 os 53 00 S 10 28 ndice global intitulado por Severidade dos Sintomas Presentes e os 67 46 S 11 55 ndice sintom tico Idea o Paran ide Para finalizar esta abordagem estat stica procedeu se an lise dos valores de probabilidade de signific ncia No grupo de investiga o verificou se como indiscut vel a n o rejei o da hip tese nula referente exist ncia de igualdade de m dias de notas T em fun o das categorias de escolaridade Assim para um n vel de signific ncia de 5 OS Pyatores oscilaram entre 0 311 obtido no ndice sintom tico Depress o e 0 969 alcan ado no ndice sintom tico Ansiedade tendo se portanto aferido nos 12 ndices do SCL9OR q
343. s de Sa de Mental e Personalidade De modo preambular pode declarar se que a par da Abordagem Cl nica subjacente t cnica do Profiling revela se de todo pertinente enquadrar e caracterizar de modo te rico cient fico os constructos que se encontraram sob foco de estudo e an lise designadamente a Sa de Mental e a Personalidade Objectivou se portanto compreender ambos os dom nios em estudo mediante a explicita o de conhecimentos postulados pela comunidade cient fica n o suprimindo o crucial enfoque cl nico diagn stico categorial sustentado pelo Manual de Diagn stico e Estat sticas das Perturba es Mentais doravante DSM IV TR 1 6 1 Sa de Mental No que diz respeito conceptualiza o cient fica de Sa de Mental a sua primeira defini o remonta a 1958 pela Organiza o Mundial de Sa de doravante OMS na qual se defendia que o bem estar mental fazia parte integrante da postulada concep o de Sa de Atendendo a este facto a OMS definiu portanto Sa de como sendo um estado de completo bem estar f sico mental e social e n o meramente a aus ncia de doen a e ou enfermidade Esta mesma conceptualiza o foi se demonstrando resistente inevit vel passagem do tempo sendo defendida ainda hoje pela mesma organiza o mundial Deste modo pode declarar se que desde a sua formula o remota a mesma conceptualiza o permite extrair tr s premissas centrais e amplamente actualizadas isto a Sa de Menta
344. s diminutas e g Mullen Romans Clarkson Walton amp Herbison 1988 Goldman amp Padayachi 2000 todavia esta hip tese n o se encontra comprovada em outras investiga es e g Rind Tromovitch amp Bauserman 1998 Em terceira inst ncia imp e se o facto de estes estudos serem realizados com popula o adulta pois este procedimento impossibilita a generaliza o dos resultados para a popula o actual de crian as dado que para este ltimo grupo os ndices de vitimiza o podem ser bastante dissemelhantes comparativamente com o primeiro Em quarto grau inerente ao exerc cio de retrospec o temporal efectuado pelos participantes nos estudos de preval ncia encontram se influ ncias pass veis de enviesar os resultados obtidos ou seja uma percep o distorcida de determinado evento decorrido na inf ncia amn sia completa em rela o a uma experiencia abusiva e ainda o desejo consciente de n o responder de forma sincera aos itens dos instrumentos de avalia o utilizados que nos estudos de preval ncia s o comummente os question rios Finkelhor 1993 Prescott Bank Reid Knutson Burraston amp Eddy 2000 Finalizando esta reflex o critica destaca se que apesar de todas as lacunas os estudos de preval ncia revelam se muitas vezes o nico m todo dispon vel em prol das restri es legais e ticas subjacentes realiza o de estudos de natureza cross sectional e ou prospectiva com crian as Anderson Mar
345. s escalas cl nicas do Mini Mult e os ndices sintom ticos do SCL90R visto 95 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 que rz0 facto este que conduziu rejei o da hip tese nula relativa n o exist ncia de associa o es De modo id ntico ao verificado no grupo de investiga o obtiveram se para um n vel de signific ncia de 5 segundo a classifica o de Pestana e Gageiro 2008 associa es positivas de grau baixo Todavia optou se por referenciar o tipo de associa o mais prevalente obtido neste grupo designadamente as associa es positivas moderadas Estas foram apuradas entre a escala cl nica Depress o e os ndices sintom ticos Psicoticismo r 0 42 Obsess es Compuls es Depress o Ansiedade r 0 53 entre a escala cl nica Paran ia e o ndice sintom tico Ansiedade r 0 40 entre a escala cl nica Psicastenia e o ndice sintom tico Ansiedade r 0 41 entre a escala cl nica Esquizofrenia e o ndice sintom tico Ansiedade r 0 42 e finalmente entre a escala cl nica Hipomania e os ndices sintom ticos Depress o r 0 48 e Ansiedade r 0 49 Neste mesmo grupo n o se obtiveram associa es positivas de grau alto elevado mas antes e de acordo com a nomenclatura de Pestana e Gageiro 2008 associa es negativas de grau baixo por m n o implicaram a exist ncia de diferen as estatisticamente significativas para qualquer n vel de signific ncia
346. s pode esperar ter problemas de sa de mental durante a sua vida e uma em cada quatro fam lias tem pelo menos um membro da fam lia com um dist rbio mental Na presen a destes factos as evid ncias relativas aos indicadores de sintomatologia psicopatol gica de Somatiza o Obsess es Compuls es Sensibilidade Interpessoal Idea o Paran ide e Psicoticismo bem como os indicadores de psicopatologia ao n vel dos tra os de personalidade Hipocondria Depress o Histeria Desvio Psicop tico Psicastenia Esquizofrenia e Hipomania importante ressalvar que a maior soma de sujeitos n o denotou a posse de indicadores de psicopatologia ao n vel destes tra os personal sticos por m verificou se de modo predominante a exist ncia de frequ ncia absolutas e relativas de sujeitos normativos a integrar a categoria tradutora de psicopatologia obtidos pelos sujeitos normativos na nossa investiga o parecem ir ao encontro da imagem trespassada pelos resultados cient ficos precedentes ou seja a normalidade da popula o normativa pode ser pautada pela exist ncia de psicopatologia pelo que em investiga o cientifica assente na aplica o de question rios de avalia o psicol gica como foi o nosso caso deveria optar se pela terminologia normalidade estat stica e ou normatividade numa perspectiva de ciclo vital Em contrapartida e refugiando nos nestes resultados por n s alcan ados pode e deve enfatizar se que quando an
347. s v lidas O Frequ ncias Absolutas Omissas ndices Sintom ndices Sintom ticos SOM Somatiza o O C Obsess es Compuls es S I Sensibilidade Interpessoal D Depress o ANS GSI 63 I OQ N o W ol o o o o o o o ol o o o O 1 Em concord ncia com o justificado para o Mini Mult tamb m no SCL90R se procedeu explicita o em conformidade com o apresentado no SPSS do resultado com menor valor absoluto de nota T de Moda Todavia no grupo de controlo e mais especificamente no ndice Hostilidade al m do valor de nota T de Moda 58 00 verificou se com igual frequ ncia absoluta o valor de nota T 67 00 82 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Ansiedade HOST Hostilidade A F Ansiedade F bica I P Idea o Paran ide PSIC Psicoticismo ndices Globais GSI ndice Global de Severidade Total S P Total de Sintomas Positivos PSDI ndice de Severidade dos Sintomas Presentes Em linha de continuidade com a Tabela 37 emergiu a relev ncia de maximizar face ao leitor o vislumbre do posicionamento gr fico de ambos os grupos de participantes partindo da an lise das m dias de notas T obtidas nos ndices sintom ticos e globais do SCL90R Deste modo e avaliando a Figura 4 pode declarar se que as m dias de notas T registadas no grupo de investiga o ao n vel dos ndices sintom ticos oscilaram entre os 59
