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ANO 1, N. 1 - WordPress.com

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1. a alfabetiza o concebida como o conhecimento b sico necess rio a todos num mundo em Z transforma o um direito humano fundamental Em toda a sociedade a alfabetiza o uma habilidade primordial em si mesma e um dos pilares para o desenvolvimento de outras habilidades Existem milh es de pessoas a maioria mulheres que n o t m a oportunidade de aprender nem mesmo acesso a esse direito O desafio oferecer lhes esse direito A alfabetiza o tem tamb m o papel de promover a participa o em atividades sociais econ micas pol ticas e culturais al m de ser um requisito b sico para a educa o continuada durante a vida Declara o de Hamburgo sobre educa o de jovens e adultos 1999 p 23 Outros documentos tais como a Resolu o CNE CEB n 1 de 5 de julho de 2000 e o Parecer CEB n 11 2000 Diretrizes Nacionais para a EJA tamb m discutem a alfabetiza o de jovens e adultos e apontam perspectivas para esse novo mil nio Embora previsto nos documentos legais uma parcela significativa de jovens e adultos n o tem acesso educa o que por motivos diversos tiveram de abandonar a escola ou nunca a frequentaram Erradicar o analfabetismo tem sido a meta dos programas voltados para a alfabetiza o de jovens e adultos no Brasil Entre eles podemos citar o Programa Brasil Alfabetizado e Educa o de Jovens e Adultos PBA implantado em 2003 o Programa Nacional de Inclus o
2. p 105 Direito educa o igualdade e diferen a Pois bem a necessidade de contextualiza o desse panorama que inscreve a realidade da educa o brasileira permite que n o se perca de vista alguns acontecimentos e discuss es que s o da ordem do dia Botler 2012 coloca que no Brasil o sistema educacional nacional estabelece as normas gerais a fim de orientar as pol ticas educacionais para os estados e munic pios Trata se de um estabelecimento m nimo de direitos e deveres no mbito da educa o para todos as os as brasileiros as independente de credo etnia ou origem Pode se notar que h nesses par metros um respeito ao multiculturalismo entretanto s o expl citas as diferen as nos resultados educacionais Botler 2012 Ao mesmo tempo tem crescido no pa s a consci ncia do papel da educa o como um instrumento importante para o enfrentamento de situa es de preconceito e de discrimina o em variados contextos sociais e al m disso tem se percebido a sua necessidade para efetivar garantia de oportunidades em diferentes mbitos da sociedade Isso porque a desigualdade socioecon mica brasileira marcada pela mistura de popula es e etnias incide profundamente na organiza o da educa o Botler 2012 p 605 nesse sentido que a escola brasileira vem sendo chamada a contribuir cada vez mais no enfrentamento do que impede ou dificulta a participa o social e pol tica e que ao me
3. Depois de alguns anos na cidade o dinheiro se mostrou pouco e fugaz e chegou a dor da fome a tristeza da pobreza a ang stia da prostitui o e marginaliza o dos filhos e a saudade da terra natal Chegou tamb m o conhecimento sobre o que era des envolver Viana 1999 2 Afinal a preocupa o com a necessidade de fazer crescer economicamente que foi endeusada motivou contrafa es profundas no que ao bem estar dos habitantes de Paraty diz respeito que as orienta es pol ticas bem como os crit rios escolhidos para enquadrar os procedimentos a seguir marginalizam pergunta se se consciente ou inconscientemente os saberes os sentimentos as vontades e os interesses profundos das popula es nativas n o valorizando a respetiva inclus o social fator chave para o xito do processo Como poss vel assim fazer apelo ao princ pio da responsabilidade tal como foi concebido por Hans Jonas o qual nos impele tomada de uma consci ncia mais critica acerca da necessidade de poupar o mundo Taguieff 2004 323 Assim sendo compreende se que se torne muito pouco prov vel seduzir e cativar os cidad os para intervir de facto nas etapas de conce o implementa o e avalia o de qualquer plano amigo do ambiente Tamb m n o se resguarda o ambiente quando s o raras as iniciativas que se preocupam em capacitar t cnicos e pesquisadores para a utiliza o de m todos que criem cond
4. Montaigne M de 2007 Les Essais Paris La Pl iade Gallimard Moreau D 2011 1 De quoi la science peut elle r pondre In Fabre M amp Musti re P Ed Science Technique et Soci t de quoi sommes nous responsables Nantes Coiffard Moreau D 2011 2 Education et th orie morale Paris Vrin Moreau D 2012 L tranget de la formation de soi Le T l maque n 41 115 132 Moreau D 2014 thique et p dagogie entre institution de moralit et le d sengagement thique comment ouvrir le champ d un perfectionnement moral l cole In ducation et minimalisme Recherches en ducation Hors s rie n 6 Peugny C 2013 Le destin au berceau in galit s et reproduction sociale Paris Seuil Ranci re J 2005 La haine de la d mocratie Paris La Fabrique Renan E 1929 L avenir de la science Paris Calmann Levy Renan E 1990 La r forme intellectuelle et morale de la France Paris Complexe S n que 1994 Entretiens lettres Paris Laffont Spinoza B de 1955 uvres Trait de la r forme de l entendement Paris Gallimard La Pl iade 228 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014
5. Portanto a repti o est longe de ser uma condi ao de sucesso Tabela 3 Alunos inqueridos segundo n vel reprovado N vel Percentagem 7 Ano 27 6 8 Ano 38 8 9 Ano 17 3 10 Ano 14 1 11 Ano 2 2 12 Ano 0 0 Total 100 Segundo a tabela anterior a maior taxa de reprova o verifica se nos dois primeiros anos do ensino secund rio sendo que um 27 5 no 7 ano e um 38 8 no 8 ano No 9 ano a taxa de reprova o de 17 3 no 10 de 14 1 e no 11 de 2 2 o que comprova que a partir do 8 ano a taxa de reprova o diminui medida que aumenta o n vel de escolaridade Quanto ao rendimento escolar dos irm os dos inqueridos constata se que um 52 9 j tinham reprovado pelo menos uma vez sendo que um 23 3 tinham reprovado o 7 ano um 36 2 o 8 ano um 17 6 o 9 ano um 16 2 o 10 ano um 5 0 no 11 ano e um 1 7 o 12 ano Assim como os seus irm os inqueridos a maior taxa de reprova o verifica se nos dois primeiros anos do ensino secund rio 7 e 8 que representam o per odo de transi o entre o ensino b sico obrigat rio e o ensino secund rio Tabela 4 Alunos inqueridos segundo n vel reprovado N vel Percentagem 7 Ano 23 3 8 Ano 36 2 9 Ano 17 6 10 Ano 16 2 11 Ano 5 0 12 Ano 1 7 Total 100 Na pr tica significa para muitos alunos um momento de ruptura a n vel de exig
6. de Jovens Educa o Qualifica o e A o Comunit ria ProJovem que teve inicio em 2005 a cria o da Secretaria de Educa o Continuada Alfabetiza o e Diversidade SECAD ligada ao Minist rio da Educa o MEC e a implanta o do Fundeb que passa a abarcar a EJA Mesmo assim os resultados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IBGE Censo 2010 apontam que a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade baixou de 13 3 em 1999 para 9 6 em 2009 Essa queda de 3 7 em 10 anos indica que ainda h muito que se fazer para combater esse mal brasileiro Al m das campanhas governamentais citadas muitos projetos desenvolvidos em ONGs em igrejas em outras institui es do Terceiro Setor e em universidades oferecem a oportunidade de jovens e adultos realizarem um sonho aprender a ler e escrever Esse artigo tem por objetivo apresentar uma experi ncia de alfabetiza o de jovens e adultos desenvolvida pela Pontif cia Universidade Cat lica de S o Paulo PUC SP Trata se do projeto Educa o Interdisciplinar de Jovens e Adultos desenvolvido pelo N cleo de Trabalho Comunit rio NTC Busca se responder as seguintes perguntas A educa o n o formal atende as necessidades dos alfabetizandos O projeto Educa o Interdisciplinar de Jovens e Adultos desenvolvido pela PUC SP proporciona o reconhecimento social dos discentes Para respond las utiliza se entrevista semiestruturada com seis alfabeti
7. o para importantes no governo juntamente com os homens Em 1991 constitui se o primeiro governo integrado por mulheres depois desta data onde no executivo a participa o das mulheres no governo foram aumentando paulatinamente passando de 6 em 1991 para 24 em 2000 e actualmente de 40 Se formos fazer uma analogia entre o quadro 1 e 2 notamos que tanto no Parlamento como no poder executivo houve um aumento acentuado a partir dos anos 90 e que depois foi se aumentado paulatinamente de salientar que a propor o das mulheres no poder executivo aumentou de 0 no executivo em 1986 para 40 em 2008 o numero de mulheres no parlamento evolui de 1 em 1975 para 20 8 em 2011 Mesmo assim podemos dizer que a problem tica da desigualdade de g nero no acesso ao poder pol tico em Cabo Verde est longe de ser resolvido onde mais adiante teremos a oportunidade de confrontar esses dados com outras vari veis nomeadamente o impacto do desenvolvimento socio cultural econ mico e a sua repercu o a n vel da participa o pol tica e mais concreto no parlamento Como foi referida anteriormente esta tem tica de sub representa o das mulheres tem sido muito presente no debate p blico principalmente nos pa ses ditos democr ticos n o obstante as medidas legais impostas pelos partidos no tocante a presen a m nima das mulheres a fraca presen a das mulheres nos rg os do poder pol tico uma realidade n o apenas nos pa ses menos desen
8. 224 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 que les autres langues existent et qu elles nous influencent sans qu on le sache Glissant 2010 p 28 Ainsi pos le multilinguisme est une pratique de soi qui s oppose l h g monisme du monolinguisme qui consiste parler sa langue ferm e ibid Le multilinguisme est un rapport a soi en vue de la m tamorphose c est en cela qu il se distingue de la polyglossie qui elle peut bien masquer un monolinguisme radical et intol rant dans la mesure o l on peut parler plusieurs langues tout en les tenant dans un rapport hi rarchique ibid p 54 Ce que fait disparaitre la notion de multilinguisme apr s m me avoir balay le monisme et l h g monie de l universel c est cette qui tude au sein m me de notre langue maternelle relativement au sort des autres langues dont la disparition ne fait pas simplement na tre le regret de formes que l histoire mais quelle Histoire sinon celle de l Absolu aurait marginalis es jusqu leur extinction Car comme l explicite Glissant la disparition des autres langues menace la structure m me de celles qui subsistent en les rendant encore plus vuln rables leur rosion par un sabir international v ritable discours de la domination du monde Le multilinguisme est le pneuma que nous nous partageons sans le savoir car il n est pas n cessaire indique Glissant de parler d autres langues pour t
9. Martins Teixeira citado por Monteiro E 2008 Mulheres democracia e representa o pol tica In T Cunha e C Santos Orgs Das raizes da Participa o pol tica Rainha e Neves Lisboa Lda Santa Maria da Feira p 116 Costa S 2011 Mulheres e Participa o Pol tica no Cabo Verde Democr tico In C Fonseca amp C Fortes Orgs As Mulheres em Cabo Verde Experi ncias e Perspectivas Praia Edi es da UNICV Viegas J e Faria S 1999 Participa o Pol tica Feminina e Democracia Percursos Constrangimentos e Incentivos Sociologia Problemas e Pr ticas 30 55 87 vora R Obra citada p 9 42 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Em Cabo Verde a sub representa o politica das mulheres em todas as esferas politicas persiste nos dois maiores partidos politicos PAICV e MPD Neste sentido para que possa haver igualdade formal entre homens e mulheres podemos considerar as seguintes e Estabelecimento atrav s de legisla o nacional de quotas m nimas por sexo nas listas de candidatura e Cria o de quotas atrav s de regulamentos ou normas dos partidos pol ticos aprova o da legisla o condicionando a composi o por sexos dos rg os ou concelhos consultivos de nomea o pol tica Segundo Gra a Sanches se a mulher tem t o baixa representatividade no parlamento porque h alguma limita o e assim sendo estamos a falar de uma inconstituicionalidade Se a Lei M e prev
10. homme est un leurre et les savoirs dit il ne sont conquis que dans une exp rience singuli re et modifiable mes conceptions et mon jugement ne marchent qu tastons chancelant bronchant et chopant et quand je suis all le plus avant que je puis si ne me suis je aucunement satisfait Montaigne 2007 p 151 Essais I XXV En tant que penseur de la Renaissance Montaigne d couvre travers les guerres de religion que le v ritable conflit n oppose pas une religion v ridique des croyances h r tiques mais qu il se pose entre une pr tention la v rit universelle concernant l essence de l homme et les conceptions issues de la pens e antique dont la Renaissance rend l acc s nouveau possible qui d crivent l homme comme un tre en formation qui ne peut prendre connaissance de lui m me non par un dogme institu mais par le travail de transformation qu il op re sur lui m me Je ne vise icy qu d couvrir moy mesmes qui seray par aventure autre demain si nouvel apprentissage me change Montaigne 2007 p 153 Essais I XXV Le christianisme et la R forme ne sont pour Montaigne que des formes rivales d h g monie institutionnelle sur la vie humaine Parce qu elles d finissent une destination et la voie pour y acc der elles d poss dent l homme de sa propre exp rience de soi en la confiant des autorit s ext rieures qui le maintiendront en tutelle La
11. inteiramente implicado naquilo que observa p 285 O que o faz tornar se parte do todo ele se adapta e absorve os conhecimentos necess rios a sua sobreviv ncia e que melhor o inserem no contexto ao qual vive O corpo n o apenas recebe transforma transmite e armazena informa es ele uma m dia existindo in meras possibilidades de intera o entre este e o todo ao redor A capacidade armazenar conhecimento de adapta o e intera o contribui para infinitas propostas de cria o art stica que trazem imbricadas muitas experi ncias e refer ncias do criador ou int rprete criador A dan a contempor nea nasce em meados dos anos 50 quando Merce Cunningham inicia o que ficou conhecido como movimento p s moderno na dan a e por volta dos anos 80 passa a se chamar dan a contempor nea trazendo uma nova forma de ver criar e apresentar a dan a Engloba os movimentos tradicionais da dan a como Bal Cl ssico Jazz Moderno associadas a outras t cnicas como dan a teatro artes marciais esportes e outras pr ticas corporais diluindo as fronteiras existentes tornando as obras de dan a h bridas Os processos de cria o n o partem mais apenas de uma pessoa e sim de uma rela o de troca entre core grafo e int rpretes as diversas personalidades participantes de um processo criativo contribuem para a constru o da obra sendo assim cocriadores ou int rpretes criadores Em seus estudos sobre as pr ticas de dan a de
12. pol tico social e cultural diferenciados pelas suas atitudes e interesses intenta identificar a opress o e a subalterniza o de culturas e sujeitos erros hist ricos no processo de forma o identit ria dos negros da mulher dos homossexuais dos pobres dos deficientes e daqueles vistos como incapazes molengas fracos lerdos etc Canen 2007 2009 Candau 2002 2005 Cumpre tamb m a fun o de expor as hip teses ing nuas que normalmente permeiam as ressignifica es sofridas por uma pr tica social qualquer Se o que se pretende formar cidad os para uma sociedade menos desigual como n o debater as quest es de g nero presentes na trajet ria de alguns artefatos da cultura Ou as quest es de classe e etnia que marcaram certas manifesta es Como n o indagar as quest es de classe g nero cultura e etnia incrustadas em tantos discursos preconceituosos Kincheloe e Steinberg 1999 alertam que a car ncia de atividades que proporcionem a an lise dos artefatos existentes far persistir a cegueira cultural que impede o reconhecimento das rela es sociais do mundo vivencial A pedagogia que caracteriza o curr culo multicultural d visibilidade g nese e ao desenvolvimento contextual das pr ticas sociais Seguindo as recomenda es de Torres Santom 1998 e Giroux e Simon 2005 as revela es preparam o ambiente para a desconstru o dos significados impl citos nos discursos que desqualificam certas manif
13. G 2008 Em minhas aulas de hist ria eles sempre distorcem as coisas da maneira oposta a oposi o da juventude ind gena domina o cultural em uma escola urbana In Apple M W amp Buras K L Orgs Curr culo poder e lutas educacionais com a palavra os subalternos Porto Alegre Artmed p 125 144 McLaren P 2000 Construindo Los Olvidados na Era da Raz o descrente In Multiculturalismo revolucion rio pedagogia do dissenso para novo mil nio Porto Alegre Artmed 134 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Mclaren P amp Giroux H 2000 Escrevendo das margens geografias de identidade pedagogia e poder In Mclaren P Multiculturalismo revolucion rio pedagogia do dissenso para novo mil nio Porto Alegre Artmed p 25 50 Mizukami M G N 1986 Ensino as abordagens do processo Sao Paulo EPU Moreira A F B 2001 A recente produ o cient fica sobre curr culo e multiculturalismo no Brasil 1995 2000 avan os desafios e tens es Revista Brasileira de Educa o Rio de Janeiro n 18 p 65 81 Moreira A F B amp Candau V M 2003 Educa o escolar e cultura s construindo caminhos In Revista Brasileira de Educacdo n 23 p 156 168 Neira M G A reflex o e a pr tica do ensino Educa o F sica S o Paulo Blucher 2011 Pereira A 2004 Educa o multicultural teorias e pr ticas Porto Asa Silva T T 1994 A nova direita e as transforma es na soc
14. O desafio das identidades In B Sousa Santos Ed Globaliza o fatalidade ou utopia pp 489 518 Porto Afrontamento Moita Lopes L P 2006 Uma lingu stica aplicada mesti a e ideol gica In L P Moita Lopes Ed Por uma lingu stica aplicada indisciplinar 2 ed pp 13 42 S o Paulo Par bola 96 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Moita Lopes L P 1996 Oficina de linguistica aplicada a natureza social e educacional dos processos de ensino aprendizagem de linguas Campinas Mercado de Letras Paiva V L M O 2009 Hist ria do Material did tico de l ngua inglesa no Brasil In R Dias V L L Crist v o Orgs O livro did tico de lingua estrangeira m ltiplas perspectivas pp 17 56 Campinas Mercado de Letras Paran 2008 Diretrizes Curriculares da Educa o B sica L ngua Estrangeira Moderna Curitiba Secretaria de Estado da Educa o Pennycook A 2006 Uma lingu stica aplicada transgressiva In L P Moita Lopes Ed Por uma lingu stica aplicada indisciplinar pp 67 83 S o Paulo Par bola Pennycook A 2001 Critical applied linguistics a critical introduction Mahwah New Jersey and London Lawrence Erlbaum Associates Publishers LEA Rajagopalan K 2003 Por uma lingu stica cr tica linguagem identidade e a quest o tica S o Paulo Par bola Rajagopalan K 2003 Repensar o papel da lingu stica aplicada In L P Moita Lopes Ed Por uma lingu
15. OEQ 23 Sources of their knowledge OEQ 24 Desire of living in EU OEQ 25 Meaning of Special Partnership European Union Cape Verde OEQ 26 Visit Europe CEQ The summary allows one to conclude that three main points appearing the questionnaire 1 the student s personal information 11 information studied in the SE which are related to Cape Verde Africa Europe and America iii impressions and information that lead the students to connect to Europe and Africa The questionnaires were submitted in three municipalities chosen in Santiago Island Santa Catarina Tarrafal and Praia The table below reveals information about the targeted group Table 2 Characterization of the targeted group frequency by Gender Age area of study in SE and Residence based on their Municipalities Gender Age Area of study in SE Residence Belial 15 Municipalities i i eee F M to ar il ae Humanities Economics Science and City Village Countryside 17 to 19 Technology Santa 33 14 8 30 9 22 19 7 18 10 18 Catarina Tarrafal 11 7 2 13 2 1 3 14 0 15 3 Praia 15 19 16 18 0 16 7 11 33 1 0 Total 59 40 26 61 11 39 29 32 51 26 21 As shown in table 2 the following conclusions can be drawn i the majority of the individuals involved in the research are female mainly from Santa Catarina municipality ii more than half of the targeted group are between 17 and 19 age bracket iii
16. Paris Gallimard 1985 Le Sacr et le Profane Paris Gallimard 1990 Mythes R ves et Myst res Paris Gallimard Fien J amp Maclean R 2000 Teacher Education for Sustainability IL Two Teacher Education Projects from Asia and the Pacific Journal of Science Education and Technology Vol 9 n 1 pp 27 36 Foucault M 1980 Power Knowledge Selected Interview and Other Writings 1972 1977 Londres Harvester Gil P rez D Vilches A Edwards M amp Vital dos Santos M L 2000 Las Concepciones de los Profesores Brasilefios Sobre la Situaci n del Mundo Investiga es em Ensino de Ci ncias 5 3 Consultado em http www if ufrgs br public ensino vol5 n3 13incide htm Acesso em 18 08 2013 Guattari F 1991 As Tr s Ecologias Campinas Papirus Editora Gusdorf G 2005 Reflex es sobre a Idade de Ouro Tradi o da Idade de Ouro no Ocidente In SIMOES M B Org Os Templ rios O Esp rito Santo e a Idade de Ouro Lisboa Esquilo pp 13 43 Guthrie W K C 1956 Les Grecs et Leurs Dieux Paris Payot Guti rrez J amp Benayas J 2006 Educa o para o Desenvolvimento Sustent vel Fundamentos Programas e Instrumentos para a D cada 2005 2014 ID Revista Iberoamericana de Educaci n n 41 pp 17 20 Guti rrez J amp Pozo M T 2006 Modelos Te ricos Contempor neos y Marcos de Fundamentaci n de la Educaci n Ambiental para el Desarrollo Sostenible Revista
17. a escola configura se como a institui o que pode tanto ressaltar nossa diversidade natural social e simb lica como expor as injusti as geradas por certo ide rio que alude harmonia de ra as g neros e classes Dessa forma a educa o conservar se como a pedra de toque que valora aquilo que somos e ou que intentamos ser como na o Tomando isso por hip tese consideramos que fazer parte da educa o oficial constitui um importante par metro de avalia o das a es e ganhos reais para os diferentes grupos da sociedade civil Ou seja fazer parte dos curr culos valora suas demandas representando tanto o prest gio da sua atua o quanto da organiza o e aceita o pol tica dos mesmos Assim diferentes lutas dos movimentos sociais parecem n o s adquirir maior visibilidade mas tamb m alcan arem um importante marco nas suas demandas pol ticas ao serem integradas s grades curriculares obrigat rias Entendendo se como princ pios norteadores da democracia o livre debate e seus conflitos constitutivos h de se notar que as demandas sociais apresentam din micas pr prias Por n o se tratarem de elementos est ticos tais demandas adquirem variadas conjecturas compondo deslocamentos e ressignifica es em distintos momentos hist ricos Devido a isso selecionamos tr s documentos federais de educa o publicados entre os anos de 1997 e 2007 com a finalidade de mapear como a valoriza o das diversida
18. autre Paris Galil e Diderot D 1951 Suppl ment au voyage de Bougainville uvres Paris Gallimard La Pl iade Finkielkraut A 1989 La d faite de la pens e Paris Gallimard Foucault M 2001 L herm neutique du sujet Paris Gallimard Seuil Foucault M 2004 S curit territoire population Paris Gallimard Seuil Glissant E 2010 L imaginaire des langues Paris Gallimard Herder J G 1964 Une autre philosophie de l histoire Paris Aubier Montaigne Herder J G 1977 Trait sur l origine de la langue Paris Aubier Herder J G 1997 Sammlung von Gedanken und Beispielen fremder Schfrifsteller ber die Bildung der Volker Werke Band 9 2 Frankfurt am Main Deutscher Klassiker Verlag Hobbes T 1999 L viathan Paris Dalloz In Les Stoiciens et leur logique Paris Vrin Imbert C 1978 Th orie de la repr sentation et doctrine logique dans le stoicisme ancien La Bo tie E de 2002 Discours de la servitude volontaire Paris Payot Lefort C 1994 L invention d mocratique Paris Fayard Luther M 2001 Du serf arbitre Paris Gallimard Lyotard J F 1998 La condition postmoderne Paris Seuil Mac Adams D P 1993 The story we live by Personal myths and the making of the self New York William Morrow amp Company Milner J C 1984 De l cole Paris Seuil Milner J C 2003 Les penchants criminels de l Europe d mocratique Paris Verdier
19. avoir de la nature une connaissance telle qu elle suffise l acquisition de cette nature sup rieure en second lieu de former une soci t telle qu elle est d sirer pour que le plus d hommes possible arrivent au but aussi facilement et s rement qu il se pourra Spinoza 1955 14 La langue de la Cosmopolis Ma langue n est pas ma langue Or jamais cette langue la seule que je sois ainsi vou parler tant que parler me sera possible la vie la mort cette seule langue vois tu jamais ce ne sera la mienne Jamais elle ne le fut en v rit Derrida 1996 p 14 Le monolinguisme l est toujours de l autre du fait m me dit Derrida que la langue que nous parlons est d emprunt et empreinte d une Spectralit qui nous a pr c d s et qui nous hante C est pourquoi ajoute t il en disant que la seule langue que je parle n est pas la mienne je mai pas dit qu elle me f t trang re ibid p 18 D o vient le corps des deux propositions centrales de la conf rence de Derrida 1 On ne parle jamais qu une seule langue ou plut t un seul idiome 2 On ne parle jamais une seule langue ou plut t il n y a pas d idiome pur ibid p 23 Ces deux propositions semblent incompossibles du point de vue logique mais elles sont ins parables d s que l on prend le concept d idiome au s rieux c est dire comme ce qui structure une communaut en pr
20. desconforto tem sido atribu do tentativa de reproduzir os objetivos e pr ticas de uma escola para poucos escola para todos Moreira e Candau 2003 Torres Santom 2003 Canen 2008 e muitos outros suspeitam que na maioria das vezes o discurso da igualdade traduzido pela oferta de um s curr culo aquele em que predominam os significados culturais dos grupos favorecidos Pragmaticamente a vis o que parece predominar Se considerarmos que a experi ncia escolar privilegia a cultura hegem nica as pessoas oriundas dos setores economicamente privilegiados da popula o encontram na escola as melhores condi es de sucesso O acesso ao mesmo ensino faz com que os estudantes de origem desprivilegiada saiam em desvantagem ou como detectou Martinez 2008 destor am as coisas da maneira oposta p 129 ou pressionem por espa o para que seus conhecimentos sejam reconhecidos como leg timos Apple amp Buras 2008 Isso demonstra que a alentada igualdade na escola est focada no sentido de uniformiza o e jamais numa igualdade no sentido cr tico Candau 2002 pondera que tratamento igual n o significa tratamento que uniformiza desrespeita padroniza e apaga as diferen as O que se deseja uma igualdade pautada no 124 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 di logo entre os diferentes que explore a riqueza oriunda da pluralidade de tradi es e culturas Enquanto a diversidade cultural for um obst culo para o
21. do modelo aut nomo de letramento em detrimento do modelo ideol gico a presen a de textos n o aut nticos a nfase em atividades de decodifica o com foco na gram tica e a caracteriza o estereotipada de brasilidades Em menor grau identificamos a presen a atividades de leitura favor veis problematiza o de tem ticas de relev ncia social prop cias ao engajamento discursivo do aluno quest es para debate a partir dos textos que favorecem a participa o e valoriza o do contexto sociocultural do aluno Em linhas gerais a an lise apontou a necessidade de o livro did tico ser compreendido como uma fonte de ideologias que precisam ser contestadas e problematizadas por alunos e professores visto que nenhum discurso neutro ou isento de intencionalidade Palavras chave identidades l ngua inglesa livro did tico letramento cr tico Introdu o Ana Paula Domingos Baladeli Aparecida de Jesus Ferreira Abstract The textbook has been constantly object of researches and it is continued playing a central role both in the processes of teaching and learning as the construction of identities of students and teachers Thus the aim of this paper is to present the final results of analysis of brazilities characterization of being Brazilian present in digital texts in English language textbooks distributed in Brazilian public schools by the National Textbook PNLD The analysis is based on the New Literacy Stu
22. educativo Segundo Toranzos 1996 o conceito sobre qualidade de educa o possui v rias dimens es que s o complementares entre si A primeira dimens o v a qualidade de educa o como sin nimo de efic cia em conseguir os objectivos propostos Ou seja uma educa o de qualidade aquela que garante que os alunos aprendam o que est estabelecido nos planos e programas curriculares Quer dizer que atinjam os objectivos m nimos definidos para cada n vel ou etapa educativa Neste sentido os resultados educativos como a taxa de aprova o o abandono escolar e a transi o de um ciclo a outro s o alguns indicadores que contribuem para uma defini o da qualidade de um determinado sistema de ensino A segunda dimens o do conceito da qualidade de educa o enfatiza a relev ncia do que se aprende num sistema de ensino concreto quer a n vel individual ou social Assim um 66 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 sistema educativo de qualidade quando os contetidos contribuem para o desenvolvimento intelectual afectivo moral e f sico dos alunos Isto a qualidade de educa o est relacionada com a prepara o dos indiv duos para a sua participa o na vida econ mica pol tica e social da sociedade em que est inserido A terceira dimens o prioriza os processos e meios educativos que o sistema educativo oferece aos educandos Nesta perspectiva um sistema educativo de qualidade aquele que ofere
23. es pertencentes a minorias assim como declara es e conven es internacionais sobre condi es de trabalho especialmente aquelas que j se encontram sistematizadas pela Organiza o Internacional do Trabalho A p 66 67 68 69 Interc mbio de informa es com crian as de diferentes lugares do Pa s por meio de cartas jornais v deos fitas cassete etc A p 61 Prepara o de roteiros levantamento e escolha de fontes diversas para entrevistas depoimentos observa es pesquisas etc e sua efetiva o A p 61 Reprodu o de instrumentos t cnicas objetos e formas de representa o de diferentes culturas para analisar e compreender suas estruturas e funcionamentos A p 61 Uso de textos escritos e orais e representa es gr ficas narrativas reportagens pesquisas objetos fotos ilustra es maquetes desenhos etc tanto para busca de informa es levantamento sele o observa o compara o interpreta o quanto para registro e comunica o de dados anota o reprodu o discuss o reinterpreta o A p 61 Estes princ pios e seus desdobramentos mostram exig ncias de mudan a de mentalidade de maneiras de pensar e agir dos indiv duos em particular assim como das institui es e de suas tradi es culturais p 20 conex o dos objetivos estrat gias de ensino e atividades com a experi ncia de vida dos alunos e professores valorizando aprendizag
24. fica tecnol gica e social e um compromisso de envolvimento em a es que contribuam para um futuro sustent vel da Terra Desenvolvimento sustent vel a emerg ncia de um compromisso Os alertas emanados por algumas organiza es internacionais como a ONU ou a UNESCO procuram analisar as rela es entre a problem tica da sustentabilidade e os atuais modelos de tipo desenvolvimentista n o distributivos e n o generaliz veis num planeta que limitado em termos de recursos naturais no qual cada gera o de cidad os gestora e n o dona dos bens Thomas Malthus 1766 1834 e William Jevons 1835 1882 manifestaram preocupa es com o esgotamento dos recursos naturais voltando estas quest es a ser trazidas para o dom nio ambiental com reflexo ao n vel da pr pria opini o p blica nos anos 60 e 70 do s culo passado De facto as fronteiras dos problemas s cio ambientais come aram a esbater se procurando se uma perspetiva global convertendo a situa o do mundo em objeto de preocupa o imediata Gil P rez et al 2000 Numerosos eventos ocorreram no sentido de proporcionar estrat gias e compromissos pol ticos sociais e educativos suscitando o envolvimento de diversos agentes na resolu o dos problemas que afetam a sustentabilidade do planeta e realiza o da Confer ncia das Na es Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em Estocolmo em 1972 Na Declara o de Estocolmo apontaram se propostas de atua o com
25. identidade cabo verdiana Se por um lado o sujeito assume a africanidade por outro lado ele enfatiza as origens europeias e por conseguinte para se posicionar termina por assumir uma identidade singular a cabo verdianidade ou seja nem africano nem europeu apenas cabo verdiano Trata se a rigor de um povo considerado mesti o em resultado da fus o das v rias culturas e etnias que se mesclaram no arquip lago e deram origem a uma popula o e a uma cultura diferentes de todas as demais culturas e povos africanos Segundo as falas de alguns estudantes o problema n o estaria em assumir a frica ou seja em se identificar como africano pela posi o geogr fica do pa s mas o que estaria implicitamente em causa seria uma suposta nega o de uma identidade racial A hip tese que se coloca que os investigados entendem que ao assumirem se como africanos estariam se autodenominando negros ou pretos termo mais usado em Cabo Verde uma condi o n o muito bem definida entre os cabo verdianos pois a grande maioria se identificam como mesti os Ao assumirem se como cabo verdianos um povo singular cuja identidade n o se fixa a um determinado grupo tnico a identidade se processa entre o ser igual e o ser diferente como se observa nos discursos destes jovens universit rios no Rio de Janeiro sou africano mas um africano diferente ou sou africano mas n o totalmente Ness
26. menores custos Pereira 2006 Foi um momento hist rico de grande import ncia tanto para o desenvolvimento mesmo que de forma extremamente desigual tanto para a cidade quanto para o Estado e mesmo para as popula es locais Ficando at hoje heran as arquitet nicas e mesmo socioculturais desse per odo tamb m conhecido como o Boom da borracha A Amaz nia volta ao isolamento at a implanta o da Zona Franca de Manaus em 1957 pelo deputado Francisco Pereira da Silva durante o governo de Juscelino Kubitschek aprovando a lei n 3 137 de 06 de junho de 1957 no Congresso Nacional Pereira 2006 a Zona Franca que ainda mant m a cidade ativa isso muitos anos depois de sua implanta o e s permanece por estrat gias pol ticas o que s aumenta a necessidade de se ter realmente uma pol tica interna de desenvolvimento Antes do per odo da borracha teve a economia de extrativismo de especiarias como pimenta entre outros temperos conhecido como das drogas do sert o depois vieram o per odo da borracha e da Zona Franca que perdura at os dias atuais o Amazonas ainda n o tem uma pol tica de desenvolvimento interno vigente o que ainda acontece parece ser uma pol tica de explora o da regi o 24 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Amaz nica com a maior parte do lucro beneficiando o capital estrangeiro e das regides Sul e Sudeste do pais Em 1956 h registros em jornais de manifesta es art sticas e de artistas da cidad
27. ncias planos curriculares contexto social e educativo e consequentemente com reflexos no desempenho escolar sobretudo para os alunos do meio rural e de situa o 74 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 sociocultural e econ mica desfavorecida Quanto ao abandono escolar apenas 1 4 dos alunos inqueridos reponderam que tinham abandonado a escola pelo menos uma vez O que refor a a tese de que a maioria dos alunos que abandonam os estudos antes de conclu rem o ensino secund rio n o retomam os estudos no ano lectivo seguinte pelo menos a n vel do ensino p blico Entretanto alguns acabam transferindo se posteriormente para o ensino secund rio privado ou para o mercado de trabalho informal Para uma melhor an lise do abandono escolar procuramos conhecer tamb m o percentual dos alunos inqueridos que tinha pelo menos um irm o que alguma vez tivesse abandonado os estudos antes da conclus o do ensino secund rio e qual foi o n vel em que abandonou Sobre a reprova o dos irm os um 27 2 dos inqueridos responderam que tinham pelo menos um irm o que abandonou os estudos antes da conclus o do ensino secund rio Destes um 34 4 n o chegaram a concluir o ensino b sico um 36 2 abandonaram a escola nos dois primeiros anos do ensino secund rio 15 2 no 7 ano e 21 no 8 ano um 22 7 no segundo ciclo 11 9 no 9 ano e 10 8 no 10 e apenas um 5 9 no terceiro ciclo 4 8 no 11 e 1 1 no 12 Dos resultados e
28. nfase desse conceito nos tr s documentos estudados fazendo o parecer como algo bastante naturalizado e muitas vezes utilizado em substitui o ao controverso conceito de ra a 3 A constru o ainda em curso de diferentes formas de uma narrativa de orgulho negro uma grande tend ncia presente nos documentos 02 e 03 De forma un nime os documentos veem como etapa imprescind vel para supera o de uma democracia falsa e injusta o imperativo de que as ra as culturas identidades principalmente a negra sejam reconhecidas em suas diferen as para que alunos e professores tenham orgulho dessa ancestralidade que n o se resume escravid o Embora imprescind vel para a quest o abordada qual seja as rela es entre diversidade cultural e a educa o n o pretendemos aqui uma abordagem hist rico pol tica da complexa quest o envolvendoa miscigena o brasileira e o mito da democracia racial Foi nosso prop sito cartografar por meio de uma leitura sistem tica dos documentos federais de educa o as diferentes estrat gias de luta e resist ncia dos v rios grupos ali refletidos Os desentendimentos as altera es de significados eas aloca es de conceitos em outros campos sem nticos s o por n s percebidos nesse curto espa o de tempo 1997 2007 como emerg ncias que vem se produzindo principalmente desde a redemocratiza o do Brasil Por meio dessa perspectiva parcial e intencionada buscamos
29. o que implica necessariamente uma mudan a de paradigma ainda em aberto e que suscita uma s rie de desafios criatividade e ao comprometimento de todos aqueles que estejam dispostos a escutar os or culos da Terra M e Gaia Por m essa escuta pressup e uma condi o necess ria ainda que n o suficiente que aquela de renunciarmos aos efeitos perversos da hybris ou seja de sabermos renunciar ao fantasma das desmesura e da grandeza e a reaprender o politico no sentido forte a saber a determina o coletiva do estar em comunidade Bourg 2002 249 O palpitar do imagin rio m tico subjacente a uma conce o de envolvimento sustent vel e a uma vis o do mundo e do modo de vida que lhe est associado remete nos tamb m para um tipo de imagin rio social enformado numa rela o de comprometimento com a inclus o social de todos os cidad os Considera es finais O desafio que os autores do artigo se colocaram foi pese embora o curto espa o dispon vel proporcionar uma reflex o que d um contributo na procura de respostas para um relevante problema com implica es ao n vel de inclus o social Trata se de uma atitute comprometida relacional da humanidade com o planeta no qual nos realizamos ou n o como pessoas vistas aqui numa l gica de seres em rela o A conflitualidade relacional vigente mitologicamente tida como prometeica necessitar de dar lugar a uma postura de simbiose plural de matriz
30. o nao deixa de se articular com o desafio do desenvolvimento da perspetiva de mundializa o da sociedade internacional com a profus o de mundivid ncias e constru es culturais na qual universalidade sem ser sin nimo de uniformidade de acordo com Jeanne Hersch um ato de f pelo qual todo o ser humano reconhece em todo o ser humano um sentido de humanidade 1981 Curiosamente uma d cada depois deste significativo jogo de palavras da Professora Jeanne Hersch a Confer ncia Mundial sobre Ci ncia em Budapeste considerou que a educa o deve promover o desenvolvimento de capacidades em todos os membros da sociedade para que em conjunto possam trabalhar para um futuro sustent vel Alertou para a necessidade de se re pensarem e re orientarem os curr culos os programas disciplinares e as pr ticas educativas Apelou para a necessidade de todos os cidad os possu rem os conhecimentos b sicos as capacidades de racioc nio e de pensamento cr tico os valores e as atitudes de respeito por si pr prios pelos outros e pelo ambiente bem como promoverem o desenvolvimento das compet ncias necess rias para uma interven o mais positiva e respons vel na sociedade na procura de solu es para os problemas que afetam o planeta Terra No decorrer desta Confer ncia declarava se que atualmente mais do que nunca necess rio fomentar e difundir a alfabetiza o cient fica em todas as culturas e em todos os setores da sociedade assim
31. o possuem idade para ingressar no mercado de trabalho Contudo muitos acabam ingressando no mercado informal de trabalho onde os contratos s o prec rios e os sal rios baixos Um percentual significativo dos alunos n o tinha ou tinha apenas alguns livros did cticos o que pressup e que para estudarem tinham que recorrer aos apontamentos passados pelos professores na sala de aula ou a fotoc pias O que acaba tendo repercuss es nos resultados educativos obtidos devido a import ncia dos materiais did cticos no processo ensino aprendizagem Pressup e que os alunos mais pobres s o os que menos disp em de livros did cticos devido aos seus custos 80 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Tamb m s o poucos os alunos que frequentam bibliotecas mais de duas vezes por semana o que demonstra por um lado a falta de h bito de leitura e por outro a inexist ncia de bibliotecas e ou de bibliotecas com condi es deficit rias situa o sociocultural e econ mica dos pais importante na explica o dos resultados escolares dos alunos Observa se que o n vel de estudo alcan ado pelos pais sobretudo o da m e especialmente significativo n o s na explica o do acesso ao ensino mas tamb m sobre os resultados escolares dos alunos medida em termos de taxa de reprova o e taxa de abandono escolar Entretanto apesar da import ncia dos resultados obtidos nota se que apesar da rela o ser significativa entre a vari v
32. os as professores as assim como toda a comunidade escolar devem estar aptos tamb m para criar e manter espa os verdadeiramente inclusivos nas escolas Palavras chave diferen a cultura escola Introdu o Polianne Delmondez Abstract The centrality of the debate about the current changes in education such as inclusion policies affirmative action or own discussion on the right to education involves a reflection on the meaning of these changes It is understandable therefore that education is one of the most important fields of debate on the issue of equality and difference given that education is a fundamental dimension of citizenship and the right to school education is one of those spaces that have not lost nor lose its relevance The interest therefore is to contextualize the cultural and historical processes involved in the institutionalization of school and then situate the challenges and current trends put the brazilian education with regard mainly to the management policies of cultural difference More than didactically coping with the differences or the singularities present in the classroom the teacher as well as the entire school community should also be able to create and maintain spaces truly inclusive in schools Keywords difference culture school Este texto tem como objetivo discutir as tend ncias e desafios postos educa o brasileira no que diz respeito s pol ticas de gest o da difer
33. que podem ser percebidas atrav s dos tra os culturais h bitos e costumes forma o tnica l ngua literatura etc Essas semelhan as de fato contribu ram para uma f cil inser o social dos ilh us na sociedade brasileira e carioca em particular Verifica se nessa intera o uma coexist ncia pac fica entre as duas culturas sem maiores choque ou conflitos identit rios que favorece a constru o e ou reconstru o de uma identidade cultural positiva nessa perspectiva que os estudantes cabo verdianos no Rio de Janeiro tomados tanto como sujeitos quanto como objetos de representa o t m constru do um conhecimento ao mesmo tempo pr tico e reflexivo da sua inser o nos contextos brasileiro e carioca atrav s do contato face a face com a sociedade receptora a partir das representa es que j haviam elaborado no pa s de origem sob a influ ncia dos meios de comunica o de massa Refer ncias Abric J 2001 Pr cticas Sociales y Representaciones Filosofia y cultura contempor nea p 57 68 Bento Artur Monteiro Memoria Hibrida lidentidade e Diferen a uma Vis o Multipla da Comunidade Caboverdian no Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2005 190p Durkheim Emile As Formas Elementares da Vida Religiosa O sistema tot mico na Austr lia tradu o de Paulo Neves S o Paulo Martins Fontes 1996 Cole es T picos Halbwachs Maurice 1877 1945 A mem ria coletiva S o Paulo V rtic
34. ria e Cultura Afro Brasileira e Africana DOCUMENTO 03 tica e Cidadania Construindo Valores na Escola e na Sociedade site MEC Constru o de uma identidade nacional plural A p 19 23 24 Justi a A p 17 29 34 39 51 Etica A p 19 27 29 35 39 40 57 Dignidade Universal e cultural A p 19 22 29 34 36 44 47 52 64 Supera o da desigualdade social e discrimina o A p 20 21 29 30 35 35 41 42 51 Vis o Universalista A p 19 22 34 47 58 69 Necessidades de constru o de valores e pr ticas que permitam o reconhecimento e a valoriza o da exist ncia das diferen as tnicas e culturais e a supera o da rela o de domina o e exclus o ao mesmo tempo em que se constitui a solidariedade A p 27 Pol ticas de Repara es p 10 11 12 13 Valoriza o de A es Afirmativas p 10 11 12 13 17 28 Reconhecimento da identidade p 10 11 13 16 20 24 31 32 Supera o do racismo e da indiferen a p 16 36 Consci ncia Pol tica e Hist rica da Diversidade p 18 igualdade b sica da pessoa humana como sujeito de direitos supera o da indiferen a injusti a e desqualifica o dos negros ndios e classes populares Fortalecimento de identidades e direitos p 19 esclarecimento a respeito de equ vocos quanto a uma identidade humana universal A es Educativas de combate ao racismo e a discrimina es p 19 tica D
35. single study or a program of study pp 526 528 In terms of characteristics it is important to highlight the fact that this method helps collect and analyze both quantitative and qualitative data which combined linked and mixed the analysis and the discussions The theoretical and historical analyses turn out to be clear about the following issues Firstly it was obvious that we might promote a basic but useful debate about the meaning of representation as a concept The followings authors were cited as references Butler 2007 Hoffman 2001 Hall 1987 and Moscovic quoted by Butler 2007 Secondly it was also necessary to conduct an appropriate research in respect to the historical evolution of the educational system mainly SE in Cape Verde in the colonial and postcolonial context Of all the authors involved in the debate one should highlight Cabral n d Mungazi 1996 Vinck 1995 Wane 2008 Armah 2006 etc Also there are several other relevant historical documents and textbooks used Table 1 Summary of textbooks used in the research Textbook Reference Subject Period Rep blica de CV Minist rio da Educa o ME Hist ria 1 Ensino History Before the Educational Secund rio Curso Geral Rio Tinto Asa 1986 Reform 1990 Rep blica de CV ME Avan ar 2 manula de L ngua Portuguesa 2 Portuguese Before the Educational Ano do Curso Geral Porto Porto Editora 1987 Language
36. stica aplicada indisciplinar 2 ed pp 149 155 S o Paulo Par bola Street B V 1995 Literacy in theory and practice Cambridge Cambridge University Press Street B V 2003 What s new in new literacy studies Critical approaches to literacy in theory and practice Current issue in comparative education teachers college Columbia University p 77 91 Acesso em 3 de julho 2013 de http www people iup edu gnvp D K articles from 20 Atsushi Street 20 2003 pdf Street B V 2009 Entrevista Revista L ngua Escrita 7 p 84 92 Acesso em 9 de setembro 2013 de http www ceale fae ufmg br linguaescrita artigo php id 1 amp pg 1 T lio R C 2008 O papel do livro did tico no ensino de l ngua estrangeira Revista Eletr nica do Instituto de Humanidades VID XXVI p 117 144 Acesso em 24 de julho 2013 de http publicacoes unigranrio com br index php reihm article view 33 Tortato C 2010 O livro did tico p blico de ingl s uma an lise a partir das diretrizes curriculares de l ngua estrangeira moderna do estado do Paran Disserta o Mestrado em Educa o Curitiba Universidade Federal do Paran A inclusao social de jovens e adultos por meio de um projeto de alfabetizacao Resumo O analfabetismo no Brasil ainda se encontra em patamares alt ssimos e diante desse fato n o poss vel deixar de discutir o tema Al m dos programas governamentais de ONGs e de entidades do Ter
37. un c t le gouvernement pastoral qui recherche la conversion par le renoncement soi dans la qu te d une v rit identitaire pure puisque transcendante de l autre l ducation m tamorphique par laquelle l tre se transforme dans la pratique langagi re d une langue qui n est pas la sienne et qui ipso facto dissout toute illusion d une ips it d une identit stable et pure de tout m lange Ce conflit n est pas une vue de l esprit mais il d crit effectivement la plupart des processus politiques et sociaux contemporains lorsque les formes r siduelles de gouvernement pastoral pr parent par l ducation le champ d exercice du pouvoir des tats nations On comprend mieux d s lors l obstination politique du n olib ralisme en France pr tendre s abriter derri re une qu te d identit nationale Il ne s agit pas de ressusciter un Grand r cit au sens de Lyotard Lyotard 1998 ou de redonner vie un mythe moribond mais bien d exclure et disqualifier du champ du partage du pouvoir ceux et celles qui ne se seraient pas conform s la conduite ob issante que requiert une identit nationale dans un examen constant de sa culpabilit de ses insuffisances et de la valeur de son propre sacrifice relativement l attente que l tat a des conduites de ses citoyens D s lors ceux qui ne r ussissent pas l cole s ils sont m me sur plusieurs g n rations d orig
38. xito escolar n o haver respeito s diferen as mas produ o e reprodu o das desigualdades Se o aumento da demanda n o inspirou de imediato uma reconfigura o dos curr culos visando incluir as experi ncias de vida dos novos alunos nestes tempos em que os princ pios neoliberais instalaram se tamb m no interior da escola Silva 1994 1996 Gentili 1996 Apple 1999 2003 2006 Torres Santom 2003 ilus rio aguardar que o reconhecimento e a valoriza o das variadas formas pelas quais os diferentes grupos manifestam sua cultura sejam tranquilamente assumidos como princ pios curriculares H que lutar Pode se resistir a estas ideologias neoliberais a partir da pr pria escola ao estreitar sua colabora o com todos os coletivos sociais que tentam frear o avan o do pensamento nico Torres Santom 2001 p 77 De diversas maneiras o assunto tem marcado presen a na agenda dos debates acad micos gerando pol micas entre os defensores de diferentes teorias do curr culo e nas pautas das pol ticas educacionais sobretudo daqueles setores mais comprometidos com a amplia o dos espa os participa o cidad Assim reconhecer e valorizar a cultura experiencial dos alunos parece ter se transformado em um dos aforismos que atravessam o discurso pedag gico recente Nos ltimos tempos express es como escola para todos educa o inclusiva respeito diversidade cultural valoriza o
39. 1997 Teoria social e educa o Uma cr tica das teorias de reprodu o social e cultural Porto Editora Afrontamento OREAL UNESCO 2007 El derecho a una educaci n de calidad para todos en Am rica Latina e Caribe REICE 5 3 Puellez Ben tez M 2009 Calidad reformas escolares y equidad social en pol ticas educativas y compromiso social el progreso de equidad y la calidad Barcelona Editora Octaedro 2009 Puig Rovira J M 2003 Educaci n en valores y fracaso escolar en fracaso escolar una perspectiva internacional Madrid Editora Alianza Rangel A M 1994 Insucesso escolar Lisboa Editora Instituto Piaget Repiso I amp Mercedes M 2004 Mujer y educaci n en la Union Europea In Mujeres y igualdades de oportunidades Salamanca Editora Pontificia Universidad de Salamanca IEEDH Sandoval Hern ndez A 2007 La equidad en la distribuci n de oportunidades educativas en M xico un estudio con base en los datos de EXANI Revista electronica iberoamericana sobre calidad eficacia y cambio en educacion 5 1 pp 22 24 Seibold J R 2000 La calidad integral en educaci n Reflexiones sobre un nuevo concepto de calidad educativa que integre valores y equidad educativa Revista electronica iberoamericana sobre calidad eficacia y cambio en educaci n 23 pp 215 231 Toranzos L 1996 Evaluacion y calidad Revista electronica iberoamericana sobre calidad eficacia y cambio en la educaci n 1
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43. 25 51 52 53 67 B p 153 154 155 Pessoas do campo e da cidade A p 25 Portadores de defici ncia f sica e mental A p 22 Portugueses espanh is ingleses franceses italianos alem es poloneses h ngaros lituanos eg pcios s rios libaneses arm nios indianos japoneses chineses coreanos ciganos latino americanos cat licos evang licos batistas budistas judeus mu ulmanos tradi es africanas B p 125 52 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 DOCUMENTO 02 As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa o das Rela es Etnico Raciais e para o Ensino de Hist ria e Cultura Afro Brasileira e Africana Afrodescendentes p 21 24 25 26 31 32 Asi ticos p 10 11 17 22 Brancos p 12 13 14 15 16 19 20 Classes populares p 19 Europeus p 10 11 15 22 N o negros p 12 13 17 32 Negros p 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 24 25 27 32 Pardos p 15 Povos indigenas indigenas 10 11 17 19 20 24 31 32 Pretos p 15 Afrodescendentes I p 14 30 39 40 51 III p 20 IV p 31 41 43 Branco I p 28 29 32 45 46 48 II p 25 33 MI p 21 IV p 24 33 34 35 36 37 39 45 Classe social I p 21 43 51 II p 16 25 41 HI p 07 11 18 23 39 IV p 38 42 Grupos Migrantes I p 24 IV p 27 Grupos Minorit rios III p 17 20 IV p 39 Grupos Religiosos II p 18 39 ndios In
44. 60 a 80 mil e mais de 80 mil escudos as mulheres representam um 1 e 0 5 respectivamente enquanto os homens um 4 e 3 respectivamente Dados que v o ao encontro do INE 2000 segundo os quais o rendimento do trabalho para os homens 16 4 mais alto do que para as mulheres com n veis semelhantes de educa o e experi ncia 72 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Caracteristicas escolares A maioria dos alunos inqueridos estava matriculada no Liceu de Santa Catarina 304 alunos Liceu Domingos Ramos 212 alunos e a escola secundaria de Santa Cruz 210 todas localizadas na ilha de Santiago Enquanto as escolas secund rias de Porto Novo 41 alunos e de S Miguel 48 alunos e o liceu Ludgero Lima 48 alunos apresentavam o menor n mero de alunos inqueridos Tabela 1 Alunos inqueridos por n vel matr culado N vel Percentagem 7 Ano 32 5 8 Ano 18 2 9 Ano 15 4 10 Ano 13 0 11 Ano 10 8 12 Ano 10 1 Total 100 Quanto a distribui o dos alunos em fun o do n vel matriculado constata se que a maioria estava matriculada no primeiro ciclo sendo que 33 no 7 ano e 18 no 8 ano 28 no segundo ciclo dos quais um 15 no 9 ano e 13 no 10 ano e apenas 21 no terceiro ciclo sendo que 11 no 11 ano e 10 no 12 ano O gr fico acima evidencia a press o que o aumento do n mero de matr culas no ensino b sico vem exercendo sobre o ensino secund r
45. Apple M 1999 Ideologia e Curr culo Porto Porto Ed Apple M 1999 Poder Significado e Identidade Porto Porto Ed Apple M 1999 Pol ticas Culturais e Educa o Porto Porto Ed Apple M 2001 Educa o e Poder Porto Porto Ed Silva T T 1999 O Curr culo Como Fetiche a po tica e a pol tica do texto curricular Belo Horizonte Ed Aut ntica Silva T T 2000 Teorias do Curr culo uma introdu o cr tica Porto Porto Ed Silva T T org 1998 Alien genas na sala de aula uma introdu o aos estudos culturais Petr polis Ed Vozes 2 ed Silva T T org 2000 O Sujeito da Educa o Estudos Foucaultianos Petr polis Ed Vozes 4 ed Silva T T A Produ o Social da Identidade e da Diferen a in Identidade e Diferen a A perspectiva dos Estudos Culturais p 101 sebba amp Sachdev citados por Florian L Rose R E Tilstone C Pragmatismo sim Dogmatismo n o a promo o de uma pr tica mais inclusiva in Tilstone C et al org Promover a Educa o Inclusiva p 45 150 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Silva T T org 2000 Identidade e diferen a a perspectiva dos estudos culturais Petr polis Ed Vozes Tilstone C et al 2003 Promover a Educa o Inclusiva Lisboa Instituto Piaget Wittgenstein L 1995 Tractatus Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian 2 ed O envolvimento sustentavel como contributo para
46. Corazza 2001 p 12 O curriculo multiculturalmente orientado procura impedir a reprodu o consciente ou inconsciente da ideologia dominante presente por exemplo nas propostas que deixam de questionar as rela es de poder que perpassam a produ o e reprodu o dos artefatos culturais O curr culo multicultural tem como pressuposto b sico a recorr ncia pol tica da diferen a por meio da valoriza o das vozes daqueles que s o quase sempre silenciados Giroux 2008 Trata se de um apelo para que se reconhe a que nas escolas assim como na sociedade os significados s o produzidos por experi ncias que precisam ser analisadas em seu sentido pol tico cultural mais amplo Se a cultura escolar em geral constru da marcada pela homogeneiza o e por um car ter monocultural inviabilizamos as diferen as tendemos a apag las s o todos alunos s o todos iguais No entanto a diferen a constitutiva da a o educativa Est no ch o na base dos processos educativos mas necessita ser identificada revelada valorizada Trata se de dilatar nossa capacidade de assumi la e trabalh la Candau 2008 p 25 O curr culo multicultural prestigia desde seu planejamento procedimentos democr ticos para a decis o dos temas que ser o estudados e das atividades de ensino Valoriza a reflex o cr tica sobre pr ticas sociais do universo vivencial dos alunos para em seguida aprofund las e ampli las mediante
47. Estadual do Oeste do Paran UNIOESTE Cascavel Brasil apdbaladeli gmail com Doutora em Educa o de Professores University of London Professora Associada da Universidade Estadual de Ponta Grossa UEPG Ponta Grossa Brasil Atua na P s Gradua o em Letras linguagem e sociedade Universidade Estadual do Oeste do Paran UNIOESTE Cascavel Brasil aparecidadejesusferreira O gmail com 84 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Moita Lopes 1996 Ferreira 2000 Paran 2008 Essa preocupa o resulta do fato de a Lingu stica Aplicada doravante LA como rea de pesquisa interdisciplinar ter favorecido cada vez mais o di logo entre diversas vertentes te ricas Segundo Moita Lopes 2006 e Rajagopalan 2006 essa abertura da LA tem possibilitado que os objetos de pesquisa bastante analisados sejam constantemente revisitados por diversas perspectivas te ricas tornando a Lingu stica Aplicada como campo de pesquisa din mico e indisciplinar Moita Lopes 2006 Rajagopalan 2003 2006 As produ es cient ficas sobre o livro did tico revelam que o seu poder e status no ambiente escolar tem sido legitimado entre outros fatores pela falta de professores adequadamente formados que possam refletir sobre o livro did tico como um produto cultural que produzido sob determinadas condi es ideol gicas e como tal reflexo de ideologias Freitag Motta Costa 1997 Batista Rojo Z iga 2008 No que se refere ao en
48. Europe that the Cape Verdean secondary school students have are supported by different aspects Key words representation Europe education secondary education post colonization This paper aims to summarize the main findings of a master thesis research finished in November 2010 at the Deusto University in Spain in the field of Euroculture The project focuses on understanding from an educational perspective how Cape Verdean Secondary Education encompassing its former colonizer s educational system now an independent country represents Europe in their educational system In other words it will analyze how that concept is built upon which tools are used and what ideological interests and values the system follow when building such representation It is important to know that in all former African colonies under the European colonial power the end of the political domination should not be confused with the end of all forms of influence or even domination That influence can be questioned through an analysis MED ISCIS Email osvaldinon gmail com 194 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 of the educational system in place during the postcolonial era It is possible to notice several studies see for instance Cheikh Aw 2001 Benavot 2006 and Gauthier 2006 pointing out the continuity of some essential fundaments of colonial educational system in these new independent countries Multiple diverse and complex
49. Galego de Investiga o sobre Estudos para a Forma ao e Inser o laboral Universidade de Santiago de Compostela Espanha 64 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 partimos do pressuposto de que um sistema educativo ser tanto mais equitativo quanto maior for a sua qualidade e sera de melhor qualidade quando for capaz de garantir que todos os alunos consigam atingir os objectivos propostos Apesar de n o existir consenso entre os principais autores e perspectivas sobre o conceito da qualidade todos est o de acordo que se trata de um conceito subjectivo heterog neo e que pode assumir v rias dimens es Tamb m est o de acordo de que um sistema educativo de qualidade aquele que permite a todos os alunos ter acesso a uma melhor educa o poss vel E qual a melhor educa o ou sistema educativo poss vel Por um lado um sistema que assegure a equidade no acesso na perman ncia e nos resultados educativos a todos os grupos sociais mormente aos de alunos com necessidades educativas especiais tais como os que obt m baixos rendimentos e por conseguinte revelam maiores hip teses de reprova o e ou abandono escolar Por outro um sistema que garanta que os alunos aprendam n o s os objectivos m nimos estabelecidos nos programas curriculares mas tamb m a relev ncia do que se apreende para o desenvolvimento do indiv duo e para uma maior integra o a n vel social econ mico e pol tico na sociedade da qual faz p
50. Honneth 2009 p 266 A esfera da solidariedade permitir que o sujeito saia de uma posi o egoc ntrica e perceba o outro como pessoa merecedora dos mesmos direitos deveres e responsabilidades Isso ser poss vel se as esferas emotiva e de direito tiverem cumprido seus pap is a fim de que a autoconfian a e o autorrespeito sejam instalados como parte da personalidade da pessoa Somente possuindo autoconfian a autorrespeito autoestima que o sujeito se sentir autorrealizado Ap s exposi o das tr s formas de reconhecimento sugeridas por Honneth vale salientar que para ele os conflitos sociais surgem de experi ncias morais causados ap s viola o de expectativas de reconhecimento fortemente fixadas em uma das dimens es acima citadas S o essas expectativas que formam a identidade pessoal e quando elas n o s o satisfeitas predomina uma experi ncia moral que cede lugar ao sentimento de desrespeito Para que a teoria do reconhecimento adquirisse confiabilidade Honneth 2009 estipulou uma tipologia negativa para cada esfera do reconhecimento Para explicar essas tipologias negativas Honneth 2009 p 214 lan a a seguinte pergunta como a experi ncia de desrespeito est ancorada nas viv ncias afetivas dos sujeitos humanos de modo que possa dar no plano motivacional o impulso para a resist ncia social e para o conflito mais precisamente para uma luta por reconhecimento Com o prop sito de responder quest o
51. Lib neo 2005 p 89 aponta que a educa o n o formal engloba aquelas atividades com maior car ter de intencionalidade por m com baixo grau de estrutura o e sistematiza o implicando certamente rela es pedag gicas mas n o formalizadas Cita como exemplo os movimentos sociais organizados no campo e na cidade os trabalhos comunit rios atividades de anima o cultural os meios de comunica o social os equipamentos urbanos culturais e de lazer tais como museus cinemas pra as reas de recrea o entre outros Salienta que as atividades extracurriculares que promovem conhecimento proporcionado pela escola se encaixam na educa o n o formal e est o vinculadas educa o formal A educa o nao formal segundo Gohn 2006 pode ser desenvolvida no cotidiano nas rela es sociais com os outros pela experi ncia e em espa os de a o coletivos fora da escola em locais informais onde h processos de intera o e intencionalidade na a o na participa o na aprendizagem e na transmiss o e troca de saberes A educa o n o formal abre possibilidades de conhecimento sobre o mundo que rodeia os indiv duos e suas rela es sociais Em obra publicada em 2010 a autora complementa o conceito de educa o n o formal e o apresenta como um processo sociopol tico cultural e pedag gico de forma o para a cidadania entendendo o pol tico como a forma o do indiv duo para interagir
52. Raciais e para o Ensino de Hist ria e Cultura Afro Brasileira e Africana e ainda O redimensionamento do conceito de ra a fundamental pois os significados sociais e culturais atribu dos 4s caracter sticas fenot picas entre os grupos tnicos s o parte M dulo HI Direitos Humanos M dulo IV Inclus o Social Fonte Kowalewski 2010 p 189 importante do universo juvenil cor da pele textura do cabelo formato do rosto nariz e labios I p 32 No documento 01 h uma nega o do termo ra a por se tratar de um conceito carregado de premissas biol gicas portanto n o culturais J no documento 02 mesmo admitindo se o conceito de ra a como constru o forjada lembra se a ressignifica o do termo efetuada pelo Movimento Negro visto como importante para o reconhecimento de sua diferen a frente a outros grupos Com rela o etnia ambos os documentos a definem como algo espec fico diferente da cultura dominante ou das vis es de mundo e valores de outras culturas No documento 03 encontramos tanto a reprodu o do documento 02 como a ideia presente no documento 01 de redimensionamento do conceito Isso nos indica certo cruzamento entre dois enunciados pelo menos no que concerne quest o racial ora revalorizada ora substitu da por aspectos culturais Conquantoa Lei de Diretrizes e Bases da Educa o 9694 96 j indique a necessidade de se lidar com as diferentes culturas e etni
53. a aventura Os dados da entrevista apoiam esta ideia de Neto 1995 uma vez que os jovens justificaram que a atrac o pelo risco e a incerteza do meio as principais raz es que os levaram a optar pelo surf bodyboard e a abandonar a modalidade convencional que praticavam tab 4 Principal raz o que levou o jovem a optar pelo surf bodyboard f sujeitos N o estar sujeito a hor rios r gidos 1 2 5 Estar num envolvimento incerto nunca igual 15 37 5 Os amigos tamb m preferirem este tipo de actividade 2 5 Atrac o pelo risco 20 50 Influ ncia Press o familiar 2 5 TOTAL 40 100 Tabela 4 Principal raz o que leva o jovem a optar pelo surf bodyboard Bourdieu 1989 argumenta que a persegui o deliberada do risco por parte do jovem modifica o sentido da sua vida marcando a sua identidade Dai o papel assumido por estas pr ticas na forma o da identidade dos jovens Na opini o de Neto 1995 a pr tica de actividades em que o risco e a aventura corporal est o presentes permitem percepcionar a no o dos limites de explora o do corpo Os resultados obtidos no nosso estudo v o de encontro a esta ideia em que a maioria dos jovens da amostra afirma que a principal expectativa pessoal relativamente a pratica do surf e do bodyboard reside na supera o das pr prias capacidades e percep o do limite na explora o do corpo tab 5 Principal expe
54. ainda A v deodan a torna poss vel se fazer dan a apenas com o foco no movimento em si sem o uso do corpo humano para represent lo Pode se misturar s t cnicas de document rio fazer diversas mudan as de cen rios e localidades incluindo utilizar a sobreposi o de imagens de forma a fazer com que os elementos das imagens pare am pertencer a uma mesma cena a fus o da dan a com o cinema Nos ltimos anos tem acontecido uma grande mudan a no mbito das artes em geral na cidade de Manaus com rela o utiliza o de t cnicas e conceitos incluindo se a dan a A amplia o do acesso s informa es inclusive em tempo real do que acontece no Brasil e no mundo tanto de forma geral como focalizada apenas na arte e especificamente na dan a tem ocasionado um maior conhecimento e experimenta o de diferentes m todos e t cnicas ampliando os horizontes dos artistas e levando estes a ter uma vis o mais cr tica 28 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 principalmente sobre seus pr prios trabalhos e buscando cada vez mais ultrapassar seus limites e fronteiras Sobre a dan a contempor nea segundo Meireles e Eizirik 2008 parece mais um apanhado de princ pios que inclui a individualiza o de um corpo e gesto sem uma forma espec fica que pode ser modelado constru do e desconstru do de acordo com a proposta do criador Dentro do contexto da dan a contempor nea Greiner e Katz 2011 afirmam que o homem est
55. ao Dicion rio Houaiss da L ngua Portuguesa 2003 A o significado de desenvolver entre outros fazer crescer tornar maior Quanto a envolver aparecem resguardar abranger incluir cativar seduzir Nesta sec o assinalar se o as diferen as entre estes dois conceitos de reconhecer que a discuss o alargada que sublinhe se tem sido efetuada sobre a problem tica do desenvolvimento sustent vel vem deixando algum desconforto pondo em causa a consecu o de uma das grandes finalidades da sociedade atual construir um futuro sustent vel De facto a orienta o do discurso oficial ONU UNESCO e organiza es governamentais muito diversificadas n o se compagina com os resultados obtidos que se hoje for um dia normal do planeta Terra cerca de 300 km de floresta s o eliminados 186 km s o desertificados and many things on which our future health and prosperity depend are in dire jeopardy climate stability the resilience and productivity of natural system the beauty of natural world and the biological diversity Orr 1994 7 Ora numa sociedade em que Edgar Morin considera necess rio compreender o destino planet rio da humanidade contribuindo decisivamente para a consci ncia dessa perten a visando mudar a atitude do ser humano face ao planeta j que a Terra uma P tria em perigo 2000 129 deve reconhecer se que haver raz es diversas para a pobreza daq
56. boa vontade e supera o Afinal segundo a Declara o de Hamburgo a educa o de adultos torna se mais que um direito a chave para o s culo XXI tanto consequ ncia do exerc cio da cidadania como condi o para uma plena participa o na sociedade Al m do mais um poderoso argumento em favor do desenvolvimento ecol gico sustent vel da democracia da justi a da igualdade entre os sexos do desenvolvimento socioecon mico e cient fico al m de um requisito fundamental para a constru o de um mundo onde a viol ncia cede lugar ao di logo e cultura de paz baseada na Justi a Declara o de Hamburgo sobre educa o de jovens e adultos 1999 p 19 Diante do exposto v se a importancia que a PUC SP assume para com os jovens e adultos que n o tiveram a oportunidade de estudar na idade correta O projeto promove o reconhecimento social o que acarreta em maior autoestima para todos fazendo os repensar um novo significado para suas vidas Al m disso percebe se que a educa o n o formal auxilia na aprendizagem do alfabetizando pois eles sentem se seguros uma vez que suas necessidades s o respeitadas As avalia es realizadas buscam observar os conte dos apreendidos para que se possa retornar se necess rio N o existe cobran a e o trabalho realizado de acordo com as dificuldades encontradas pelo grupo Considera es finais Por meio deste texto objetivou se apresentar o resultado de uma pes
57. circundante proporcionando lhes antes de tudo condi es para compreender reconhecer e respeitar esse repert rio Nesta perspectiva cabe aos educadores tomarem consci ncia das rela es embutidas nas manifesta es culturais para nelas identificar os tra os e as representa es advindas dos diversos grupos que coabitam a sociedade Neira 2011 poss vel pensar em a es pedag gicas a partir das pr ticas sociais dos diversos grupos culturais que chegam escola para pela media o socializa o e amplia o de saberes proporcionar lhes uma melhor compreens o das teias que envolvem os produtos sociais suas condi es e modos de produ o uma vez que este fato absolutamente necess rio para o reconhecimento das diferen as e a diminui o da desigualdade Como princ pio da justi a social a dignidade deve ser a mola propulsora das transforma es sociais almejadas no projeto educativo Proporcionar condi es para que a voz dos grupos silenciados das minorias subjugadas e das identidades historicamente impedidas de entrarem na escola sejam pronunciadas e ouvidas poder contribuir significativamente para a constru o de um caminho para a luta por uma representa o mais digna Assim o espa o de socializa o escolar p blico por natureza poder tornar se um espa o do di logo cultural pois a diversidade de saberes produzida por diferentes grupos entra em contato com aqueles ofertados pela institui o ou
58. classe social etnia idade local de moradia g nero religi o ou trajet ria escolar permitem abordar a complexidade social e cultural da sociedade atual Ao evitar pressupostos universalistas da experi ncia humana abrem se horizontes s identidades sociais e culturais particulares O embate com a falsa ideia de homogeneiza o elaborada pelo mercado facilita a identifica o em cada momento e contexto concreto das iniciativas de subjetividade coletiva que surgem a partir do reconhecimento de identidades espec ficas Nesse sentido a eclos o de propostas que levam em conta a necessidade de constru o de sociedades mais plurais e democr ticas corrigindo injusti as contra identidades espec ficas tem gerado modifica es nas pol ticas educacionais A institucionaliza o do discurso do direito educa o escolar e igualdade de oportunidades de acesso escola ao lado de outras pol ticas p blicas pretende responder positivamente ao multiculturalismo crescente Muito embora a expans o do atendimento popula o seja um aspecto louv vel Leite 2001 e Formosinho 2007 denunciam que a progress o geom trica do n mero de vagas representou t o somente a reprodu o do mesmo ensino para todos indistintamente Na tica de Garc a Canclini 2009 esse processo decorrente do ut pico projeto da modernidade ilustrada obviamente n o realizado que pretendia garantir que as manifesta es julgadas mais valiosas f
59. com o outro em sociedade Ela designa um conjunto de pr ticas socioculturais de aprendizagem e produ o de saberes que envolve organiza es institui es atividades meios e formas variadas assim como uma multiplicidade de programas e Projetos sociais Gohn 2010 p 33 Gohn deixa claro que a educa o n o formal de forma alguma substitui ou compete com a educa o formal Pelo contr rio ela se complementa com a educa o formal uma vez que tem a possibilidade de articular escola e comunidade com programa es e atividades espec ficas A educa o formal e n o formal tem car ter intencional e objetivam promover o desenvolvimento e a socializa o das pessoas Portanto s o respons veis em oferecer condi es para que todos os indiv duos possam desenvolver as suas potencialidades e que sejam capazes de responder aos desafios colocados pela realidade V se portanto que os autores citados definem educa o n o formal como intencional onde a rela o com o outro tem papel fundamental no processo de aprendizagem as regras s o estipuladas de acordo com o contexto e os conte dos s o ensinados respeitando os limites e as dificuldades dos envolvidos Por meio dela vivenciando os fatos que ocorrem ao seu redor os discentes v o construindo a cidadania e seu processo educativo ocorre medida que eles devem se adequar aos interesses e necessidades dos demais Al m disso a educa o n o formal fortalece o exerc cio
60. com sede no Equador e abre espa o para uma discuss o acerca da negocia o e tradu o entre as diferen as culturais Nesse sentido tal conceito busca romper com uma suposta vis o reificante das culturas e das experi ncias das minorias sociais Assim concebe as nossas sociedades como estando em constantes e intensos processos de hibridiza o cultural sendo que a ideia de interculturalidade consciente dos mecanismos de poder que permeiam as rela es culturais N o desvincula as quest es da diferen a e da desigualdade presentes na nossa realidade e no plano internacional Candau 2002 p 135 Na educa o intercultural trata se de pensar a experi ncia vivida desde a p s colonialidade que reflete um pensamento n o orientado pelos referenciais euroc ntricos e que tem sua origem desde o Sul Prop e se tamb m uma educa o intercultural que conduza a uma descoloniza o do conhecimento nesse sentido que crucial estabelecer um di logo com as ideias de Boaventura de Sousa Santos pois se pretende promover uma educa o intercultural em perspectiva cr tica e emancipat ria que respeite e promova os direitos humanos e articule quest es relativas igualdade e diferen a Candau 2008 p 53 A educa o intercultural para Vera Candau n o pode s dizer respeito s situa es espec ficas deslocadas do cotidiano e da din mica escolar e nem ficar restritas a abordar exclusivamente a tem tic
61. como significantes para os jovens quais as suas ideias e ideias Este processo aproxima o aos jovens demorou algum tempo e teve de ser conduzido com muita sensibilidade para que estes n o sentissem o seu espa o invadido Este foi sem d vida um processo crucial nesta investiga o j que nos permitiu compreender e por vezes confirmar que alguns dos comportamentos identificados nos jovens possuem significados muito mais do dom nio simb lico do que reais Sentimos por isso necessidade de compreender esse mundo simb lico em que o jovem habita para mais tarde conseguirmos compreender e decifrar o conte do e o significado real das respostas dadas por estes 138 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 A incurs o no contexto vivencial dos jovens foi de certa forma facilitada uma vez que a autora tamb m praticante de bodyboard Assim a sua constante presen a na praia em situa es de pr tica partilhadas com os jovens constituiu um dos pontes fortes de aproxima o a estes O question rio foi constru do a partir de duas fontes 1 Question rio de estilos de vida Modifiable Activity Questionnaire for Adolescents de Aaron e Kriska adptado por Sobral 1992 a partir de Renson 1990 11 Question rio constru do e validado por Rodrigues 1997 a partir dos dados da sua incurs o participante nos contextos vivenciais dos jovens Este instrumento de avalia o centrou se nos seguintes pontos de caracteriza o 1 Cara
62. construir um olhar sobre as tens es constitutivas e implica es presentesquando relacionamos as demandaspor cultura democracia justi a e educa o no Brasil Destarte essas parecem sempre configurar clivagens e paradoxos como os presentes entre os direitos universais e relativistas ou mesmo Al m disso constatamos que dos 17 livros publicados pela SECAD MEC entre os anos de 2005 e 2010 havia 140 artigos de um total de 180 de diferentes autores que abordavam a tem tica do reconhecimento da diferen a principalmente a tnico racial Faz se not rio que todos eles tenham exposto o tema da democracia racial como mito ou utopia por m jamais como realidade entre os pressupostos da igualdade e da diferen a Dessa forma queremos salientar a necessidadede abordarmos esses temas buscando perceber sua pertin ncia e complexidade ao longo de nossa recente historia Refer ncias Legais Brasil 1988 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia Senado 1996 Lei 9 394 de 20 de Dezembro de 1996 LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional Minist rio da Educa o MEC Brasil 1996 2003 Lei 10 639 de 9 de janeiro de 2003 D O U de 10 01 2003 Documentos Federais de Educa o Brasil 1998 Secretaria de Educa o Fundamental Par metros Curriculares Nacionais terceiro e quarto ciclos apresenta o dos temas transversais Bras lia MEC SEF 1998 2005 Diretrizes Curricu
63. cr tico do aluno por meio do trabalho com g neros textuais nas propostas de escrita Ferreira 2011 tamb m focou na an lise de propostas de escrita em 4 volumes de cole es importadas de ingl s e observou que a tradi o da reprodu o e de atividades mec nicas que exploram mais a dimens o lingu stica do que a discursiva da linguagem dado que pode ser constatado na forma como os g neros textuais foram abordados nas unidades O acesso diversidade de textos em l ngua inglesa permite ao aluno re conhecer o uso da linguagem em situa es diversas e reais o que corrobora o seu desenvolvimento lingu stico discursivo e consequentemente a sua forma o como cidad o isso porque ao deparar se com textos e temas variados e ao explorar os poss veis sentidos dos textos numa perspectiva interacionista de leitura ter condi es de engajar se em verdadeiras batalhas de significa es conforme sugerem as DCE Paran 2008 Todavia vale destacarmos que o livro per se n o deve significar a metodologia do professor ou mesmo atuar como o pr prio curr culo da disciplina Na perspectiva do letramento cr tico todo livro did tico precisa ser compreendido como fonte ideol gica de discursos primeiro porque o pr prio discurso n o o e segundo porque os discursos de materiais did ticos em uma pr tica pedag gica menos comprometida podem vir a assumir um car ter de verdade e assim perpetuar vis es distorcidas e es
64. da compreens o l gica e objetiva de que a conviv ncia do ser humano com o ambiente pode vir a ser sustent vel tendo em vista a sobreviv ncia da pr pria esp cie humana O ser humano continua a depender de todos os recursos naturais para a sua sobreviv ncia e mesmo com essa compreens o continua a des envolver se em vez de reestruturar a sua caminhada em dire o a um envolvimento sustent vel com o ambiente Se envolver requer respeito sensibilidade compreens o amizade troca e afeto com a natureza que o envolvimento sustent vel deve ser estabelecido no verdadeiro sentido da palavra O envolvimento do ser humano com o ambiente n o deve ser uma a o do predador em fun o do seu presente mas com maturidade e consci ncia ecol gica deve revestir se de a es que tenham em conta o futuro do planeta Terra das esp cies que o povoam e da sua evolu o O envolvimento sustent vel procura renovar a empatia e o amor pela natureza o qual ter sido perdido tamb m quando assumimos a op o por uma vida citadina Hoje uma boa parte das cidades s o t o grandes que raros s o os que experimentaram viver no campo e muito menos com viver com o campo J n o se faz feno no campo verde e agrad vel de Inglaterra lavra se atrav s de agro ind stria mecanizada e se o permitirmos o campo que resta tornar se uma rea industrial cheia de grandes turbinas de vento numa va tentativa de suprir as exig ncias de energia da vida urban
65. de v rias identidades a Mem ria H brida conforme Bento 2005 j nasce mesclada m vel e sempre disposta a travar rela es Para Artur Bento idem a Mem ria H brida est ancorada em estruturas sociais que funcionam como refer ncias para os agentes sociais mas trata se de uma mem ria permanentemente reconstru da atrav s das sucessivas gera es de cabo verdianos se levarmos em conta a mesti agem e hibridez da sociedade cabo verdiana que tende a se aproximar de outros povos alterando assim desejos expectativas caracter sticas identit rias Bento op cit afirma que poss vel pensar que a Mem ria H brida est condicionada a integra o dos cabo verdianos no Rio de Janeiro medida que a sociedade brasileira se afigura global Neste sentido em conson ncia com o Bento op cit afirma se que a mem ria h brida significa mesclar elementos culturais cabo verdianos e brasileiros ou mais especificamente cariocas de modo que o primeiro se altera a partir do encontro com o segundo instalando se um processo de permanente recria o de sua mem ria Sintetizando a partir destas e de outras an lises a converg ncia de v rias culturas e a intensa miscigena o entre diversas etnias fizeram surgir em Cabo Verde um povo mesti o com uma cultura fecundada por muitas outras Europeus livres e escravos da costa ocidental africana fundiram se num s povo e criaram o crioulo l ngua oral instru