348. sa es viscerais e pr tica escondida e n o mencionada De forma similar o mesmo autor perspectiva que outros dois agentes permitem crian a perceber a situa o como sexualmente abusiva designadamente algumas peculiaridades dos comportamentos do abusador e o facto de que os genitais se encontrarem envolvidos Este ltimo argumento assenta no facto do autor considerar que desde muito pequenas as crian as aprendem o que socialmente aceit vel ou trivial no que se refere aos seus genitais e aos dos outros indiv duos homens ou mulheres Por ltimo relativamente a este t pico de an lise destacam se Adams amp Fay 1992 que asseveram que o que possibilita o estabelecimento de limites entre o campo afectivo e abusivo consiste na inten o do acto por parte do adulto pois as situa es relacionais de tocar a crian a v la nua ou de se apresentar nu diante dela que s o situa es normais e aceit veis nas fam lias em determinadas culturas somente se tornam abusivas se a inten o do adulto se funda na sua pr pria gratifica o sexual ou na intimida o da crian a Assim sendo importa ter presente que o verdadeiro limite reside no facto dos comportamentos possu rem subjectivamente a inten o de produzir excita o sexual ou objectivamente a produzam L pez 1995 Crit rio Il Que diferen a de idade deve existir entre o agressor e a vitima para que uma rela o Picada e oi seja considerada sexu
349. se estat stica para a implica o das categorias de escolaridade tendo se recorrido mais uma vez aplica o do teste de Qui Quadrado e formula o dos des gnios que foram referenciados anteriormente em prol da obten o da Tabela 37 78 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Com base na Tabela 38 e analisando primeiramente o grupo de investiga o aferiu se que independentemente da categoria de escolaridade o maior n mero absoluto e relativo de casos registados em 6 das 8 escalas cl nicas do Mini Mult enquadrou se na categoria correspondente faixa normativa Deste modo verificou se por um lado que na escala Hipocondria n 21 33 87 Depress o n 15 24 19 importa sublinhar que o mesmo n de sujeitos integrou a categoria de nota T gt 70 Histeria n 24 38 70 Psicastenia n 20 32 25 e Hipomania n 29 46 77 al m da maior preval ncia de sujeitos ter integrado a categoria da faixa normativa possu a escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico Em contrapartida na escala cl nica Paran ia o maior e igual n mero de sujeitos integrou n 14 22 58 a categoria relativa faixa normativa por m os mesmos possu am por um lado escolaridade lt 1 Ciclo do Ensino B sico e por outro detinham escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico Priorizando o grupo de controlo pode declarar se que independentemente da categori
350. se para um n vel de signific ncia de 1 a exist ncia de associa es entre a maioria das escalas cl nicas do Mini Mult e os ndices sintom ticos do SCL90R dado que rz0 pelo que se rejeitou a hip tese nula relativa n o exist ncia de associa o es entre as vari veis quantitativas em quest o Importa salientar que para um n vel de signific ncia de 5 tamb m se verificou devido s mesmas premissas estat sticas anteriores a presen a de associa es entre as escalas cl nicas do Mini Mult e os ndices sintom ticos do SCL90R por m somente entre uma minoria e com um grau de associa o positivo baixo e g associa o positiva baixa entre a escala de Histeria e o ndice de Obsess es Compuls es pois r 0 28 Atendendo a estes factos sucedeu se explicita o das associa es positivas que para um n vel de signific ncia de 1 foram classificadas segundo Pestana e Gageiro 2008 como altas elevadas r entre 0 70 e 0 89 De modo elucidativo este tipo de associa es foram alcan adas entre a escala cl nica Psicastenia e os ndices sintom ticos Somatiza o R 0 70 Ansiedade F bica e Hostilidade r 0 72 e entre a escala cl nica Esquizofrenia e os ndices sintom ticos Sensibilidade Interpessoal r 0 71 e Ansiedade F bica r 0 72 Por outro lado e analisando os resultados obtidos pelo grupo de controlo verificou se para um n vel de signific ncia de 1 e de 5 a exist ncia de associa es entre a
351. si pr prias de modo a conseguirem trespassar esse conhecimento da forma mais fidedigna poss vel para a folha de respostas Ou seja as pessoas pretendem mesmo simular uma perturba o mental deixar patente uma melhor imagem de si ou carecem simplesmente de auto conhecimento Em modo de adi o de infer ncias importa salientar que os resultados obtidos face validade ou n o dos perfis personal sticos podem tamb m ter sido produto do facto de os ASC s terem respondido ao question rio de forma oral na sua maioria pois no momento da entrevista foi poss vel inferir in meras vezes a falta de auto conhecimento referida anteriormente como tamb m a tentativa deliberada de manipular os resultados atrav s da ac o conjunta ou isolado do efeito de desejabilidade social e ou de responder aleatoriamente e ou da tend ncia para ser aquiescente e ou para ser discordante Importa enfatizar que embora os sujeitos 104 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 normativos tenham respondido de forma aut noma aos question rios n o se descarta a hip tese de estes enviesamentos tamb m poderem ter estado presentes Tecidas as devidas aprecia es cient ficas e emp ricas acerca da validade invalidade dos perfis personal sticos prosseguiu se com o estreitamento desta mesma quest o mediante a caracteriza o do padr o atitudinal ainda mais espec fico manifesto por ambos os grupos d
352. siedade n 29 X 67 14 S 13 70 Ansiedade F bica n 29 X 61 90 S 17 71 Idea o Paran ide n 29 X 70 86 S 10 06 bem como nos ndices globais designados por Total de Sintomas Positivos n 29 X 66 59 S 13 22 e Severidade dos Sintomas Presentes n 29 X 69 62 S 8 45 em m dia as notas T mais avultadas foram registadas na categoria de idade gt 45 anos Por conseguinte apurou se no grupo de controlo que em todos os ndices sintom ticos e globais do SCL90R em m dia os valores de nota T foram superiores na categoria de idade gt 45 anos tendo se verificado que as respectivas m dias oscilaram entre os valores 49 53 S 8 88 ndice Severidade dos Sintomas Presentes e os 64 50 S 11 52 ndice global denominado por Total de Sintomas Positivos No que respeita aos valores de probabilidade de signific ncia alcan ados em ambos os grupos de participantes pode declarar se que para um n vel de signific ncia de 5 se registou nos 12 ndices do SCL90R a exist ncia de igualdade entre as m dias de notas T em fun o das categorias de idade pois n o se rejeitou a hip tese nula referente presen a desta evid ncia estat stica Especificamente apurou se no grupo de investiga o que OS Pares Variaram entre 0 064 obtido no ndice sintom tico Obsess es Compuls es e 0 938 patente no ndice sintom tico Hostilidade e por sua vez no grupo de controlo OS Pvalores OSCilaram entre o 0 193 registad
353. specificamente sa de mental analisada sob o prisma de amostras forenses das quais se incluem os ASC s pois a literatura cient fica tende a falar deste dom nio de sa de mental n o particularizando por grupos de reclusos mas antes pela sua inclus o global decidiu se enveredar pela formula o de infer ncias tomando como refer ncia a explicita o dos pressupostos formulados por Gon alves e Vieira 1995 e Gon alves 2002 no mbito das perturba es mentais inerentes ao Processo de Adapta o Pris o Procedendo abertura deste prisma espec fico de an lise Gon alves 2002 refere que atendendo cronicidade dos factores de stress existentes em contexto prisional e das caracter sticas personal sticas de muitos delinquentes e g ao n vel dos ASC s controlo deficit rio de impulsos e da ansiedade etc cr vel que se desenvolvam dist rbios de adapta o espec ficos face ao meio prisional Neste sentido ao falar se de perturba es de adapta o pretende se fazer refer ncia a uma pl iade de compromissos que se encontram patentes no decurso do cumprimento da pena de pris o de muitos reclusos onde se incluem os sujeitos condenados pela pr tica de crimes sexuais e que dizem respeito forma como cada um vivencia o seu processo de adapta o pois em muitos casos este mesmo processo oscila entre o apagamento pessoal e a colagem aos des gnios institucionais Importa ressalvar que as patologias desta orde
354. ssenta objectivos espec ficos que se assemelham aos preconizados pelos restantes pa ses europeus contemplados por este estudo Estudar a preval ncia das doen as mentais estudar o impacto das doen as mentais ao n vel da produtividade do pa s estudar a influ ncia do g nero nos problemas advindo das doen as mentais estudar a influ ncia das desigualdades sociais e econ micas ao n vel das doen as mentais contribuir para o estabelecimento de novas estrat gias de preven o e tratamento das doen as mentais apoiar na elabora o de pol ticas adequadas realidade mental de cada pa s bem como no planeamento de servi os de sa de M todo Amostra Dada a inclus o de 30 pa ses neste estudo dos quais Portugal se inclui e tendo em conta que o estudo ainda n o se encontra finalizado sabe se que at ao momento e amostra total ultrapassa as 1000 mil pessoas Especificamente em Portugal a amostra estudada encontra se representada por 3849 participantes Da literatura existente e consultada acerca deste estudo apenas foi poss vel constatar que al m da equipa do Departamento de Sa de Mental da Faculdade de Ci ncias M dicas da Universidade Nova de Lisboa liderada pelo Prof Dr Caldas de Almeida a realiza o deste estudo no sentido de constitui o da amostra contou ainda com uma equipa do Centro de Estudos e Sondagens de Opini o CESOP da Universidade Cat lica e por mais de uma centena de entrevistadores Pri
355. stere tipos inerentes ao seu grupo social receptivos a situa es novas inesperadas inconformistas pautados por um sentido de originalidade e criatividade tend ncia para a sublima o da agressividade pois permitir lhes ia ser mais tolerantes face a determinadas atitudes ou 109 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 comportamentos de outros Em prol destes factos e efectuando o paralelismo entre os resultados inter investiga es apurou se a n o corrobora o ao n vel dos tra os personal sticos implicados na estima o dos c digos para tra ar o perfil personal sticos dos sujeitos normativos Findo este ponto de referencia o te rico pr tico passou se o testemunho de discuss o de resultados para o patamar de an lise referente complementaridade do perfil personal stico dos ASC s e dos sujeitos normativos em fun o da vari vel idade e escolaridade cf Tabela 57 Tabela 57 Principais resultados obtidos ao n vel da caracteriza o da normatividade psicopatologia dos tra os de personalidade em fun o da vari vel idade e da vari vel escolaridade Perfil Personal stico Normatividade vs Psicopatologia dos Tra os Personal sticos em fun o da vari vel Idade No que diz respeito ao estudo dos tra os personal sticos dos ASC s e dos sujeitos normativos em fun o da vari vel idade o primeiro racioc nio posto em voga operou em torno de resultados
356. stion rio cf Tabela 25 Segundo esta l gica formul mos uma categoria designada por faixa normativa que incluiu as notas T estimadas entre os valores 31 a 50 e de 50 a 69 que representou a normatividade dos tra os personal sticos dos sujeitos bem como duas categorias denominadas por nota T igual ou 70 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 inferior a 30 e nota T igual ou superior a 70 doravante nota T lt 30 e nota T270 que representaram a exist ncia de indicadores de psicopatologia personal stica Efectivando uma an lise estat stica atrav s do emprego das tr s categorias por n s formuladas obteve se a Tabela 31 Assim sendo no que respeita ao grupo de investiga o verificou se na escala Mentira e na escala Correc o que as mais elevadas frequ ncias absolutas e relativas de sujeitos enquadraram se na categoria referente faixa normativa Escala Mentira n 60 96 77 Escala Correc o n 61 98 38 Em cen rio oposto constatou se no mesmo grupo mas em particular na escala de validade Frequ ncia que 36 sujeitos 58 06 integraram a categoria de Nota T270 e os restantes 26 sujeitos 41 93 representaram a categoria relativa faixa normativa Sob o prisma de an lise do grupo de controlo apurou se que 62 sujeitos na escala de Mentira 98 41 56 sujeitos na escala de Frequ ncia 88 88 e 60 sujeitos na escala de Correc o 95 23 obtiveram notas T que
357. strumentos de avalia o psicol gica pois a constru o do conhecimento cient fico dependente dessa humildade do investigador 2 10 5 Perfil Personal stico e de Sa de Mental Sujeitos Normativos Que Normalidade Tecidas as devidas considera es em prol do perfil personal stico e de sa de mental dos ASC S e dos sujeitos normativos consider mos crucial efectivar uma leitura global em torno dos resultados alcan ados por este ltimo grupo de sujeitos pois consideramos que este grupo n o deve ser somente perspectivado de forma redutora como um grupo de compara o para com a amostra forense cf Tabela 63 Tabela 63 Reflex o cr tica acerca dos principais resultados obtidos pelo grupo de sujeitos normativos Contornos da Normalidade dos Sujeitos Normativos e Mini Mult Perfil Personal stico No que concerne ao Mini Mult pode declarar se que quando se analisaram as pontua es obtidas em m dia pelos sujeitos em cada um dos tra os de personalidade as mesmas oscilavam entre valores de notas T que segundo o autor de refer ncia eram considerados como normativos Contudo quando elev mos o patamar de an lise destes resultados ao n vel da distribui o dos sujeitos de ambos os grupos de participantes pelas categorias de normatividade psicopatologia dos tra os personal sticos os resultados obtidos n o corroboram as primeiras impress es da aprecia o das pontua es m dias De forma mais clara verificou se par
358. suicidas altru stas desaparecimento de crian as devido a rapto ou sequestro terrorismo corrup o p blica criminalidade inform tica amea as extremistas ou pol ticas mortes equivocas ou auto er ticas e por outro lado as situa es que podem ou n o estar relacionados com actos criminosos tais como an lise de grafia localiza o de agressores e situa es de gest o de crise e g motins em estabelecimentos prisionais Como foi poss vel constatar com os fundamentos supracitados pode constatar se que embora existam diversas opini es em rela o aos contextos de aplica o do Profiling a maioria dos investigadores partilha da convic o que a utiliza o mais adequada desta t cnica reside em crimes nos quais as agress es cometidas tenham impl cita alguma forma de actividade sexual ou de um dist rbio emocional por parte do criminoso Tetem 1989 cit in Soeiro 2009 De forma id ntica Holmes e Holmes 2002 defendem que o Profiling revela uma supremacia de validade ao n vel do seu emprego em casos nos quais o criminoso desconhecido ou n o evidencia sinais de psicopatologia ou o crime particularmente violento ou ritual stico Assim sendo os mesmos defendem que os crimes sexuais e g ASC bem como o fogo posto s o bons candidatos realiza o do Profiling Por conseguinte estudos qualitativos realizados por Polaschek Hudson Ward e Siegert 2001 j tinham demonstrado a validade do argumento precedente p