66. descendentes de europeus de asi ticos para interagirem na constru o de uma na o democr tica em que todos igualmente tenham seus direitos garantidos e sua identidade valorizada p 10 Tais pol ticas t m como meta o direito dos negros se reconhecerem na cultura nacional expressarem vis es de mundo pr prias manifestarem com autonomia individual e coletiva seus pensamentos necess rio sublinhar que tais pol ticas t m tamb m como meta o direito dos negros assim como de todos cidad os brasileiros cursarem cada um dos n veis de ensino em escolas devidamente instaladas e equipadas orientados por professores qualificados para o ensino das diferentes reas de conhecimentos com forma o para lidar com as tensas rela es produzidas pelo racismo e discrimina es sens veis e capazes de conduzir a reeduca o das rela es entre diferentes grupos tnico raciais ou seja entre descendentes de africanos de europeus de asi ticos e povos ind genas Estas condi es materiais das escolas e de forma o de professores s o indispens veis para uma educa o de qualidade para todos assim como o o reconhecimento e valoriza o da hist ria cultura e identidade dos descendentes de africanos p 10 e 11 DOCUMENTO 03 Levar a comunidade escolar a atuar com respeito solidariedade tica e Cidadania Construindo responsabilidade justi a n o viol ncia e a dialogar nas mais diferentes Valores na Es
67. desiguais e desconectados Rio de Janeiro Editora UFRJ Gentili P 1996 Neoliberalismo e educa o manual do usu rio In Silva T amp Gentili P Escola S A CNTE Sacrist n J G 2001 Curr culo e diversidade cultural In Silva T T amp Moreira A F Orgs Territ rios contestados o curr culo e os novos mapas pol ticos e culturais Petr polis Vozes p 82 113 Giroux H 2006 Atos impuros a pr tica pol tica dos estudos culturais Porto Alegre Artmed 2008 Praticando Estudos Culturais nas Faculdades de Educa o In Silva T T Org Alien genas na sala de aula uma introdu o aos estudos culturais em educa o Rio de Janeiro Vozes p 85 103 Giroux H Simon R 2005 Cultura popular e pedagogia cr tica a vida cotidiana como base para o conhecimento In Moreira A F B amp Silva T T Curr culo cultura e sociedade S o Paulo Cortez Hall S 2003 Da di spora identidade e media es culturais Belo Horizonte UFMG Bras lia Representa o da UNESCO no Brasil Huntington S P 1997 O choque de civiliza es e a recomposi o da ordem mundial Rio de Janeiro Objetiva Kincheloe J L amp Steinberg S R 1999 Repensar el multiculturalismo Barcelona Octaedro Leite C 2001 O lugar da escola e do curr culo na constru o de uma educa o intercultura In Canen A amp Moreira A F Enfases e omiss es no curr culo Campinas Papirus p 45 64 Martinez
68. destes mitos a rela o tradicional de envolvimento que o ser humano tradicional mantinha com a Terra M e Gaia foi se des envolvendo em nome das ideias salv ficas de progresso e de perfetibilidade humanos medida que esse des envolvimento leia se rutura origin ria se ia produzindo a biosfera a vida humana as rela es socio afetivas como a pr pria vida c smica definhavam semelhan a da terre gaste o reino da Terra desolada do Rei pescador narrado por Chr tien de Troyes no seu romance Perceval ou le Conte du Graal 1180 Para contrariar a degenera o ecol gica com as consequ ncias que se conhecem nas mais variadas dimens es da vida humana torna se pertinente conhecer o imagin rio m tico que est subjacente ao modelo do envolvimento sustent vel e dele retirar an lises reflex es e ensinamentos Deste modo analisando alguns mitos centrais do imagin rio universal da humanidade identificamos os mitos do deus Hermes da Idade de Ouro do Para so e de Gaia como pass veis de modelarem o envolvimento sustent vel A vis o do mundo dos que se reveem na filosofia do envolvimento sustent vel que faz das tr s ecologias explicitadas por F lix Guattari a sua pedra angular n o se limita a uma rea o comprometida com a vida bio c smica Passa tamb m pela implica o de todo o modo de ser do sujeito na suas vertentes sociopol tica ecol gica e psicol gica F lix Guattari 1991 defende a ne
69. diversidad en la Educaci n Secundaria Curr culos Escolares desde Perspectiva Comparada Profesorado revista de Curriculum y Formaci n del Profesorado 10 1 p 1 30 Butler R 2007 Representation In George Titzer Edit The Blackwell Encyclopedia of Sociology v VIII University of Maryland Blackwell Publishing Colonial Education Http english emory edu Bahri Education html Accessed August 2010 Gauthier R F 2006 The content of secondary education around the world present position and strategic choices Paris UNESCO Given L M 2008 The SAGE Encyclopedia of Qualitative Research Methods v 1 amp 2 London Sage p 526 527 Carugati F Selleri P and Scappini E 1994 Are Social Representations an Architecture of Cognitions A tentative Model for extending the dialog Papers on Social Representations 3 2 p 1 149 Funda o Mario Soares Amilcar Cabral Frente de Liberdade da Guin e Cabo Verde Partido Africano da Independ ncia PAI O que quer o nosso Partido www fundacaomariosoares pt Dossier Special about Amilcar Cabral Accessed May 2008 Hall S 1987 Representation cultural representations and signifying practices London Sage Publications Hoffman J 2001 Representation History of the Problem In Neil J Smelser and Paul B Baltes ed International Encyclopedia of Social amp Behavioral Sciences v 19 Oxford Elsevier Science Lieber E
70. do parlamento cabo verdiano Arcadio LOPES stars cas ls RA a aa a anes ae a PQ 33 Enunciados amp desentendimentos entre diversidade cultural e educa o Daniele P KowalewsSki suas assar mago nt oque lequs jsesa ia adores tap ani nn agia n tite eee 47 Efic cia social qualidade e equidade do sistema educativo em Cabo Verde Alcides Fernandes da Moura 2 20 isesastatane desen aadb page ne desert en ie teen natuee 65 Identidades em foco na aula de l ngua inglesa com base em an lise das brasilidades presentes em livros did ticos Ana Paula Domingos Baladeli Aparecida de Jesus Ferreira 85 A inclus o social de jovens e adultos por meio de um projeto de alfabetiza o Ligia deCarvalho Aboes Vercelli sp a A 99 Cruzando fronteiras o curr culo multicultural e o trabalho com as diferen as em sala de aula Marcos Carcia INCITA ss sactadcarceay A veccasconecs Also nan ai lee Net 119 Desenvolvimento juvenil e rotinas de vida culturas e representa es sociais de jovens praticantes de surf e bodyboard nas regi es do Litoral Sul do Pa s Ana Rosa Carlos Neto sii pas assa ide a dei ca Die Na ed Tab le 137 Curr culo entre a inclus o e a integra o Liliana ROdrigi s sistema nantes 147 O envolvimento sustent vel como contributo para a inclus o social no mundo contempor neo Margarida Morgado Alberto Filipe Ara jo amp Lu s Marques 153 Re Constru o de identidades dos jovens cabo verdianos no Rio de Janeiro a partir da
71. gouvernement du monde la r signation Herder 1964 p 273 Ce mouvement interne aux Etats occidentaux a des cons quences terribles sur les autres continents dont Herder montre bien la racine dans la traduction fran aise qu il donne d un texte espagnol du Sup rieur des Missionnaires de l Or noque Les Indiens en g n ral sont certainement des hommes mais leur barbarie a tellement d figur ce qu ils peuvent avoir de raisonnable que j ose dire dans le sens moral que l Indien sauvage et barbare est un monstre inconnu qui a une t te d ignorance un c ur d ingratitude une me d inconstance des paules de paresse des pieds de crainte son ventre et sa passion pour le vin sont des gouffres sans fond Qu est ce qui pourra p n trer le g nie de ces peuples si agiles faire le mal et si paresseux faire le bien si inconstants pour leur salut ternel et si fermes pour leur perdition L incapacit des missionnaires p n trer le g nie de ces peuples tient avant tout montre Herder dans le d ni total de l gitimit de leur culture si loign e de la vision essentialiste de l Europe Le d lire devient total dit Herder lorsque ce d ni est pouss jusqu au refus du missionnaire d accorder aux Indiens la maternit de leur propre langue Les Indiens ne sauroient les avoir invent es parce qu elles sont aussi r guli res et aussi expressives que les langues
72. les plus cultiv es de l Europe Herder 1997 p 209 Ce d ni est symptomatique du projet de conversion des cultures non occidentales a la v rit transcendante Dans la mesure o la langue n est dans ces conceptions du XVII me que Herder s emploie d construire Herder 1977 qu une manifestation de la raison il appara t paradoxal au j suite que les Indiens y aient acc s par eux m mes alors qu ils n ont pas d velopp une connaissance de la religion naturelle d faut d avoir b n fici de la R v lation D s lors si leur langue est aussi r guli re que l espagnol ou le portugais par exemple c est qu elle a t d rob e par paresse et vice Cette logique de la mauvaise foi est imparable mais elle est mortelle elle signifie que ces usurpateurs comme des enfants rebelles doivent tre corrig s et ch ti s par une ducation qui les ram nera la v rit On sait qu rebours la conception herd rienne de la langue suppose que l homme se forme gr ce elle en y forgeant sa pens e dans une exp rience singuli re du monde la notion de langue est ins parable pour Herder de celle de peuple et les peuples ne peuvent communiquer qu en partageant dans une exp rience de la traduction leurs visions du monde port es par leurs langues propres Il nous faut donc faire d sormais porter notre r flexion sur deux points Le premier est de savoir quelle relation existe entre l
73. m e dos deuses deusa dos mortos da fertilidade da vida selvagem da agricultura e da ca ada m stica e o deus Dion sio deus da vinha e do excesso orgi stico Guthrie 1956 S chan 1951 1963 Eliade 1949 Ker nyi 1996 Guthrie 1956 L v que amp S chan 1990 Otto 1969 1993 Gaia fundamentalmente marcada pelo simbolismo vegetal A terra valorizada em primeiro lugar porque ela tem uma capacidade infinita de dar fruto por isso que atrav s do tempo a Terra M e se transforma insensivelmente numa M e dos Gr os verdade que G ou Gaia finalmente substitu da por Dem ter mas a consci ncia da solidariedade entre a deusa dos gr os e a Terra M e n o se perde nos Hel nicos Atrav s da forma das Grandes Deusas agr colas pode se reconhecer a presen a da senhora do lugar a Terra M e A passagem da Terra M e Grande Deusa agr cola a passagem da simplicidade ao drama Mas a Terra M e nunca perdeu os seus privil gios arcaicos de senhora do lugar de fonte de todas as formas vivas de guardi das crian as e de matriz na qual se enterra os mortos a fim que eles a repousam que a se regenerem e que retornem vida gra as santidade da M e tel rica 1949 228 229 Se a Terra uma M e viva e fecunda tudo aquilo que ela produz simultaneamente org nico e animado n o somente os homens e as plantas mas tamb m as pedras e os minerais As su
74. modernas que caracterizam os curr culos tradicionais os Estudos Culturais e o multiculturalismo cr tico n o apontam nenhum caminho perfeccionista salvacionista ou progressista Eles n o se arrogam a pretens o de oferecer a interpreta o mais coincidente com a realidade N o constituem uma doutrina geral sobre o 299 que bom ser nem um corpo de princ pios imut veis do que certo fazer Corazza 2001 p 56 No campo curricular n o oferecem nenhuma proposta de modifica o dos comportamentos ou sentimentos calcada em ideais regulat rios contentam se com problematizar a cultura em que vivemos e o tipo de subjetiva o promovida pela experi ncia escolar Ao adotar os compromissos pol ticos dos Estudos Culturais e pedag gicos do multiculturalismo cr tico poss vel compreender o curr culo como artefato fruto dos discursos n o possui nenhuma propriedade essencial ou origin ria S existe como resultado de um processo de produ o hist rica cultural e social Silva 2007 Afinal nenhum curr culo dotado de uma identidade pr via original Sua identidade constru da a partir dos aparatos discursivos e institucionais que o definem como tal Deriva da que um curr culo n o pode nem deve ser tomado ao p da letra porque este ao p n o existe O que existe a equivocidade do querer dizer de um curriculo fornecida por suas significa es constantemente diferidas
75. monde se cr olise toutes les cultures se cr olisent ibid p 32 il faut penser comment les pratiques ducatives et non l cole institutionnelle donne acc s la fois au multilinguisme et la perception de la cr olisation de soi Nous avons esquiss ailleurs dans le cadre de la r flexion sur l thique ducative Moreau 2014 ce que pouvaient tre les pratiques d une cr olisation thique dans le cadre scolaire orient vers l ducation tout au long de la vie D une mani re g n rale et alors m me que ce terme ne peut avoir qu une connotation extr mement n gative dans l ducation formelle il faut promouvoir tout ce qui peut favoriser l errance hors des cadres voulus par l institution pastorale Comme le dit Edouard Glissant L errance et la d rive disons que c est l app tit du monde Ce qui nous fait tracer des chemins un peu partout dans le monde La d rive c est aussi une disponibilit de l tant pour toute sortes de migrations possibles La drive c est la disponibilit la fragilit l acharnement au mouvement et la paresse d clarer d cider imp rialement Et l errance c est ce qui incline l tant abandonner les pens es du syst me pour les pens es non pas d exploration parce que ce terme a une connotation colonialiste mais d investigation du r el les pens es du d placement Par cons quent l errance a des vertus qu
76. na comunidade A esfera de reconhecimento solidariedade corresponde forma de desrespeito da degrada o moral e da inj ria Para o autor a dimens o da personalidade amea ada a dignidade o que impede a pessoa de desenvolver uma imagem positiva de si mesmo Isso ocorre porque os sujeitos ficam privados de utilizar as habilidades adquiridas no decorrer da vida portanto est estritamente associada autoestima Essa forma de desrespeito fere com a honra com a dignidade e com o status de uma pessoa de modo que ela se sente impossibilitada de conferir um valor social s suas pr prias capacidades Visto isso entendemos a import ncia que tem um projeto social transformador Ele deve proporcionar o resgate das tr s esferas do reconhecimento pois sem autoconfian a a pessoa poder sentir se incapaz de se autorrespeitar o que acarretar na imagem que faz de si mesma e como resultado o indiv duo n o se sentir autorrealizado Esse efeito domin poder trazer consequ ncias devastadoras para a personalidade pois a pessoa sente se humilhada e fracassada fatores esses que a impossibilita de participar de qualquer grupo social O projeto Educa o Interdisciplinar de Jovens e Adultos desenvolvido pela PUC SP Trata se um projeto pedag gico voltado para uma pr tica social direta por meio da alfabetiza o de jovens e adultos nas empresas e nas comunidades Para cumprir seus objetivos faz u
77. ncia agindo e reagindo como tal Nesse universo ocorrem as intera es sociais por meio das quais as representa es se constituem Nesse universo n o se tem compromisso com o rigor metodol gico Desse modo todos os seus integrantes se consideram livres para se comportarem como amadores e observadores dando opini es sem terem que se preocupar com o rigor metodol gico e a precis o te rica da ci ncia As representa es sociais est o presentes no nosso quotidiano universo consensual no trabalho no lar nos bares e sobretudo nos meios de comunica o de massa nas intera es sociais com as pessoas manifestando os desejos necessidades satisfa es e frustra es Elas s o produtos de grupos espec ficos em circunst ncias espec ficas por elas definidas Esses contextos se constituem o palco onde o grupo de estudantes cabo verdianos elabora diversas representa es acerca das suas identidades Nesse sentido vale ressaltar que devido indissociabilidade entre o social e o individual a teoria das representa es sociais tem sido um instrumento eficaz para interpretar a rela o do homem com os fatos sociais Numa combina o de atividades cognitivas e simb licas de um grupo social a teoria das representa es sociais tem permitido compreender como os integrantes de um grupo elaboraram por meio do senso comum explica es pr ticas da realidade social Segundo Abric 2000 as representa es sociais s o r
78. o Todavia nos tr s documentos analisados constata se a necessidade de que ocorram verdadeiras mudan as nas condi es de ensino para que se criem novas formas de conv vio entre os diferentes Considera es Finais Para os prop sitos aqui demarcados as diretrizes foram entendidas como provenientes de lutas de diferentes grupos sociais que t m como resultado a incorpora o de suas demandas nos curr culos escolares Entendemos curr culo como um processo de fabrica o social dos saberes considerados v lidos SILVA 2000 e 2007 Os curr culos representam muito mais do que um conjunto de conte dos a serem transmitidos pois fazconviver fatores l gicos epistemol gicos pol ticos simb licos e culturais de diferentes princ pios e matizes As rela es de poder presentes nessas lutas parecem configurar nos documentos analisados duas formas de entendimento sobre as diversidades culturais na educa o definidas por n s como descritiva e normativa A primeira refere se descri o da necessidade do questionamento do poder que hierarquiza as diferen as J a forma normativa relaciona se a determinadas mudan as nos materiais escolares e nas pr ticas pedag gicas A conflu ncia entre a descri o e a normatiza o da diversidade tnico cultural em contexto educativo uma das poss veis causas do desentendimento existente acerca do que justo Dentre muitos e diferentes resultados que a presente an lise nos pro
79. o Conceito e o Estado atual da Teoria In SPINK M J Orgs O Conhecimento no Cotidiano S o Paulo Brasiliense 1993 P 19 45 N cleo Central das Representa es Sociais Petr polis Vozes 1996 A Constru o do Objeto de Pesquisa em Representa es Sociais Rio de Janeiro EDUERJ 1998 Silva Tom s Tadeu da org Identidade e diferen a a perspectiva dos estudos culturais Petr polis RJ Vozes 2004 192 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Woodward Kathryn Identidade e Diferen a uma introdu o te rica e conceitual in Silva Tomaz Tadeu org Identidade e Diferen a Ed Vozes Petr polis 2004 7 69 The representation of Europe in the Cape Verdean Secondary Education Resumo importante ressalvar que nas antigas col nias europeias o fim da domina o pol tica n o deve ser confundido com o fim de todas as formas de influ ncias e mesmo domina o Esta influ ncia pode ser questionada a partir da an lise do sistema educativo Tendo dito isso parece ser pertinente analisar como esses pa ses representam a Europa nos seus respetivos sistemas educativos Cabo Verde pode ser um bom exemplo para analisar este fen meno Assim o objetivo fundamental do presente estudo foi o de compreender como a Europa representada no Ensino Secund rio Cabo verdiano Para a sua concretiza o combinou se os m todos qualitativo e quantitativo As principais conclus es apontam para i o siste
80. o Nacional das Elei es Podemos dizer que Cabo Verde durante o per odo colonial apesar da sua suposta especificidade colonial e tratamento especial por parte da antiga pot ncia colonial Portugal H que destacar o programa do governo 2011 2016 a problem tica do g nero assegurando que a aquest o da paridade e da igualdade de g nero um dos quatro elementos nucleares do programa tudo isto com intuito de erradicar a probreza e consequentemente o crescimento econ mico A transversalidade do enfoque de g nero no quadro da agenda estrat gica do programa do governo 2011 2016 tem por objectivo 1 construir uma economia din mica inovadora e sustent vel com prosperidade partilhada para todos 2 fomentar o crescimento do sector privado e do investimento e a produtividade promover o desenvolvimento e a coes o social e facilitar o acesso aos servi os b sico 3 capacitar os recursos humanos e produzir conhecimento propiciador do crescimento econ mico 4 aprofundar as liberdades e refor ar a boa governa o modernizar e ampliar infraestruturas afirmar a na o global e desenvolver parcerias para a competividade ICIEG http www icieg cv files Abordagem_Genero_e_Programa_de_Governo pdf consultado em 5 de Janeiro 2012 Viegas e Faria Obra Citada pp 1 2 38 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 as mulheres estavam submetidas referida dupla coloniza o colonial e patriarcal Eram patriarcais ignorado
81. o di logo com outras vozes e outras manifesta es No curr culo multicultural a experi ncia escolar um terreno aberto ao debate ao encontro de culturas e conflu ncia da diversidade de express o dos variados grupos sociais um campo de dissemina o de sentidos de polissemia de produ o de identidades voltadas para a an lise interpreta o questionamento e di logo entre e a partir das culturas O estudo de Canen e Oliveira 2002 demonstrou que uma orienta o multicultural para o curr culo valoriza a diversidade e questiona a pr pria constru o das diferen as e por conseguinte dos estere tipos e preconceitos contra aqueles percebidos como diferentes no seio de sociedades desiguais e excludentes p 61 Os Estudos Culturais e o multiculturalismo cr tico promovem as vozes dos professores analisam criticamente as rela es de poder entre as culturas e seus sujeitos rompem com o preconceito de ideias sobre as condutas e decis es dos alunos e compara es entre eles e suas culturas a hierarquiza o e dicotomiza o global local e cient fico senso comum valorizam as posturas reivindicat rias em oposi o ao modelo neoliberal de forma o da cidadania que exalta o consumidor criticam a essencializa o o etnocentrismo e a naturaliza o do curr culo fundamento pelo discurso tecnicista e o modelo de cultura universal desafiam a forma o de uma identidade nica que n o distingue a p
82. o indicadores da qualidade da educa o que estar sendo oferecida pelos estabelecimentos de ensino de diferentes n veis documento 02 p 18 E ainda Este m dulo Inclus o Social do Programa tica e Cidadania ao abordar as tem ticas de rela es tnico raciais e de g nero procura trazer textos v deos e bases conceituais de leis que t m como objetivo contribuir para que docentes e estudantes transformem a realidade de seu entorno educacional tomando consci ncia das rela es veladas que perpetuam a injusti a a discrimina o e os preconceitos e conhecendo experi ncias humanas que ajudam a superar as barreiras s cio econ mico culturais que limitam a vida de uma parte consider vel da popula o documento 03 M dulo IV p 07 Entre 1997 e 1998 quando o documento 01 foi escrito e publicado n o havia muitas orienta es relacionadas diversidade cultural na educa o sendo esta uma das dificuldades para se lidar com a tem tica Hoje a situa o bem diversa h muitos textos e propostas sobre as diversidades na educa o Nos outros documentos as dificuldades s o muito mais estruturais do que materiais Notamos a necessidade expressa nos documentos 02 e 03 de que os grupos desrespeitados culturalmente possam deixar de fingir sua inser o na cultura hegem nica monocultural Por m para que todas essas dificuldades sejam superadas preciso que as pessoas envolvidas com a e
83. ocorre porque no processo de transposi o do ambiente virtual para o material impresso algumas caracter sticas se perdem e outras s o adaptadas para o papel Diante da identifica o de 17 dezessete textos digitais nos 8 volumes das duas cole es selecionamos para an lise apenas 05 cinco que a nosso ver mantiveram o layout original do texto suas funcionalidades no suporte web e abordavam tem ticas relacionadas ao Brasil e ao povo brasileiro e 04 dos 05 textos analisados utilizam se das refer ncias tur sticas e culturais de Rio de Janeiro S o Paulo Niter i e Minas Gerais e 03 dos 05 textos digitais enfatizam as belezas naturais do pa s abordando pontos tur sticos principalmente do Rio de Janeiro Os Temas Transversais tica Pluralidade Cultural Meio Ambiente Sa de Orienta o Sexual s o publica es cadernos tem ticos do Minist rio da Educa o com foco na forma o para a cidadania por meio da abordagem de quest es de relev ncia social pelo vi s da transdisciplinaridade 92 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 e 1 dos 05 textos aborda o Carnaval como refer ncia cultural brasileira e 02 dos 05 textos apresentam personalidades famosas brasileiras e 02 dos 05 textos referem se ao estere tipo da sociabilidade do brasileiro como um ponto positivo descrevendo a com os termos pleasant healthy e nice e 02 dos 05 textos abordagem como pontos negativos do pa s a quest o da viol ncia drogas e ga
84. one can identify a kind of continuity of external values and ideologies in the national Cape Verdean educational system In this specific analysis the matter that is dealt with are the representations created by the international authors in the texts the pictures drawn in those texts and the illustrations used None of those aspects connected to Cape Verdean realities Educational Reform 1990 textbooks and the representation of Europe The educational reform launched in 1990 Law n 103 HI 90 December 29 focused on the following objectives the democratization of SE nationalization of its curriculum the necessity of restructuring a new educational system that promotes the preparation of work force to face the weak economic situation that the country was going through reinforcement of cultural values that ought to be strengthened in order to develop national conscience important for the development process When it comes to the representation of Europe portrayed by the textbooks it would be great to stress that their deficient organization in terms of pedagogical organization that can be a strong obstacle to identify the core values that objectively mobilizes describes and raises understanding about the real concept of Europe That opposes the real objective of Cape Verdean SE and it does not fit what they really wanted to convey to the Cape Verdean students To clarify this aspect a sort of general analysis of
85. opini o discutir suas ideias e suas cren as Essas falas remetem a Paulo Freire 2010 p 71 2 quando aponta que O analfabeto aprende criticamente a necessidade de aprender a ler e a escrever Prepara se para ser o agente desta aprendizagem E consegue faz lo na medida em que a alfabetiza o mais que o simples dom nio mec nico de t cnicas para escrever e ler Implica n o em uma memoriza o mec nica das senten as das palavras das s labas desvinculadas de um universo existencial coisas mortas ou semimortas mas uma atitude de cria o e recria o O que a professora discute em sala est vinculado s hist rias de vida de cada um Dessa forma eles aprendem a comparar a fazer rela es a estabelecer crit rios mesmo que ainda n o dominem a escrita convencional da leitura e das palavras Neste sentido Soares 1998 p 24 aponta um adulto pode ser analfabeto porque marginalizado social e economicamente mas se vive em um meio em que a leitura e a escrita t m presen a forte se se interessa em ouvir a leitura de jornais feita por um alfabetizado se recebe cartas que outros leem para ele se dita cartas para que um alfabetizado as escreva se pede a algu m que lhe leia avisos ou indica es afixados em algum lugar esse analfabeto de certa forma letrado porque faz uso da escrita envolve se em pr ticas sociais de leitura e de escrita A alfabetiza o parte das pa
86. ou secund rios mais elevado que dos extractos mais altos Como afirma Marchesi 2000 68 o baixo n vel cultural da fam lia junto com a falta de meios econ micos as m s condi es de habita o e a dificuldade dos pa s em acompanhar o trabalho escolar dos filhos provocam o progressivo afastamento dos alunos da escola A influ ncia da situa o socioecon mico e cultural mais evidente sobretudo quando analisada em fun o do n vel de estudos e n vel ocupacional dos pais especialmente o da m e Carnoy 2005 3 afirma que os alunos que acedem aos n veis mais alto do sistema educativo s o aqueles com melhores condi es socioculturais e econ micas O que significa que os alunos pertencentes a essas classes sociais n o s iniciam a sua traject ria escolar com maior n vel de capital cultural econ mico social e cultural como tamb m s o os que obt m maiores resultados e benef cios educativos Para Marchesi e Martin 1998 50 o conceito de equidade educativa se refere por um lado justi a que deve orientar toda a ac o educativa no sentido de dar resposta s aspira es dos diferentes colectivos com base em crit rios comuns e objectivos E por outro que o conceito de equidade deve abranger a diversidade de possibilidades desses colectivos os quais por sua vez devem orientar as decis es educativas Argumentam que a equidade 68 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 pode ser analisada atrav
87. outro para satisfazerem suas necessidades sendo que a car ncia do beb reflete o estado psicol gico da m e uma vez que houve uma identifica o projetiva desde o per odo gestacional Segundo Honneth o amor o alicerce da moralidade Assim este n vel de reconhecimento respons vel pelo desenvolvimento do autorrespeito e da autonomia necess rios para a participa o do sujeito na vida p blica Nesse sentido o autor parte da hip tese de que todas as rela es amorosas t m como ponto de partida as lembran as inconscientes da rela o simbi tica entre m e e filho A segunda esfera a jur dico moral pautada nas rela es jur dicas baseadas em direitos na qual o indiv duo reconhecido como aut nomo capaz de desenvolver sentimentos de autorrespeito Honneth 2007 2009 aponta que as pessoas ser o capazes de 106 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 compreender a si mesmas como sujeitos de direitos quando perceberem que os seus semelhantes tamb m devem possuir os mesmos direitos Outro Generalizado O autor formulou duas perguntas para explicar a esfera jur dica S o elas Como se determina a propriedade constitutiva das pessoas e Como se constitui o sistema referencial valorativo no interior do qual se pode medir o valor das propriedades caracter sticas Honneth 2009 p 187 Para responder a essas quest es o autor busca demonstrar que as sociedades tradicionais se movimentam em to
88. passagem de estatuto o jovem recorre a rituais de passagem contextualizados por actividades que incluam risco e aventura que os ir submergir num mundo imagin rio onde procuram alcan ar a excita o e o prazer que se ir transpor de forma terap utica para a vida real Neste tipo de actividades cada objecto e cada circunst ncia assume um valor e um significado simb lico que corresponde aos aspectos mais profundos da realidade Costa 2000 Nesta fase da sua vida o jovem adolescente sente a necessidade de construir a sua pr pria identidade e simultaneamente apropriar se de valores individuais e colectivos C mara 1996 Segundo este autor est o em jogo um conjunto de processos que n o s o apenas de identifica o corporal pr pria mas que se desenvolvem com aproxima es e afastamentos relativamente imagem externa que reflectem dos outros Na procura dos seus semelhantes o jovem procura em primeiro lugar as caracter sticas externas e s depois com o desenvolvimento das rela es inter pessoais tenta encontrar outro tipo de referenciais Por esta raz o C mara 1996 defende que a adolesc ncia por excel ncia o tempo para o corpo Neste contexto Loret 1995 real a o termo corpo colectivo no qual o jovem n o sente apenas o seu corpo mas sim muitos corpos que se misturam e que se incorporam porque se assim n o for n o lhe pertencer o De facto para a generalidade dos jovens os amigos do grupo const
89. por v rios pa ses internacionais no entanto as mulheres continuam mais vulner veis economicamente socialmente e culturalmente V rios factores tem sido apontados em torno desta quest o por exemplo o abandono escolar aliado taxa de gravid z que tem condenado as mulheres em Cabo Verde Temos que apontar o dedo em torno desses factores como condi o sino qua nom deste problema J dizia Perret e Ronstong de que os recursos s o fundamentais no que tange a participa o na vida social de forma igualit ria Recursos esses que tem sido considerado uma especie de capital social no acesso aos org os do poder politico H que admitir que houve mudan as no mundo contempor neo em torno da condi o feminina nos diversos dom nios da vida econ mica social e pol tica no entanto a participa o pol tica de forma desigual ainda constitui um problema No entanto o nosso Barbalet J M 1989 A Cidadania Editorial Estampa Lisboa Viegas J e Faria S 2001 As Mulheres na Pol tica Oeiras Celta Editora p 1 Perret B e Roustang G 1993 A Economia Contra a Sociedade Afrontar a Crise de Integra o Social e Cultura Lisboa Instituto Piaget objectivo aqui tentar desmestificar este problema e torna lo inconfund vel se bem que de uma forma n o exaustiva j que esta quest o pode ser vista sob diferentes ngulos As Mulheres na Pol tica Falar se de cada sexo convoca naturalmente a temas d
90. posteriormente atuarem como educadores sociais O projeto apresentado neste texto estabelece a rela o com o trip citado acima al m de favorecer no aprendizado dos futuros professores e minimizar as car ncias educacionais da maioria de nossa popula o 116 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Refer ncias Afonso A J 1989 Sociologia da educa o nao formal Reactualizar um objeto ou construir uma nova problem tica In A J Esteves S R Stoer A Sociologia na escola Porto Afrontamento Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil de 1988 Acesso em 15 de Agosto de 2013 de www planalto gov br Brasil Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional de 1996 Acesso em 15 de Agosto de 2013 de www planalto gov br Castro J A amp Aquino L Orgs 2008 Juventude e Pol ticas Sociais no Brasil Bras lia Ministro de Estado Extraordin rio de Assuntos Estrat gicos N cleo de Assuntos Estrat gicos da Presid ncia da Rep blica Instituto de Pesquisa Econ mica Aplicada IPEA Declara o de Hamburgo agenda para o futuro 1999 V Confintea Sesi Unesco Educa o do trabalhador n 1 Freire P 1987 Pedagogia do oprimido Rio de Janeiro Paz e Terra 2010 Educa o e mudan a Tradu o de Moacir Gadotti e Lillian Lopes Martin Rio de Janeiro Paz e Terra Ghanem E amp Trilla J 2008 Educa o formal e n o formal S o Paulo Summus Editorial 2008 Educa o n o
91. preconceito e da discrimina o das minorias que comp em o Brasil a fim de que a democracia e a justi a possam constituir uma cidadania plena Para tanto os tr s documentos enaltecem uma vis o universalista da condi o humana mas o documento 02 tamb m aposta no reconhecimento e fortalecimento das identidades culturais para a supera o do racismo Podemos averiguar tais princ pios que englobam o reconhecimento da diferen a para o alcance de tal cidadania nas seguintes passagens 56 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 To PCN trabalha com uma Concep o da sociedade brasileira que busca explicitar a diversidade tnica e cultural que a comp e compreendendo suas rela es marcadas por desigualdades socioecon micas e apontar transforma es necess rias Buscando a Supera o do medo do outro que gera viol ncia Ao Conhecer a exist ncia de outros grupos culturais al m do seu reconhecer seu direito exist ncia e respeitar seus modos de vida e suas express es culturais documento 01 A p 19 37 e 63 Tamb m Precisa o Brasil pa s multi tnico e pluricultural de organiza es escolares em que todos se vejam inclu dos em que lhes seja garantido o direito de aprender e de ampliar conhecimentos sem ser obrigados a negar a si mesmos ao grupo tnico racial a que pertencem e a adotar costumes ideias e comportamentos que lhes s o adversos E estes certamente ser
92. que h essa oportunidade esta tem que existir na pr tica Sanches ainda diz que se as mulheres surgem em n mero razo vel nas listas dos partidos mas geralmente n o est o colocadas em lugares eleg veis O que urge mudar n o a participa o feminina de forma quantitativa que j come a a existir mas qualitativa Neste sentido achamos que em Cabo Verde deveriam emplementar medidas coercivas e adoptar a lei das quotas de modo que as mulheres come am a integrar as listas e em lugares leg veis consequentemente haver maior justi a social e um maior acesso ao poder pol tico Refer ncias Am lia M 1999 As mulheres deputadas e o exerc cio do poder representativo em Portugal do p s 25 de abril de 74 aos anos noventa Disserta o de Mestrado em Estudos Sobre as Mulheres Lisboa Universidade Aberta Barreto A 2002 Tempo e incerteza Lisboa Antropos Baum M e Esp rito Santo A 2009 As causas para a adop o da lei da paridade em Portugal 375 411 In Adr Freire amp Jos Viegas Orgs Representa o pol tica o caso portugu s em perspectiva comparada Lisboa Sextante Editora Barbalet J M 1989 A Cidadania Lisboa Editorial Estampa Canas V et al 1999 A quest o da igualdade de participa o pol tica democracia com mais cidadania Lisboa Casa da Moeda SViegas e Faria Obra citada p 9 Sanches G RMP quer mais mulheres nos lugares de decis o Exp
93. que produzem a realidade social o conflito entre ambos que orientar o essas rela es e para o autor esses conflitos possuem car ter educativo para a sociedade Assim ao lutar por reconhecimento por meio dos projetos sociais as pessoas poder o se defrontar com os conflitos existentes uma vez que para Honneth 2007 2009 o reconhecimento um processo interno subjetivo A luta por reconhecimento proposta por Honneth 2007 2009 abrange tr s esferas distintas por m relacionadas a saber a esfera emotiva a esfera jur dico moral e a esfera da estima social A primeira esfera a emotiva que permite ao indiv duo a conquista da autoconfian a Para o autor todas as rela es prim rias s o amorosas uma vez que consistem em rela es emotivas intensas entre poucas pessoas tais como rela es er ticas entre dois parceiros de amizade e entre pais e filhos Essa esfera desenvolve se nos primeiros anos de vida e tem rela o direta com os cuidados que o beb recebe da m e permite ao indiv duo confiar em si mesmo a esfera necess ria para iniciar ou dar continuidade aos projetos de autorrealiza o Para explicar a esfera emotiva Honneth 2007 2009 busca fundamenta o na categoria de depend ncia absoluta proposta pelo pediatra e psicanalista ingl s Donald Winnicott Esta categoria est vinculada primeira fase do desenvolvimento infantil na qual m e e beb vivem uma simbiose total isto dependem um do
94. racismo o bullying sexual por sua vez reconhecido como homofobia e na verdade os gordinhos aparecem como ap ndice da diversidade do bullying Assim n o nada mais do que um neologismo puritano e burgu s um voc bulo heterenonormativo para falar da provoca o da discrimina o aos fora da norma heterossexual o neologismo bullying palat vel as escolas as fam lias e a moral heterossexual Diniz amp Lion o 2009 p 66 Isto acontece porque geralmente n o s o abordadas dentro das escolas as pr ticas sexuais que est o fora da norma e por isso s o silenciadas Usa se o neologismo bullying como se fosse um novo fen meno e de fato n o o racismo e a homofobia est o nas escolas assim como em qualquer outro espa o da sociedade o bullying na escola uma vers o prim ria e permanente dos preconceitos e discrimina es que se observa na vida social Pode se dizer que a provoca o entre crian as e adolescentes faz parte de uma socializa o naturalizada que geralmente acontece na tentativa de reconhecer os limites do outro sendo que existe uma desigualdade de for as entre os sujeitos Por m tratam de 16 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 praticas que precisam ser abolidas rejeitadas e desnaturalizadas e al m disso vistas a partir de um enfoque politico A principal inten o de Diniz e Lion o 2009 o reconhecimento da pot ncia discursiva do conceito de homofobia a fim
95. recria o dos produtos culturais e de transforma o das representa es sociais dos grupos envolvidos importante real ar que as mudan as que foram observadas superficialmente entre os estudantes s o por conseguinte mais intensas entre os cabo verdianos imigrantes em virtude do maior tempo e frequ ncia quotidiana da comunica o e da troca de experi ncias com mais variados estratos da popula o brasileira o que se aproxima a uma aut ntica fus o cultural Acredita se que a assimila o por parte desses jovens cabo verdianos de outros modos de vida por meio da intera o social se deva caracter stica h brida da cultura cabo verdiana e forma de ser deste povo que aceita com naturalidade o novo e o diferente facilitando assim a ocorr ncia de mudan as na sua pr pria identidade social Segundo Bento 2005 as culturas h bridas s o culturas que resultam da mistura de elementos contradit rios e n o possuem uma fei o original pr pria Al m disso est o sempre em movimento cont nuo e em processo de transforma o Assim com base na hibridiza o cultural e identit ria dos cabo verdianos procurou se compreender de forma mais ampla e circunstanciada o processo de re constru o das identidades desses estudantes residentes no Rio de Janeiro Tais mudan as mostraram se mais vis veis nos conv vios sociais em que estes grupos de cabo verdianos participam em diferentes espa os sociais da cidade de acolh
96. responsabilidade pelo n o cumprimento do princ pio da equidade escolar e prop em que nesse dom nio se encontre meios de solu o Como lembra Carvalho 2004 a escola e o curr culo s o pr ticas sociais que t m papel relevante na constru o de conhecimentos e de subjetividades sociais e culturais Aprende se na escola a ler escrever e 59 66 5 66 contar tal como se aprende a dizer branco negro mulher homem p 59 Na an lise do autor as pesquisas sobre o curr culo t m emprestado relev ncia cr tica dos saberes escolares e s implica es do conhecimento escolar na forma o de identidades e portanto ao papel da escola como produtora de singularidades Carvalho 2004 p 61 No momento atual as quest es culturais n o podem ser ignoradas pelos educadores e educadoras sob o risco de que a escola cada vez se distancie mais dos universos simb licos das mentalidades e das inquietudes das crian as e jovens de hoje Candau 2008 p 16 Se aceitarmos que a escola como institui o a servi o do bem p blico ou do bem do p blico tem que se adequar ao princ pio da igualdade no acesso e perman ncia isto significa dizer que o projeto de manuten o do status quo que a vem caracterizando desde o seu surgimento por meio da garantia dos seus servi os a determinados grupos precisa urgentemente ser substitu do Diante da demanda a escola parece pouco vontade O