359. ta o dos resultados por n s obtidos ter assentado exclusivamente na TCT conduziu nos incessantemente a uma compreens o parcial do seu significado ou seja a adop o desta teoria apenas nos permitiu justificar os resultados do ponto de vista te rico com base nos pressupostos formulados pelos autores do Mini Mult e do SCL90R para definir cada um dos constructos psicol gicos que pretendiam avaliar e n o de um ponto de vista estat stico e cl nico mais aprofundado Em alternativa concebemos que para conseguirmos analisar e interpretar de uma forma mais fidedigna todo o tipo de associa es obtidas que se revelaram estatisticamente significativas bem como as associa es de car cter inesperado estatisticamente significativas ou n o do ponto de vista cl nico ter amos de nos ter filiado aos fundamentos da TRI iniciando todo o processo de an lise estat stica com base no crit rio de unidimensionalidade isto com a elabora o da 130 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 An lise Factorial Por fim revela se premente adicionar uma ideia para fomentar a reflex o cient fica e cl nica ou seja mais do que insistir em corroborar de forma incessante a igualdade socr tica que questiona a compara o de duas coisas que por natureza s o diferentes importa reconhecermos as potencialidades e as limita es da investiga o cient fica assente na utiliza o de in
360. tabelecidos para o grupo de ASC s e para os sujeitos normativos recorremos an lise dos pressupostos formulados por Hathaway e Mckinley 1940 e que se encontram inerentes a cada um dos tra os de personalidade para no fundo dar significado s eleva es de pontua o bem como ao alcance de notas T consideradas normativas formula o alternativa esta que o manual t cnico apresenta e que em nada se relaciona com a nomenclatura de c digos determinados por Hathaway face sua amostra cl nica Iniciando pelo grupo de ASC s pode declarar se que o perfil dos mesmos se caracterizou pelo c digo 47 isto a combina o entre os tra os de personalidade Desvio Psicop tico c digo 4 e de Esquizofrenia c digo 7 Introduzindo o respectivo significado destes fundamentos presta se conhecimento a c digo 4 indicativo de rebeldia exist ncia de historial de conflitos familiares e ou com figuras de autoridade inadapta o afectiva ou sexual impulsividade aus ncia de respostas emocionais afectivas profundas reac es ou formas de agir e de pensar de car cter anti social historial de alcoolismo interesses e g pessoais amplos e flutuantes b C digo 7 significa que os sujeitos tendem a fugir da realidade do mundo real t rreo para se refugiarem na sua pr pria realidade constitu da pelas suas fantasias desejos e pelos seus sonhos evitam envolver se em situa es novas e que impliquem o conhecimento interac o com outr
361. tal de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Atenciosamente Assinatura da Mestranda e investigadora Filipa Soraia de Oliveira Rebelo Carrola Assinatura do Professor Doutor e Orientador Professor Doutor Luis Alberto Coelho Maia 160 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 2 Carta Endere ada Direc o do Estabelecimento Prisional Regional da Covilh 161 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 162 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Universidade da Beira Interior Faculdade de Ci ncias Sociais e Humanas Departamento de Psicologia e Educa o E orr AUS Covilh 3 de Dezembro de 2010 Para Direc o do Estabelecimento Prisional Regional da Covilh Exma Sra Directora F tima Maria Morais Jer nimo vimos por este meio requerer concess o formal referente realiza o de um estudo de car cter explorat rio no Estabelecimento Prisional Regional da Covilh Declara se que se encontra em desenvolvimento um projecto de investiga o que transcorre da elabora o de Disserta o de Mestrado exigida para a obten o de grau de Mestre que devido s suas directrizes procedimentais e metodol gicas implicou a formaliza o de um pedido de autoriza o endere ado Direc o Geral de Servi os Prisionais Em conformidade com o q
362. tamb m denominado por emocional concebido pelo mesmo autor como uma forma de viol ncia que pode ser enquadrada em qualquer uma das f rmulas anteriores Estabelecendo um paralelismo entre a abordagem cient fica e jur dico penal pode declarar se que o MI engloba toda e qualquer interac o adulto crian a que implique a falta de respeito pela mesma em consequ ncia da adop o de uma concep o de base assente na d ade crian a objecto em termos dos desejos interesses e cren as culturais dos adultos advindo deste facto a amea a face ao desenvolvimento f sico e psicol gico bem como ao bem estar e felicidade ao qual a crian a tem direito Este dom nio abusivo pode incluir formas de agress o verbal f sica sexual e psicol gica ou pode remeter para a aus ncia de cuidados de interac o e de interesse pela crian a que representam de igual modo uma amea a nociva para o seu desenvolvimento e qualidade de vida Alberto 2010 10 C digo Penal de refer ncia na presente investiga o corresponde ao publicado pela Lei 59 2007 de 4 de Setembro Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 1 2 Uma forma particular de Maltrato Infantil O Abuso Sexual de Crian as Existe consenso no momento de definir o ASC Quais as defini es que melhor codificam esta realidade O ASC e a Pedofilia s o uma e a mesma coisa De que modo que o legislador portu
363. te 2009 Tabela 5 Tipifica o do Crime de ASC segundo o C digo Penal Portugu s de 2007 Artigo 172 Abuso Sexual de Crian as 1 Quem praticar acto sexual de relevo com ou em menor de 14 anos ou o levar a pratic lo com outra pessoa punido com pena de pris o de um a oito anos 2 Se o acto sexual de relevo consistir em c pula coito anal coito oral ou introdu o vaginal ou anal de partes do corpo ou objectos o agente punido com pena de pris o de 3 e 10 anos 3 Quem a Importunar menor de 14 anos praticando acto previsto no artigo 170 que consiste em quem importunar outra pessoa praticando perante ela actos de car cter exibicionista ou constrangendo a a contacto de natureza sexual 20 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 b Actuar sobre menor de 14 anos por meio de conversa escrito espect culo ou objecto pornogr ficos punido com pena de pris o at 3 anos 4 Quem praticar os actos descritos no n mero anterior com inten o lucrativa punido com pena de pris o de seis meses a cinco anos Fonte Lei 59 2007 de 4 de Setembro Quanto natureza do processo ao n vel do crime de ASC citado numerosas vezes na literatura portuguesa que o crime de ASC passou a revestir se de natureza p blica aquando da Revis o de 2007 do CP e g Alfaiate 2009 Andr cit in Paulino 2009 Todavia e por interm dio da efectiva o d
364. tegorias de escolaridade Grupo de Grupo de ndices Categorias de Categorias de Investiga o Controlo Sintom ticos Notas T Escolaridade Totais x 2 e Globais p valor Totais p valor lt 1 Ciclo E B n 23 17 37 09 26 98 2 3 Ciclos E B n 20 18 Nota T gt 60 32 25 28 57 Ensino Secund rio n 4 2 6 45 0 031 3 17 0 123 SOM lt 1 Ciclo E B n 2 7 3 22 11 11 Faixa 2 3 Ciclos E B n 10 14 Normativa 16 12 22 22 Nota T34 59 Ensino Secund rio n 3 5 4 83 7 93 lt 1 Ciclo E B n 21 17 33 87 26 98 2 3 Ciclos E B n 21 17 Nota T260 33 87 26 98 Ensino Secund rio n 4 1 6 45 0 271 1 58 0 022 O C lt 1 Ciclo E B n 4 7 6 45 11 11 Faixa 2 3 Ciclos E B n 9 15 Normativa 14 51 23 80 Nota T34 59 Ensino Secund rio n 3 6 4 83 9 52 lt 1 Ciclo E B n 20 13 32 25 20 63 2 3 Ciclos E B n 22 18 Nota T260 35 48 28 57 Ensino Secund rio n 4 2 6 45 3 17 S I lt 1 Ciclo E B n 5 0 489 T1 0 396 8 06 17 46 Faixa 2 3 Ciclos E B n 8 14 Normativa 12 90 22 22 Nota T34 59 Ensino Secund rio n 3 5 4 83 7 93 Nota p lt 0 05 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 n Frequ ncias Absolutas Frequ ncias Relativas x Qui quadrado Pvaor Valor de probabilidade de signific ncia lt 1 Ciclo E B Escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico 2 3 Ciclos E B Escolaridade equivalente ao 2 3
365. termos jur dicos o Bem Jur dico corresponde a um bem n o do Direito mas dos homens reconhecido e tutelado pelo Direito 16 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Datando a hist ria do C digo Penal doravante CP para o ano de 1886 os crimes sexuais eram entendidos como crimes contra os bons costumes por m a revis o de 1982 consagrou a inser o deste mesmo tipo de crimes no cap tulo intitulado por Crimes contra os Valores e Interesses da Vida em Sociedade A revis o realizada nesta marca temporal do Direito Penal n o operou substanciais altera es em rela o ao CP de 1886 dado que prevaleceu a tipifica o do crime de atentado ao pudor na qual se encontravam abarcadas todas as agress es sexuais Todavia importa salientar que o ASC do sexo masculino maior ou menor somente poderia integrar este crime aquando da n o concretiza o de c pula vaginal cen rio id ntico ao que se passava em rela o ao sexo feminino por m no que respeita n o efectiva o do coito anal Lopes 2003 Em 1995 uma nova revis o culminou na altera o radical de todo o preceituado relativo aos crimes sexuais ou seja na actualiza o das distribui es sistem ticas dos crimes sexuais Marreiros 1997 F vero 2003 Neste sentido e partindo da an lise do Decreto Lei n 48 95 de 15 de Mar o que aprovou esta revis o do CP poss vel constatar que os crimes sexuais foram deslo
366. tes na Tabela 40 que os valores de Alpha de Cronbach oscilaram entre os 0 705 obtido na Escala Adicional e os 0 951 obtido no ndice sintom tico Sensibilidade Interpessoal pelo que este intervalo num rico denotou a exist ncia de consist ncias internas conotadas de acordo com Pestana e Gageiro 2008 como razo vel Escala Adicional q 0 705 boa Obsess es Compuls es a 0 80 Ansiedade F bica q 0 87 e Idea o Paran ide a 0 87 e muito boa excelente Somatiza o a 0 90 Sensibilidade Interpessoal a 0 95 Depress o a 0 93 Ansiedade a 0 91 Hostilidade a 0 93 e Psicoticismo q 0 92 Por conseguinte procedeu se ao c lculo do mesmo coeficiente de fiabilidade por m mediante a discrimina o dos grupos de participantes da amostra Deste modo foi poss vel aferir no grupo de investiga o a exist ncia de consist ncias internas denominadas segundo Pestana amp Gageiro 2008 por razo vel Escala Adicional a 0 744 boa ndices sintom ticos Obsess es Compuls es a 0 815 Ansiedade 0 0 894 Ansiedade F bica a 0 895 Idea o Paran ide a 0 847 e muito boa excelente ndices sintom ticos Somatiza o q 0 904 Sensibilidade Interpessoal q 0 942 Depress o a 0 916 Hostilidade a 0 958 Psicoticismo a 0 918 No que respeita ao grupo de controlo apurou se a exist ncia de consist ncias internas classificadas segundo os referenciados autores como razo vel ndices sintom ticos Obsess es Compu
367. tiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 n Frequ ncias Absolutas Frequ ncias Relativas 2 6 Instrumentos No sentido de recolher dados no mbito das dimens es de Personalidade e de Sa de Mental us mos dois question rios de avalia o psicol gica e um terceiro question rio complementar de car cter s cio demogr fico tendo todos um car cter de auto resposta Question rio S cio demogr fico elabor mos um question rio de dimens es reduzidas com o intuito de obter informa es de natureza s cio demogr fica que melhor caracterizassem 58 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 cada um dos sujeitos pertencentes a ambos os grupos da amostra particularmente idade escolaridade estatuto s cio econ mico auto estimado estado civil e n de filhos Mini Mult vers o reduzida do Minnesota Multiphasic Personality Inventory o Mini Mult foi constru do a partir de investiga es realizadas por Comrey tendo o autor agrupado os itens do MMPI Minnesota Multiphasic Personality Inventory em diversos conjuntos com um coeficiente de phi gt a 0 30 Com base nesta investiga o Kincannon 1968 seleccionou um n mero de itens que representassem de forma proporcional cada um dos agrupamentos de itens determinados por Comrey Uma vez definidos os itens que formariam parte da forma reduzida aplicou se a uma amostra de 50 sujeitos esta mesma vers o conjuntamente com o
368. tin Mullen Romans amp Herbison 1993 1 5 Profiling Retrospectivamente a t cnica do Profiling usufrui de uma dupla identidade em termos da sua evolu o hist rica surgindo no s culo XIX a cargo de profissionais de Sa de Mental maioritariamente Psic logos e Psiquiatras que recorriam aos conhecimentos e t cnicas de natureza psicol gica bem como sua experi ncia cl nica como ferramenta de apoio investiga o de crimes violentos cometidos de forma bizarra e padronizada tendo a primeira fase de cria o e de desenvolvimento desta t cnica sido denominada de Abordagem de Avalia o e Diagn stico O segundo ber o do Profiling reconhecido como Abordagem Estat stica remonta ao s culo XX e conta com o FBI como principal protagonista tendo se iniciado neste per odo o desenvolvimento de um campo de investiga o cient fica voltada para a an lise do agressor violento sendo pautada pela elabora o e aplica o sistem tica deste instrumento atrav s de procedimentos estat sticos multivariados Soeiro 2009 posteriori deste dois marcos hist ricos de sustenta o emp rica e cient fica pode declarar se que rapidamente o Profiling evoluiu e assumiu contornos cient ficos e acad micos encontrando se n o raras vezes submetida a an lise psicol gica e ou estat stica integrando contributos das reas da Criminologia e da Psicologia Por outras palavras apesar de contemporaneamente esta t cnica ter come
369. tiva o pois perspectivou se a elabora o de uma reflex o cr tica e a formula o de infer ncias que ultrapassassem a l gica puramente estat stica isto perspectivou se uma vis o de car cter fenomenol gico que se afigurou como inusual ao n vel das investiga es cient ficas realizadas no mbito das Ci ncias Sociais e Humanas Por outras palavras embora o racioc nio referenciado se tenha revelado pertinente nos t picos de discuss o dos resultados relativos interpreta o do tipo de associa es obtidas entre os tra os de personalidade e posteriormente entre os ndices sintom ticos e globais de sa de mental a sua realiza o exclusiva a este n vel de discuss o de resultados n o acrescentaria nada de novo em termos de conhecimento cient fico Assumindo uma posi o objectiva poder amos analisar a matriz de associa es obtidas na Tabela 50 e 51 agora sumarizadas na Tabela 62 segundo uma ptica tripartida ou seja 128 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 analisar as associa es de grau e sentido mais pr ximas de 1 associa es positivas perfeitas de grau e sentido mais pr ximas de 1 associa es negativas perfeitas ou as que do ponto de vista cient fico e cl nico se tivessem revelado inesperadas Pestana amp Gageiro 2008 Relativamente a estas ltimas referimo nos a t tulo de exemplo associa o positiva moderada alcan