97. s de quatro niveis nomeadamente de oportunidades de acesso de tratamento e de resultados sendo que este ltimo o mais importante Insucesso escolar como inefic cia social do sistema educativo O insucesso escolar uma das v rias e qui a mais importante manifesta o da inefic cia social do sistema educativo Uma das formas de analizar o insucesso escolar atrav s da percentagem de alunos que n o atinjam os objectivos m nimos definidos nos programas educacionais Assim as vari veis mais utilizadas para quantific lo s o a taxa de abandono escolar e a taxa de reprova o embora em alguns estudos tamb m se utiliza o absentismo escolar como uma das manifesta es do insucesso escolar O conceito de abandono escolar utilizado para referir se sa da prematura dos alunos do sistema educativo quer dizer antes da conclus o de uma etapa educativa para na maioria dos casos se integrarem no mercado informal de trabalho Isambert Jamati cf Rangel 1994 20 Marchesi e P rez 2003 26 afirmam que e o insucesso escolar refere se aos alunos que ao finalizarem a sua perman ncia na escola n o conseguem alcan ar os conhecimentos e as habilidades que se consideram necess rios para uma maior integra o na vida social e laboral ou prosseguir os estudos Nesta perspectiva pode se afirmar que uma das formas de abordar o insucesso escolar faz lo a partir dos objectivos definidos pelo sistema educativo N
98. seconde critique radicale de l homog n it du monde sera port e par Herder Certes ses contemporains comme Diderot qu il rencontrera ont per u que l expansion de la modernit occidentale avait des cons quences tragiques sur les cultures et les peuples que les explorateurs europ ens rencontraient Diderot 1951 Mais la critique port e par Herder ira beaucoup plus loin en montrant que le mouvement d homog n isation commence par le monde occidental moderne lui m me L Etat moderne exige selon une dialectique impitoyable l uniformit des sujets qui obtiennent en compensation une libert de pens e qui n est que formelle puisqu elle ne peut s alimenter d aucune exp rience singularis e Les soci t s organis es par les Ftats nations sont des grands troupeaux r gis 214 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 philosophiquement une raide machine de bois le tout maintenu assembl par contrainte Herder 1964 p 251 Chaque homme se trouve r duit n tre qu une pi ce un individu au sens propre qui ne participe au fonctionnement de la machine enti re que par la contrainte et la force qui lui sont appliqu es La machine de l tat moderne est l antagoniste de l organisme vivant de la Cosmopolis des Stoiciens dans laquelle chaque partie tait en sympathie avec les autres et la totalit Ce fonctionnement contraint produit une expression individuelle qui n est autre qu un grincem
99. tat moderne et l assujettissement par l uniformisation lorsque le second nous permettra de comprendre comment dans la situation du monde contemporain des possibilit s existent toujours de former et d duquer dans une perspective multiculturelle L uniformisation des pratiques de soi Comment se construit cette uniformit de la situation humaine dans la perspective de la gen se de l tat moderne Comment la formation de soi devient elle une prise en charge institutionnelle des pratiques ducatives A ces questions Michel Foucault dans son cours de 1977 1978 apporte un clairage d cisif en introduisant le paradigme du Gouvernement pastoral Foucault 2004 Dans ce s minaire il montre que l id e m me de gouvernement des hommes est une id e nouvelle impos e par le christianisme alors qu elle tait inconnue des Grecs et des Romains Gouverner est une attitude ducative qui consiste s assurer du salut de ceux dont on a la charge spirituelle Le premier gouvernement est donc un gouvernement de type pastoral avant que la modernit ne d couple le pouvoir royal politique du gouvernement des mes Dans cette disjonction qui correspond la s cularisation de l attente 216 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 eschatologique le pouvoir royal reprend conserve et transforme les structures m mes du gouvernement pastoral le contr le l exercice spirituel en vue de l ob issance pure Mais pour comprendre
100. tem de si pr prios pois j n o utilizam termos como Je suis faible je suis fr gil je suis incapable j ene aurais pas faire a mais je suis a tont fait capable de faire ce que j i envie de faire Temos que admitir que houve mudan as e transforma es no mundo contempor neo relativamente as mulheres ou seja elas ficaram mais instru das fator este que permitiram lhes afastar s tarefas dom sticas Esta ideia pode ser refor ada na obra de Pierre Bourdieu Domina o Masculina onde ele afirma que a mudan a maior sem d vida o facto de a domina o masculina j n o se impor com a evid ncia do bvio Segundo Bourdieu houve profundas transforma es que a condi o feminina conheceu sobretudo nas categorias sociais mais favorecidas Trata se por exemplo do dem p 189 viegas J e Faria S 2001 As Mulheres na Pol tica Oeiras Celta Editora p 5 Martins M 2008 Representa o Pol tica Elei es e sistemas Eleitorais Uma introdu o Lisboa ISCSP Manuais Pedag gico p 161 8 Am lia M 1999 As Mulheres Deputadas e o Exerc cio do Poder Representativo em Portugal do P s 25 de Abril de 74 aos anos Noventa Disserta o de Mestrado em Estudos Sobre as Mulheres Lisboa Universidade Aberta p 75 Cabral V 1997 Cidadania Pol tica e Equidade Social em Portugal Oeiras Celta Editora p 95 Obra citada por Am lia p 76 Boudieu 1999 4 Domina o Masculin
101. terceira esfera de reconhecimento a da estima social ancorada na solidariedade social isto o respeito solid rio adquirido em uma comunidade que enfatiza os valores da sociedade e permite a realiza o de projetos que viabilizar o a autorrealiza o Para explicar esta esfera Honneth 2007 2009 salienta que surge um tipo de individualiza o que n o pode ser negada na transi o da sociedade tradicional para a sociedade moderna ou seja esta esfera de reconhecimento est expressamente vinculada a uma vida em comunidade de tal modo que s ser poss vel avaliar a capacidade e o desempenho dos integrantes de modo intersubjetivo Para o autor o indiv duo desenvolve sua capacidade de valora o medida que a sociedade perceba que suas aprendizagens e seus conhecimentos foram constru dos em fun o do esfor o pessoal Nesse sentido Honneth aponta a tens o existente uma vez que existe por um lado a necessidade de busca individual de autorrealiza o e por outro a busca de uma avalia o social da moralidade Complementa salientando que as pessoas se percebem reciprocamente como aut nomas e individuadas s gra as aquisi o cumulativa de autoconfian a autorrespeito e autoestima como garante sucessivamente as experi ncias das tr s formas de reconhecimento uma pessoa capaz de se conceber de modo irrestrito como um ser aut nomo e individuado e de se identificar com seus objetivos e seus desejos
102. there is not a big difference among students who study Humanities Economics Science and Technology iv more than half of the targeted group live in the city What does representation means Historical background multiple meanings and its implication in the present work Representation is a concept that can be perceived from different perspectives as different sciences such as sociology psychology cultural studies politics mathematics and philosophy conceptualize it in different ways The most important element to bear in mind is that this study does not fully explore all the relevant literatures about the concept The objective is to provide basic operative elements that allow one to understand the concept and its relation to the main issue in debate That is why a brief summary of the concept is presented along with some historical remarks about it as well as its multiple meanings and character Afterwards the attention will be directed to some considerations about the way that this study is using the concept representation It should not be a surprise to the reader if one understands that the effort to perceive the concept of representation goes back to the origin of Westem thought As Butler 2007 points out that in the Plato s allegory of the cave the accessibility to the truth is only possible through the reflection of it p 3879 The same author emphasizes that in Descartes hypothesis of the Ev
103. to the school Far from being an obstacle or problem the relationship with differences is enriched The existence of people with varied of cultural heritages in the same space forces the school to develop a curriculum that recognizes different cultures In general being part of a particular group is followed by specificities that shape their cultural identity The understanding of the school as an institution committed to promoting access to public life for all its members implies the development of a curriculum that integrates and create spaces to acknowledge the history of oppression and that empower the voices stifled or silenced cultures as strategies to fight effectively the prejudices of any order In a heterogeneous society immersion in this curriculum is also required for students belonging to dominant groups The acquisition of knowledge about other cultures will allow them to develop attitudes of recognition and respect For this reason and seeking support in the conceptual fields of cultural studies and critical multiculturalism guidelines and didactic principles were prepared to support teachers who work in schools marked by cultural diversity After experiences and reflection the idea of a multicultural curriculum was achieved which characteristics are presented in this article Keywords curriculum culture cultural studies multiculturalism Globaliza o e desafios escola contempor nea O terceiro mil nio encon
104. 0 pp 763 798 UNESCO 2005 Relatorio EPT La alfabetizacion un factor vital Paris Editora UNESCO 82 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 2007 Documento de monitores de educaci n en America Latina e Caribe Paris Editora UNESCO 2008 Relatorio EPT 2008 Educaci n para todos en 2015 alcanzaremos la meta Paris Editora UNESCO Identidades em foco na aula de lingua inglesa com base em an lise das brasilidades presentes em livros did ticos Resumo O livro did tico tem sido constantemente objeto de pesquisa ocupando assim um papel central tanto nos processos de ensino e aprendizagem quanto na constru o de identidades de alunos e professores Diante disso o objetivo deste artigo apresentar os resultados finais de an lise das brasilidades caracteriza o de ser brasileiro presente em textos digitais em livros did ticos de L ngua Inglesa distribu dos nas escolas p blicas brasileiras pelo Programa Nacional do Livro Did tico PNLD A an lise est fundamentada nos Novos Estudos do Letramento e a metodologia incluiu a sele o e an lise de cinco textos digitais que abordam tem ticas relacionadas ao Brasil em duas cole es did ticas A sistematiza o dos temas e a an lise dos modelos de letramentos presentes nas atividades de leitura dos textos selecionados deu origem s categorias estereotipada preconceituosa hipot tica fict cia e libertadora critica Os resultados indicam maior presen a
105. 2003 52 As representa es coletivas s o uma esp cie de guarda chuva que combina diferentes formas de pensamento e de saberes partilhados coletivamente cuja fun o principal consiste em descobrir o que h de irredut vel experi ncia individual e que se prolonga no tempo e no espa o social Ainda segundo Durkheim as representa es coletivas s o regidas por leis espec ficas e pertencem a uma natureza diferente do pensamento individual o que lhe d a garantia de objetividade J as representa es individuais s o os pensamentos pr prios dos indiv duos ligados a sensa es e estados instant neos de consci ncia particular Elas adquirem status de realidade somente nas consci ncias particulares dos indiv duos Durkeim 2003 483 182 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 A partir das contribui es recebidas da sociologia da antropologia e da psicologia Moscovici desenvolveu o conceito de representa es sociais com o objetivo de resgatar a for a do social sobre o individual A teoria das representa es sociais encontra se numa encruzilhada entre conceitos sociol gicos e psicol gicos Nesse sentido o social e o individual s o intercambi veis fazendo com que a coes o dessas duas vertentes seja justa e necess ria para que a realidade social aconte a Segundo Moscovici 2005a uma representa o social quando apresenta um conjunto de proposi es rea es e avalia es que dizem res
106. 7 Reforma do Sistema Educativo estudos de pr investimento estudo realizado no quadro do projecto Educa o I2 Abril de 1987 Reys R Dir 2009 Representaciones Sociales in Diccion rio de Ciencias Sociales Terminologia Cient fico Social Madrid Universidad Completense de Madrid UNESCO 1986 Cap Vert Enseignement et Formation Paris Division du Financement de L ducation Vinck H 1995 The influence of Colonial Ideology on Schoolbooks in the Belgian Cong Paedagogica Historica International Journal of the History of Education 31 2 p 355 405 Wane N N 2008 Mapping the field of Indigenous Knowledge in anti colonial discourse a transformative journey in education Race Ethnicity and Education 11 2 p 183 197 M tamorphoses et interculturalit quels modes de subjectivation pour une formation de soi m me par l interculturalit Didier Moreau Les derni res ann es en France ont vu l intrusion dans le champ du discours politique du th me de identit nationale dans l ordre d une symptomatologie des crises sociales qui rythment la vie collective C est parce qu une telle identit nationale aurait t oubli e que la soci t perdrait son homog n it il convenait donc d en retrouver le souvenir et d en restaurer la m moire Mais c est dans le domaine de l cole que cette perte serait le plus sensible et c est dans le c
107. 987 quando afirma que a educa o um processo de humaniza o sem ela o direito de ser humano negado Os alfabetizandos entrevistados sabem muito bem o que isso representa portanto quando dizem que a educa o tudo est o de certa forma recuperando aspectos da cidadania que um dia n o lhes foi concedida Eles procuram como relata um sujeito serem vistos de forma diferente com respeito e admira o Eles almejam como qualquer ser humano poder ler um livro escrever uma carta para parentes e amigos assinar um documento ler a placa de um nibus enfim conquistar a cidadania e o reconhecimento social A maioria relata que n o sabe ler corretamente Pode se dizer que eles desconhecem alguns conhecimentos escolares e que n o sabem a leitura das palavras por m muitos fazem uma leitura de mundo Esses alfabetizandos carregam hist rias de sofrimento e de dor de nega o da inf ncia e da juventude Tiveram de trabalhar cedo para ajudar os pais no or amento dom stico e com isso viram se obrigados a abandonar e ou nunca come ar os estudos al m de n o poder brincar passear e se divertir como outras crian as e jovens S o pessoas corajosas que depois de adultas e com sentimentos solidificados pela penosa realidade que tiveram de enfrentar sentam em um banco escolar ap s um dia exaustivo de trabalho e no caso das mulheres com uma jornada que as espera em casa para recuperar um pouco da dignidade que a realidad
108. ICIEG Instituto Nacional para a Igualdade e Equidade de G nero Cabo verde tem se feito representar nos diferentes eventos internacionais e regionais assumindo o compromisso de implementa o de medidas pol ticas espec ficas direccionadas promo o e igualdade de g nero Na perspectiva de Viegas e Faria tem se verificado que a maioria dos pa ses nos ltimos anos introduziram nos sistemas politicas de descrimina o positiva que promovem a participa o paridade entre governos em termos de representa o pol tica Cabo verde tamb m faz parte dos pa ses que assinou a conven o para a elimina o de todas as formas de descrimina o contra as mulheres desde 1980 O artigo 7 b da referida conven o que as Estadas partes tomar o todas as medidas necess rias para eliminar a descrimina o da mulher na pol tica garantindo o direito de participa o na formula o de pol ticas governamentais e na execu o destas certo que se tem notado um aumento gradual em termos de participa o feminina nos rg os do poder pol tico nomeadamente nas elei es de 2006 e 2011 onde houve um crescimento no parlamento de 5 passando de 15 3 em 2006 para 20 8 em 2011 como se pode ver no quadro 1 no entanto este fen meno de sub representa o feminina nos rg os do poder pol tico n o est totalmente resolvido Quadro 1 Resultados das elei es legislativas 1975 2011 2001 8 d R Fonte CNE Comiss
109. Iberoamericana de Educaci n n 41 pp 21 68 Hersch J 1981 Les Droits de L Homme Un Concept Universel Revue Cadmos n 14 pp 18 28 Irwin A 1995 Ci ncia Cidad Um Estudo das Pessoas Especializa o e Desenvolvimento Sustent vel Lisboa Instituto Piaget Jonas H 1990 Le Pr ncipe Responsabilit Une Ethique pour la Civilisation Technologique Paris Flammarion L v que P amp S chan L 1990 Les Grandes Divinit s de la Gr ce Paris Armand Collin Lovelock J 2006 Gaia Um Novo Olhar Sobre a Vida na Terra Lisboa Edi es 70 Ker nyi C 1996 Dionysos Archetypal Image of Indestructible Life Princeton Princeton University Press Mardones J M 2005 O Retorno do Mito A Racionalidade Mito simb lica Coimbra Almedina Marques L Vilches A Gil Perez D Praia J amp Thompson D 2008 The Current Planetary Crisis A Missing Dimension in Science Education In Azeiteiro U Gon alves F Pereira R Pereira M Filho W amp Morgado F Eds Science and Environment Education Frankfurt Peter Lang pp 25 47 Mayer V 2002 Using the Earth System for Integrating the Science Curriculum Science Education 79 4 pp 375 391 178 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Meadows L H Meadows D L Randers J amp Behrens W W 1972 The Limits to Growth New York Universe Books Meira P amp Caride J 2006 La Geometria de la Educaci n para
110. Klauss Vianna Neves 2008 apresenta a prepara o para um corpo c nico um corpo presente que parte de suas diversas refer ncias para dialogar com a proposta c nica e todos os elementos presentes um corpo que se percebe assim como o ambiente e o outro a todo o momento Esse trabalho utilizado tanto no teatro como na dan a enriquecendo a cena Ostrower 1987 informa que a cria o implica em conseguir compreender e integrar o compreendido em outro n vel de consci ncia as informa es recebidas estar o se relacionando com todo o referencial s gnico do criador e este as processar de forma a compreend las e a partir disto formula suas pr prias id ias e propostas apresentando um novo estado de conhecimento e consci ncia Com rela o a esse repert rio s gnico citado as refer ncias e influ ncias vividas pelo criador Vieira 2006 se reporta ao conceito de Unwelt que esta relacionado ao ambiente ao redor do artista e das interrela es entre o artista e o todo em volta Essa rela o de troca com o ambiente interfere diretamente no fazer art stico e contribui para os acasos durante o processo criador que podem levar a obra para dire es diferentes das pensadas originalmente Os trabalhos art sticos contempor neos apresentam uma caracter stica espec fica referente a cada criador como um tra o espec fico onde poss vel reconhecer o trabalho de determinado artista e Salles 1998 informa que cada artista ap
111. Reform 1990 Rep blica de CV ME Avan ar 3 manula de L ngua Portuguesa 3 Portuguese Before the Educational Ano do Curso Geral Porto Porto Editora 1987 Language Reform 1990 Maria C ndida Neiva Hisp rides Manual de Lingua Portuguesa 7 e Portuguese After the Educational 8 Anos CV ME Verde 1996 Language Reform 1990 Carm n G Anahom Manual do Mundo Contempor neo CV ME Contemporaneous After the Educational World History Reform 1990 Alice Matos Manual de Lingua Portuguesa 9 e 10 Aanos CV ME S D Portuguese After the Educational Language Reform 1990 Alice Matos Manual de Lingua Portuguesa 9 e 10 Anos CV ME S D Portuguese After the Educational Language reform The analysis of the textbooks directed by the transversal objectives aiming to find information related to the Europe Africa and Cape Verde that is a hermeneutic analysis what does the text tell us what messages does it transmit Up to this point the analysis took into account the organization of the contents the topics included in the textbooks see table 1 related to Europe Africa and Cape Verde and the identification of texts and pictures that can give information about the subject of the research The elaboration of questionnaire began between March and May 2010 The students who are in the last year of secondary schools were selected as the target group for the research The following structure of the ques
112. Sens du Progr s Une Approche Historique et Philosophique Paris Flammarion UNESCO 2004 United Nations Decade of Education for Sustainable Development International Implementation Scheme Consultado em http portal unesco org education Acesso em 20 08 2013 Viana V M 1999 Envolvimento Sustentavel e Conserva o das Florestas Brasileiras Ambiente amp Sociedade n 5 pp 1 3 Wunenburger J J 2002 Une utopie de la raison Essai sur la politique moderne Paris La Table Ronde 2002a La Vie des Images Grenoble PUG Re Construcao de identidades dos jovens cabo verdianos no Rio de Janeiro a partir das representa es sociais Resumo O presente artigo versa sobre as representa es sociais dos universit rios cabo verdianos residente no Rio de Janeiro Brasil sobre diversos objetos que est o implicados no processo de re constru o de suas identidades no entrecruzamento das culturas e identidades cabo verdianas e brasileiras As mudan as de ordem psicossocial experimentadas por estes indiv duos que imigraram para o Brasil em busca de melhores condi es de vida e de estudos acompanham a interac o social cont nua com os brasileiros tornando se mais pr ximos aos padr es Maria de F tima C Alves Abstract This article focuses on the social representations of university Cape Verdeans residing in Rio de Janeiro Brazil on various objects that are involved in the process of re con
113. US Universidade de Santiago 1 O futuro ao teu alcance Sea ey Revista Cabo Verdiana de Educa o Filosofia e Letras Print ISSN 2310 4112 Online ISSN 2311 9071 Se lantuna Revista Cabo Verdiana de Educa o Filosofia e Letras ano 1 n 1 jan jul 2014 UNIVERSIDADE DE SANTIAGO Reitor Gabriel Ant nio Monteiro Fernandes Vice reitor Fernando Jorge Pina Tavares Secret rio Geral Jos Lu s Mascarenhas Monteiro CONSELHO EDITORIAL Editor Cient fico Fernando Jorge Pina Tavares Coordena o Editorial Ana Daniele Silva Maciel Secretariado da Redac o Teresa Ramos Correia Copidesque e Revis o Cl udia Mendes Emanuel Semedo F tima Alves Lu s Rodrigues Maria Andr Trindade Capa Micael Fernandes DISTRIBUI O Gabinete de Comunica o Imagem e Rela es Internacionais da Universidade de Santiago Campus da Bolanha Cidade de Assomada Ilha de Santiago Cabo Verde TIf 238 265 41 51 Fax 238 265 41 53 ISSN 2310 4 lle print ISSN 2311 9071 ontine INDICE A diferen a cultural na escola Poliann D lmond z hentai ie Uae der nr eae Aedes 7 A videodan a como recurso para reflex o sobre a identidade cultural amaz nica expressa na produ o do artista da dan a contempor nea na cidade de Manaus Olvidia Dias de Souza Cruz Sobrinha Artemis de Araujo Soares cccceecceeeseceeseeeeeeteeeeeee 21 A problem tica da participa o das mulheres na pol tica o caso
114. a Lovelock 2006 25 Do exposto que pode ser tomado como uma met fora viva no sentido que lhe d Paul Ricoeur sente se palpitar o tipo de imagin rio que est subjacente a uma conce o de envolvimento sustent vel que o ser humano tradicional mantinha com a natureza e com todas as formas de vida Havia uma rela o simbi tica entre o ser humano tradicional e a natureza e por conseguinte uma forte identidade com tudo o que tivesse a ver com o planeta Terra Envolvimento sustent vel etapas de um compromisso de inclus o social No come o do s culo XXI um n mero de pessoas superior a seis bili es e meio distribu a se pelo planeta finito em espa o limitado em recursos marcado por enormes distor es e assimetrias que geram problemas socio ambientais escala local e global A tens o social como resultado da instaura o de regi es cr nicas de desemprego e de marginaliza o de uma parcela cada vez maior de popula es jovens de pessoas idosas de trabalhadores assalariados desvalorizados entre outros s o uma constante S o tamb m frequentes os perigos sociais associados ao racismo ao fanatismo religioso a explora o do trabalho infantil desigualdade de g nero opress o das mulheres entre outros Nos pa ses desenvolvidos encontramos enormes paradoxos Por um lado o desenvolvimento cont nuo de novos meios t cnicos e cient ficos potencialmente capazes de resolver os problemas ambientais domi
115. a Oeiras Celta Editora p 77 alargamento do acesso ao ensino secund rio e superior e ao trabalho assalariado e por isso esfera p blica com o alargamento do acesso das mulheres instru o e correlativamente independ ncia econ mica bem como a transforma o das estruturas familiares o distanciamento relativamente s tarefas dom sticas e as fun es de reprodu o ligado aos progressos e ao uso generalizado das t cnicas contracetivas e redu o das dimens es da fam lia nomeadamente com o retardamento da idade de casamento e da procria o o encurtamento da interrup o da atividade profissional por altura do nascimento de um filho e tamb m o crescimento das taxas de div rcio e a quebra das taxas de casamento O aumento do n mero de mulheres que trabalham n o pode deixar de ter afetado a decis o das tarefas dom sticas e no mesmo ato os modelos tradicionais masculinos Mas para Boudieu uma das transforma es mais importantes na condi o das mulheres e um dos fatores mais decisivos da transforma o dessa condi o sem sombra de d vida o maior acesso das raparigas ao ensino secund rio e superior em rela o com as transforma es das estruturas produtivas acarretou uma modifica o muito importante da posi o das mulheres na divis o do trabalho observa se assim uma maior representa o das mulheres nas profiss es intelectuais ou na administra o e nas diferentes formas de servi os sim
116. a o Gohn 2008 Por meio dos dados obtidos nesses documentos definiram se as ferramentas essenciais para a aprendizagem e os conte dos b sicos fundamentais que superavam os conte dos te ricos e pr ticos e englobavam valores e atitudes para viver sobreviver e desenvolver as capacidades humanas Atualmente muitos cursos de Pedagogia contemplam na estrutura curricular a disciplina educa o n o formal o que denota que essa modalidade de educa o vem crescendo e ganhando adeptos Esse fato ocorreu pois a Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional LDBEN de 1996 no art 1 definiu que a educa o abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar na conviv ncia humana no trabalho nas institui es de ensino e pesquisa nos movimentos sociais e organiza es da sociedade civil e nas manifesta es culturais 102 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Assim a escola deixa de ser o Unico espa o reconhecido de forma o e de aprendizagem outros nucleos nao formais da sociedade civil e de entidades do Terceiro Setor ganham destaque no que se refere ao processo ensino aprendizagem Para Afonso 1989 compreender a educa o n o formal leva necessidade de conhecer a comunidade em que se vai atuar pois para que se possa valorizar a cultura das pessoas faz se necess rio reconhecer as necessidades e anseios do grupo Dessa forma favorece se a participa o a solidariedade e a socializa o do
117. a Edi es UNICV p 110 3O monopartidarimo compreende o per odo 1975 1990 governado pelo PAIGC atual PAICV Segundo Nzouankeu citado por vora 2011 97 os regimes monopartid rios no contexto Africano s o legitimados com base no discurso que pregava que o partido nico era a nica via para se construir um estado moderno Segundo este discurso o monop lio do poder por um nico partido reduzia as chances de tens es sociais que podiam vir a explodir por causa da diversidade tnica e religiosa que predominava nos pa ses do continente Africano O partido nico uniformizava a diversidade social e garantia a paz Mas na perspetiva de vora Cabo Verde n o tinha aquela multiplicidade tnica e cultural dos demais pa ses Africanos A sua forma o social marcada por uma grande homogeneidade Evora 2011 97 A independ ncia de cabo verde ficou indefinida at finais de 1974 Os representantes do governo Portugu s e do PAIGC encontraram se por diversas vezes para acertarem o acordo de independ ncia Um acordo viria a ser assinado em Lisboa a 19 de Dezembro do referido ano Nele Portugal Compromete se a conceder a independ ncia total quele arquip lago num prazo de seis meses Pela promulga o do decreto n 754 74 foi nomeado um governo de transi o metade constitu do por ministros nomeados por Lisboa e a outra indicada pelo PAIGC Esse governo de transi o ficou encarregada de criar as condi es necess rias e a legisla
118. a inclusao social no mundo contempor neo Resumo Atualmente vivem se profundas assimetrias num planeta limitado em espa o e em recursos Da compreens o desta problem tica deve emergir o comprometimento dos cidad os na busca da sustentabilidade do planeta e da coes o social Os comportamentos individuais e coletivos as pol ticas de diversas organiza es n o t m muitas vezes em conta os valores da inclus o social e os direitos das gera es futuras Neste contexto a educa o pode contribuir para uma atitude de compromisso relativamente s leis da natureza e a problem ticas de inclus o e de envolvimento sustent vel Inclus o sustentada na defesa de pol ticas que ajudem os mais desfavorecidos a terem acesso s oportunidades a outros proporcionadas envolvimento sustent vel perspetivado numa l gica de valoriza o das intera es entre a natureza e a cultura O estudo apresentado defende que a inclus o social promovida num mundo ecologicamente sustent vel que respeite as din micas do planeta tendo a educa o como pedra angular sem a desligar dos contornos m ticos associados a este tipo de problem tica Atrav s de uma metodologia qualitativa procedeu se reflex o acerca dos seguintes conceitos envolvimento sustent vel sustentabilidade e inclus o social Valorizaram se as implica es para a forma o dos professores no mbito desta tem tica dada a transversalidade e a interculturalidade inerent
119. a independ ncia em 1975 passou a ser uma organiza o n o governamental ONGs Para mais informa es ver http www icieg cv article 3 Costa S 2011 Mulheres e Participa o Pol tica no Cabo Verde Democr tico In C Fonseca amp C Fortes Orgs As Mulheres em Cabo Verde Experi ncias e Perspectivas Praia Edi es da UNICV Atrav s dos dados da INE Instituto Nacional de Estatistica podemos notar que existem mais mulheres em Cabo Verde em detrimento dos homens ou seja cerca de 52 de mulheres o que levou o Cientista Politico Roselma vora a advogar que Cabo Verde um pa s de mulheres governado pelos homens Em Cabo Verde n o obstante os avan os a n vel do desenvolvimento econ mico social e cultural ainda persiste a tal quest o de discrimina o negativa ou seja ainda prevalece contradi es entre o desenvolvimento e a representa o pol tica feminina As mulheres t m sido mais afetadas devido as posi es que vem ocupando nas listas eleitorais que geralmente n o s o eleg veis Neste sentido Viegas e Faria atribu grande import ncia aos partidos pol ticos no incentivo participa o feminina nos rg os do poder pol tico Ou seja os partidos s o numa primeira fase um dos fatores condicionadores ou dinamizadores desse processo e numa segunda fase objeto do impacto das transforma es havidas As mulhres s o discriminado de forma direta ou imputado nos processos de recrutamento pol ti
120. a de determinados grupos sociais Trata se na verdade de um enfoque sist mico que diz respeito a todos os personagens e os mbitos da pr tica educativa Para a autora no que diz respeito escola afeta a sele o curricular a organiza o escolar as linguagens as pr ticas did ticas as atividades extraclasse o papel do a professor a a rela o com a comunidade entre outros Candau 2008 p 53 A escola pode se tornar uma ferramenta pol tica emancipat ria quando puder produzir um locus de fato educativo para todos as e quando as diferen as forem consideradas como est mulo e enriquecimento Boaventura sugere que um projeto educativo emancipat rio tem de colocar o conflito cultural no centro do seu curr culo Oliveira 2006 p 119 Tal projeto educativo pelo qual fala o soci logo traz a possibilidade de trabalhar na pr pria pr tica educativa cotidiana conte dos que possam superar a domina o da cultura euroc ntrica sobre as outras e a nica vis o de conhecimento cient fico sobre as outras formas de conhecer Nesse sentido ele pensa que a a o pol tico educativa e seu papel social s o possibilidades concretas para a transforma o dos modos de produ o de conhecimento vigentes e concebidos pela vis o euroc ntrica de ci ncia E mais ainda tal projeto compreende que a educa o levaria ao desenvolvimento da autonomia individual e coletiva Oliveira 2006 Para o autor os sistemas educativos foram
121. a identidade for compreendida como a norma ent o as outras identidades s o avaliadas hierarquicamente A for a homogeneizadora da identidade normal directamente proporcional sua invisibilidade No entanto a identidade hegem nica permanentemente assombrada pelo Outro sem cuja exist ncia ela n o faria sentido Uma educa o inclusiva ter for osamente que passar pela constru o de um curr culo e de estrat gias que atendam diversidade enquanto parte activa na forma o da identidade Assim a participa o do indiv duo fundamental para que os contextos de mudan a encontrem novas formas de colabora o A possibilidade real e legal de introdu o dos cursos t cnico profissionais nivel II nas escolas regulares torna se um problema social porque num mundo heterog neo o encontro com o outro com o estranho com o diferente inevit vel um problema pedag gico e curricular n o apenas porque interagem com o outro no pr prio espa o da escola mas tamb m porque mesmo quando explicitamente ignorado e reprimido a volta do outro do diferente inevit vel explodindo em conflitos confrontos hostilidades e at mesmo viol ncia O reprimido tende a voltar refor ado e multiplicado O direito dos alunos educa o n o deve aparecer apenas sob o estandarte de Wittgenstein Tractatus p 139 6 4311 Silva T T A Produ o Social da Identidade e da Diferen a in Ide
122. a local Contemporaneidade e a arte da dan a hoje Partindo do entendimento de que a cultura din mica os indiv duos e as sociedades tamb m est o em constante transforma o reformulando seus valores cren as e manifesta es art sticas seja por necessidade ou por influ ncia do ambiente em que vivem e aos quais tem acesso influenciando o ambiente e sendo influenciados por ele A Internet um dos fatores que contribui para acelerar as transforma es na contemporaneidade trouxe uma maior proximidade entre os povos e acelerou o atual processo de globaliza o para Santos 2008 a globaliza o est em quase todas as partes do mundo e assim como diminui as fronteiras tamb m aumenta as diferen as pois poss vel conhecer melhor a cultura de cada localidade E essa possibilidade tem provocado uma busca pelas caracter sticas e manifesta es pr prias regionais dirigindo o olhar para as origens as 26 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 rafzes de cada povo e suas manifesta es peculiares Parece que estamos em um momento de descobertas de novos mundos mas tamb m de reflex o sobre a propria cultura de origem de cada regi o buscando um novo olhar novas informa es que podem levar a mudan as a reformula es de tradi es E isso faz com que apare am novas possibilidades e caminhos a serem percorridos Cada sociedade apresenta t cnicas corporais pr prias e Mauss 2010 p 401 esclarece que t cnicas corp
123. acima o autor parte de tipos de desrespeito que pertencem esfera de reconhecimento amor S o eles os maus tratos a tortura o c estupro e a viola o Esses tipos de desrespeito s o as mais rudimentares formas de rebaixamento pessoal pois atingem diretamente a integridade f sica impossibilitando que o indiv duo conduza o pr prio corpo O autor ressalta que essas formas de humilha o n o permitem que os seres humanos desenvolvam a autonomia e a autoconfian a emocional e corporal uma vez que fere a confian a aprendida por meio do amor causando tamb m 108 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 vergonha social Portanto n o a integridade f sica propriamente que atacada mas a integridade ps quica o autorrespeito que cada indiv duo adquire no processo intersubjetivo de socializa o e que se origina da dedica o afetiva dispensada pela m e nos primeiros anos de vida A esfera de reconhecimento do direito corresponde a forma de desrespeito chamada por Honneth de priva o de direitos ou exclus o social O componente da personalidade diretamente amea ado diz respeito integridade social Tamb m fere o autorrespeito medida que a pessoa se sente injusti ada uma vez que sua capacidade de responsabilidade moral foi violada Os seres humanos sofrem por n o conseguirem adquirir os direitos morais e as responsabilidades que uma pessoa necessita para viver plenamente
124. acordo com os conte dos determinados pelas leis educacionais Ghanem e Trilla 2008 p 33 definem educa o formal como o sistema educacional altamente institucionalizado cronologicamente graduado e hierarquicamente estruturado que vai dos primeiros anos da escola prim ria at os ltimos da universidade Para Lib neo 2005 p 88 Formal refere se a tudo o que implica uma forma isto algo intelig vel estruturado o modo como algo se configura Educa o formal seria aquela estruturada organizada planejada intencionalmente sistem tica Nesse sentido a educa o escolar convencional tipicamente formal Por m o autor salienta que pode existir educa o formal em espa os n o convencionais desde que haja intencionalidade sistematicidade pois para ele onde h ensino h educa o formal Cita como exemplo a educa o de adultos a educa o sindical a educa o profissional ocorrida fora da institui o escolar mas com atributos que caracterizam um trabalho did tico pedag gico V se portanto que a intencionalidade as regras o curr culo organizado o local determinado o professor especializado formam a base da educa o formal Ela estabelecida por regras legais que poder o ser substituidas segundo crit rios dos rg os educacionais competentes A educa o n o formal tem conquistado espa o de discuss es cada vez mais importantes no cen rio educacional Trata se d
125. ada preconceituosa e hipot tica fict cia com os Temas Transversais tratados superficialmente estere tipos e representa es equivocadas sobre o povo brasileiro e sobre o Brasil Em menor frequ ncia o modelo ideol gico de letramento foi identificado na categoria libertadora critica com a problematiza o dos temas dos textos digitais a contesta o dos sentidos veiculados nos textos e nas atividades de leitura a possibilidade de valoriza o do contexto sociocultural do aluno por meio de quest es que possibilitam ao aluno manifestar suas impress es sobre a unidade Al m disso a an lise evidenciou que as imagens e ilustra es presentes nas cole es did ticas s o pouco exploradas nas atividades ou se quer chegam a integrar se nas unidades servindo em muitos casos como adere o para preenchimento da p gina Destacamos ainda que tanto os textos verbais quanto os n o verbais necessitam ser explorados criticamente a fim de que as ideologias subjacentes nos discursos possam ser desveladas ou pelo menos contestadas no contexto de sala de aula Para que esse n vel de reflex o e engajamento seja poss vel o professor precisa ter clareza que todo ato educativo resulta em um ato pol tico e nesse sentido a escolha do material did tico e a metodologia para abord lo podem corroborar na amplia o de vis o de mundo do aluno e no seu entendimento sobre o poder dos discursos na sociedade Considera es finais Na proposta
126. ade A identidade do grupo condicionada por uma oposi o entre a sua identidade e a diferen a em rela o a outros grupos o que suscita a elabora o de representa es sobre diferentes objetos que ocasionam essas oposi es um processo constru do de forma din mica e dial tica um processo de personaliza o sempre mut vel e provis rio Ela ao mesmo tempo individual e social sup e uma interrestrutura o entre as identidades individuais e sociais em que os componentes psicol gicos e sociol gicos se articulam organicamente Nesse sentido Pujudas 1993 considera que a constru o das identidades marcada por processos ativos e din micos surgidos das intera es quotidianas do sujeito com a sociedade Desse modo n o temos mais uma identidade vinculada de forma est tica a um conjunto de heran as mas um processo din mico que organiza e reelabora esses valores e comportamentos agregando novos elementos no processo da identidade A identidade uma quest o chave na representa o de qualquer objeto ou seja na estrutura o de seu campo de representa o Indiv duos e grupos expressam sua identidade atrav s de suas representa es Segundo Silva 2004 p 91 por meio de representa o assim compreendida que a identidade e a diferen a adquirem sentido por meio da representa o que a identidade e a diferen a passam a existir Representar significa neste caso dizer essa a minha iden