370. tivas de grau alto entre o ndice sintom tico Sensibilidade Interpessoal e Obsess es Compuls es r 0 74 entre o ndice sintom tico Depress o e os ndices sintom ticos Sensibilidade Interpessoal r 0 73 e Depress o r 0 77 entre o ndice sintom tico Ansiedade e os ndices sintom ticos Obsess es Compuls es r 0 75 e Depress o r 0 81 entre o ndice sintom tico Psicoticismo e os ndices sintom ticos Obsess es Compuls es r 0 70 Idea o Paran ide Sensibilidade Interpessoal Depress o Ansiedade r 0 80 entre o ndice global designado por Global de Severidade e os ndices sintom ticos Hostilidade r 0 81 Sensibilidade Interpessoal r 0 81 Obsess es Compuls es Depress o Idea o Paran ide Ansiedade r 0 88 e Psicoticismo r 0 88 85 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 entre o ndice global respeitante ao Total de Sintomas Positivos e os ndices sintom ticos Ansiedade r 0 81 Idea o Paran ide r 0 81 Obsess es Compuls es Sensibilidade Interpessoal Depress o e Psicoticismo r 0 87 Pode referir se ainda face a este mesmo grupo de controlo e aos resultados alcan ados para Pyaior lt 0 01 que se apurou a presen a de associa es positivas de grau muito alto elevado entre os ndices globais concernentes ao Total de Sintomas Positivos e ao Global de Severidade r 0 95 que denota segundo Pestana e Gageiro 2008 a presen a d
371. tos que ir o integrar este segundo grupo ser o emparelhados de acordo com as vari veis anteriormente mencionadas 2 5 1 Crit rios de Inclus o Grupo de Investiga o Ser do sexo masculino Ser indiv duo condenado devido a crimes cometidos contra a liberdade e auto determina o sexual com condi o de tr nsito em julgado Integrar o estabelecimento prisional da Guarda Covilh ou de Castelo Branco Grupo de Controlo Os indiv duos que apresentem caracter sticas similares aos sujeitos do grupo de investiga o em termos das vari veis de idade g nero e grau de escolariza o 2 5 2 Crit rios de Exclus o Grupo de Investiga o Ser do sexo feminino Ser portador de oligofrenia retardo mental defici ncia mental 178 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Grupo de Controlo Ser do sexo feminino Ser portador de oligofrenia retardo mental defici ncia mental Ser portador de perturba o psiqui trica grave Ter cumprido pena devido a crimes cometidos contra a liberdade e a auto determina o sexual 2 5 Procedimentos implicados na realiza o da investiga o Realiza o de pesquisa e consequente revis o bibliogr fica em torno da problem tica em estudo Reflex o e tomada de decis o acerca dos estabelecimentos prisionais pass veis da realiza o do estudo Elabora o de um pedido de autoriza o
372. tou se por efectivar o reconhecimento das limita es e das potencialidades subjacentes nossa investiga o pois somos da opini o de que nem s de resultados vive a investiga o pelo que se exige de um investigador a capacidade de reconhecer os defeitos e as qualidades do trabalho que desenvolve Focando nos nos ASC s e refor ando algumas pistas lan adas na discuss o de resultados identific mos como principais lacunas a n o se ter procedido divis o grupal destes sujeitos pelo EP de proveni ncia b n o contabiliza o do n mero de sujeitos que se encontrava a frequentar programas de tratamento e g psicoterapia grupal e ou que integrava programas educativos e ou actividade desportivas e ou desempenhavam uma actividade profissional c aus ncia de recolha de informa o acerca de aspectos diversos tais como a tipologia do abusador intra ou extra familiar a moldura penal atribu da e o consequente tempo de reclus o j cumprido historial de carreira delitiva e g registo antecedentes criminais respeitantes a condena es por crimes sexuais e ou crimes de distinta natureza delitiva EP ou EP s de cumprimento de penas e informa es sobre a v tima e g g nero idade escolaridade comportamentos sexualmente abusivos implicados na pr tica do crime etc Sob o prisma do grupo dos sujeitos normativos identific mos como principais limita es o facto de termos recorrido efectiva o d
373. u entre os 37 00 alcan ado no ndice Global de Severidade e Total de Sintomas Positivos e o valor 49 00 obtido no ndice de Severidade dos Sintomas Presentes Em rela o ao grupo de controlo apurou se que o ndice sintom tico de Idea o Paran ide semelhan a do grupo de investiga o obteve o valor de m dia de nota T mais elevado X 63 81 S 11 47 bem como o de mediana 67 00 e de moda Mo 75 00 Importa acrescentar que para todos os ndices sintom ticos se alcan ou um valor m nimo de nota T de 34 00 e um valor m ximo de nota T de 75 00 No que concerne especificamente aos ndices globais constatou se que o ndice relativo ao Total de Sintomas Positivos perfez o valor superior de nota T m dia X 63 34 S 12 05 e de mediana X 67 00 Contudo foi poss vel ainda apurar que no ndice Global de Severidade e Total de Sintomas Positivos se obteve o valor de nota T 75 00 para a moda e o valor de nota T 37 00 para o valor m nimo de nota T e em contrapartida registou se o valor 75 00 como a nota T m xima estabelecida para todos os ndices globais cf Tabela 41 Tabela 41 Estat stica descritiva dos ndices sintom ticos e dos ndices globais do SCL90R segundo o grupo de participantes de amostra Indices Grupo de Investiga o Sintom n M dia Moda Desvio Min M x Percentis e Globais V O Padr o 25 50 75 SOM 62 0 66 43 75 00 10 30 34 00 75 00 63 00 67 00 75 00
374. ue Pyatores gt 0 05 Ao n vel do grupo de controlo atestou se que para um n vel de signific ncia de 5 se obteve nos ndices Somatiza o um Pyator 0 023 no de Hostilidade um Pyator 0 035 no de Idea o Paran ide um Pyaior 0 012 no de Psicoticismo um Pyator 0 014 no Global de Severidade um Pvator 0 014 e ainda no de Severidade dos Sintomas Presentes um Pyator 0 003 Neste sentido como OS Pyaiores lt 0 05 optou se pela rejei o da hip tese nula relativa exist ncia de igualdade de m dias de notas T em fun o das categorias de escolaridade cf Tabela 45 Tabela 45 Teste de Kruskal Wallis para a compara o de m dias obtidas nos ndices sintom ticos e globais do SCL90R em fun o do grupo de participantes e das categorias de escolaridade Indices Grupo de Investiga o Sintom lt 1 Ciclo E B 2 3 Ciclos E B Ensino Secund rio Pvalor e Globais n M dia DP n M dia DP n M dia DP SOM 25 68 32 6 88 30 65 37 12 48 7 64 29 10 53 0 713 O C 25 66 92 9 87 30 64 37 13 94 7 60 00 17 94 0 857 S l 25 68 12 10 46 30 65 37 14 68 7 63 00 16 52 0 868 D 25 70 80 7 71 30 66 80 11 91 7 63 57 12 47 0 311 ANS 25 68 04 11 04 30 66 03 14 57 7 67 43 11 45 0 969 HOST 25 59 96 15 38 30 64 20 15 92 7 68 29 9 56 0 351 A F 25 60 44 17 24 30 58 33 20 25 7 62 14 19 44 0 938 I P 25 72 36 6 18 30 69 03 11 61 7 69 14 15 49 0 649 PSIC 25 66 88 12 20 30 65 57 15 65 7
375. ue v m sendo exposto a pretendida investiga o preconiza como principal des gnio acad mico cient fico a elabora o de um Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais que se encontrem condenados com tr nsito em julgado A sua operacionaliza o metodol gica assenta na constitui o de um grupo de investiga o composto por abusadores sexuais com tr nsito em julgado e por um grupo normativo constitu do por indiv duos emparelhados pelas vari veis de idade g nero e grau de escolariza o A fim de alcan ar o exposto objectivo pretende se aplicar aos grupos descritos dois instrumentos de Avalia o Psicol gica Em conformidade com o que foi manifesto justifica se o presente pedido de autoriza o visto que a natureza do grupo de investiga o exige a execu o do referido procedimento de avalia o em contexto prisional segue em anexo a este pedido formal o Projecto de Investiga o e a discrimina o dos dois instrumentos de Avalia o Psicol gica A efectiva o pr tica do estudo exposto encontra se a cargo da equipa de investiga o constitu da pela aluna Filipa Soraia de Oliveira Revelo Carrola licenciada em Psicologia pela Universidade de Beira Interior que se encontra actualmente a ingressar no 2 Ciclo de estudos no ramo de Psicologia Cl nica e da Sa de na referida institui o de ensino superior e pelo Professor Doutor Luis Alberto Coelho Rebelo Maia actualmente Professor Aux