127. ades e a globaliza o estreitam tamb m a capacidade de a o dos estados nacionais dos partidos dos sindicatos e pol ticos cl ssicos Empregando a ideologia da abertura comercial e da desregula o da economia o que surgiu foi um novo e prec rio mundo do trabalho A globaliza o das ind strias culturais em n vel mundial fomentou a homogeneiza o do consumo e da cultura ultrapassando fronteiras nacionais cuja identidade e cuja esfera de atua o est o em permanente processo de redefini o nos espa os territoriais onde os limites geogr ficos nacionais se diluem na constitui o de mercados globais Produtos culturais como a m sica o cinema a publicidade ou as novelas e seriados televisivos configuram os referentes audiovisuais das novas gera es que os consomem em grande medida para al m das fronteiras nacionais Garc a Canclini 2008 explica que a globaliza o exige o lucro em todas as suas atividades imp e a uniformiza o dos seres humanos em que todos devem ser iguais e vestir se da mesma forma e imp e normas de comportamento valores morais ideologias e padr es est ticos e ticos importante para a globaliza o do lucro destruir as culturas nacionais bem como as culturas locais a qualquer custo nem que para isso milhares de pessoas agonizem Ao destruir suas culturas destroem as pr prias identidades A relativa unifica o globalizada dos mercados n o se sente perturbada pela exist ncia de dife
128. ais e de massa e nos pensamentos individuais S o difusos multifacetados din micos sempre em muta o e movimento encontra se sobretudo nas intera es sociais Jodelet op cit qualifica as representa es sociais como sendo uma forma de conhecimento pr tico conectando um sujeito a um objeto Qualificar esse conhecimento de pr tico refere se experi ncia a partir da qual ele produzido aos referenciais e condi es em que ocorram e sobretudo ao fato de que a representa o engajada para agir no mundo e nos outros O que faz com que o encontro entre os cabo verdianos e cariocas pare a produzir condi es para que os primeiros possam agir no mundo Processo de re constru o de identidades dos estudantes cabo verdianos no Rio de Janeiro Esta se o versa sobre como os estudantes cabo verdianos re constroem suas identidades a partir das representa es sociais que t m de si e dos seus pares e de como acreditam que os outros os v em Observa se em primeiro lugar que os universit rios t m opini es divergentes em rela o s identidades tnica e racial ou seja n o assumem uma identidade tnica propriamente dita Nesse sentido os investigados assumem v rias identifica es que os classificam enquanto indiv duos pertencentes a um grupo portadores de uma cultura e vinculados a uma na o Os estudantes em sua maioria se autodenominam cabo verdianos t o somente descartando assim qualqu
129. al para se atingir os objetivos da igualdade entre homens e mulheres foram removidos em v rios pa ses e Cabo Verde pertence ao conjunto de pa ses onde essas tranforma es se realizam A ONU em 2005 defendeu o direito a participa o de todas as mulheres sob a gide de equidade em todas as esferas da sociedade incluindo a participa o no processo decis rio e o acesso ao poder onde estes s o fundamentais para se alcan ar a igualdade bem como o desenvolvimento e a paz Em Cabo Verde o ICIEG Instituto Nacional para Igualdade e Equidade de G nero tem vindo a criar condi es para que exista uma redistribui o igualit ria de poder entre mulheres e homens no espa o privado e p blico Apesar do C digo de Fam lia explicitar que homens e mulheres t m iguais direitos e responsabilidades na gest o do espa o privado as rotinas di rias de homens e mulheres continuam a ser diferenciadas e o prot tipo de pensamento social continua a corresponder a um paradigma de unidade familiar e de distribui o de tarefas onde a mulher a que se ocupa fundamentalmente do bem estar familiar e dom stico Barreto A 2002 Tempo e Incerteza Lisboa Antropos p 302 Macano E 2002 A transi o Pol tica em Mo ambique Lisboa CEA ISCTE AV For as Armadas Monteiro E 2009 Mulheres Democracia e Desafios P s coloniais Uma an lise da participa o pol tica das mulheres em Cabo Verde Praia Edi es UNICV p 75 P
130. an continent was recognized as rich and developed They were characterized as racists self confident and intelligent European cultures were viewed as interesting valuable and different The quality of life in Europe was considered as good and very good The peace in Europe is mainly perceived as sustainable and good European governments were understood to be intelligent organized cooperative as well as corrupts Thus far the findings lead one to conclude that the target group has a great quantity of information that characterizes African and European continents There is not a big divergence in relation to the difference about the variety of area of study in the secondary education place of residence and the level of family schooling By the same token students depict Europe and African continent differently as far as what they learn from the curriculum framework As shown in the theoretical part of this research representations are built from different sources without any kind of logical interconnection of the information Cape Verdean Secondary Education and the representations of Europe interpreting the findings To analyze the results already collected an essential consideration of the theoretical debate is necessary Now the discussion centralizes on three main points i identifying and reinterpreting the meaning the fundations and the objectives about the way s Europe is represented in the Cape Verdean SE 11
131. anismo respons vel pela promo o e coordena o de iniciativas que promovessem tais fins refor ando e ampliando as situa es empreendidas em favor de uma alfabetiza o generalizada e uma educa o para todos Do ineg vel esfor o das organiza es internacionais acima espelhado destacam se aqui dois documentos emanados da cimeira Rio 10 incentivadores de um compromisso n o apenas concetual mas eminentemente operacional e no primeiro Declara o de Joanesburgo os chefes de Estado e governo assumiram a responsabilidade coletiva de promover e fortalecer os pilares interdependentes e que se refor am mutuamente do desenvolvimento humano o econ mico o social e a prote o ambiental a n vel local nacional regional e mundial http www onuportugal pt A erradica o da pobreza a altera o dos padr es de consumo e de produ o a prote o e gest o da base de recursos naturais para o desenvolvimento econ mico e social foram assim reconhecidos como objetivos gerais do desenvolvimento sustent vel Ao mesmo tempo a educa o e a forma o v o sendo assumidas como essenciais para combater o subdesenvolvimento da sociedade e no segundo Plano de Aplica o obrigam se os participantes na Cimeira Mundial a a es e medidas concretas a todos os n veis sobre uma ampla gama de quest es ambientais e de desenvolvimento tais como a gua salubre a energia a agricultura o com rcio a sa de e a bi
132. anos 90 entre v rios debates que tem havido nos meios de cominica o social principalmente depois da abertura democr tica em 1990 ainda persiste a n o introdu o da lei das quaotas factor este que continua a condicionar a representa o das mulheres em todos os org os do poder pol tico ver o quadro 1 amp 2 Na linha do pensamento do Polit logo Suzano Costa em Cabo Verde esta quest o tem sido marcada por uma tonalidade jocosa arrogante paternalista e faloc ntrica Ver Baum e Esp rito Santo 2009 As causas para a adop o da lei da paridade em Portugal 375 411 In A Freire e J Viegas Orgs Representa o Pol tica O caso Portugu s em perspectiva comparada Lisboa Sextante Editora p 375 Martins M e Pequito T 2005 O Funcionamento dos Partidos e a Participa o das Mulheres na Vida Pol tica e Partid ria em Portugal Lisboa Comiss o para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres p 81 Citado por Baum e Esp rito Santo 2009 dem p 375 dem p 377 A cria o do Instituto da Condi o Feminina ICF atualmente designada de Instituto Cabo verdiano para igualdade e equidade de G nero ICIEG remonta os anos 90 poca em que se fazia sentir no pa s Governo a necessidade de um mecanismo institucional que se trata de pol ticas publicas relativas a problem tica da mulher ja que enssa altura a Organiza o das mulheres de Cabo Verde OMCV que desempenhava esse papel desde
133. antuna v 1 n 1 jan jul 2014 As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa o das Rela es Etnico Raciais e para o Ensino de Hist ria e Cultura Afro Brasileira e Africana DOCUMENTO 03 tica e Cidadania Construindo Valores na Escola e na Sociedade Kit Rela es tnico Raciais e de G nero M dulo I tica M dulo II Conviv ncia Democr tica brancos e negros muitas vezes simuladas como harmoniosas nada tendo a ver com o conceito biol gico de ra a cunhado no s culo XVIII e hoje sobejamente superado Cabe esclarecer que o termo ra a utilizado com frequ ncia nas rela es sociais brasileiras para informar como determinadas caracter sticas f sicas como cor de pele tipo de cabelo entre outras influenciam interferem e at mesmo determinam o destino e o lugar social dos sujeitos no interior da sociedade brasileira Ressignificado pelo movimento negro p 13 Rela o entre negros e brancos o que aqui estamos designando como rela es tnico raciais termo tnico na express o tnico racial serve para marcar que essas rela es tensas devidas a diferen as na cor da pele e tra os fision micos o s o tamb m devido raiz cultural plantada na ancestralidade africana que difere em vis o de mundo valores e princ pios das de origem ind gena europeia e asi tica p 13 Conceito retirado do documento 02 As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa o das Rela es tnico
134. ar se n o ignorar os demais conhecimentos espec ficos Nesta linha preciso compreender que a integra o din mica dos saberes se enquadra no contexto global de desmoronamento de valores e de pr ticas tradicionais que se verifica atualmente de descentra o e multiplica o de antagonismos de grandes desequil brios ambientais e sociais n o estando nenhum desfecho previamente determinado Paviani 2004 A consci ncia interdisciplinar visa fomentar vetores potenciais de singulariza o e apoiar todas as aberturas prospetivas e inovadoras que enquadrem uma solidariedade epistemol gica dos dom nios implicados que assinale a necessidade tica de um compromisso na a o e a virtude est tica da re inven o permanente e que necessariamente transporte consigo a vontade de transforma o da condi o humana no Planeta Guattari 1991 194 Sublinhe se que do ponto de vista dos autores a ideia de interdisciplinaridade no contexto desta problem tica ser instrumental para o desenvolvimento dos saberes b sicos essenciais aprender a ser aprender a conhecer aprender a fazer aprender a viver juntos que possibilitar o mudan as de aprendizagens dirigidas para aprendizagens assistidas e destas para aprendizagens aut nomas em sintonia com um percurso de responsabiliza o 162 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 progressivo de cada um pela constru o do seu pr prio saber Cachapuz et al 2004 E essa constru
135. aremos o conceito de insucesso escolar para referir se por um lado aos alunos reprovados isto a todos aqueles que n o atingiram os requisitos m nimos exigidos no conjunto das avalia es realizadas durante um ano lectivo espec fico E por outro aos alunos que abandonaram o sistema educativo ou seja aos alunos que num determinado contexto escolar e institucional e por raz es v rias abandonaram a escola Metodologia da investiga o Para a an lise da efic cia social qualidade e equidade do sistema educativo optamos por um desenho de investiga o descritiva e pela triangula o das fontes e t cnicas no sentido de recolher analisar e interpretar as informa es pertinentes para o estudo Na recolha das informa es preferimos utilizar por um lado o enfoque quantitativo com recurso a question rio de quest es fechadas e por outro ao enfoque qualitativo com recurso a question rio de quest es abertas Os question rios foram aplicados aos alunos dos estabelecimentos de ensino secund rio de uma amostra representativa dos estabelecimentos de ensino secund rio Tamb m foram aplicados question rios aos docentes e respons veis pol ticos embora neste artigo n o utilizaremos implicitamente tais informa es Para a an lise de dados utilizamos a an lise do tipo quantitativo A an lise das informa es foi precedida pelo processo de categoriza o e codifica o das respostas Para a realiza o desta investiga
136. arte Neste contexto o objectivo principal analisar a efic cia social qualidade e equidade do sistema educativo cabo verdiano e analisar a rela ao entre o contexto sociocultural e econ mico e os resultados educativos dos alunos do ensino secundario Eficacia social do sistema educativo O conceito efic cia social do sistema educativo comprende se a partir de duas dimens es a primeira a partir da perspectiva da igualdade de oportunidades ou equidade educativa e a segunda a partir da perspectiva da qualidade educativa A equidade e a qualidade da educa o constituem dois temas centrais no debate educativo dos ltimos anos Por isso surgem alguns questionamentos tais como a qualidade e equidade s o distintas ou est o relacionadas poss vel haver qualidade sem equidade e ou vice versa Entretanto entendemos que o conceito de qualidade e equidade s o complementares porque por um lado um sistema educativo ser tanto mais equitativo quer dizer garantir igualdade na distribui o de recursos oportunidades resultados e benef cios educativos entre todos diversidade de alunos quanto maior for a sua qualidade E por outro um sistema educativo ser de melhor qualidade quando for capaz de garantir que todos os alunos consigam atingir os objectivos propostos Para a OREAL UNESCO 2007 a qualidade e equidade n o s o incompat veis mas sim indissoci veis pois consideram que uma educa o de qualidade quando of
137. as possibilidades de cria o s o ilimitadas ela cria por hierogamia com o C u mas tamb m por partog nese ou por imola o A Terra M e encarna o arqu tipo da 174 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Fecundidade da cria o inexaur vel por esta tend ncia que ela tem a tend ncia a assimilar os atributos e os mitos de outras divindades da fertilidade sejam elas lunares aqu ticas ou agr colas Poder se ia dizer que a Terra M e constitui uma forma aberta suscet vel de se enriquecer indefinidamente e que e por esta raz o que ela absorve todos os mitos relacionados com a Vida e com a Morte com a Cria o e com a gera o com a sexualidade e com os sacrif cios N s n o insistimos sob o aspecto nocturno e funer rio da Terra M e enquanto Deusa da Morte n s n o falamos dos seus tra os agressivos terr ficos angustiantes Mas mesmo a respeito desses aspetos negativos e angustiantes n o se pode perder de vista uma coisa se a Terra se torna Deusa da Morte justamente porque ela percebida como a matriz universal como a fonte inesgot vel de toda a cria o Eliade 1990 209 227 228 232 Neste contexto compreende se melhor a experi ncia m stica de autoctonia apresentando se esta aos nossos olhos como uma das caracter sticas mais emblem ticas do envolvimento sustent vel Ela fala nos do sentimento profundo da nossa liga o Terra como se por ela tiv ssemos sido criados do mesmo modo
138. as que comp em o povo brasileiro dando destaque educa o ind gena e necessidade de autonomia das escolas para a preserva o cultural de diversas etnias e povos a partir da publica o dos PCN que esse debate ganha forma Nesse sentido caberia s escolas segundo esse documento Encontrar formas de cumprir o princ pio constitucional de igualdade o que exige sensibilidade para a quest o da diversidade cultural e a es decididas em rela o aos problemas gerados pela injusti a social documento 01 p 29 Devemos ainda acentuar outro marco a assinatura do compromisso brasileiro na Confer ncia Mundial em Durban de Combate ao Racismo Discrimina o Racial Xenofobia e Intoler ncia Correlata de 2001 A partir desse evento a milit ncia do Movimento Negro acentua se reivindicando pol ticas de a es afirmativas que minimizem as dist ncias sociais criadas pela discrimina o sofrida pelos afrodescendentes no Brasil Nesse novo cen rio pol tico as diretrizes curriculares assumem vital import ncia pois se trata de criar as futuras gera es sem os preconceitos vigentes ainda hoje sobre negros ind genas mulheres e deficientes atrav s de uma nova democracia Com o desenvolvimento da tem tica na educa o brasileira parece haver um deslocamento das estrat gias para a obten o de justi a social Se no documento Olh a indica o de se abarcar todas as diferen as na busca por igual
139. avam o tempo necess rio para que eles realizassem as atividades e que n o os dava a devida aten o Al m disso eles eram vistos de maneira diferente pelos demais alunos Esses fatores levaram nos evas o da educa o formal e o objetivo que eles tanto almejavam concluir o Ensino Fundamental n o se concretizaria caso o NTC n o formasse turmas desse n vel de ensino A coordenadora ressalta que esses alunos buscam o estudo e apesar de todas as dificuldades o fazem com garra pois querem resgatar algo que por diversos motivos lhes foi negado em algum momento o acesso ao conhecimento Para eles n o importa o tempo que levar o para aprender por isso imposs vel a continuidade em uma escola de ensino regular As turmas de 5 a 8 s rie funcionam tarde pois os alunos em fun o do trabalho ficam extremamente cansados moram longe e t m de acordar muito cedo Por esses motivos o curso n o oferecido no per odo da manh Por tratar se de educa o n o formal a universidade n o pode certificar Assim quando os alunos terminam a 4 ou a 8 s rie do Ensino Fundamental s o encaminhados para a escola estadual Marina Cintra para que possam realizar uma prova Essa avalia o corrigida por professores dessa institui o e caso sejam aprovados os certificados s o emitidos pela mesma escola como se os alunos tivessem estudado nessa institui o Os educadores sociais respons veis pela alfabetiza o de jov
140. azer notar em pesquisas recentes como a de Tortato 2010 e T lio 2008 Em linhas gerais com o passar do tempo os materiais did ticos inclusive o livro did tico tornam se mais sofisticados visto que incorporam CD ROM conte dos extras e materiais de apoio gratuitos dispon veis em portais de editoras Paiva 2009 Segundo o Guia de Livro Did tico material desenvolvido pelo Minist rio da Educa o para nortear a escolha do livro pelo professor o livro precisa contribuir para a forma o de cidad os cr ticos e reflexivos desprovidos de preconceitos capazes de respeitar a si mesmos e a outros a sua pr pria cultura e as dos outros partindo de experi ncias cr ticas e reflexivas com a l ngua estrangeira Brasil 2010 p 12 13 Na proposta de ensino cr tico de ingl s espera se que a sala de aula precisa seja um espa o favor vel em que l ngua e cultura concilia o entre l ngua e cultura Isso porque ao aprender l ngua estrangeira inevitavelmente junto com o c digo lingu stico o aluno aciona um conjunto de valores culturais cren as e significados que podem se chocar com os valores cren as e significados da l ngua e cultura estrangeira que aprende Diante disso conciliar aspectos culturais indissoci veis da l ngua a fim de que o aluno perceba que a cultura da l ngua que est aprendendo tem suas diferen as mas que nenhuma superior a outra e sim h h bitos diferentes porque a situa o est
141. b licos Embora essas transforma es da condi o feminina em termos positivos n o se encontram ainda a um n vel sobre a qual se possa dizer que traduz num cen rio de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres Segundo Canas a participa o igualit ria dos dois sexos nos centros de decis o pol tica criar condi es de melhoria a n vel democr tico n o apenas porque real ar e valorizar as diferen as de experi ncias de conhecimentos de valores e de sensibilidade entre homens e mulheres resultantes de circunstancias de g nero para al m de permitir que se manifeste a riqueza resultante das diferen as de apreens o das palavras e das coisas do espa o e do 4 24 tempo mas sobretudo porque superar a democracia excludente A Participa o das mulheres na pol tica em Cabo Verde Para Parry the participation is composed of a variety of activities which differ greatly in the time and affort they require the skill and knowledge needed to performe them and the conflict they are likely to engender Segundo este autor para al m da participa o gerar conflito este conceito multi dimensional Ibidem pp 77 79 2 A este respeito ver Viegas e Faria 2001 sobre as mulheres na pol tica Canas V et al 1999 A Quest o da Igualdade de participa o Pol tica Democracia com mais Cidadania Lisboa Casa da Moeda p 14 Parry G et al 1992 Political Participation and democra
142. c dans l exercice du gouvernement pastoral un mouvement qui m ne l uniformisation des situations obtenue par cette quivalence du tout et de la partie la singularit des situations humaines dispara t jamais devant un pouvoir qui comme le dit Foucault s exerce sur une multiplicit et non sur un territoire qui guide vers un but et qui est l intercesseur pour ce but C est un pouvoir qui vise la fois tous et chacun dans leur paradoxale quivalence et non l unit sup rieure form e par le tout Foucault 2004 p 133 Ce pouvoir pastoral est selon Foucault un mode tout fait in dit dans l histoire de subjectivation et de formation des hommes Le gouvernement pastoral rompt totalement avec la paideia hell nistique comme avec tous les modes de formation de soi qui avaient cours en Occident avant le christianisme Foucault explicite cette tranget du pastorat en tant que mode de relations interindividuelles et intra individuelles Le gouvernement pastoral administre tout d abord le salut dans une r ciprocit de la responsabilit selon le principe de l quivalence de tous et de chacun C est ce qui conduit cette responsabilit devenir analytique il s agit de rendre compte de chaque acte selon une distribution qualitative et factuelle Foucault p 173 Le deuxi me principe fondamental selon Foucault est celui du transfert instantan de la responsabilit chacun des
143. ca se apenas em alguns aspectos 20 50 N o se identifica com o grupo de amigos 0 0 TOTAL 40 100 Tabela 9 Identifica o com o grupo de amigos Sobre este assunto Pais 2003 refor a que os amigos do grupo constituem um espelho da sua pr pria identidade onde se fixam semelhan as e diferen as relativamente a outros grupos Conclus es Para quem faz surfe bodyboard a experi ncia n o se limita aos breves momentos em que se est dentro de gua Essa experi ncia trazida c para fora influenciando muitos aspectos das rotinas e das prefer ncias dos jovens que praticam Das principais raz es que conduzem os jovens a optar por pr ticas desta natureza salienta se a procura do risco e da aventura A incerteza do meio e o confronto com o desconhecido condicionam cada vez mais os jovens nas suas escolhas As modalidades convencionais realizadas em espa os est veis deixaram de satisfazer as verdadeira necessidades dos jovens que cada vez mais sentem a necessidade de colocar a sua exist ncia prova no sentido de a valorizar A pr tica deste tipo de actividades est associada a formas de socializa o muito pr prias e consequentemente ao surgimento de culturas espec ficas do grupo de jovens que praticam Existe uma significativa valoriza o e identifica o com o grupo de amigos sem os quais a pr tica ficaria de certa forma descontextualizada Refer ncias Bourdieu P 1989 O poder simb lico Lisboa D
144. cada pessoa como sujeito por meio dos significados produzidos pelas representa es que o homem e a mulher d o sentido experi ncia e quilo que s o Woodward 2000 p 17 heterossexual e crist o como o sujeito nico do pensamento pol tico universal Ao questionar a autoridade do pensamento masculino ocidental os movimentos sociais dos direitos civis as feministas os ambientalistas os sem terra os sem teto o poder negro a comunidade gay os movimentos de descoloniza o al m de outras for as sociais destacam a complexidade das rela es hier rquicas de poder que podem sustentar se na suposta pluralidade das diferen as O desafio do s culo XXI o pleno exerc cio dos direitos humanos com a garantia do princ pio da igualdade a partir do reconhecimento da diversidade ou seja a equidade Nessa perspectiva Sousa Santos 1997 convida a refletir sobre o exerc cio dos direitos humanos universais no mundo globalizado e a implica o do conceito de cidadania em sociedades nas quais atuam poderosos mecanismos excludentes postos em a o por setores crescentes vitimando parcelas cada vez maiores de minorias sem direito cidadania O ponto a ser ressaltado no presente momento o da visibilidade crescente de diferentes identidades em diversos contextos que at pouco tempo procuravam preservar se mistura O reconhecimento da diversidade existente e a atua o de forma plural a partir da constata o das diferen as de
145. ce aos alunos um contexto socioeducativo adequado para o processo ensino aprendizagem como por exemplo espa o f sico adequado docentes com forma o pedag gica e preparados para ensinar materiais did cticos e pedag gicos de qualidade e que promovam o sucesso escolar de todos os alunos Por seu turno o conceito equidade igualdade de oportunidades educativas refere se igualdade na distribui o dos recursos oportunidades resultados e benef cios educativos entre todos os alunos independentemente da sua condi o socioecon mica e cultural sexo e regi o de proced ncia Ao falarmos equidade educativa estamos a referir nos a possibilidade do sistema educativo criar as condi es necess rias para que todos os alunos tenham oportunidades de receber uma educa o de qualidade reduzindo assim os efeitos de factores sociais econ micos culturais de g nero e regi o de proced ncia Para Marchesi e Martin 1998 n o f cil definir o conceito da qualidade e da equidade em educa o visto que existem v rias aproxima es poss veis e que cada uma delas est condicionada por ideologias vis es e expectativas diferentes Asseguram que todos os enfoques sobre a qualidade do ensino compartilham a ideia de que um sistema educativo de qualidade aquele que garante a melhor educa o poss vel para todos os alunos Por isso Marchesi e Martin 1998 33 consideram que um conceito de qualidade de educa o mais abrangente deve inclu
146. ce da escola pro be a diferen a do outro al m disso o mesmo e o outro n o podem nessa temporalidade nessa escola estar ao mesmo tempo p 46 e complementa as conclus es j conhecidas sobre a rela o entre modernidade educa o e escola s o evidentes o tempo da modernidade e o tempo da escolariza o insistem em ser como decalques temporalidades que s desejam a ordem que teimam em classificar em produzir mesmices homog neas ntegras sem fissuras a salvo de toda contamina o do outro a espacialidade da modernidade e o espa o escolar insistem em ser como irm s de sangue espacialidades que s buscam restringir o outro para longe de seu territ rio de sua l ngua de sua sexualidade de seu g nero de sua idade de sua ra a de sua etnia de sua gera o etc Skliar 2003b p 45 A discuss o central colocada a de pensar alternativas ao modelo dominante e monocultural de ensino e de conhecimento No entanto n o se trata de sugerir uma transforma o esquecendo que a realidade e a educa o est o adquirindo novas fei es Busca se desse modo pensar se o sentido da proposi o uma educa o para diversidade que poderia ser tamb m na ou pela diversidade O que se coloca em evid ncia n o uma afirma o o imperativo da toler ncia s diferen as mas uma pergunta pelos Outros esse outro multicultural Uma quest o que se desdobra em duas a pergunta do outro e uma pergunta
147. cea Eliade um tempo muito diferente do hist rico porquanto projeta o sujeito no ambiente m tico por excel ncia que o espa o do sagrado logo da rutura com o profano e com as condicionantes hist ricas que o determinam 1985 N o pois de estranhar que permane a em cada um de n s no nosso imagin rio mais profundo e m tico o desejo nost lgico de regressar ao Para so que n o mais do que escapar ao tempo e entrar no reino do presente eterno Mircea Eliade define este desejo do seguinte modo desejo experimentado pelo homem de se achar sempre e sem esfor o no cora o do mundo da realidade e da sacralidade e em suma de superar de maneira natural a condi o humana e recuperar a condi o divina ou como diria um crist o a condi o anterior queda 1977 452 Por outras palavras este desejo de recuperar os atributos divinos os atributos do ser humano primordial tais como a amizade com os animais o conhecimento da sua l ngua a imortalidade a espontaneidade a liberdade a possibilidade de ascens o ao c u leva necessariamente anula o do tempo recupera o do illud tempus paradis aco Esta anula o temporal coincide com o tempo antes da queda na terminologia da tradi o crist e o tempo da poca primordial ou da beatitude dos come os Eliade onde o ato decisivo Eliade teve lugar Por sua vez este identifica se com a obra do Antepassado Mitico Por outras palavras este regr
148. ceiro Setor que se preocupam com essa quest o vislumbra se universidades que por meio da extens o se empenham nesse trabalho Este texto tem por objetivo apresentar uma experi ncia de alfabetiza o de jovens e adultos desenvolvida pela Pontif cia Universidade Cat lica de S o Paulo PUC SP que ocorre por meio da educa o n o formal Trata se do projeto denominado Educa o Interdisciplinar de Jovens e Adultos que pertence ao N cleo de Trabalho Comunit rio NTC e que utiliza a filosofia freiriana como aporte te rico na forma o dos educadores sociais O trabalho fundamenta se em autores que discutem as categorias reconhecimento social Honneth 2007 2009 e educa o n o formal Gohn 2008 2010 Ghanem e Trilla 2008 Utiliza se como procedimento metodol gico entrevistas semiestruturadas com seis sujeitos que frequentam o projeto h mais de um ano Os dados apontam que as aulas ministradas pelos educadores sociais s o primordiais uma vez que oferecem aos alfabetizandos a chance de entrarem em contato com a leitura e a escrita direito este que lhes foi negado por diferentes fatores Os jovens e adultos ressaltam que t m a oportunidade de se expressarem e que nada for ado isto valoriza se o ritmo e a experi ncia de vida de cada um fato este que os faz sentirem se valorizados e reconhecidos como cidad os Palavras chave projeto educa o interdisciplinar de jovens e adultos universidade reconhecimento
149. cente a esta posi o n o pode deixar de se reconhecer que a conflu ncia e o m tuo enriquecimento de saberes antropol gicos psicol gicos sociol gicos econ micos e ecol gicos ajudar o constru o de uma imagem coerente e complexa da crise ecol gica contempor nea da forma como interpretada e racionalizada pelo pensamento humano e das orienta es normativas que h o de permitir super la Caride amp Meira 2001 Guti rrez amp Pozo 2006 A partir de tal conflu ncia reconhece se melhor o papel da educa o para a sustentabilidade como sendo uma 164 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 educa o com voca o de ir at integra o do desenvolvimento humano nas coordenadas de uma progressiva reconcilia o com o meio ambiente Guti rrez amp Pozo 2006 23 Uma educa o que busca a compreens o individual e coletiva cotidiana onde se desenrolam as intera es entre os grupos humanos e o meio social cultural e ambiental e que se traduz na forma o de cidad os que possuam novos crit rios de responsabilidade para com eles mesmos com o seu grupo social e para com o seu ambiente natural tendendo para a constru o de uma nova tica de envolvimento sustent vel Isso implica certamente a supera o do dualismo ser humano natureza o que n o significa o apagamento do humano a supera o do antropocentrismo totalit rio sem deixar de reconhecer que o ser humano tem um lugar singular na natureza a su
150. cessidade das tr s ecologias a do meio ambiente a das rela es sociais e a da subjetividade humana estarem ligadas entre si Neste sentido refere Apesar de estarem as forma es pol ticas e as inst ncias executivas come ando a tomar uma consci ncia parcial dos perigos mais evidentes que amea am o meio ambiente natural de nossas sociedades elas geralmente se contentam em abordar o campo dos danos industriais e ainda assim unicamente numa perspetiva tecnocr tica ao passo que s uma articula o tico pol tica a que chamo ecosofia entre os tr s registos ecol gicos o do meio ambiente o das rela es sociais e o da subjetividade humana seria suscet vel de clarificar convenientemente estas quest es Guattari 1991 8 Assim o mais importante na an lise mitol gica que vamos fazer compreender que os mitos do imagin rio universal da humanidade n o devem ser analisados de forma isolada pois a sua compreens o global poder contribuir para criar uma nova arte de viver em sociedade e a assun o do modelo de envolvimento sustent vel que sustente uma outra conce o da Terra e do modo como nos vemos a n s pr prios e como nos religamos com a Terra e com os seres humanos que a povoam trilhando caminhos que valorizem o envolvimento sustent vel e a inclus o social de todos os cidad os O crescente mal estar provocado pelas intensas e r pidas transforma es t cnico cient ficas e industriais n o e
151. cette s cularisation qui lib re le pouvoir politique de la transcendance divine il faut analyser certains l ments constitutifs du Gouvernement pastoral tel que Foucault les analyse En tant que pouvoir bienveillant oblatif et transitionnel le pouvoir pastoral prend en charge le salut de chacun qui ne peut tre obtenu que dans un renoncement a soi et une soumission totale celui qui l administre Il s ensuit n cessairement ce que Foucault montre tre un paradoxe pour le pasteur il s agit la fois de pouvoir assumer le sacrifice de l un pour le tout et d envisager chaque moment le sacrifice du tout pour l un En effet dans la mesure o le pouvoir s exerce sur une multiplicit d mes cherchant chacune un salut dans un chemin identique il faut savoir sacrifier celle l m me qui s en carterait en compromettant l atteinte collective du but mais dans le m me moment le salut de chacune vaut plus que le salut collectif dans la mesure o essentiellement dans l interpr tation augustinienne du christianisme La Transcendance divine a une relation personnelle avec chacune de ses cr atures si l une est perdue par infortune toute perspective de salut s effondre pour toutes les mes ce qui fut une des racines du retour de Luther vers la th orie de la pr destination des mes qui permet bien de conjurer ce risque de hasard incompatible avec l omniscience divine Luther 2001 Il y a don
152. ciais e a subjetividade humana A leitura mitanal tica efetuada sobre o signo do deus Hermes permite perceber melhor que as racionaliza es discursivas sobre uma tem tica t o sens vel e vulner vel como a do envolvimento sustent vel escondem tra os e figuras m ticas que nos olham e murmuram com a esperan a de serem vistos e ouvidos E segundo n s a an lise efetuada assume se por um lado como uma condi o facilitadora de di logo entre as diferentes vis es da problem tica que nos ocupa e por outro lado funciona como uma esp cie de hormonas da imagina o semelhan a dos quatro elementos de Gaston Bachelard ar gua terra e fogo que sedimentam e entusiasmam o nosso imagin rio coletivo e comunalista O Mito da Idade de Ouro ou o fim da ilus o prometeica e f ustica Para contrariar a orienta o de um desenvolvimento insustent vel centrado na violenta o da Terra e do pr prio ser humano assiste se a partir da d cada de 70 do s culo vinte a um crescente mal estar face s vis es prometeica e faustiana do progresso da Ci ncia e da Tecnologia Tal mal estar n o impediu que se verificasse uma nova mudan a de paradigma cient fico e tecnol gico ao n vel da microeletr nica telecomunica es e intelig ncia artificial inform tica e ciberespa o da energia nuclear da nanotecnologia e do bin mio engenharia gen tica biotecnologias clonagem alimentos transg nicos biocombust veis entr
153. ciplinar de estudos da linguagem A problematiza o do referencial dos Novos Estudos do Letramento na educa o contempla a necessidade de as pesquisa sobre letramentos atentarem para as demandas de escrita variam segundo a disciplina o tema o per odo do aluno dentre outros fatores Pesquisas recentes refor am essa abordagem que reconhece a heterogeneidade da cultura escrita no contexto acad mico e direcionam os professores a romperem com uma vis o excessivamente centrada no treino de habilidades Street 2009 p 91 As pesquisas de Street 1995 2009 resultaram em dois modelos de letramento o primeiro chamado de aut nomo refere se ao uso da tecnologia da escrita esta entendida como um sistema neutro e autossuficiente o segundo por sua vez denominado de modelo ideol gico oferece uma vis o mais sens vel s pr ticas culturais que balizam a constru o de discursos j que estes s o indissoci veis do contexto sociocultural onde foram produzidos A caracter stica de autonomia refere se ao fato de que a escrita seria nesse modelo um produto completo em si mesmo que n o estaria preso ao contexto de sua produ o para ser interpretado o processo de interpreta o estaria determinado pelo funcionamento l gico interno ao texto escrito Kleiman 1995 p 21 22 A compreens o do modelo ideol gico por sua vez parte do pressuposto de que o letramento uma pr tica que depende das inter rela
154. co sendo preteridos em favor dos homens pelos org os partid rios respons veis pela selec o dos candidatos e pela ordena o das listas Segundo Costa os obst culos participa o pol tica e as distor es no campo da representa o pol tica em Cabo Verde pretende se por um lado com a inexist ncia de solu es institucionais de incentivo ocupa o do campo pol tico pelas mulheres mas sobretudo com o peso das distor es culturais que condiciona por seu turno a aceita o aplica o de arranjos nas regras institucionais nos sistemas eleitorais e partid rios ete A pesar dos progressos registados n vel da educa o da emancipa o socioprofissional e participa o das mulheres na esfera pol tica J anteriormente referimos o papel dos partidos que segundo Viegas e Faria s o fundamentais no campo pol tico e muito particularmente no que se refere elabora o das listas de candidatura aos rg os de poder e j como disse o cientista pol tico Roselma vora as mulheres Cabo Verdianos est o menos 2245 s 2247 representadas por causa da composi o das listas eleitorais Evora R 2011 Um pa s de mulheres governado por homens democracia e processo decis rio em Cabo Verde Comunica o apresentada durante Confer ncia sobre as Mulheres em Cabo Verde Praia Universidade de Cabo Verde Viegas J e Faria S 2001 As Mulheres na Pol tica Oeiras Celta Editora p 39
155. cola e na situa es Sociedade site do MEC Criar condi es para a constru o de valores democr ticos que auxiliem na transforma o das rela es sociais de forma a atingirmos a justi a social e o aprendizado da participa o cidad nos destinos da sociedade Levar ao cotidiano das escolas reflex es sobre a tica os seus valores e os seus fundamentos Gerar reflex es e a es sobre o significado e import ncia da Etica para o desenvolvimento dos seres humanos e suas rela es com o meio em que vivem Construir escolas inclusivas abertas s diferen as e igualdade de oportunidades para todas as pessoas Desenvolver a es que questionem as exclus es os preconceitos e as discrimina es advindas das distintas formas de defici ncia e das diferen as sociais econ micas ps quicas f sicas culturais religiosas raciais ideol gicas e de g nero http mecsrv04 mec gov br seif eticaecidadania index html Fonte Kowalewski 2010 p 195 grifos nossos Quadro 05 Princ pios Norteadores Documento Princ pios DOCUMENTO 01 Constru o de um espa o democr tico A p 21 e 22 Tema Transversal Pluralidade Exerc cio da cidadania A p 22 24 39 47 59 Cultural nos Par metros Curriculares Nacionais PCN A 1 a 4 s ries B 5 a 8 s ries DOCUMENTO 02 As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa o das Rela es tnico Raciais e para o Ensino de Hist
156. como a Terra fecundou os rochedos as rvores as flores e os rios Assim a autoctonia deve ser compreendida como um sentimento de estrutura c smica que ultrapassa em muito a solidariedade familiar e ancestral Eliade 1990 203 sendo gra as a ela que se experiencia e se reatualiza o sentimento arquetipal de perten a a uma grande unidade c smico biol gica e se vive tamb m como se a nossa exist ncia pertencesse sempre quele lugar e quela comunidade Por conseguinte pela experi ncia da autoctonia o ser humano torna se solid rio da Vida enquanto reflexo da Terra M e Gaia tratando se portanto aqui de uma solidariedade biol gica A solidariedade que existe entre o tel rico por um lado o vegetal o animal o humano por outro devida vida que a mesma por todo o lado A sua unidade de ordem biol gica Eliade 1949 223 Por sua vez esta solidariedade biol gica encontra se intimamente ligada aos s mbolos e ritos de renova o da vegeta o Atrav s da vegeta o a totalidade da Vida a Natureza que se regenera por m ltiplos ritmos que honrada promovida solicitada As for as vegetativas s o uma epifania da vida c smica 1949 279 280 O que pretendemos pois dizer que o envolvimento sustent vel modifica n o s a conce o que temos da Terra como a ideia que fazemos de n s pr prios e do comprometimento com a componente social e pol tica da sociedade atual uma conce
157. como as capacidades de racioc nio e as compet ncias pr ticas e uma aprecia o dos princ pios ticos a fim de melhorar a participa o da cidadania na ado o de decis es relativas aplica o de novos conhecimentos Confer ncia Mundial sobre Ci ncia 1999 A proclama o pelas Na es Unidas da D cada da Educa o para o Desenvolvimento Sustent vel no per odo compreendido entre 2005 e 2014 n o deixa de ser o reconhecimento ao mais alto n vel da relev ncia de um processo educativo o qual para efetuar durante toda a vida em contextos formais n o formais ou informais marcadamente interdisciplinar orientado para valores promovendo o desenvolvimento do pensamento cr tico e regendo se por princ pios democr ticos Deve reconhecer se que a ONU ao promover esta D cada pretendeu por um lado responder s chamadas de aten o por parte dos especialistas e de setores din micos da sociedade acerca da gravidade dos problemas que atualmente a humanidade enfrenta e por outro sublinhar que as chamadas de aten o que se t m verificado nas ltimas d cadas n o est o a ter em geral o devido eco na sociedade e nos seus representantes pol ticos De acordo com a UNESCO A D cada das Na es Unidas para a educa o com vista ao desenvolvimento sustent vel pretende promover a educa o como fundamento de uma sociedade mais vi vel para a humanidade e integrar o desenvolvimento sustent vel num sistema de ensino esco