376. ui Quadrado corrigido quando n o se garantiram os pressupostos do Teste de Qui quadrado Maroco 2007 Ap s a efectiva o de todos os procedimentos estat sticos referenciados para cada um dos instrumentos de avalia o psicol gica procedeu se posteriormente execu o de uma abordagem estat stica adicional mediante o cruzamento entre o Mini Mult e o SCL90R atrav s do c lculo do Coeficiente de Pearson Este mesmo coeficiente foi calculado em fun o do grupo de investiga o e do grupo de controlo versando se apurar o grau e o sentido de associa o entre as escalas cl nicas do Mini Mult e os ndices sintom ticos e globais do SCL90R Para tal partiu se dos pressupostos descritos precedentemente no t pico 3 3 66 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Em jeito de conclus o urge a necessidade de frisar um ltimo mas n o menos importante aspecto Por outras palavras pode declarar se que os principais resultados obtidos mediante aplica o dos testes estat sticos referenciados foram analisados partindo da rejei o da hip tese nula ou seja quando o valor de probabilidade de signific ncia designado por Pyaior OU sig foi igual ou inferior ao n vel de signific ncia reconhecido pelo s mbolo a A situa o inversa ou seja a n o rejei o da hip tese nula ocorreu somente na interpreta o do Teste de Kolmogorov Smirnov Na presente investiga o os valores
377. ujeitos conformistas e convencionais moralistas reservados e passivos Seisdedos amp Roig Fust 1986 Efectuando a respectiva contraposi o entre os referenciados resultados para este grupo de sujeitos e os alcan ados em investiga o cient fica com base nesta an lise personal stica aferiu se a exist ncia de um estudo realizado por Mosticoni e Chiari 1979 no qual se objectivou apurar quais os c digos personal sticos mais prevalentes numa amostra normativa constitu da por 123 sujeitos do sexo masculino e feminino idade entre os 25 e os 60 anos nacionalidade espanhola n vel de escolaridade b sica secund ria e ou superior Particularizando estes autores apuraram que o c digo 35 era o mais prevalente na sua amostra n o cl nica ou seja o c digo 3 corresponde escala cl nicas Histeria e o c gido 5 equivale escala cl nica Masculinidade Feminilidade escala n o contemplada no Mini Mult e Histeria Deste modo os autores referenciados proposeram a seguinte interpreta o dos seus resultados a c digo Hiteria sujeitos muito expressivos a n vel emocional e ou afectivo capacidade de vontade perante situa es de interac o social comunicando facilmente com quem os rodeia no entanto perante situa es de tens o podiam por vezes ceder amplia o das suas reac es emocionais b c digo Masculinidade Feminilidade sujeitos com um backgraund cultural alargado tend ncia para tecerem cr ticas face aos e
378. utilizada e as outras escalas hipot ticas do mesmo universo com igual n mero de itens que me am a mesma caracter stica Os valores de Alpha de Cronbach podem variar entre 0 e 1 pelo que os valores resultantes do c lculo deste coeficiente podem ser conotados com distintos adjectivos de consist ncia interna tais como a muito boa valor Alpha superior a 0 90 b boa valor de Alpha entre 0 80 e 0 90 c razo vel valor de Alpha entre 0 7 e 0 8 d fraca Alpha entre o 0 6 e o 0 7 e inadmiss vel valor de Alpha inferior a 0 60 Pestana amp Gageiro 2008 2 An lise univariada An lise Descritiva o c lculo deste tipo de estat stica baseou se em medidas de tend ncia central e de dispers o tendo em conta a contabiliza o dos resultados obtidos nas escalas cl nicas e ou nos ndices sintom ticos e globais de cada um dos question rios utilizados e que se encontravam classificados em notas T 3 An lise bivariada An lise inferencial 3 1 Indaga o e an lise da normalidade da distribui o es e compara o de m dias entre amostras independentes Teste de Kolmogorov Smirnov e Teste de Mann Whitney O Teste de Kolmogorov Smirnov com correc o de Lilliefors foi aplicado com o intuito de analisar os pressupostos da normalidade das distribui es ao n vel das vari veis quantitativas respeitantes s escalas cl nicas e ou ndices sintom ticos globais de cada instrumento de avalia o psicol gica utilizado bem
379. utores defendem que a crian a n o se encontra em condi es para estabelecer uma distin o entre determinados comportamentos afectivos e abusivos Lamb e Coakley 1993 representam esta posi o defendendo a ideia de que existem crian as que possuem dificuldades em reconhecer rela es ou comportamentos ditos abusivos talvez porque a experi ncia se tenha iniciado como um jogo que posteriormente se converteu numa l gica abusiva Outra das explica es apresentadas sob esta ptica remete para o facto da no o de abuso ser influenciada pela no o cultural de pap is de g nero A titulo exemplificativo revela se o facto de uma crian a do sexo feminino puder concordar que a for a f sica integra as rela es heterossexuais e devido a esta circunst ncia n o avalia a experi ncia mantida com um rapaz da sua idade ainda que for ada como abusiva Em contrapartida existem outros autores que n o corroboram esta mesma posi o cient fica destacando se em primeira inst ncia Arboleda 1997 ao considerar que do ponto de vista adulto o abuso consiste em todo o acto que implique dano f sico crian a Dentro desta perspectiva insere se Finkelhor 1979 que atesta que uma crian a possui condi es para avaliar se uma experi ncia ou n o sexualmente abusiva pois embora n o compreenda o car cter sexual na dimens o que o adulto o julga consegue avaliar que a actividade em causa consiste num tabu diferente produz sen
380. utros tantos dom nios da sua vida que maximizam a sua compreens o actual mas tamb m aquando da passagem ao acto Atendendo que a presente investiga o foi realizada em contexto prisional e se tomou a Abordagem Cl nica do Profiling como ferramenta de trabalho sucede se a explicita o de princ pios regentes da mesma Pode declarar se de modo inaugural que a abordagem em causa n o constitui uma disciplina unificada nem segue uma metodologia em exclusivo sendo portanto de car cter flex vel e pass vel de ajuste em favor do objecto de estudo do investigador Wilson Lincoln amp Kocsis 1998 Por seu turno e de acordo com a perspectiva de G noves 2003 e Ebisike 2008 na Abordagem Cl nica o profissional e g Psic logo Cl nico ou a equipa encarregada pela elabora o do Profiling que pode ou n o ser multidisciplinar recorre s metodologias da Psicologia Cl nica e ou Forense em conson ncia com as compet ncias supramencionadas aquando da caracteriza o das suas primeiras ra zes hist ricas nos prim rdios da Abordagem de Avalia o e Diagn stico isto os profissionais envolvidos na aplica o do Profiling segundo esta abordagem espec fica devem recorrer ao seu conhecimento experi ncia treino e intui o cl nica e cient fica objectivando efectuar uma avalia o psicol gica centrada a t tulo exemplificativo e de acordo como a presente investiga o no estudo da sa de mental e na personalid