158. como forma de promover o exerc cio da cidadania Al m disso vale destacar que a compreens o da relev ncia em se estudar uma l ngua e cultura estrangeiras que embora tornam se imperativos para atuar na sociedade cada vez mais globalizada carece de espa os para a discuss o da diversidade lingu stica e cultural Para Moita Lopes 1996 Canagarajah 1999 2009 e Pennycook 2001 2006 aprender uma l ngua estrangeira auxilia no processo de conscientiza o dos sujeitos como cidad os sociohist ricos em constante forma o identit ria A identidade cultural reflete as constantes negocia es que ocorrem na intera o entre os sujeitos e destes com o mundo Al m de reveladora da hist ria de cada sujeito a identidade cultural tamb m atua como tra os definidores de quem sou eu Esse discernimento entre as diferentes culturas tanto pode definir o sujeito como representante de um grupo social espec fico quanto evidenciar o entrecruzamento de marcas plurais que o comp em como sujeito hist rico MENDES 2001 Em termos educacionais se o material did tico ocupa papel relevante na veicula o da l ngua e cultura estrangeiras seu uso exclusivo em sala de aula de forma menos atenta ou cr tica tamb m preocupa visto que pode deliberadamente perpetuar discursos equivocados constru dos sob uma gide de cultura hegem nica sobre minorias tnicas ou grupos sociais menos favorecidos Segundo Apple 2006 o curr culo escolar est semp
159. como realidade inacabada e em constante transforma o O di logo a for a que impulsiona o pensar cr tico problematizador em rela o condi o humana no mundo objetos de estudo pass veis de leitura e interpreta o N o raro os trabalhos que se debru am sobre o assunto apoiam se na produ o te rica dos Estudos Culturais Todavia um projeto democr tico para a institui o educativa requer tamb m a abertura para incluir os conhecimentos produzidos pelos grupos minorit rios Comumente as interven es promovidas com essa finalidade buscam inspira o no multiculturalismo tendo em vista seu interesse em propor alternativas fundamentadas O curr culo multicultural O primeiro passo na dire o da hibridiza o j foi dado H muito que o curr culo em vigor em grande parcela das escolas sofre questionamentos dado seu tratamento privilegiado aos elementos provenientes da cultura dominante Gimeno Sacrist n 2001 Garcia 2001 Hall 2003 Silva 2003 A alternativa vislumbrada por Moreira 2001 Pereira 2004 e Sousa Santos 2007 ao menos por enquanto a inser o e problematiza o no curr culo daqueles conhecimentos advindos das culturas subordinadas a chamada educa o multicultural Ao analisar o car ter multicultural de nossa sociedade em processo de globaliza o e como as quest es das diferen as de classe social g nero etnia orienta o sexual cultura e religi o se expressam em diferentes
160. compatibilidades entre os resultados dos impactes locais e globais do crescimento e a prote o da Natureza Parece ser inteiramente verdade que a triunfante convic o da modernidade num progresso linear e permanente rumo ao futuro se perdeu nas bombas de Hiroshima e Nagasaki no efeito de estufa nas pr ticas do eugenismo nas ditaduras de todos os tipos e no darwinismo social do neo liberalismo contempor neo Pureza 2002 17 Ao mesmo tempo prosseguia a dial tica entre os discursos prometeico e o escatol gico da emergindo condi es que sustentavam o aparecimento de um outro discurso que contrapunha um conjunto espec fico de problemas como por exemplo a fome a pobreza as condi es de sa de com as problem ticas do ambiente Aparecia assim o discurso do desenvolvimento sustent vel o qual pretendia responder s necessidades do presente sem p r em risco os direitos das gera es futuras A educa o para a sustentabilidade surge com naturalidade assumindo se como um direito social fundamental e como um recurso privilegiado de legitimidade da democracia A sua fun o destaca se e justifica se plenamente n o apenas pelo potencial transformador que pode ter sobre os cidad os como tamb m pelo valor cognitivo e social e pela sensibilidade ambiental e cultural que pode ter sobre as popula es Consideramos que uma forma de ajudar os cidad os a mudarem a vis o de si pr prios no sentido de os ajudar a melhorar e a res
161. consequ ncia ocorre a exclus o e n o a inclus o Limitarmo nos a celebrar a identidade e a diferen a como celebrar a vida e a morte quer dizer n o perceber que a morte n o faz parte da vida contradit rio e que a diferen a n o cabe na identidade porque esta tem a si mesma como refer ncia tal como a vida refere se a si mesma Isto significa que integrar em educa o n o pode ser apenas a entrada dos grupos outrora apartados num espa o dito regular portanto normal Adequar a escola s necessidades do diferente insuficiente para que integra o signifique inclus o Palavras chave inclus o cultura integra o curr culo educa o Curr culo entre a inclus o e a integra o Liliana Rodrigues Abstract The integration calls to complacency and regard for the other the different the diverse It means recognizes the diversity and the selfsame naturalized and crystallized as essences It follows a pedagogy focused on identity and not on the difference Consequently there is exclusion and not inclusion Confine ourselves to celebrate the identity and the difference is how to celebrate life and death I mean you do not realize that death is not part of life it is a contradiction and that the difference lies not in the identity because this has herself reference such as life refers to itself This means that integration in education cannot be only the entry of groups once separat
162. constru o de pr ticas atentas pluralidade de identidades dos alunos assim como enxerga a escola como espa o tempo de forma o sens vel diversidade Candau 2003 Consequentemente a pr tica pedag gica deve articular se ao contexto de vida comunit ria apresentar condi es para que sejam experimentadas e interpretadas as formas como a cultura representada no cen rio social ressignificar as pr ticas sociais conforme as caracter sticas do grupo aprofundar os conhecimentos acerca do patrim nio cultural e ampliar os saberes dos alunos a respeito das tem ticas estudadas O curr culo multicultural pretende fazer falar por meio do estudo das manifesta es a voz de v rias culturas no tempo e no espa o al m de problematizar as rela es de poder expl citas e impl citas Nesse prisma pode ser concebido como terreno de luta pela valida o dos significados atribu dos s pr ticas sociais pelos diversos grupos visando amplia o ou conquista de espa os na sociedade Sob influ ncia dos Estudos Culturais e do multiculturalismo cr tico o curr culo multicultural concebido como espa o tempo de encontro das culturas constru o de identidades e diferen as quest es de discrimina o e preconceitos tnicos de g nero orienta o sexual habilidade ou padr o corporal entre outros possibilita uma leitura dos grupos de pequena representa o hierarquizados pelos sistemas hegem nicos econ mico
163. contextos sociais Moreira 2001 refere se educa o multicultural como a sensibilidade para pluralidade de valores e universos culturais no interior de cada sociedade e entre diferentes sociedades p 66 ngelo 2002 entende que a educa o multicultural pode ser um dos instrumentos pedag gicos sociais para construir as rela es interculturais baseadas no di logo entre as culturas p 39 Por sua vez Willinsky 2002 reivindica uma educa o multicultural que conteste as linhas divis rias e a import ncia da diferen a que n o aceite as divis es entre os seres humanos como um fato da natureza mas como uma categoria te rica produzida por quem est no poder A educa o em uma perspectiva multicultural cr tica n o s valoriza e reconhece as diferen as como tamb m assegura a diversidade cultural superando processos discriminat rios opress o injusti a social e naturaliza o das diferen as apontando focos de resist ncia e de constru o da identidade cultural Considerando que toda decis o curricular uma decis o pol tica e que o curr culo pode ser visto como um territ rio de disputa em que diversos grupos atuam para validar conhecimentos Silva 2007 l cito afirmar que ao promover o contato com determinados textos culturais o curr culo al m de viabilizar o acesso e uma gradativa compreens o dos conhecimentos veiculados influencia as formas de interpretar o mundo interagir e comunicar
164. ctativa pessoal relativamente 4 pratica de surf Sujeitos bodyboard f Melhoria da t cnica individual 7 17 5 Competi o 5 12 5 Supera o das pr prias capacidades e percep o do limite na 22 55 explora o do corpo Confronto directo com a natureza 6 15 TOTAL 40 100 Tabela 5 Principal expectativa pessoal relativamente a pratica de surf bodyboard Apesar da atrac o pelo desconhecido e pelas situa es carregadas de incerteza os resultados tamb m sugerem que os jovens ao procurarem o risco gostam de senti lo at certo ponto Ao serem questionados acerca da sua prefer ncia pelo estado do mar a maioria dos sujeitos admitiram preferir surfar num mar mais calmo que proporcione maior seguran a tab 6 Prefer ncia por um mar tranquilo ou Sujeitos por um mar de risco f Mar tranquilo maior seguranga 25 62 5 Mar de risco mais emo o 15 37 5 TOTAL 40 100 Tabela 6 Prefer ncia pelo estado do mar Le Breton 1991 argumenta que esta dicotomia existente entre o risco e a seguran a revela que embora os jovens gostem de sentir o risco eles n o conseguem abandonar completamente o seu corpo Trata se portanto de um risco calculado escolhido at ao limite que cada individuo julga ser o seu Le Breton 1991 Este autor admite que o risco deliberadamente escolhido mais aceit vel que o imposto pelas circunst ncias Durante o momento de escolha o risco me
165. cteriza o do sujeito idade sexo localidade ii Caracteriza o da situa o familiar profiss o e habilita es pais agregado familiar tipo de habita o em que vive 111 Caracteriza o do tipo de actividades realizadas em casa iv Caracteriza o do tipo de actividades realizadas fora de casa v Caracteriza o do grupo de amigos e das actividades realizadas com estes vi Identifica o com o estilo e os ideais de alguns grupos A entrevista foi elaborada pela autora e pelo orientador Prof Dr Carlos Neto e contemplou os seguintes grupos de quest es 1 Raz es justificativas da pr tica de surfe bodyboard 11 Significado Motiva o para a pr tica de surfe bodyboard iii Contexto de pr tica iv Aspectos relacionados com a Socializa o v Simb lico e valores culturais Para facilitar a an lise das quest es da entrevista elaboramos previamente categorias dimens es de respostas poss veis consoante a pergunta A elabora o dessas categorias dimens es de respostas s foi poss vel na medida em que t nhamos um conhecimento profundo da cultura e da realidade do quotidiano destes jovens de referir que os jovens n o tiveram acesso a essas categorias no sentido de n o influenciar a sua resposta Tal m todo permitiu nos recorrer a uma an lise estat stica destes dados aparentemente qualitativos permitindo estabelecer rela es sobre determinados aspectos revelando simultaneamente algumas tend nc
166. cy in Britain Cambridge Cambridge University Press p 17 36 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 E mais ou menos concessual de que nas democracias actuais o nivel de democracia medido pelo nivel de participa o dos cidad os Neste sentido de admitir que o conceito de participa o est intimamente ligado ao conceito de democracia embora para Barreto a participa o n o implique necessariamnete democracia Pode se falar de participa o democr tica mas os termos n o s o sin nmos Estamos numa altura em que existem sinais provenientes de Africa em termos de evolu o pol tica que s o bastante confusos e contradit rios em que as an lises s o uma coisa e a realidade outra A vulnerabilidade econ mica e o baixo n vel de instru o das mulheres africanas tem sido uma preocupa o particular com a feminiza o do abandono escolar principalmente no ensino b sico e secund rio e com a elevada taxa de gravidez precoce que frequentemente condena os estudantes adolescentes a abandonar os estabelecimentos de ensino muitas vezes definitivamente constitui fatores decisivos da fraca participa o feminina nos rg os do poder pol tico em Cabo Verde de salientar que o fen meno da desigualdade de participa o nos org os do poder pol tico ainda n o foram totalmente resolvidos mesmo nos pa ses mais desenvolvidos e com democracia estabilizada neste sentido temos que reconhecer os obst culos de cariz form
167. d genas I p 14 20 46 CI p 07 13 dV p 23 31 37 38 39 40 43 Mulher I p 14 15 20 22 23 37 43 44 46 47 48 50 I 06 11 12 14 15 16 17 19 22 31 41 du p 09 18 19 20 21 22 32 37 38 39 46 49 AV p 06 07 11 12 14 17 19 23 24 Negro I p 45 46 50 51 II p 07 25 27 33 39 40 HI p 21 e 25 IV p 31 45 Pobre I p 25 33 39 40 III p 21 25 DOCUMENTO 03 Etica e Cidadania Construindo Valores na Escola e na Sociedade Kit Rela es tnico Raciais e de G nero M dulo I tica M dulo II Conviv ncia Democr tica M dulo III Direitos Humanos M dulo IV Inclus o Social Fonte Kowalewski 2010 p 192 Enquanto no documento 01 h a tentativa de que todos os grupos estejam de alguma forma inseridos no ide rio da Pluralidade Cultural t o caracter stica da identidade brasileira minimizando o outro o documento 02 bastante espec fico sobre a afirma o dos negros afrodescendentes ou pretos marcando as fronteiras entre negros e n o negros Outros grupos minorias tamb m s o citados mas a sua nfase o reconhecimento justi a e iguais direitos sociais civis culturais e econ micos bem como valoriza o da diversidade daquilo que distingue os negros dos outros grupos que comp em a popula o brasileira documento 02 p 11 O documento 03 que busca ampliar os prop sitos dos PCN pretende envolver toda a comunidade escolar na constru o d
168. da cidadania pois est pautada na igualdade no respeito e na justi a social Nesse aspecto entende se que os projetos sociais via educa o n o formal podem cumprir um papel importante na melhoria da qualidade de ensino e na forma o acad mica desde que formulados segundo par metros democr ticos e emancipat rios Dessa forma ao inserir a universidade nos problemas comunit rios possibilita se o surgimento de novas aprendizagens e de novas pesquisas Assim a forma o acad mica ser ancorada tamb m em problemas concretos enfrentados no cotidiano e que fazem parte da realidade do Brasil Isso favorece a articula o entre teoria e pr tica bin mio este 104 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 fundamental na forma o do aluno al m de possibilitar que os discentes exercitem a cidadania e que v o incorporando nessa rela o as aprendizagens que resultaram dos interesses e necessidades de todos A participa o dos universit rios nos projetos sociais deve formar profissionais conscientes e mobilizar diferentes setores da sociedade em beneficio das pessoas pois eles desenvolvem a es participativas e sentem se estimulados a produzir projetos coletivos Com isso busca se a melhoria das condi es de vida dessas comunidades al m de favorecer a troca de conhecimentos com os indiv duos que se apropriam dos projetos Nesse sentido por meio dos projetos sociais via educa o n o formal alguns objetivos definidos por Goh
169. da em diferen as de ra a etnia classe social cren a religiosa sexo e outras caracter sticas individuais ou sociais A p 43 Exigir respeito para si denunciando qualquer atitude de discrimina o que sofra ou qualquer viola o dos direitos de crian a e cidad o A p 43 Valorizar o conv vio pac fico e criativo dos diferentes componentes da diversidade cultural A p 43 Compreender a desigualdade social como um problema de todos e como uma 54 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 fs realidade pass vel de mudan as A p 43 DOCUMENTO 02 Procura oferecer uma resposta entre outras na rea da educa o demanda da As Diretrizes Curriculares popula o afrodescendente no sentido de pol ticas de a es afirmativas isto Nacionais para a Educa o das de pol ticas de repara es e de reconhecimento e valoriza o de sua hist ria Rela es tnico Raciais e para cultura identidade p 10 o Ensino de Hist ria e Cultura Afro Brasileira e Africana Trata ele de pol tica curricular fundada em dimens es hist ricas sociais antropol gicas oriundas da realidade brasileira e busca combater o racismo e as discrimina es que atingem particularmente os negros Nesta perspectiva prop e A divulga o e produ o de conhecimentos a forma o de atitudes posturas e valores que eduguem cidad os orgulhosos de seu pertencimento tnico racial descendentes de africanos povos ind genas
170. dade Os significados das diferen as culturais se constroem conforme as circunst ncias pol ticas sociais e culturais Com impactos desiguais em fun o do marco da cultura pol tica e civil hist ria e reconhecimento de diferen as existentes em cada sociedade as diferen as se constituiriam a partir dos eixos de Estado na o religi o e etnia McLaren 2000 expande esse grupo para todos aqueles que em determinados espa os sociais comp em as minorias e grupos subjugados que se encontram desprovidos de poder Em todos os casos as representa es culturais que envolvem o outro incorporam essa din mica de constru o da identidade a partir das chamadas de inclus o e exclus o da comunidade imagin ria que sustenta a identidade assumida Anderson 1993 A imagem do outro se consolida a partir da representa o mediante m ltiplos dispositivos simb licos cujos registros n o somente enunciam como tamb m reafirmam as diferen as embora algumas coloca es veiculadas pelo senso comum apresentem as identidades como fruto da constru o dos pr prios grupos de migrantes mulheres homossexuais afrodescendentes etc A descoloniza o e os processos culturais que emergiram no seu interior questionam h d cadas a primazia do modelo hegem nico ocidental do homem branco macho europeu A representa o inclui as pr ticas de significa o e os sistemas simb licos por meio dos quais os significados s o produzidos posicionando
171. dade o documento 02 postula c uma a o afirmativa que leve em conta a diferen a da cultura e cosmovis o dos afrodescendentes Dessa forma apresentam se modos distintos de se compreender como a diversidade deve ser entendida na busca por paridade Quem o outro Nos documentos os sentidos da diferen a e da identidade parecem se conformar num processo relacional Devido a isso algo interessante configura se nos mesmos para que uma nova ordem do discurso FOUCAULT 2008a e 2008b seja produzida levando em considera o as diferen as na sociedade brasileira os documentospostulam novas formas de nomea o Isso tem por objetivo que grupos antes vilipendiados assumam preponder ncia nesse novo discurso sobre a educa o e a sociedade brasileira Quadro 03 Como nomear o id ntico e o outro DOCUMENTO 01 Afrodescendentes A p 23 53 54 67 B p 150 Tema Transversal Pluralidade Cultural nos Branco B p 126 Par metros Curriculares Nacionais PCN Diferentes religi es A p 21 30 31 41 B p A 1 a 4 s ries 156 B 5 a 8 s ries Europeu B p 130 153 Grupos migrat rios A p 31 51 Imigrantes A p 24 25 31 51 52 53 55 57 67 B p 153 156 158 159 160 ndios A p 25 49 51 52 53 67 B p 150 153 154 155 Judeus B p 125 150 Mu ulmanos B p 125 150 Mulheres A p 22 23 50 B p 149 Negros A p
172. dance qui est en nous horm lorsqu elle est tay e par Pinstruction et l ducation et qu elle nous permet de passer progressivement au Logos l exp rience croissante par la raison de notre appartenance au monde sans que soient exig s ni un quelconque renoncement soi ni une conversion imm diate vers ce qui fonde la v rit de notre pr sence dans le monde Pour les Sto ciens l epistroph se pr sente alors comme un arrachement la stultitia cette folie collective dont nous sommes tous coresponsables et dont nous ne pourrons nous extraire que gr ce des exercices spirituels nous permettant de structurer notre rapport au monde et aux autres S n que Lettres Foucault 2001 Cet arrachement est une mancipation hors de ce qui entrave notre tension fondamentale vers une vie plus digne d tre v cue Mais si cet arrachement la stultitia reste une d cision individuelle n anmoins elle recherche comme ducation de soi m me des tayages et des appuis autour de soi dans le monde au sein des uvres et de la culture qui comme le dit S n que nous tendent la main pour que nous prenions pied sur le rivage Comment d signer ce qui si nous tendons dans un sens nous entra ne dans un autre et nous pousse du c t de ce que nous d sirons fuir Nous flottons entre des r solutions diverses nous ne voulons pas avec une volont libre absolue arr t e pour toujours C est la d raison
173. das culturas entre tantas outras est o presentes na m dia nos textos legais artigos cient ficos e como n o poderia deixar de ser nos pronunciamentos de uma parcela dos professores Se por um lado o discurso pedag gico mais amplo parece reconhecer a configura o multicultural da sociedade contempor nea por outro o curr culo posto em a o em muitas escolas segue monocultural Fala se muito em igualdade mas o que ocorre no cotidiano escolar na maioria das vezes a aplica o do discurso da igualdade como armadilha social o que nos leva a buscar o desafio de uma escola igualit ria pautada em novas pedagogias influenciadas pelo multiculturalismo A fim de vermos contemplada a diversidade as diferen as al m de valorizadas e reconhecidas precisam dialogar entre si O di logo a pr condi o para que o outro presente na escola e na sociedade possa ser aceito e para que todos compreendam a perversidade do processo que constitui o diferente como inadequado ou pior independentemente de seu credo etnia g nero ou classe social As tentativas de construir uma escola democr tica t m como ponto de partida a compreens o do contexto das coisas do mundo e do pr prio curr culo transformados em Adotamos a concep o de di logo enquanto processo dial tico problematizador apresentado por Freire 2005 Atrav s do di logo podemos olhar o mundo e a nossa exist ncia em sociedade como processo algo em constru o
174. dau 2002 2008 tem ganhado maior notoriedade na produ o cient fica brasileira e tem se discutido a tem tica principalmente no mbito do curr culo A nfase dada refere se ao curr culo nas diversas esferas das minorias tnico raciais de g nero sexuais e de classe social Trata se de reflex es que buscam dar visibilidade a como as escolas e os Par metros Curriculares Nacionais tem lidado com a problem tica do multiculturalismo Macedo 1998 2006 2009 importante considerar que h nesses par metros uma concep o de diversidade cultural pautada pela perspectiva do consenso entre culturas ou seja referindo se ao contexto social como n o plural Moreira 2001 Os par metros curriculares nacionais A partir dos anos de 1990 come ou a se realizar no Brasil um processo de centraliza o das pol ticas curriculares com o desenvolvimento de propostas de curr culos nacionais vinculado a a es de controle da avalia o e dos livros did ticos Tratou se na verdade de pol ticas com princ pios neoliberais que foram influenciadas por uma tend ncia internacional O expoente dessas pol ticas foi a Inglaterra de Thatcher que possu a uma influente for a na reorganiza o nas pol ticas internacionais A linha dessas pol ticas visava ampliar o controle do Estado e diminuir sua responsabilidade de investimento Desde ent o o principal foco de estudos sobre a rea tem sido exatamente sobre o papel do Estado no desenvolvimen
175. de atitude espiritual facilita o exerc cio de uma cidadania participativa e de responsabilidade que vise o envolvimento dos cidad os na resolu o dos problemas da sociedade atual entre os quais se incluem os relacionados com a valoriza o da inclus o social no mundo contempor neo Sob o signo do deus Hermes Sob o signo do deus Hermes uma educa o para o envolvimento sustent vel implica e compromete o ser humano com o meio ambiente numa simbiose sociocultural ambiental e mental Mas afinal quem este deus grego que religa o c u a terra e o inferno Ou seja um deus que une que concilia e que religa dimens es ou universos aparentemente diferentes Hermes era filho de Zeus e de Maia filha de Atlas O seu nome tem origem provavelmente em herma palavra grega que designa os montes de pedra usados para indicar os caminhos referenciado como deus da fertilidade tinha o centro do seu culto na Arc dia onde se acreditava que tivesse nascido Considerado protetor dos rebanhos era frequentemente associado a divindades da vegeta o como P e as ninfas Entre as suas v rias atribui es inclufam se as de protetor das estradas e dos viajantes condutor das almas 168 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 ao Hades deus da fortuna da eloqu ncia e do com rcio patrono dos ladr es inventor da lira e mensageiro dos deuses O seu atributo de mensageiro o guia das almas Seelenfiihrer entre os deuses e os homens e entre est
176. de dos discursos A contribui o dos novos estudos do letramento para a educa o repousa no fato de que seus pressupostos consideram o contexto sociocultural como fator que influencia sobremaneira na forma como os diferentes grupos sociais utilizam valorizam e compreendem a leitura e a escrita Kleiman 1995 Assim uma pr tica pedag gica cr tica que considere os significados constru dos pelo aluno em seu contexto sociocultural estaria mais alinhada com o compromisso pol tico de formar cidad os na medida em que favorece maiores condi es para explorarem os conte dos escolares de forma contextualizada problematizadora e cr tica As pesquisas realizadas pelo antrop logo Brian V Street 2003 destacam que a influencia dos aspectos culturais e do acesso escrita dos variados grupos sociais o que segundo suas pesquisas engendram diferentes e nem sempre valorizadas pr ticas de letramento Ao adotarmos essa orienta o deslocamos as an lises do mbito lingu stico e as direcionamos para um contexto mais abrangente em que a leitura e a escrita passam a ser compreendidas como pr ticas socioculturalmente marcadas e difusoras de ideologias e portanto carentes de problematiza o Cerveti Pardales amp Damico 2001 Tomando esses pressupostos como fundamento e somados ao interesse pelas formas particulares com que os grupos sociais escolarizados ou n o praticam os mais variados letramentos consolidam uma rea f rtil e interdis
177. de l lite politique par la confiscation de l espace d mocratique d naturalis selon les analyses de Lefort Lefort 1994 en y r introduisant une l gitimit quasi naturelle celle des Savoirs et de ceux qui les laborent et d tiennent La confirmation de la pertinence de l analyse de Ranci re a t r cemment apport e par Milner lui m me lorsqu il reproche la construction europ enne de favoriser l illimit et le d clin des identit s traditionnelles Milner 2003 1 gt SEA 4 7 E 5 Universit de Paris 8 Vincennes Saint Denis 212 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 l Europe d mocratique serait selon cette conception port e par un lan antis mite dans la mesure o elle tend dissoudre la transmission traditionnelle des lites savantes Nous avons mis en relation la th matique des nostalgiques d un d clin de l cole avec le projet politique issu du positivisme d une R publique des Savants selon Ernest Renan Renan 1929 1990 Moreau 2011 1 Ce projet politique se concentre vers deux directions corr l es d une part instituer un acc s r serv aux savoirs en n octroyant au Peuple que les savoirs l mentaires lui permettant de donner son assentiment aux d cisions politiques des Savants d autre part exercer un pouvoir de contr le sur les vies individuelles par une Morale publique limitant les ambitions d mancipation populaire en enseignant chacun la r signation
178. de n o ser silenciada pelo neologismo bullying para que as crian as e os jovens n o sejam refugiados e n o se transformem em v timas de homofobia no futuro ou no tempo da escola Considera es finais Se a escola muito serviu como um aparato do poder disciplinar tentando produzir pessoas govern veis civilizadas e diferenciadas socialmente segundo a vis o de indiv duo da modernidade necess rio pensar que hoje a escola precisa ter uma proposta absolutamente contempor nea de um compromisso com a diferen a cultural Assim n o preciso s formar estrat gias de ensino aprendizagem para que adolescentes e crian as passem a respeitar s diferen as e se destituir de preconceitos mas propiciar espa os de cria o e resist ncia quando s o atravessados pelo desconhecido Nesse sentido a sa da para a diferen a projeta uma abertura e um acontecimento visto que possibilita a inclus o do social da cultura e da pol tica no mbito de pr ticas educativas E pelo fato de o outro estar desde sempre a que impens vel propor uma educa o para na pela diversidade dentro da compreens o moderna de sujeito de educa o e de sociedade Dessa forma tais concep es precisariam ser desestabilizadas por meio da irrup o do outro multicultural como um acontecimento tico est tico e pol tico Dar visibilidade diferen a de g nero de classe social de etnias de orienta o sexual de modos de ver percebe
179. demais personagens Portanto qual a diferen a entre educa o formal e educa o n o formal Afonso 1989 p 78 distingue a educa o formal da educa o n o formal da seguinte maneira Por educa o formal entende se o tipo de educa o organizada com uma determinada sequ ncia e proporcionada pelas escolas a educa o n o formal embora obede a tamb m a uma estrutura e uma organiza o distintas por m das escolas e possa levar a uma certifica o mesmo que n o seja essa a finalidade diverge ainda da educa o formal no que respeita n o fixa o de tempos e locais e flexibilidade na adapta o dos conte dos de aprendizagem a cada grupo concreto Segundo Gohn 2006 a educa o formal aquela desenvolvida nas institui es escolares regulamentadas por leis e organizadas de acordo com diretrizes nacionais Possuem conte dos pr estabelecidos ensinados por professores em ambientes que t m normas e padr es de comportamento Objetiva a transmiss o do conhecimento sistematizado e o desenvolvimento de habilidades e compet ncias requer local espec fico e tempo al m de exigir pessoas capacitadas e especializadas requer organiza o curricular disciplina e atividades sistematizadas Como resultado espera se que ocorra aprendizagem efetiva e que ofere a certifica o e titula o para que os indiv duos possam continuar os estudos Na educa o formal as metodologias s o estabelecidas a priori de
180. des culturais e tnicas apresenta se nos meios educativos via enunciados presentes em documentos estatais S o eles O tema transversal Pluralidade Cultural nos Par metros Curriculares Nacionais PCN BRASIL 1998 As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa o das Rela es tnico Raciais e para o Ensino de Hist ria e Cultura Afro Brasileira e Africana Id 2005 e o Programa tica e Cidadania Construindo Valores na Escola e na Sociedade Id 2007 Para facilitar a an lise intitularemos os documentos como 01 02 e 03 respectivamente A diversidade brasileira nos documentos federais da educa o Ao analisarmos esses documentos faz se not rio que embora a tem tica da diversidade perpasse os mesmos isso ocorre de maneiras bastante diferenciadas em cada um deles Ainda que encontremos a necessidade de reconhecimento das diferen as visando equidade nos tr s podemos notar certo desentendimento sobre como alcan ar tal prop sito Definimos desentendimento conforme o fil sofo franc s Jacques Ranci re 1996 como um tipo espec fico de situa o da palavra em que embora os interlocutores aludam s mesmas quest es tem ticas ou finalidades fazem no de formas bastante diversas Dessa maneira utilizaremos esse conceito para compreender como nesses documentos conquanto a busca seja sempre por maior justi a diferentes grupos podem ter entendimentos dessemelhantes acerca daquilo que justo Um exem
181. dies and the methodology includes the selection and analysis of five digital texts on subjects related to Brazil in two teaching collections The systematic analysis of the themes and templates literacies reading activities present in the selected texts gave rise to the categories stereotypical judgmental hypothetical fictitious and liberating criticism The results indicate greater presence of the autonomous model of literacy at the expense of the ideological model the presence of non authentic texts the emphasis on decoding activities focusing on grammar and characterization stereotypical brazilities To a lesser degree we identified the presence reading activities suitable to the debate of social issues conducive to involvement discourse discussion questions from the texts that encourage participation and enhancement of the student sociocultural background In general the analysis pointed out the need for the textbook be understood as a source of ideologies that need to be challenged and problematized by students and teachers since no speech is neutral or free of intentionality Key words identities textbook critical literacy English language O ensino cr tico de l ngua inglesa bem como sua articula o com as quest es sociais vem sendo apontado como um dos desafios para o professor da educa o b sica brasileira Doutoranda em Letras linguagem e sociedade Bolsista CAPES Funda o Arauc ria Universidade
182. dirigida ao outro Skliar 2003a 2003b e leva a uma digress o sobre a quest o ontol gica da diferen a Milovic 2007 Como se o outro fosse antes de mais nada aquele que faz a primeira pergunta ou aquele a quem dirige a primeira quest o Ou como se o outro fosse o ser em quest o a pergunta do ser em quest o ou o ser em quest o da pergunta Skliar 2003a p 27 Por sua vez Silva 2007 pressup e que o outro cultural sempre um problema pois coloca permanentemente em xeque nossa pr pria identidade A quest o da identidade da diferen a e do outro um problema social ao mesmo tempo que um problema pedag gico e curricular p 97 Trata se primeiro de uma problem tica social pois num mundo globalizado mundializado o encontro com o outro com o diferente ou estranho inevit vel Segundo como um desafio curricular e pedag gico visto que as crian as e os adolescentes no contexto de uma escola atravessada pelas din micas sociais inevitavelmente interagem com o outro Nesse sentido a problem tica do outro e da diferen a n o pode deixar de ser mat ria de preocupa o pedag gica e curricular Mesmo quando explicitamente ignorado e reprimido a volta do outro do diferente inevit vel explodindo em conflitos confrontos hostilidades e at mesmo viol ncia Silva 2007 p 97 Ele tende a retornar at mesmo a se multiplicar Numa poca em que a subjetividade se constitui de mane
183. do A concep o de cultura aqui adotada prov m dos Estudos Culturais Para Garc a Canclini 2009 a cultura conecta quatro tend ncias a inst ncia em que cada grupo organiza sua identidade inst ncia simb lica da produ o e reprodu o da sociedade de conforma o do consenso e da hegemonia e como dramatiza o eufemizada dos conflitos sociais Para Silva 2007 o curr culo produto da constru o discursiva e social texto territ rio de disputas e locus de forma o de identidades sociais Na tica de Moreira e Candau 2007 as discuss es sobre o curr culo incorporam com maior ou menor nfase os conhecimentos escolares os procedimentos e rela es sociais que conformam o cen rio escolar os conte dos ensinados e aprendidos as transforma es desejadas nos alunos os valores que desejamos inculcar e as identidades que pretendemos construir Dentre as iniciativas mais comuns destacam se o transporte escolar subsidiado refei es material escolar programas nacional e estaduais do livro did tico pol ticas de educa o inclusiva etc em termos n o s de acesso educa o escolar mas tamb m de sucesso tornou evidente que j n o basta a matr cula de crian as jovens e adultos provenientes de grupos sociais culturais e econ micos diversos necess rio intervir de modo a democratizar as condi es de sucesso As investiga es que se debru am sobre o tema enviam para o curr culo parte da
184. do LC a negocia o de significados o reconhecimento dos letramentos praticados pelos alunos o reconhecimento de sua realidade sociocultural e a contextualiza o da l ngua e da cultura estrangeira n o como superior mas como outra produ o socioculturalmente constru da o que torna imperativo de uma pr tica pedag gica cr tica As an lises de material did tico indicam que ut pico almejarmos um material did tico nico adequado a todos os contextos socioculturais j que cada grupo social constr i seus valores e suas formas particulares de produzir sentidos estas que se baseiam nas pr ticas sociais em que participam Todavia n o podemos negar a influ ncia que o livro did tico e seu discurso autorit rio e por vezes hegem nico imprime na sala de aula restringindo pr ticas pedag gicas plurais e interculturais Na perspectiva do LC em que a sala de aula pode tornar se um espa o favor vel constru o de identidades e ao re conhecimento e valoriza o das culturas locais desde que outros materiais de apoio e fontes de informa o sejam inclu dos na escola os alunos precisam ter condi es de problematizar os discursos e os eventuais sentidos que os mesmos ecoam E nesse aspecto que destacamos o papel pol tico do professor Formar leitores cr ticos que tenham espa os na sala de aula para ecoar suas interpreta es contestando discursos e posicionando se criticamente diante de sentidos sobre si e sua cul
185. do ainda estavam em idade legal te rica de estarem no sistema O percentual de alunos com pelo menos um irm o fora do sistema educativo maior nas zonas rurais 33 3 do que nas zonas urbanas 23 5 Dos irm os que abandonaram a escola a maioria pertenciam a agregados familiar onde os pais tinham baixo n vel de escolaridade A taxa de abandono dos irm os assim como dos inqueridos que responderam que j abandonaram a escola pelo menos uma vez nula quando a m e possuir forma o m dia ou superior 41 Ademais um 40 1 dos alunos filhos de pais sem nenhum n vel de escolaridade tinham pelo menos um irm o que abandonou o sistema educativo antes de concluir o ensino secund rio No caso de pais com ensino prim rio a percentagem de 30 6 Quando os inqueridos s o filhos de pais com ensino m dio profissional e superior a taxa de irm os que abandonaram os estudos diminui consideravelmente para 14 3 e 6 4 respectivamente Os resultados indicam que o abandono escolar maior Pela an lise dos dados do inqu rito e estudos realizados por outros investigadores podemos dizer que h uma estreita correla o entre o capital sociocultural dos alunos e o insucesso escolar no ensino secund rio cabo verdiano O que vem confirmando a ideia de que a rela o entre os resultados educativos e o contexto social e econ mica dos alunos geralmente medida pelo n vel de estudos dos pais muito esclarecedora UNESCO 2005 Co
186. do mundo atual do mesmo modo que a expans o colonial europeia e a penetra o do capitalismo desafiaram as fronteiras geogr ficas e culturais do mundo ocidental no final do s culo XIX A reestrutura o da economia mundial somada ao Segundo Kincheloe e Steinberg 1999 o multiculturalismo surge como fen meno de reivindica o dos grupos culturais dominados no interior dos pa ses dominantes do hemisf rio norte para terem suas formas culturais reconhecidas e representadas na cultura nacional O multiculturalismo representa um importante instrumento de luta pois transfere para o terreno pol tico a compreens o da diversidade cultural Q surgimento de an lises que passam a integrar um conjunto identificado como Estudos Culturais resultante de uma movimenta o te rica e pol tica que se articulou contra as concep es elitistas e hier rquicas de cultura Naquelas tradi es cultura e civiliza o estavam em oposi o Aquilo de que a palavra cultura dava conta constitu a algo qualitativamente superior ao que seria proporcionado pelos ditos progressos da civiliza o Costa 2010 p 136 137 impacto dos meios de comunica o e generaliza o do acesso informa o desencadeou tend ncias globais com for as complementares mas tamb m contradit rias Na vis o de Garc a Canclini 2008 ao mesmo tempo em que coincide com a expans o dos mercados a potencialidade econ mica das socied
187. duca o B sica Lula da Silva Tarso Genro Luiz In cio Lula da Silva Fernando Haddad a Essas an lises fazem parte de uma pesquisa maior ainda em andamento Seus resultados parciais podem ser conferidos em nossa disserta o de mestrado Diferen as Culturais na Educa o Brasileira discursos desentendimentose tens es Kowalewski 2010 48 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Entre o primeiro e o ltimo documento a dist ncia temporal pequena mas seus enunciados revelam se potencialmente distintos Enquanto o documento 01 voltado para um p blico bastante espec fico os professores do ensino fundamental os documentos 02 e 03 ampliam seus alvos consideravelmente abrangendo desde todas as pessoas envolvidas com comunidades escolares at a todos os cidad os comprometidos com a educa o dos brasileiros Outro interessante aspecto o de que os documentos foram elaborados em governos distintos por m a relev ncia da tem tica permanece Defini es de par metros diretrizes e programa As defini es dos pr prios documentos tamb m se mostram distintas mesmo que possamos delinear algumas aproxima es O documento 01 define par metros educacionais como Por sua natureza aberta configuram uma proposta flex vel a ser concretizada nas decis es regionais e locais sobre curr culos e sobre programas de transforma o da realidade educacional empreendidos pe