381. va da vari vel ordinal escolaridade Neste sentido o procedimento e a l gica de racioc nio adoptada face a esta mesma vari vel foi id ntica preconizada para a vari vel nominal idade tendo se portanto formulado tr s 57 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 categorias gerais sendo que duas das mesmas se ramificaram em duas sub categorias ou seja a primeira categoria equivaleu escolaridade igual ou inferior ao 1 Ciclo do Ensino B sico doravante escolaridade lt 1 Ciclo do Ensino B sico que contempla a sub categoria do Analfabetismo sujeitos sem qualquer frequ ncia de qualquer n vel de ensino aprendizagem e a sub categoria denominada por frequ ncia do 1 Ciclo do Ensino B sico sujeitos que frequentaram e conclu ram o 1 e ou 2 e ou 3 e ou o 4 ano de escolaridade a segunda categoria correspondeu escolaridade equivalente ao 2 3 Ciclos do Ensino B sico e subdividiu se na sub categoria relativa frequ ncia do 2 Ciclo do Ensino B sico sujeitos que frequentaram e conclu ram o 5 e ou 6 ano de escolaridade bem como na sub categoria associada frequ ncia do 3 Ciclo do Ensino B sico sujeitos que frequentaram e conclu ram o 7 e ou 8 e ou 9 ano de escolaridade e por ltimo a terceira categoria que se intitulou por Ensino Secund rio sujeitos que frequentaram e conclu ram o 10 e ou 11 e ou 12 ano
382. vel idade procedeu se averigua o dos poss veis oultliers existentes segundo o grupo de participantes da amostra Pestana amp Gageiro 2008 Deste modo recorreu se formula o de um gr fico de extremos e quartis que se revela til para comparar duas distribui es de dados como o caso no presente estudo e para determinar ap s a sua an lise a elimina o ou continuidade de contabiliza o das observa es at picas no consequente tratamento estat stico Ap s a tomada desta decis o procedeu se an lise estat stica dos dados com e sem outlier para a amostra total e de forma discriminada para cada um dos grupos de sujeitos da amostra com o intuito de registar as diferen as e ou semelhan as nos resultados em termos de medidas de tend ncia central e de dispers o 64 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Procedeu se posteriormente ao respectivo tratamento de dados no que respeita ao Mini Mult e ao SCL90R tendo em conta a discrimina o entre cada um dos grupos de participantes da amostra De forma faseada realizaram se os seguintes procedimentos estat sticos 1 An lise da consist ncia interna dos instrumentos Coeficiente do Alpha de Cronbach este coeficiente uma das medidas mais usadas para verificar a consist ncia interna de um grupo de vari veis itens pelo que comummente conceptualizado como a correla o que se espera obter entre a escala
383. velem teis no auxilio da compreens o do s comportamento s e ou o s motivo s do mesmo e ainda predizer o seu comportamento futuro perante circunst ncias similares A resposta a esta quest o tem sido sim dado que os investigadores t m examinado m ltiplas amostras de ASC s comparando 37 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 os entre si e ou com outros grupos de sujeitos que praticaram crimes de outra natureza sexuais ou n o ou com amostras da popula o normativa tendo encontrado a possibilidade de tra ar uma caracteriza o comum aos mesmos Center for Sex Offender Management 2009 Neste sentido importa a este n vel potenciar uma reflex o cr tica que combine as duas faces da moeda relativas no o de perfil Particularizando pode anunciar se que dada a tamanha heterogeneidade dos ASC s e a sua poss vel semelhan a com qualquer comum dos mortais a no o de perfil assente na determina o de caracter sticas comuns poderia conduzir um qualquer sujeito da sociedade em geral a pensar que se possuir determinada ou mesmo a combina o de certas caracter sticas tal significa que um ASC s Alguns autores t m respondido a esta quest o de dois modos distintos A primeira resposta consiste no facto de n o existir uma rela o directa entre possuir uma determinada caracter stica presente num determinado perfil de um ASC s e se
384. vestiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 n Frequ ncias Absolutas Frequ ncias Relativas 56 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 De seguida e com o intuito de conhecer a forma de distribui o da vari vel idade em cada um dos grupos de participantes aplicou se o Teste Kolmogorov Smirnov Constatou se assim para um n vel de signific ncia de 5 que a vari vel idade somente seguiu uma distribui o normal no grupo de investiga o De modo particular verificou se K S 62 0 109 Pvator 0 06 logo como Pyaior gt 0 05 n o se rejeitou a hip tese nula referente normalidade da distribui o da vari vel idade Em situa o inversa no grupo de controlo constatou se que K S 63 0 122 Pyator 0 021 pelo que se concluiu que como Pyaor lt 0 05 se rejeitava a hip tese nula referente normalidade da distribui o da vari vel idade cf Tabela 22 Tabela 22 Teste de Kolmogorov Smirnov para testar a normalidade da vari vel continua idade segundo o grupo de participantes da amostra Grupo de Investiga o Grupo de Controlo Estat stica 0 109 0 122 GL 62 63 p valor 0 066 0 021 Nota p gt 0 05 Grupo de Investiga o n 62 Grupo de Controlo n 63 GL Graus de Liberdade Pyar Valor de Probabilidade de Signific ncia Revelou se ainda pertinente no que concerne vari vel continua idade estabelecer a sua categoriza o por faixas et rias transf
385. vorciado L Vi vo a Uni o de facto Tem filhos Sim L N o Se sim indique quantos Na aus ncia de campos espec ficos formulados no question rio s cio demogr fico entregue aos ASC s e aos sujeitos normativos confiou se na capacidade de auto percep o e auto descri o de cada respondente tendo sido questionado aos mesmos informa es breves acerca para efeitos de exclus o ou inclus o no estudo do seu hist rico ou antecedentes de psicopatologia e g questionamento acerca de atendimentos em ambulat rio em consultas de psicologia ou psiquiatria passados ou presentes frequ ncia passada ou actual de tratamentos psicol gicos e ou psiqui tricos com ou sem prescri o de psicofarmacologia bem como acerca do seu historial de carreira delitiva 193 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 194 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Anexo 10 Question rio Mini Mult aplicado aos Abusadores Sexuais de Crian as e aos Sujeitos Normativos 195 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 196 Perfil Personal stico e de Sa de Mental de Abusadores Sexuais de Crian as 2010 2011 Nota Este documento possui direitos de autor pelo que a sua aquisi o deve ser solicitada ou comprada pelas vias normais de investiga o Deste modo opt mos pela n o apresenta o integral
386. xuais de Crian as vs Sujeitos Normativos Inaugurando este terceiro t pico de discuss o de resultados debru mo nos primeiramente sobre o debate e justifica o te rico pr tica dos principais resultados por n s obtidos no que respeita s propriedades psicom tricas essenciais e sempre a ter em conta quando se pretende desenvolver uma investiga o sustentada metodologicamente pela aplica o de instrumentos de avalia o psicol gica designadamente a consist ncia interna do SCL90R cf Tabela 59 Tabela 59 Principais resultados obtidos ao n vel da Consist ncia Interna do SCL90R Consist ncia interna do instrumento de avalia o da Sa de Mental De acordo com a nomenclatura postulada por Pestana e Gageiro 2008 ficou garantida a exist ncia de uma consist ncia interna conotada como muito boa excelente para o question rio de avalia o de sa de mental quando se contabilizou somente o n mero total de itens do mesmo em fun o da totalidade da amostra Todavia aquando da discrimina o da consist ncia interna por cada um dos ndices de sa de mental e por ambos os grupos de participantes verificou se Amostra Total e ASC s obten o de consist ncias internas conotadas como razo vel boa e muito boa excelente Sujeitos Normativos obtiveram se valores indicativos de consist ncia interna inadmiss vel razo vel e boa Assimilando de forma criteriosa os resultados referenciados consideramos que os m

Dissertação de Mestrado_Perfil Personalístico e de

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