188. duca o saibam lidar com o tema de forma espec fica Essa a quest o abordada no quadro seguinte Quadro 06 Como lidar com a tem tica da diversidade Documento Como lidar com o tema na escola DOCUMENTO 01 Divis o por ciclos e blocos de conte dos Um dos ind cios dessa mudan a pode ser notado com a cria o da SECAD Secretaria de Educa o Continuada Alfabetiza o e Diversidade respons vel pela alfabetiza o de jovens e adultos educa o do campo educa o ambiental educa o escolar ind gena diversidade tnico racial Seu objetivo principal contribuir para redu o das desigualdades educacionais por meio da participa o de todos os cidad os em pol ticas p blicas que assegurem a amplia o do acesso educa o A SECAD publicou em apenas dois anos 2005 2007 mais de 20 volumes compostos por centenas de textos sobre a tem tica da diversidade na educa o Cf lt http www mec gov secad gt Tema Transversal Pluralidade Cultural nos Par metros Curriculares Nacionais PCN A 1 a 4 s ries B 5 a 8 s ries DOCUMENTO 02 As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa o das Rela es tnico Raciais e para o Ensino de Historia e Cultura Afro Brasileira e Africana 58 Cabe s equipes t cnicas e aos educadores ao elaborarem seus curr culos e projetos educativos adaptar priorizar e acrescentar conte dos segundo sua realidade particular tanto no que s
189. e enquanto par metro a proposta de dedicar o trabalho de tais temas no contexto do ensino m dio apesar de ser essencial Macedo 1998 defende a ideia de que a diferen a passa do centro margem nos curr culos quando problematiza o exemplo dos PCN e discute que tal fato acontece pois o argumento central que justifica a necessidade dos temas transversais baseia se na ideia de que a organiza o disciplinar uma das principais respons veis pela pouca relev ncia social dos conhecimentos tratados pela escola p 23 Seguindo essa linha de racioc nio a autora diz que existe pouca rela o entre conhecimento escolar e realidade visto que o primeiro pautado por uma vis o positivista de ci ncia que n o leva em conta a sua relev ncia social A proposta dos temas transversais elaborada pelo MEC a de uma articula o entre as diferentes atividades escolares e entre elas e a sociedade De acordo com as palavras da autora acreditamos que por sua generalidade a efetiva o dessa proposta no curr culo vivido pelas diferentes escolas ao longo do pa s ser muito dif cil Seria portanto mais uma tentativa de integra o defendida mas n o realizada p 24 O problema se d devido a pouca articula o entre o conhecimento escolar e a sociedade na literatura pedag gica visto que o conhecimento formal se apresenta como um eficiente dispositivo de diferencia o social Assim Macedo 1998 refor a argumentamos qu
190. e 1990 189 p Cabo Verde 2002 Hall S A identidade cultural na p s modernidade Rio de Janeiro DP amp A 2002 Hisch Olivia Hoje eu me sinto africana Processo de re constru o Identit ria em um grupo de Estudantes Cabo verdianos no Rio de Janeiro Jodelet D Representa es Sociais um dom nio em expans o In JODELET D Org As representa es sociais Rio de Janeiro 2001 P 17 44 2005 Loucuras e Representa es Sociais Petr polis RJ Ed Vozes 2005 Jovchelovitch Sandra Representa es sociais e esfera p blica a constru o simb lica dos espa os p blicos no Brasil Petr polis RJ Vozes 2000 232 p Josep Pujudas Joan Etnicidade Identidad Cultural de los pueblos Madrid Eudema 1995 Mour o Daniele Ellery frica na pasajem Identidades e Nacionalidades guineenses e cabo verdianas UFC 2006 Memeo Moscovici Serge A Representa o Social da Psican lise Rio de Janeiro Zahar Editores 1 Edi o 1978 291p Representa es Sociais Investiga o em psicologia social Petr polis RJ Vozes 2005 404p 3 Ed 2005 pref cio da obra Loucuras e Representa es Sociais In JODELET D Petr polis RJ Ed Vozes 2005 N brega S M Sobre a Teoria das Representa es Sociais In MOREIRA A S P amp POLLACK Michaell A Mem ria e Identidade Social In Estudos Hist ricos Rio de Janeiro VS n 10 1992 P 200 212 S C P Representa es Sociais
191. e C Pragmatismo sim Dogmatismo n o a promo o de uma pr tica mais inclusiva in TilstonE C et al org Promover a Educa o Inclusiva p 22 Silva T T A Produ o Social da Identidade e da Diferen a in Identidade e Diferen a A perspectiva dos Estudos Culturais p 100 Cremos que esta perspectiva n o se dirige apenas ao diferente 148 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 acad micos dos seus alunos s o pontos fundamentais para a inclus o escolar A educa o inclusiva tem caracter sticas comuns independentemente do seu contexto e trabalho de equipa em colabora o e um contexto comum e participa o da fam lia e pap is claramente definidos entre os diferentes profissionais e utiliza o eficaz de pessoal auxiliar e planos educativos individuais adequados e processos para a avalia o da efic cia A coopera o e a constru o de uma equipa que adapte o curr culo pr tica pedag gica permitir que a ideia de inclus o n o seja uma mera disposi o do aluno mas sim a sua participa o na vida escolar Claro que ter de haver uma reconceptualiza o de pap is e de responsabilidades por parte da classe docente das direc es executivas e do pr prio Minist rio da Educa o Nada pior existe num professor do que um esp rito que se habituou ao mundo e que passivamente aceita o isolamento e o abandono da escola por parte dos alunos Ai n o apenas o aluno que abandonou a esco
192. e de Ouro v em na vida natural uma ordem perfeita que s os homens podem perturbar A Idade de Ouro permite portanto imaginar uma simpatia confiante entre vivos que resulta do seu respeito pela ordem c smica O vegetarianismo m stico motivado pela condena o do consumo de outros seres vivos que tornam o ser humano impuro constitui portanto um meio para participar numa conc rdia natural universal de que o mito constitui o fundamento Wunenburger 2002 34 Assim e face barb rie ambiental provocada maioritariamente por decis es pol tico encon micas err neas mesmo que legitimadas por determinados pressupostos cient ficos e tecnol gicos tem se assistido nas ltimas d cadas do s culo XX e in cios do s culo XXI a uma ressurg ncia do mito da Idade de Ouro Este retorno do mito Mardones 2005 deveu se muito crise ecol gica planet ria que fez vir tona os impactes negativos do progresso sen o mesmo uma vis o catastr fica de um progresso assassino como lembra Pierre Andr Taguieff e cujos artes os podem ser identificados com Prometeu e Fausto O mito da Idade de Ouro mais do que uma mera fic o pois permite nos gra as aos mitologemas temas m ticos que o caracterizam encarar do ponto de vista m tico o envolvimento sustent vel a uma nova luz pois significativo constatar que o imagin rio ut pico reintroduz no espa o urbano o mitema insular mas conotado com valores por vezes ant
193. e or to establish fixed boundaries between the participation of elements coming from formal education and others rooted in different other sources For instance in the textbooks the connections between Europeans and racism are not portrayed However this aspect was mostly used by the students to characterize Europeans 208 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Conclusions The extensive trajectory provided by the present research has permitted us to highlight many conclusions However the following one is closer to the main research objective 1 Without any kind of visible rupture Cape Verdean educational system SE decided to create a sort of image of Europe mainly characterized by the harmonization of this continent and Cape Verde This harmonization can be found in the way that the two realities are presented as complementary that is not as realities that were in two different positions and power in the past 2 The representations of Europe that the Cape Verdean SE students have are supported by four basic pillars economic pillar classification of Europe as rich and developed They stated that quality of life over there is good and very good with more opportunities for young people Cultural pillar they emphasize the fact that European cultures are interesting different and valued Political pillar they depict European governments as intelligent corrupt and organized Finally relational one viewing the Europeans as rac
194. e a pr pria maneira como foram estruturados os PCN contribui para essa desarticula o e defendemos que preciso entender por que a despeito de ser proclamada essa articula o obstaculizada pela pr pria estrutura o da escola p 24 Trata se dentre outros pontos da estrutura das disciplinas escolares que foram definidas a partir de reas de conhecimento do saber cient fico Este por sua vez orientado por um discurso universalista mediante uma nica concep o da ci ncia a positivista e de cultura a europeia Mas preciso explicar que algumas disciplinas como a educa o f sica n o correspondem a um campo de saber socialmente estabelecido Elizabeth Macedo 1998 nesse sentido esclarece que na verdade o que transformam determinados campos do saber socialmente estabelecidos em disciplinas escolares n o s o cient ficos nem naturais S o crit rios hist ricos que se estabelecem a partir de uma sele o interessada de um ju zo de valor p 24 Todavia as disciplinas s o entendidas no documento elaborado pelo MEC os PCN como naturais ou ainda como reas j consagradas pelo saber cient fico ent o deixa de ser necess rio explicitar os crit rios de sele o utilizados preciso comentar tamb m que os conte dos tratados pelas disciplinas s o selecionados reescritos e transformados A evid ncia declarada pela autora a de que os PCN n o relacionam os conte dos de cada discip
195. e crian as de origens sociais diversas t m para n o s ter acesso a um determinado n vel educativo mas tamb m de permanecer e concluir esse mesmo n vel c A igualdade de resultados ou seja que todos os alunos consigam obter o m ximo de rendimento poss vel Que o sucesso escolar n o seja determinado pela sua origem socioecon mica e cultural do aluno d A igualdade de benef cios dos resultados educativos significa que as oportunidades sociais econ micas e laborais sejam equitativas para os distintos grupos sociais ou seja define as hip teses dos indiv duos de diferentes grupos sociais terem acesso ao mesmo n vel de vida como consequ ncia dos resultados educativos obtidos Na mesma linha de pensamento Sandoval Hern ndez 2007 p g 4 afirma que a igualdade na distribui o da educa o n o pode reduzir se a oferecer oportunidades a todos os indiv duos de ter acesso e permanecer no sistema educativo sen o que dever ir muito al m Isto deve garantir que os resultados dos indiv duos no sistema educativo se traduzem em avan os para outras dimens es da igualdade Por m estudos realizados em diferentes pa ses chegaram a conclus o de que o acesso a perman ncia e principalmente os resultados educativos dos alunos est o significativamente influenciados pela situa o sociocultural e econ mica dos alunos e que o percentual de alunos de extracto social baixo que n o terminam os estudos obrigat rios e
196. e diferen as entre os sexos no campo da pol tica Como sabido as mulheres hoje em dia continuam fortemente a estar sub representadas nos org os do poder politico Women s empowerment and their ful participation on the basis of equality in all sheres of society including participation in the decision marking process and acess to power are fundamental for the achievement of equality development and peace A A exclus o das mulheres j se encontra na polis grega e que os fil sofos na altura como Arist teles n o a integravam a par dos escravos no conjunto de cidad os V rios motivos foram ultilizados para justificar tal exclus o menor intelig ncia dedica o familiar depend ncia do homem desinteresse pela pol tica O sistema de representa o deve ter como princ pio a inclus o das mulheres nos org os do poder e n o o abandono do poder nas m os dos outros a apreens o do fen meno pol tico como uma estrutura indispens vel constru o da democracia e na qual todos os cidad os e cidad s deve riam participar N o obstante os debates pol ticos circunscrito esfera pol tica as movimenta es sociais e as decis es sobre esta problem tica s o bastante anteriores As mulheres s o quase sempre relegadas para pap is menores da fun o de anfitri tradicionalmente atribu da ao sexo fraco Este padr o de sub representa o das mulheres na pol tica persiste apesar das
197. e je dirais de totalit c est la volont le d sir la passion de conna tre la totalit de conna tre le Tout monde mais aussi des vertus de pr servation dans le sens o on ne veut pas conna tre le Tout monde pour le dominer pour lui donner un sens unique Glissant 2010 p 37 38 Errance et d rive sont les pratiques p dagogiques qu il convient de favoriser pour contrer les effets de la Conversion dans l ducation On le sait depuis l Antiquit dont tous les exercices spirituels dans l ducation reposaient sur la prise de distance avec ses propres habitudes la curiosit en vue du savoir pour toutes les mani res de vivre et toutes les manifestations du monde loin d avoir t une conqu te du vrai la construction du savoir pour les Sto ciens tait une compr hension de soi dans le monde S n que Questions naturelles Le b n fice dans l ducation est double dans la mesure o la r sistance l h g monie de l homog ne l ducation m tamorphique selon les perspectives de l errance et de la d rive est le seul rempart qui subsiste contre le risque du communautarisme qui se veut une r action la pression de l universel C est ce que Glissant analyse sous le processus de l archip lisation contre les nationalismes et les r gionalismes des r gions se d tachent et font clater les limites des Etats nations comme le regrette tant Milner Milner 2003 Ces r gion
198. e lhes roubou Em seguida perguntou se o que mais os motiva a estudar Nas respostas surge a quest o da autonomia da cidadania da humaniza o Dois alfabetizandos relatam que querem fazer o que todo mundo faz ou seja eles querem aprender a ler e a escrever para conquistar os direitos que as pessoas que s o alfabetizadas t m Querem preencher uma ficha sozinhos ir ao m dico enfim querem ser valorizados 112 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Um alfabetizando busca obter a carta de motorista e sem saber ler e escrever n o tem como fazer a prova te rica Ele diz eu n o sei nada Como n o sabe nada se ele disse que sabe dirigir se tem um emprego se cuida do filho se sabe fazer conta de cabe a Ele quer dizer que nao sabe os saberes da escola e isso esclarecido pelos educadores durante as aulas Nesse sentido fica claro como os conhecimentos tacitos ou seja aqueles construidos por meio da viv ncia s o menosprezados por nossa sociedade Esses alfabetizandos possuem conhecimentos que adquiriram pela dura realidade que enfrentaram e que s o t o valiosos quanto os conhecimentos cient ficos Eles n o t m ideia at o momento que chegam a um curso de alfabetiza o de adultos que eles sabem ler o mundo muito melhor do que muitos que leem as palavras Os alfabetizandos foram un nimes em dizer que se interessam por tudo que a educadora ensina Eles querem aprender para poder participar de diferentes grupos dar
199. e outros Esta pan plia em certo sentido prolonga ainda que de forma mais sofisticada e incomensur vel o ardor t cnico cient fico anterior que consistia em explorar de modo im poss vel e ilimitado todas as possibilidades para transmutar o planeta o mundo e a condi o humana Todavia esta mudan a de paradigma foi criando condi es para que novas alternativas fossem paulatinamente surgindo nomeadamente um modelo de desenvolvimento sustent vel que se sustenta sob os pontos de vista simb lico pol tico e tico Taguieff 2004 271 276 numa abordagem integradora das ecologias social mental e ambiental Guattari 1991 e na valoriza o da responsabilidade ecol gica Hans Jonas Este modelo de desenvolvimento concilia a utopia da Terra prometida com o mito da Idade de Ouro decalcando tamb m o Mito do Para so que comparativamente com a utopia da Terra prometida um retorno s origens O mito da Idade de Ouro aurea aetas aurea saecula tempus aureum um mito universal sobre um estado de natureza id lico habitado por uma humanidade androg nica que se encontra em comunh o com os deuses e em total harmonia consigo mesma Este mito est associado ao mito do Para so aos Campos El sios s Ilhas dos Bem Aventurados ao Jardim das H sperides e Arc dia Encontra se situado num algures espacial e numa esp cie de in illo tempore um illud tempus paradis aco apontando para uma exist ncia ideal feliz e perfeita T
200. e que nessa poca estava ligada ao restante do Brasil e do mundo atrav s do r dio havia tamb m poucas salas de cinema que exibiam os filmes com uma m dia de seis meses depois da estreia Aguiar 2002 Com rela o ao resto do mundo e mesmo das principais cidades do pa s o Amazonas ainda hoje apresenta um atraso com rela o ao desenvolvimento n o apenas econ mico e social mas tamb m com rela o s manifesta es art sticas e aqui me reporto mais especificamente dan a Podemos perceber que com rela o pesquisa e produ o no mbito da dan a contempor nea que a forma mais atual de apresenta o dessa arte ainda se encontra em um per odo de descobertas iniciais na regi o mas buscando uma maior compreens o e dom nio dentro desse conceito art stico e apresentando tamb m um maior interesse em se igualar ao restante do pa s e do mundo Essa busca percept vel em trabalhos de alguns grupos de dan a na cidade de Manaus que tem suas obras embasadas em pesquisas mais consistentes e com o olhar voltado para o conceito de arte contempor nea A principal forma de mudar o cen rio da dan a local parece ser a informa o e a troca de experi ncias e conhecimentos atrav s de intercambio cultural com a vinda de profissionais para a cidade e a ida de nossos profissionais para outros estados ou pa ses Para isso a pol tica cultural e mesmo educacional devem abranger essa quest o para que possamos enriquecer e dimin
201. e refere s conjunturas sociais espec ficas quanto ao n vel de desenvolvimento dos alunos A p 65 Condi es criar na escola um ambiente de di logo cultural baseado no respeito m tuo perceber cada cultura na sua totalidade os fatos e as institui es sociais s ganham sentido quando percebidos no contexto social em que foram produzidos e uso de materiais e fontes de informa o diversificadas fontes vivas livros revistas jornais fotos objetos para n o se prender a vis es estereotipadas e superar a falta ou limita o do livro did tico A p 65 Orienta es did ticas Valoriza o do repert rio e integra o entre o vivido e o aprendido participa o no cotidiano Express es culturais ligar manifesta o social ao grupo que a produziu cr tica dos materiais did ticos criticar materiais que disseminam o preconceito interc mbio rela o entre os alunos dando lhes voz e as escolas normas e regulamentos facilitar crian a a compreens o de que normas regulamentos leis s o estabelecidas pelas pessoas como formas de organiza o da vida coletiva documentos jur dicos acostumar os alunos consulta da Constitui o Federal al m de constitui es estaduais leis org nicas dos munic pios declara es das Na es Unidas das quais o Brasil signat rio em particular da Declara o dos Direitos Universais da Pessoa Humana e declara es referentes aos povos ind genas e popula
202. e sentido percebe se que a identidade crioula bastante complexa uma vez que ela emerge a partir do cruzamento de duas outras distintas identidades a africana e a europeia Como o mesti o n o se encaixa em uma identidade tnica fixa o cabo verdiano se aproveita dessa vantagem para se auto denominar um povo singular com uma identidade pr pria resultado de uma simbiose tnica e cultural Observa se entretanto que no seio dos estudantes cabo verdianos no Rio de Janeiro h um movimento em busca de uma suposta identidade negra Essa posi o talvez se deva ao contato sobretudo nas universidades com os movimentos sociais da comunidade negra brasileira que tem desenvolvido v rios trabalhos de incentivo afirma o da negritude Assim os movimentos estudantis negros pesquisas sobre a es afirmativas todos esses incentivos podem estar na origem do interesse de alguns jovens em abra ar a causa e com isso querer se afirmar etnicamente Sobre esta suposta nega o de uma identidade tnica dos cabo verdianos Mour o 2006 usou o conceito de ressignifica o considerando os processos de mudan as vividos 188 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 pelos grupos em situa o de transito no Brasil para interpretar a forma o das identidades nacionais dos quadros profissionais ex estudantes universit rios no Brasil ap s o regresso s suas origens Segundo a autora a constru o da identidade nacional dess
203. e ter com outras formas de conhecimento e compreens o 1995 241 Tornou se assim vital conhecermos o destino planet rio em que vivemos para tentarmos perceber o caos dos acontecimentos as intera es e as retroa es onde se misturam e interatuam os processos econ micos pol ticos sociais tnicos ambientais e educacionais que tecem este destino Importa na opini o de Edgar Morin sabermos quem somos o que se passa connosco o que nos determina o que nos amea a o que pode esclarecer nos prevenir nos e qui salvar nos 2000 9 Come ar por saber onde estamos certamente uma condi o indispens vel Tem sentido na opini o dos autores sublinhar alguns pontos de vista de cientistas como Ram n Margaleff de artistas como Eduardo Chillida de escritores como G nter Grass de pol ticos como Al Gore de te logos como Leonardo Boff ou de naturalistas como Joaquin Ara jo que consideram que o s culo em que estamos tamb m o S culo da Ecologia cujas finalidades passam por construir mundos nossa medida mundos pensados e constru dos a escalas humanas e escalas humanas dotadas de instrumentos tecnol gicos cient ficos e art sticos para mudar o mundo que temos sem destruir o que desejamos Guti rrez amp Benayas 2006 17 As vozes de renova o que se t m vindo a expressar nos ltimos anos devem ocupar espa os de reflex o e de a o a n vel pol tico social e educativo procurando incorporar u
204. e um campo em constru o que cresceu por m timidamente no in cio deste mil nio e que ainda carece de pesquisas acad micas sobre o tema Gohn 2008 esclarece que at os anos 1980 a educa o n o formal era pouco valorizada tanto pelas pol ticas p blicas quanto pelos educadores Ela era entendida como extens o da educa o formal desenvolvida em m ltiplos espa os existentes fora dos muros da escola Ainda segundo a autora a educa o n o formal passou a ter destaque nos anos 1990 com as mudan as ocorridas na economia na sociedade e no mundo do trabalho Nessa poca grande import ncia foi dada aos processos de aprendizagem ocorridos em grupos e aos valores culturais que articulam as a es dos indiv duos al m de as empresas exigirem aprendizagens adquiridas fora do mbito escolar Al m das mudan as citadas acima rg os internacionais como a Organiza o das Na es Unidas ONU a Organiza o das Na es Unidas para a Educa o a Ci ncia e a Cultura UNESCO e alguns estudiosos tamb m foram respons veis pela prolifera o da educa o n o formal Em 1990 em confer ncia realizada na Tail ndia foram escritos dois documentos denominados Declara o Mundial Sobre Educa o Para Todos e Plano de A o Para Satisfazer Necessidades B sicas de Aprendizagem baseadas em dados de situa es pr prias dos pa ses da Am rica Latina e de contribui es oferecidas pelas ONGs no que se referia educ
205. e valores socialmente relevantes documento 03 online ao inv s de somente destinar se ao professor como fazia o primeiro Em seu kit sobre Rela es tnico Raciais e de G nero traz uma s rie de textos de autores com tend ncias te ricas e prop sitos bastante diferenciados Numa tentativa de s ntese entre os temas raciais e de g nero o documento 03 avizinha estas quest es e ora enfatiza a ra a ora enfatiza o g nero com tentativas de uni o das tem ticas nas sugest es de atividades como por exemplo no m dulo I em que aborda a valoriza o da personagem negra feminina na literatura infantil Devido a isso os documentos oferecem enunciados que visam maior justi a aos que foram at o momento nomeados como outros Conforme veremos nos quadros a seguir os objetivos e princ pios norteadores dos documentos corroboram seus perspectivos ideais de Justi a vinculados a determinados direitos aceita o do universalismo e reconhecimento das particularidades culturais Quadro 04 Objetivos dos documentos verdade e justi a Objetivos DOCUMENTO 01 Contribuir para a vincula o efetiva da escola a uma sociedade democr tica A Tema Transversal Pluralidade p 39 Cultural nos Par metros Curriculares Nacionais PCN Oferecer ao aluno a possibilidade de conhecer o Brasil como um pa s complexo A 1 a 4 s ries multifacetado e algumas vezes paradoxal A p 19 B 5 a 8 s ries Dignidade respe
206. ed in a regular space known as normal Suit the schools for the needs of different is insufficient for integration means inclusion Keywords inclusion Curriculum education culture integration Falar de inclus o recusar a rotula o que limita o homem e o mundo De diversos modos se pode entender o conceito de inclus o De um ponto de vista situacional a inclus o refere se partilha do espa o neste caso pelo ensino secund rio regular e pelo ensino secund rio profissional na mesma extens o f sica A inclus o entendida numa perspectiva social corresponder a todas as interac es repartidas entre grupos diferentes por exemplo o conv vio dos alunos e dos professores durante as pausas lectivas e de uma perspectiva funcional poderemos entender a componente sociocultural e cient fica comungada tanto pelos alunos do ensino regular como do ensino profissional A interac o escolar dos alunos n o se resume a uma dimens o et ria interac o r A 992 n continua e planificada com pessoas da mesma idade Se assim for corremos o risco de nos Universidade da Madeira UMa Professora Auxiliar da Uma Coordenadora do Centro de Desenvolvimento Acad mico CDA UMa Investigadora do Centro de Investiga o em Educa o da UMa CIE UMa Doutorada em Educa o na Especialidade de Curr culo Mestre em Educa o na rea de Supervis o Pedag gica P s Licenciada em RFE Filosofia Licenciada em Filoso
207. edreiros 18 entre os alunos que fizeram parte da amostra O aumento do percentual dos filhos de trabalhadores manuais no sistema escolar resultado do processo da massifica o do acesso ao ensino b sico cuja base foi as reformas pol ticas implementadas a partir do in cio da d cada de noventa Tamb m pode se observar que a maioria 53 das m es dos alunos inqueridos pertencia a categoria socioprofissional de dom sticas ou seja que trabalhavam em casa 16 eram empregadas dom sticas e um 13 responderam a op o outras Nota se ainda que os ingueridos oriundos de agragados familiares cuja as m es pertenciam a status socioecon mico elevado s o insignificantes Apenas um 5 das m es eram professoras e 3 comerciantes Isto demostra que a presen a das mulheres com uma situa o laboral relevante pouca expressiva devido s diferen as laborais existente entre homens e mulheres no acesso ao mercado de trabalho cabo verdiano Quanto ao rendimento dos pais constatamos que a maioria um 61 dos pais e 82 das m es tem sal rio m s inferior a 20 mil escudos o que demonstra que a maioria dos alunos inqueridos s o origin rios de fam lias com status socioecon mico baixo Apenas um 7 dos pais e um 2 das m es auferiam sal rios superiores a 60 mil escudos mensais No grupo dos que ganham entre O a 20 mil escudos as mulheres representam 82 e os homens 61 enquanto que na categoria com sal rios mais elevados entre
208. el Desarrollo Sostenible o la Imposibilidad de una Nueva Cultura Ambiental Revista Iberoamericana de Educaci n 41 pp 103 116 Morin E 1999 La T te Bien Faite Repenser la R forme R former la Pens e Paris Du Seuil 2000 Les Sept Savoirs N cessaires L Education du Futur Paris Du Seuil Morin E Motta R amp Ciurana E R 2004 Educar para a Era Planet ria O Pensamento Complexo como M todo de Aprendizagem no Erro e Incerteza Humana Cole o Horizontes Pedag gicos Lisboa Instituto Piaget Otto W F 1969 Le Mythe et le Culte Paris Mercure de France 1993 Les Dieux de la Gr ce Paris Payot Paviani J 2004 Disciplinaridade e Interdisciplinaridade In Pimenta C Coord Interdisciplinaridade Humanismo Universidade Cole o Campo das Ci ncias Porto Campo das Letras pp 15 57 Pureza J M 2002 Pedacos de uma F Critica Ensaio Coimbra Quarteto Editora S chan L 1951 Le Mythe de Prom th e Paris PUF 1963 Mythologie et Religion In Bailly A Sous la dir de Dictionnaire Grec Francais Paris Hachette pp 2203 2230 Soromenho Marque S V 1998 O Futuro Fr gil Os Desafios da Crise Global do Ambiente Lisboa Publica es Europa Am rica Sun C 2000 De L Age de Saturne a L Age de la Grande Concorde In Durand G amp Sun C Mythe Th mes et Variations Paris Descl e de Brouwer pp 247 267 Taguieff P A 2004 Le
209. el sociocultural e econ mica e os resultados educativos n o se pode afirmar que tal correla o seja determinista Independentemente disto a posse do capital cultural uma vari vel importante para explicar as oportunidades educativas como o caso de acesso perman ncia e sucesso escolar Neste sentido as contribui es de Bourdieu e Paseron 1984 e Bernstein 1988 referidos na parte te rica s o importantes para oferecer pistas e ajudar a compreender o nosso sistema educativo e a influ ncia das desigualdades em fun o do capital cultural sobre a traject ria escolar Refer ncias Afonso M 2002 Educa o e classes sociais em Cabo Verde Col Debates Praia Editora Spleen Africa Bernstein B 1988 Clases c digos y control Vol 1 Madrid Editorial Akal Clases c digos y control hacia una teor a de las transmisiones educativas vol 2 Madrid Editorial Akal Bourdieu P amp Passeron J C 1984 Los estudiantes y la cultura Buenos Aires Editorial Labor Braslavsky C 2005 Diez factores para una educaci n de calidad para todos en el siglo XXI In Educaci n de calidad para todos iniciativas iberoamericanas Editorial fundaci n Santillana Madrid 2005 Cardoso G amp Honorio A 2000 Fracaso escolar violencia y absentismo en la escuela obligatoria en fracaso escolar Revista de estudios de la juventud 52 2000 pp 9 14 Carnoy M 2006 Econom a de la educaci n Barc
210. elacionado identidade cultural e produ o em dan a contempor nea tendo como ponto de partida a pesquisa que deu origem a videodan a Espelho dos olhos da cultura amaz nica que apresenta uma reflex o sobre uma poss vel identidade cultural presente nas obras de artistas contempor neos locais A v deodan a aborda a tem tica da identidade cultural partindo de um roteiro po tico que traz reflex es sobre a condi o amaz nica e apresentando certa descri o de paisagens e do cotidiano da vida na regi o da floresta apresenta tamb m o depoimento de quatro artistas manauaras representantes da m sica das artes pl sticas da dan a e literatura que apresentam em suas obras uma estreita rela o com suas origens no interior do Amazonas Buscamos tamb m ampliar o di logo para outros campos das ci ncias humanas como a antropologia e sociologia tendo como apoio as pesquisas de Mauss e Marx propondo uma vis o mais ampla em rela o interdisciplinaridade entre as linguagens art sticas contempor neas que refletem o momento atual da sociedade ocidental E voltamos o olhar para a produ o da dan a dentro do cen rio e conceito contempor neo Cultura e sociedade Existem muitos seres vivos na natureza e o homem o nico ser cultural para a sociedade humana as mudan as podem ocorrer de forma mais lenta ou acelerada como acontece em um processo de coloniza o Partindo dessa afirma o concordamos com Laraia 2009 qua
211. elona Editorial UOC Faustino M Rosabal M e Borges O 2006 Relat rio parcelar sobre a sa de e o estilo de vida dos adolescentes cabo verdianos fora do sistema de ensino Praia Editora AZM Fourquin J C 1995 Sociologia da educa o Dez anos de pesquisa Petr polis Vozes Ga rin Sall n J 2003 Calidad un discurso y pr cticas contradictorias In La calidad en educaci n algunas reflexiones en relaci n con la ley de calidad Barcelona Editorial Praxis Gonz lez Gonz lez M T 2006 Absentismo y abandono escolar una situaci n singular de la exclusi n educativa Revista electr nica iberoamericana sobre calidad eficacia y cambio en la educaci n 4 1 pp 1 15 INE 2007 QUIBB 2006 Praia Editora INE Marchesi A 2000 Controversias en la educaci n espa ola Madrid Editora Alianza Marchesi A e Mart n H 1998 Calidad de la ense anza en tiempos de cambio Madrid Editora Alianza Marchesi A e P rez E 2003 La comprensi n del fracaso escolar en Espa a In A Marchesi C Hern ndez Gil El fracaso escolar Madrid Editora Alianza Ministerio de Educac o 2001 Decreto lei N 25 2001 de 5 de Novembro Morales Viallejo P 2002 Que significa ensefiar e investigar con calidad y equidad en la educaci n superior In Calidad y equidad en la educaci n universitaria cat lica Madrid Editora Universidad Pontificia de Comillas FIUC ACISE Morrow R A e Torres C A
212. em um outro contexto Ferreira 2000 p 121 Argumento similar ao apresentado pelas Diretrizes Curriculares Estaduais de L ngua Estrangeira Paran 2008 documento norteador do ensino de l nguas estrangeiras modernas no contexto estadual estas que apresentam como justificativa para a oferta da L ngua Inglesa no curr culo da escola p blica como Prop e se que a aula de L ngua Estrangeira Moderna constitua um espa o para que o aluno reconhe a e compreenda a diversidade lingu stica e cultural de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de constru o de significados em rela o ao mundo em que vive Espera se que o aluno compreenda que os significados s o sociais e historicamente constru dos e portanto pass veis de transforma o na pr tica social Paran 2008 p 53 90 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 2 O livro did tico como um produto sociocultural pass vel de disseminar preconceitos distor es conceptuais abordagem descontextualizada de conte dos e temas ou ainda disseminar uma atitude valorativa da l ngua e cultura estrangeiras em detrimento da l ngua e cultura do aluno Essa preocupa o parte do fato de que o livro did tico funciona como o portador de verdades que devem ser assimiladas tanto por professores quanto por alunos Coracini 1999 p 34 Segundo a pesquisadora o livro did tico voltou a ser objeto de pesquisa devido centralidade deste no en
213. emocracia Direitos Humanos Inclus o Social Segundo o programa seus princ pios s o Fortalecer o protagonismo de alunos na constru o de valores de conhecimentos pessoais sociais e pol ticos visando cidadania Contribuir para a forma o dos educadores a fim de que possam atuar com a intencionalidade necess ria constru o de uma sociedade mais justa solid ria e feliz Compromisso com o presente e com o futuro Eleva o da qualidade de ensino Transforma o social fundada na democracia de toda ordem Pr ticas pedag gicas que conduzam consagra o da liberdade conviv ncia social da solidariedade humana promo o e inclus o social Justi a social Liberdades p blicas e individuais Na medida em que conhe am melhor a si mesmas e a natureza das rela es humanas na medida em que pratiquem cada vez mais a democracia e a conviv ncia social as escolas e as comunidades estar o contribuindo para construir valores sociais permanentes la os comunit rios responsabilidades sociais E assim com ra zes fincadas na cultura nacional estar o desenvolvendo em cada um a consci ncia da pr pria condi o humana da cidadania universal voltada para a preserva o da vida no planeta da paz e da harmonia entre povos http mecsrv04 mec gov br seif eticaecidadania index html Fonte Kowalewski 2010 p 197 grifos nossos Os objetivos e princ pios que regem os documentos visam o fim do
214. en a cultural Pretende se assim realizar um percurso para contextualizar os processos envolvidos na educa o escolar diante das atuais transforma es Pode se apontar a princ pio que a escola enquanto escola mundo Delmondez 2013 um microcosmo composto por condi es tens es ou problematiza es macro e micropol ticas forjadas pelo cen rio contempor neo No entanto toma se como ponto de partida que a institui o escola uma inven o e um produto daquilo que se compreende como modernidade Skliar 2003b E o seu surgimento coincide com a institucionaliza o de um regime discursivo baseado em mecanismos de poder saber da modernidade Ent o pode se dizer que a educa o escolar aparece na Idade Moderna quando a organiza o dos primeiros col gios conduz a uma Psic loga Mestre e Doutoranda em Psicologia pelo Programa de P s gradua o em Processos de Desenvolvimento Humano e Sa de PG PDS do Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento PED da Universidade de Bras lia UnB Bras lia DF Brasil E mail singularmult plo gmail com 6 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 inaudita institucionaliza o de uma espec fica temporalidade e de uma particular forma de lidar com as disposi es espaciais pensadas para a forma o das novas gera es Boto 2003 p 380 Ao funcionar como m quina de governamentaliza o a raz o de Estado que pode ser mais poderosa e ampla do que todas a
215. ens e adultos s o alunos do curso de Pedagogia da PUC SP por m a coordenadora deixa claro que estudantes de outras universidades podem fazer parte do grupo desde que participem das reuni es obrigat rias coletivas e individuais As primeiras ocorrem s sextas feiras tarde a segunda marcada pelo pr prio educador no dia da semana que for melhor para ele Ambas ocorrem em uma sala do NTC Nas reuni es coletivas discute se a filosofia freiriana al m de outros autores que abordam temas referentes leitura e escrita Os educadores sociais tamb m devem pesquisar 110 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 textos e artigos e lev los para reflex o com o grupo a fim de articul los com a pr tica pedag gica Discute se tamb m as dificuldades encontradas no cotidiano da sala de aula tanto para eles educadores quanto para os alfabetizandos e poss veis formas de solucion los Nas reuni es individuais o educador social discute problemas espec ficos de sua turma esclarece d vidas e discute as aulas seguintes A coordenadora esclarece que o projeto articula ensino pesquisa e extens o uma vez que as educadoras sociais aprendem os conte dos necess rios na sala de aula da universidade e nos encontros semanais e individuais devem pesquisar sobre alfabetiza o de jovens e adultos e fazer a rela o teoria e pr tica pedag gica Al m disso alunas que j conclu ram o curso de Pedagogia e participaram do projeto se interes
216. ens vinculadas s suas rela es com pessoas negras brancas mesti as assim como as vinculadas s rela es entre negros ind genas e brancos no conjunto da sociedade p 19 cr tica pelos coordenadores pedag gicos orientadores educacionais professores das representa es dos negros e de outras minorias nos textos materiais did ticos bem como provid ncias para corrigi las p 20 Participa o de grupos do Movimento Negro e de grupos culturais negros bem como da comunidade em que se insere a escola sob a coordena o dos professores na elabora o de projetos pol tico pedag gicos que contemplem a diversidade tnico racial p 20 O ensino de Hist ria e Cultura Afro Brasileira e Africana a educa o das rela es tnico raciais tal como explicita o presente parecer se desenvolver o no cotidiano das escolas nos diferentes n veis e modalidades de ensino como conte do de disciplinas particularmente Educa o Art stica Literatura e Hist ria do Brasil sem preju zo das demais em atividades curriculares ou n o trabalhos em salas de aula nos laborat rios de ci ncias e de inform tica na utiliza o de sala de leitura biblioteca brinquedoteca reas de recrea o Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 quadra de esportes e outros ambientes escolares p 21 DOCUMENTO 03 Sugest es para o funcionamento do programa Etica e Estabelecer um calend rio fixo de reuni es para
217. ensation lorsqu elle se plie l exercice critique du jugement rationnel il n y a pas d arcane de la nature d arri re monde cach mais la possibilit d une repr sentation cataleptique de la chose telle qu elle est En effet la connaissance n est pas un glissement la surface des choses mais une p n tration de l tre m me lorsqu elle nous donne l intuition de la participation de la chose connue l ordre rationnel du Cosmos La mimesis platonicienne est abolie par les Stoiciens d s lors qu il n y a pas d essence incorporelle pas de r miniscence ni non plus de connaissance par des facult s s par es de l me comme le pose Aristote Cette th orie des facult s de l me qui impr gne toujours les psychologies traditionnelles est balay e par l id e sto cienne d une unit fondamentale de l me dans son mode d action qu est la repr sentation de la chose Une repr sentation aboutie catalepsis est tout autant appr hension de la chose que communication de cette appr hension dans le discours rationnel filtre critique de la connaissance il n y a pas d tat pr discursif ou ant pr dicatif de la conscience rationnelle ainsi que le remarque justement Claude Imbert Imbert 1978 La p dagogie sto cienne qui en r sulte insiste au contraire du platonisme sur la transmission indirecte et sur la relation autrui comme membre d une communaut humaine dans laquelle les homme
218. ent m canique et cette seule manifestation de la singularit n est autre chose pour Herder que la pens e dont la libert est octroy e par l institution politique Ils pensent peut tre r pand on la pens e parmi eux mais jusqu a un certain point seulement afin que de jour en jour ils sentent davantage qu ils ne sont qu une machine apprennent a grincer et sont oblig s de marcher ils grincent bah ils ne peuvent que grincer et pour r confort ils ont la libre pens e Herder 1964 p 251 L re de l individu ouvre le r gne de l uniformit les exigences du pouvoir politique des Etats nations sont contradictoires avec la diversit des exp riences humaines qui en questionne la l gitimit Depuis les guerres de religion l tat hobbesien prot ge contre la mort violente en d sarmant autrui octroie une libert de conscience in foro interno et demande en retour que l on adh re aux croyances du Souverain dans un parfait assujettissement Hobbes 1999 Herder sera le premier t moin de l apparition de l uniforme dans les arm es nationales et il y verra la pr figuration de l volution des soci t s modernes Voyez une arm e le plus beau type de soci t humaine comme tous portent l uniforme commode ont une nourriture l g re pensent harmonieusement sont libres et l aise dans tous leurs membres image de la supr me qualit de l esprit humain et du
219. er proximidade ou identidade com a frica De fato para grande parte desses inquiridos Cabo Verde n o se encontra na frica e por conseguinte eles n o se consideram africanos A posi o geo estrat gica do arquip lago somada ao processo hist rico da forma o da sociedade cabo verdiana estaria na origem de tal dificuldade identit ria ou melhor da nega o da africanidade pelos insulares Como podemos constar nos discursos de alguns dos entrevistados Por quest es de h bitos e costumes considero me cabo verdiana Por m assumir se totalmente africana N o por n o aceitar a Africa somente por uma quest o de origem do pa s da popula o e tudo Como por exemplo os parentes do meu pai podem dizer que s o africanos e ao mesmo tempo eles t m parentes de origem portuguesa J a minha m e os familiares s o a maioria de origem portuguesa Essa mestigagem que me leva a considerar que cabo verdiano possui uma identidade complexa Estudante 01 Julho de 2008 RJ N o digo que sou nem que n o sou s vezes procuro entender essa quest o de caboverdianidade Vejo que geralmente nas ilhas do Sul como por exemplo a ilha de Santiago a cultura africana mais presente do que nas ilhas do Norte Em Santo Ant o n o sei acho que a cultura africana nao assim tao forte como por exemplo em Santiago Estudante 08 Agosto 2008 RJ Os discursos dos estudantes s o eloquentes sobre a ambiguidade que constitui a
220. eralmente com termos como reconhecimento multiculturalismo diversidade cultural pluralidade cultural ou diferen as culturais No documento 01 p 34 encontra se uma conceitualiza o antropol gica do termo cultura conjunto de c digos simb licos reconhec veis pelo grupo din mica viva em constante processo de reelabora o elemento que auxilia o indiv duo a compor sua identidade Nos documentos 02 e 03 n o h uma defini o espec fica para cultura embora ela seja amplamente citada em suas justificativas e objetivos As quest es culturais s o definidas como quest es identit rias ligadas principalmente ra a e etnia No entanto esses conceitos tamb m recebem significa es diferenciadas Vejamos Quadro 02 Defini es de ra a etnia Definigio de raca eina DOCUMENTO 01 Ra a concebida como sendo um termo da biologia que deve Tema Transversal Pluralidade Cultural nos ser trocado pelo seu uso pejorativo apesar de alguns Par metros Curriculares Nacionais PCN movimentos sociais o utilizarem em suas reivindica es Devido a isso melhor usar o conceito de etnia ou grupo tnico que se A 1 a 4 s ries estende a todas as minorias que mant m modos distintos e B 5 a 8 s ries forma es que se distinguem da cultura dominante que frequentemente se autodenomina comunidade A p 34 DOCUMENTO 02 Ra a constru o social forjada nas tensas rela es entre 50 Je L
221. erece recursos e ajudas necess rias para que todos os alunos consigam o m ximo n vel de desenvolvimento e aprendizagem poss vel independentemente do status e origem social a que pertencem A utiliza o do conceito de efic cia social do sistema educativa justifica se desde o ponto de vista de que o sistema educativo deve ser til para a sociedade e garantir o acesso a perman ncia o sucesso e benef cios a todos os alunos independentemente da sua proced ncia de origem e da estrutura social da qual fazem parte Um sistema educativo mais ou menos eficaz socialmente na medida em que assegura a igualdade de oportunidades e a qualidade do ensino para todos Qualidade e equidade educativa A qualidade e a equidade da educa o t m sido um tema amplamente estudado e investigado desde diferentes perspectivas Neste caso procura se uma aproxima o a tais abordagens a partir da revis o da literatura existente N o existe uma defini o ou uma teoria nica e consensual sobre o que qualidade da educa o visto que se trata de um conceito subjectivo heterog neo e multidimensional Seibold 2000 Morales Vallejo 2002 Ga rin Sall n 2003 Braslavsky 2005 UNESCO 2005 Nesta mesma linha Puellez Ben tez 2009 26 afirma que n o h um conceito universal de qualidade v lido para todos os pa ses e aceite por todos uma vez que depende de quem o define de que par metros e dos fins propostos para um determinado sistema
222. ery beginning of the emancipation process incorporate new values Were the new values evident in the SE system And if they were did they mirror either directly or indirectly the reproduction of the values and ideals that led to struggle against the colonialism and the solidification of an independent country In the process of struggle for independence a specific political body of values supported and oriented all the process of militarization and political struggle led by PAIGC against the Portuguese colonialism in Cape Verde and Guinea Bissau As Cabral n d stated the national independence is not the unique issue that our party wants the national independence constitute only the first important step for the freedom and dignity of the men and the African peoples in the process of building up a peaceful life the progress and the happiness for the people www fundacaomariosoares pt That citation above proves that the anti colonial struggle would not finish with the political independence That is it was not an end in itself Several changes would have to occur so as to promote a kind of cultural rupture which should be perpetuated in order to build up the New State and the New Man The official historical document about the proclamation of Cape Verdean independence BO n 1 1975 neither contained any matter regarding education nor the way that it would be configured This situation could not be understood as an apathy of t
223. es natureza destes conceitos e ao papel da mesma na respetiva abordagem curricular e extracurricular Ao n vel das conclus es destaca se a import ncia do envolvimento sustent vel representar uma das apostas mais relevantes que a sociedade p s moderna pode assumir visando a inclus o social e a cria o de um mundo ecologicamente sustent vel onde a voz m tica tem o seu lugar Palavras chave envolvimento sustent vel sustentabilidade educa o para a sustentabilidade inclus o social imagin rio m tico Introdu o Margarida Morgado Alberto Filipe Ara jo Lu s Marques Abstract Today s world is a world of profound asymmetries In a context of limited resources and space the understanding of these current problems leads to an inevitable and understandable arousal of the engagement as a complex development in the search for the sustainability of the planet Collective and individual behavior as well as different policies focused on a search for immediate gains and the disregard for the values of social inclusion and the rights of future generations is revealed as opposed the sustainability of the planet earth The crucial role of education is emphasized as regards promoting an attitude of commitment toward the laws of nature and social issues as inclusion or sustainable involvement Inclusion is understood to entail the defense of policies that foster in particular the access of underprivileged to opportuniti
224. es available to others sustainable involvement is seen from a perspective that connects nature and culture with the aims of learning to think holistically within the interaction between ecosystems and the universe of social and individual frames of reference The present study maintains that social inclusion is promoted in an ecologically sustained world which respects the planet s dynamics Education is its corner stone without cutting it off of the mythical contours that are near to this problematic Thus through a qualitative methodology we proceeded by clarifying concepts such as sustainable involvement social inclusion and sustainability The implications that met the formation of teachers were valorized in this theme taking into account the inherent transversality and interculturality of the nature of these concepts and the importance it can have in the respective curricular and extracurricular approach The conclusion stands out the importance of the sustainable involvement in representing one of the most relevant bets that post modern society can take upon itself in order to promote social inclusion and the creation of an ecologically sustainable world where the mythical voice has its place Keywords sustainable involvement sustainability education for sustainability social inclusion mythical imagery Professora de Biologia e Geologia com doutoramento em Did tica da Escola Secund ria de Viriato Viseu Portugal morgadom
225. es dois grupos que apresentam certa simetria por quest es hist ricas pol ticas culturais e geogr ficas mas por outro lado tamb m oposi es e assimetrias historicamente consolidadas ocorrem de formas diferentes Enquanto os cabo verdianos demonstram dificuldades em assumir uma identidade tnica o que a autora chama de crise de identidade autodenominando se mesti os ou apenas cabo verdianos n o obstante os guineenses afirmam fortemente suas ra zes africanas Na mesma linha de pensamento Hirsch 2007 que atrav s de uma vis o antropol gica pesquisou a comunidade dos estudantes cabo verdianos no Rio de Janeiro tomando como refer ncia as rela es inter tnicas da popula o afro brasileira para interpretar o processo de re constru o identit rias desses universit rios cabo verdianos no Brasil A autora constatou que a maioria dos estudantes construiu um olhar cr tico em rela o sua identidade mesti a e por conseguinte notou se a tend ncia dos jovens constru rem e valorizarem uma identidade afro referenciada provavelmente influenciada pelas pol ticas identit rias da sociedade brasileira Com o intuito de compreender o complexo processo de constru o de identidades dos cabo verdianos na di spora Bento 2005 desenvolveu e apoiou no conceito da Mem ria H brida como um instrumento te rico para pensar a hibridez da cultura cabo verdiana e consequentemente as novas identidades sociais
226. es e das trocas realizadas por sujeitos e ou grupos sociais em diferentes espa os sociais nos quais atuam considerando a forma como cada grupo constr i significados A concep o do modelo ideol gico do letramento que afirma que as pr ticas letradas s o determinadas pelo contexto social permitiria a relativiza o por parte do professor daquilo que ele considera universalmente confi vel ou v lido porque tem sua origem numa institui o de prest gio nos grupos de cultura letrada Kleiman 1995 p 54 Segundo destaca Street 2009 o modelo aut nomo em certa medida tamb m vincula se a alguma ideologia uma vez que atende aos interesses de algum grupo social todos os modelos s o ideol gicos e o modelo aut nomo apenas um dos exemplos de modelo ideol gico Assim os modelos n o est o em uma situa o de oposi o absoluta Street 2009 p 86 Se as pr ticas letradas veiculam valores cren as e significados e legitimam as verdades de uns grupos sociais e n o de outros o livro did tico como suporte para discursos tamb m precisa ser compreendido como um produto sociocultural n o neutro e capaz de perpetuar vis es estereotipadas de l nguas grupos ou culturas Essa preocupa o parte do fato de que o livro did tico funciona como o portador de verdades que devem ser assimiladas tanto por professores quanto por alunos Coracini 1999 p 34 Ainda no tocante especificidade da peda
227. es e o Reino de Hades permitiu lhe percorrer naturalmente os tr s n veis c smicos o dom nio dos deuses ar o dom nio dos homens terra e o reino de Hades o lado subterr neo da terra Ker nyi 1976 No contexto de an lise que estamos a desenvolver interessa real ar que Hermes simboliza os meios de troca entre o c u e a terra a media o que assegura a viagem a passagem entre os mundos infernais terrestres e celestes A sua habilidade para lidar com os tr s n veis c smicos permite lhe descer ao plano inferior e retornar com mensagens do inconsciente por via dos sonhos Hermes tamb m o guia dos seres na sua transmuta o na sua individua o seguran a na mudan a mental de estado em estado de grau em grau de condi o em condi o de p lo em p lo de vibra o em vibra o Revela pela sua natureza uma forte sensibilidade para religar registos ou dimens es do real aparentemente diferentes quer da vida natural quer da vida humana Consideramos por isso que a an lise filos fica do mito sobre o signo do deus Hermes pode facilitar a compreens o da complexidade e dos desafios das problem ticas do s culo XXL tal como Gilbert Durand 1979 j o tinha pressentido quando explicitou o seu retorno no s culo XX Sob o seu signo a tem tica da ecosofia desenvolvida por F lix Guattari 1991 compreende se melhor pois nela adquire uma outra valora o a transversalidade entre o meio ambiente as rela es so
228. es grupos juvenis ou culturas juvenis regem se por regras alternativas s normas formais da sociedade Tal faz surgir o aparecimento de outro conceito contra cultura que acentua a recusa da l gica consumista Carvalho amp Horta 2003 Perante tal paradigma Neto 1995 defende que de extrema import ncia perceber que a ader ncia a este tipo de pr ticas de risco e aventura est tamb m directamente relacionada com o surgimento de culturas espec ficas e formas de socializa o muito pr prias dos sujeitos que as praticam nossa inten o neste estudo i compreender as principais raz es que levam os jovens a interessar se cada vez mais por actividades f sicas que valorizem o risco e aventura ii perceber de que forma essas novas pr ticas est o associadas ao surgimento de culturas de grupo espec ficas dos jovens que as praticam 111 compreender a import ncia que essas actividade alternativas assumem na forma o da identidade do jovem e na sua diferencia o de estatuto passagem para a idade adulta M todos No sentido de concretizar os objectivos a que nos propusemos utiliz mos dois instrumentos de avalia o 1 question rio 11 entrevista semi estruturada Basicamente estes dois instrumentos foram constru dos a partir dos dados percebidos nos contextos vivenciais dos jovens Atrav s da nossa observa o e incurs o participante na realidade dos jovens conseguimos perceber que elementos se poderiam revelar
229. espons veis por duas finalidades proporcionar s pessoas formas de dar sentido ao seu mundo atrav s de aquisi o de conhecimento do senso comum e facilitar a possibilidade de compartilhar ideias Estas fun es exprimem o processo de forma o de condutas diferencia o social e orienta o das comunica es sociais Por outro lado elas facilitam a interpreta o dos comportamentos e rela es sociais al m de guiar as a es e alterar o contexto da a o Nessa perspectiva o autor acrescenta duas outras fun es s representa es sociais a fun o identit ria que ressalta a identidade do grupo e sua especificidade e a fun o justificadora que permite aos sujeitos manterem e justificarem os comportamentos de diferencia o social nas rela es entre os grupos 184 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Sintetizando s se faz sentido falar em representa es sociais em se tratando de um grupo especifico de individuos A teoria das representa es sociais possibilita entender como um grupo social forma um conjunto de ideias e conceitos que expressam a sua identidade e isso diz respeito a forma como ele interpreta e age diante da realidade na qual esta inserido E essa teoria que se tem como pano de fundo para analisar e interpretar os conte dos das representa es elaboradas pelos estudantes cabo verdianos residentes no Rio de Janeiro acerca da sua pr pria identidade e de outros objetos representacionais emergentes
230. esses termos fracassam todos aqueles que abandonam a escola antes de obter um diploma que certifique que j possuem os conhecimentos m nimos exigidos para a integra o na vida social e laboral Entretanto a utiliza o do conceito de insucesso escolar para designar o caso dos alunos que abandonam o sistema de ensino sem obter rendimento educativo que lhes permita integrar se sem dificuldades no mercado de trabalho apesar de ser o mais habitual uso do termo n o o nico que pode assumir o conceito de insucesso escolar Puig Rovira 2003 85 Alguns autores defendem que o conceito de insucesso escolar deve ser tamb m aplicado no caso dos alunos que reprovaram um determinado n vel de ensino e ou que obt m classifica es negativas em determinadas disciplinas do plano curricular Inclusive h autores que consideram o absentismo escolar isto a situa o em que os alunos n o assistem regularmente s aulas em um centro educacional Cardoso Garcia 2001 Gonz lez Gonz lez 2006 e aquela em que n o conseguem manter um comportamento de acordo com as pautas normativas dos centros Puig Rovira 2003 como uma das manifesta es do insucesso escolar Ao conceito do abandono escolar como uma das manifesta es de insucesso escolar associa se o conceito da reprova o isto dos alunos que reprovam um determinado n vel educativo por n o atingirem os objectivos m nimos definidos para o n vel em quest o Neste artigo utiliz
231. essus ad originem retorno s origens ao indicar o desejo de recuperar a condi o primordial ou a beatitude dos come os aponta para um recome o da hist ria e para a exalta o criadora dos come os 1978 167 O mito da Idade de Ouro exprime mediante os mitologemas da paz da abundancia e da longevidade as aspira es profundas da humanidade que se traduzem numa forma de vida harmoniosa pacifica e plena de felicidade Esta forma harmoniosa parece pressupor uma rela o que se fundamenta na consciencifica o da universalidade e fundamental identidade da vida Cassirer 1961 58 experienciada pelo ser humano tradicional Este carateriza se por ter uma rela o de simpatia logo de unidade com todas as formas de vida que o envolvem Da poder afirmar se que ele vive em concord ncia com o mito da Idade de Ouro que exprime uma atitude reverencial perante a M e Terra Gaia G ia ou G al m de conviver com ela de uma forma ntima e solid ria Por outras palavras este mito exprime uma concord ncia universal com todas as formas de vida natural e de luta pelo equil brio ecol gico que uma condi o necess ria para contribuir para que as ecologias social e mental ou da subjetividade humana possam encontrar o seu equil brio Esta sociedade ideal de seres felizes da Idade de Ouro assenta com efeito num respeito espont neo dos processos naturais da vida ao abrigo de toda a viol ncia os autores da Idad
232. esta es pertencentes cultura popular Quando o processo de constru o das express es pejorativas dirigidas cultura subjugada vem tona poss vel tomar consci ncia de que certas formas de express o s o vistas a partir de estere tipos e das influ ncias geradas pelas rela es de poder Comumente o patrim nio pertencente aos grupos dominantes exaltado enquanto as pr ticas oriundas dos grupos subordinados s o desqualificadas Apple 2003 explica que a desigualdade n o um simples preconceito ou fen meno cultural outrossim baseia se na forma pela qual certos grupos se localizam econ mica e politicamente na sociedade Kincheloe e Steinberg 1999 recomendam que se desenterrem os conhecimentos subordinados pois a hist ria da subordina o foi propositadamente enterrada ou disfar ada Seus conflitos e opress es foram perdidos sob uma estrutura te rica dominante erradicada por uma triunfante hist ria de ideias ou talvez seus conhecimentos tenham sido desqualificados e considerados primitivos por n o estarem altura das defini es dominantes do que se reconhece como cient fico correto ou ben fico As manifesta es dos culturalmente diferentes coincidem com este ltimo significado j que a cultura dominante os considerou estranhos curiosos indignos de l gica primitivos ex ticos e subalternos O curr culo multicultural exorta a cultura dominante a interromper a supress o do papel do conflito na hi
233. estrange que tant de grands hommes portans barbe forts et armez qui estoient autour du Roy il est vray semblable qu ils parloient des Suisses de sa garde se soubmissent obeir un enfant et qu on ne choisissoit plustost quelqu un d entre eux pour commander Secondement ils ont une fa on de leur langage telle qu ils nomment les hommes moiti les uns des autres qu ils avoyent apperceu qu il y avoit parmy nous des hommes pleins et gorgez de toutes sortes de commoditez et que leurs moitiez estoient mendians leurs portes d charnez de faim et de pauvret et trouvoient estrange comme ces moitiez icy necessiteuses pouvoient souffrir une telle injustice qu ils ne prinsent les autres la gorge ou missent le feu leurs maisons Montaigne 2007 p 221 L homog n it des hommes permet leur suj tion un pouvoir sans sagesse et sert de paravent une v ritable hi rarchie dans la jouissance de l existence dont la plupart d entre eux est cart e La seule diff rence valide entre les hommes disent les Cannibales est celle de la vertu morale marcher le premier a la guerre Si Montaigne montre une telle acuit dans son diagnostic cela tient pour une part sans doute a sa familiarit avec la pens e de son ami La Bo tie La Bo tie 2002 mais essentiellement a sa position de critique intransigeant des formes r siduelles de transcendance dans les dogmes et les savoirs La permanence d une essence stable de l
234. exactamente os mesmos obtidos na segunda aplica o para cada um dos instrumentos de avalia o Uma vez que os sujeitos s o menores de idade foi enviada aos respectivos encarregados de educa o uma carta de autoriza o para os seus educandos participarem na investiga o A amostra foi constitu da por 40 sujeitos com idades compreendidas entre os 15 e os 17 anos 15 9 0 9 divididos entre a regi o do Algarve Faro e Lagos e Baixo Alentejo Litoral Zambujeira do Mar e Vila Nova de Mil Fontes Todos os sujeitos seleccionados j possuem uma certa autonomia e um tempo de pr tica 2 1 0 7 anos que lhes permite retirar prazer da actividade Resultados Na tabela 1 v m descritos os par metros que constitu ram o conte do do question rio escrito Tais par metros permitiram nos conhecer algumas das rotinas e prefer ncias dos jovens da amostra ROTINAS E PREFER NCIAS DOS JOVENS ou oe o Actividade realizadas em casa Jogos electr nicos Internet 16 40 Actividade realizadas fora de casa Surfar com os amigos 39 98 Local preferido nos tempos livres Praia 27 68 Amigos com quem convive mais Colegas da escola 34 85 Actividade mais realizada com o grupo de amigos Surfar 31 78 Identifica o com estilo ideais de grupos Surfistas 29 73 especificos G nero musical mais ouvido Reagge 21 53 Tabela 1 Rotinas e prefer ncias dos jovens 140 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Passand
235. fabetizandos aprendeu a ler com o pai em casa Ele relatou que a escola era longe e que tinha de trabalhar Assim quando sobrava tempo o pai ensinava as letras Os seis alfabetizandos voltaram a estudar para aprender a ler e a escrever a fim de lutar por um emprego melhor e para conseguir autonomia para realizar atividades do cotidiano e com isso se sentirem menos constrangidos Dois alfabetizandos foram incentivados pelos patr es e um aponta com orgulho que dois dos tr s filhos j s o formados em universidade Percebemos em todas as falas que voltar a estudar significa recuperar a dignidade ser reconhecido como cidad o e poder lutar por um emprego melhor e ou por uma vaga que assegure maior remunera o Essas falam remetem a Honneth 2007 2009 quando aponta a forma de reconhecimento de direito denominada respeito social Para o autor o respeito social demonstra o valor de uma pessoa uma vez que este medido de forma intersubjetiva de acordo com os crit rios de relev ncia adotados por uma determinada sociedade Saber ler e escrever um crit rio de relev ncia de nossa sociedade portanto ser capaz de fazer a leitura das palavras faz com que esses alfabetizandos adquiram a autoconfian a e o autorrespeito uma vez que ser o vistos de forma diferente pelas pessoas que os rodeiam Em todas as falas est impl cita a quest o da cidadania da humaniza o Nesse sentido recorremos a Paulo Freire 1
236. faut bien d terminer ce qui est l essence de la v rit Le conflit trouve ici son point de d part entre une pist mologie postulant une transcendance au del de notre exp rience sensible le platonisme et l augustinisme et les pist mologies qui affirment au contraire que l exp rience sensible est une source importante de nos savoirs Dans le Livre VII de la R publique Platon pense le chemin de la paideia comme une conversion vers la v rit une epistroph vers l al theia comme une conversion du regard vers ce qui a plus de r alit et est digne d tre contempl La technique en vue de se rapprocher de cette v rit est double c est un d tachement du monde sensible et un effort d imitation de mimesis qui structure l acte ducatif dialectiquement comme une remont e hors des copies sensibles vers les mod les intelligibles que sont les Id es Le probl me pos par Platon est consid rable toute epistroph sera une d cision libre du sujet la contrainte exerc e dans la Caverne sur le prisonnier se r fute d elle m me et cette conversion ne peut s appuyer sur aucun partage d exp rience dans la mesure o une telle exp rience appara t bien plut t comme preuve que chacun des prisonniers de la Caverne veut fuir Le prisonnier ne trouvera l appui d aucun ma tre On le sait Platon a recours dans le M non au mythe de la r miniscence pour d passer cette aporie par la th orie d u
237. fia Email liliana uma pt Beveridge S Promover A Educa o Inclusiva p 16 146 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 desviarmos de outros fins educativos que n o podem ser reduzidos interac o social Isto significa que integrar n o pode ser apenas a entrada dos grupos outrora apartados num espa o dito regular portanto normal Adequar a escola as necessidades do diferente insuficiente para que integra o signifique inclus o A integra o apela complac ncia e considera o para com o outro o diferente o diverso Isto reconhece a diversidade e a mesmeidade como ess ncias naturalizadas e cristalizadas Daqui decorre uma pedagogia centrada na identidade e n o na diferen a Por consequ ncia ocorre a exclus o e n o a inclus o Limitarmo nos a celebrar a identidade e a diferen a como celebrar a vida e a morte quer dizer n o perceber que a morte n o faz parte da vida contradit rio e que a diferen a n o cabe na identidade porque esta tem a si mesma como refer ncia tal como a vida refere se a si mesma A morte n o um acontecimento da vida N o h uma viv ncia da morte A identidade transporta o tra o da alteridade aqui na sua instabilidade que a indetermina o conceptual ou seja que a defini o de identidade e diferen a n o s o nunca inocentes A diferencia o corresponde a inclus o exclus o Aquilo que somos traz a ideia daquilo que n o somos E se
238. formal e cultura pol tica S o Paulo Cortez 2008 2009 Educa o n o formal educador a social e projetos sociais de inclus o social Meta Avalia o 1 1 p 28 43 2010 Educa o n o formal e o educador social atua o no desenvolvimento de projetos sociais S o Paulo Cortez Honneth Axel 2009 Luta por reconhecimento a gram tica moral dos conflitos sociais S o Paulo Ed 34 2007 Sofrimento de indetermina o uma reatualiza o da filosofia do direito de Hegel Tradu o R rion Soares Melo S o Paulo Esfera P blica Lib neo J C 2005 Pedagogia e pedagogos para qu S o Paulo Cortez Segovia D et al 2009 Sociedades sul americanas o que dizem jovens e adultos sobre as juventudes Rio de Janeiro IBASE S o Paulo POLIS Soares M 1998 Letramento um tema em tr s g neros Belo Horizonte Aut ntica Vercelli L C A 2012 Projetos sociais desenvolvidos em universidades da cidade de S o Paulo mapeamento e an lise Tese de Doutorado Programa de P s Gradua o em Educa o S o Paul Universidade Nove de Julho Cruzando fronteiras o curriculo multicultural e o trabalho com as diferencas em sala de aula Resumo A diversidade cultural uma realidade que imp e novas responsabilidades escola Longe de constituir se em obst culo ou problema o conv vio com as diferen as uma riqueza A exist ncia de pessoas com variadas heran as culturais no me
239. fundas altera es na organiza o dos modos de vida do jovem reflectindo se tamb m na valoriza o de novas concep es de actividades culturais e art sticas na qual se inclui o desporto Neto 1995 Na opini o deste autor o aspecto mais evidente desta mudan a assenta na renova o do entendimento que os jovens adolescentes t m vindo a dar ao significado da actividade f sica uma vez que est a ser constru da uma nova e diferente maneira de ver de estar e entender a pr tica desportiva que valoriza os aspectos relacionados com a natureza o risco e a aventura Le Breton 1991 defende que estas pr ticas relacionadas com a natureza por romperem com a rotina s o valorizadas particularmente pelos jovens que na opini o de Neto 1995 se sentem cada vez mais acorrentados a uma realidade social existencialmente conformista Faculdade de Motricidade Humana Universidade T cnica de Lisboa Faculdade de Motricidade Humana Universidade T cnica de Lisboa 136 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Segundo Camara 1996 este momento crucial de mudanga que caracteriza a vida dos jovens adolescentes est tamb m relacionada com a diferencia o de estatuto passagem para a idade adulta que na opini o de Erikson 1976 traduzido na procura de novas sensa es e emo es Neste contexto Costa 2000 defende que o jovem necessita colocar a sua exist ncia prova no sentido de a valorizar Segundo esta autora na sua
240. gal Freitas 2004 Essa atitude transformou a vida dos povos ind genas brasileiros ocasionando na extin o de algumas etnias e de parte sen o toda a cultura de alguns povos que hoje tentam descobrir e aprender um pouco sobre sua pr pria cultura Os Estados do Brasil e do Gr o Par que eram ex col nias portuguesas se uniram sob o nome de Brasil no ano de 1823 E em 1853 a Amaz nia se integrou ao Brasil atrav s de um sistema de transporte a vapor em pouco tempo a regi o se integrou ao com rcio internacional por meio da explora o da seringa Freitas apud Freire 2004 Come a o per odo conhecido como ciclo da borracha que inicialmente era extra da das rvores encontradas e depois produzida nas regi es Amaz nica e Par o novo produto se tornou estrat gico na primeira revolu o industrial do continente europeu no final do s culo XIX O Amazonas passou a ser o nico exportador o que exigiu um aumento de m o de obra come ando assim uma migra o em massa de nordestinos enganados por promessas de oportunidades de trabalho ficando na mesma posi o dos ind genas e negros como escravos da borracha Sendo que no caso dos nordestinos era por estarem sempre devendo aos donos das terras que implantavam um sistema escravista Esses trabalhadores tamb m ficaram conhecidos como soldados da borracha Foi nesse perfodo que a miscigena o se tornou mais forte e diversificada na regiao amaz nica assim como a diversidade cultu
241. gogia cr tica segundo Canagarajah 1999 todo modelo de educa o desencadeia uma s rie de implica es que incidem na identidade do aluno sendo portanto um equ voco assumir que o processo de aprendizagem aut nomo e isento de inten es inclusive quando se trata da aprendizagem de ingl s nesse sentido que todo o material did tico pode ser desvelado pelo professor de l nguas como uma produ o ideol gica influenciada por quest es comerciais e pol ticas Apple 2006 T lio 2008 Todavia tal posicionamento cr tico do professor requer o 88 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 reconhecimento da concep o de l ngua que norteia sua pr tica pedag gica e sobretudo em que medida tanto o material quanto a abordagem adotados corroboram na manuten o de vis es acr ticas sobre o que aprender ingl s Moita Lopes 1996 Diante disso advogamos que a sala de aula de l ngua estrangeira pode tornar se um espa o privilegiado de acesso cultura e reflex o sobre as pr ticas sociais plurais e a forma como cada grupo e ou pa s constr i significados dado que pode ser explorado na perspectiva dos estudos do letramento Conforme Apple 2006 toda pr tica escolar est imbu da de uma escolha pol tica desconstruindo pois a suposta reivindica o da neutralidade Essa reivindica o ignora o fato de que o conhecimento que agora se introduz nas escolas j uma escolha de um universo muito vasto de conheci
242. guage of dance photography and documentary film Keywords cultural identity contemporary dance videodance documentary Refletir sobre quest es relacionadas identidade cultural no cen rio contempor neo vem demostrando ser um tema de interesse por parte de alguns te ricos e artistas engajados na compreens o das manifesta es art sticas e culturais o que resulta em certa complexidade e grande quantidade de informa es presentes em obras contempor neas O artista manauara vem formando sua identidade cultural atrav s dos tempos tendo sua origem na mistura cultural e racial entre ndios brancos negros e nordestinos desde a coloniza o do Brasil e o caboclo a principal refer ncia do resultado dessa mistura atualmente o amaz nida recebe influ ncias das mais diversas culturas existentes no mundo atrav s dos meios de comunica o e internet Bacharel e Licenciada em Dan a pela UEA Universidade do Estado do Amazonas P s Graduada em Artes visuais cultura e cria o pelo SENAC Mestranda em Sociedade e Cultura na Amaz nia UFAM Lattes http lattes cnpq br89 12545628883694 E mail diasobrinha8 gmail com Profa Dra do PPGSCA ICHL e da Faculdade de Educa o F sica e Fisioterapia Universidade Federal do Amazonas Lattes http lattes cnpq br 04872108 16377783 E mail artemissoares O yahoo com br 20 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Este artigo busca reflexionar e ampliar o campo de discuss o r
243. hamp de l exp rience scolaire que pourrait selon cette th orie se constituer une m moire constitutive de l identit d faillante En effet depuis plusieurs ann es d j l ouverture de l cole des l ves ne r pond plus au profil d fini par et pour les lites savantes Peugny 2013 et les tensions s y sont accrues tr s fortement renfor ant la difficult scolaire pour ceux qui n y correspondent pas et entra nant l arr t brutal de ce qui tait pr n comme une fonction fondatrice de l cole r publicaine en France la mobilit sociale permise par le m rite et le travail scolaire C est pourquoi le diagnostic inverse en avait t port dans le domaine de la philosophie politique La massification de l cole voulue comme un processus de d mocratisation masquait en r alit un projet de renforcement des lites politiques et sociales soucieuses de conserver en main les cartes de la distribution des pouvoirs Ranci re 2005 L analyse politique de Ranci re a permis de mettre au jour le projet qui correspondait aux plaintes nostalgiques de ceux qui ont voqu le d clin de l cole la perte des savoirs et de l autorit du maitre l ments structurels d une entreprise de destruction de l cole port e par les projets de d mocratisation des ann es 80 en France Milner 1984 Finkielkraut 1989 Ce projet montre Ranci re correspond la volont de maintenir le pouvoir
244. he African ones As far as the culinary 32 students considered it to be close to both cultures European and African Finally the religion is also an important element to take into account 39 students considered it to be close to the European culture In relation to the traditional festivities 45 students the majority of students considered it to be closer to African culture In nutshell the findings demonstrate that students analyze differently the influence of several aspects imported from foreign cultures European and African cultures By doing so they indirectly admit that one can not establish a Cape Verdean culture as a homogeneous in terms of values but as system that incorporate heterogenic foreign influences Regarding the issues about how students perceived African and European continents its people culture government young people the data collected depicted the following picture African continent is mainly depicted as a poor one but rich in natural resources Africans were considered as tough workers and intelligent African cultures were classified as attractive and different The quality of life in Africa was considered as precarious and difficult The peace in the African continent is understood as rare and is still a dream for many African governments are mainly characterized as corrupt and tough workers In contrast to the way they perceived Africa Europeans and their culture are viewed from a different angle Europe
245. he new government that replaced the former colonial power to promote and improve the educational system on a national scale From the very beginning education was considered strategically important to build the New State and society Constitution 1980 First national Plan of Development 1982 Practical initiatives were implemented mobilization of indispensable resources change in the educational system followed by the challenge of finding out new directions alteration of the curriculum framework and textbooks promotion of a new teacher training program In conclusion the basic structure of colonial education as structure and body of knowledge was maintained for several years Consequently we believe that all mental construction and representations built by the programs intended to maintain the colonial Status quo Secondary education textbooks History and Portuguese Languages and the idea of Europe from independence period until educational reform 1990 The history textbook Hist ria 1 Ensino Secund rio 1986 used in the first grade at the secondary schools content follows the following pattern the definition of History humanization process urban societies and the Neolithic Revolution first civilizations None of those topics was related to Cape Verde In some cases they created European characters demonstrating what the prototype of a child should be white skin thin and long hair with the European dress st
246. i es para uma participa o efetiva obede am a um c digo de tica b sica e resultem numa transfer ncia de poder Vieira 1999 242 O caminho para aceitar os argumentos daqueles de pugnam por manter o planeta para as pr ximas gera es em detrimento de manter o planeta para a sua qualidade de vida n o prescinde de nos resguardar conceptual e praticamente de posi es que revelem a perspetiva de que as preocupa es ecol gicas respeitam a uma minoria de amantes da natureza e de especialistas diplomados sem abranger incluir e envolver todos aqueles que t m a dignidade para serem participantes da mudan a Em s ntese e retomando as quest es do final da sec o anterior pode constatar se que de uma proposta em que o sujeito atua mas mant m uma atitude que o deixa exterior ao objeto da interven o parece indispens vel passar a uma outra proposta na qual o cidad o se deixa cativar e envolver no contexto da sua pr pria atua o Para uma defini o de envolvimento sustent vel 158 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 As preocupa es com o desenvolvimento sustent vel t m se afirmado nas ltimas d cadas e buscam o comprometimento com o envolvimento de todos os cidad os e organismos p blicos e privados na resolu o dos problemas socio ambientais que afetam o planeta Terra Os argumentos t cnicos e cient ficos que suportam o desenvolvimento sustent vel situam se no n vel
247. iana do grupo O incentivo para voltar a estudar parte da fam lia V se portanto a import ncia e for a dessa institui o no processo de aprendizagem e recupera o da autoestima dos jovens e dos adultos Eles t m por base pessoas com a quais possuem um v nculo afetivo muito forte e que funcionam como sustenta o de suas novas constru es Essas falas permitem afirmar que a fam lia tem grande import ncia tanto no que se refere s rela es sociais quanto vida emocional de seus membros O v nculo afetivo fundamental para o desenvolvimento f sico e ps quico pois nenhum ser humano sobrevive ao desamor Os afetos servem de crit rio de valora o positiva ou negativa para as situa es do cotidiano por meio deles que preparamos nossas a es Dois alfabetizandos que n o t m a fam lia e ou familiar que os apoie possuem substitutos que fornecem a base motivadora e emocional para continuarem os estudos S o os afetos dispensados por esses substitutos que fornecem a valora o positiva necess ria para que eles prossigam nos estudos Os alfabetizandos relatam o orgulho que a fam lia sentiu quando eles aprenderam a ler e a escrever Novamente apontam que s o reconhecidos que se sentem valorizados e respeitados como cidad os Uma aluna menciona que a terceira de oito irm os que aprende a ler e a escrever Aponta como a m e sente se orgulhosa diante desse fato uma vez que a maioria dos filhos n o p de est
248. ias no comportamento dos jovens Por outro lado o tempo dispon vel para realizar esta investiga o n o era o suficiente para fazer a an lise de conte do j que a nossa amostra foi constitu da por quarenta sujeitos Durante a realiza o da entrevista sempre que poss vel mantivemos um gravador oculto Tal procedimento permitiu nos interpretar e enquadrar as respostas do sujeito nas categorias pr estabelecidas bem como de captar e registar algumas marcas e express es linguisticas caracteristicas deste grupo de jovens Nao fizemos quest o de manter o gravador vista do sujeito uma vez que na sua presen a eles ficavam intimidados e n o conseguiamos com isso obter aquilo que pretend amos Para chegar onde quer amos tivemos que em maior parte das situa es transformar a entrevista numa conversa informal de ocasi o agindo da forma mais natural poss vel Da a escolha deste tipo de entrevista semi estruturada caracterizada pela sua flexibilidade e adaptabilidade ao entrevistado Os dois instrumentos de avalia o foram validados da mesma forma Dos quarenta sujeitos que constitu ram a amostra seleccionaram se seis sujeitos Esses seis sujeitos foram submetidos a duas aplica es de cada instrumento de avalia o com o intervalo de oito dias entre cada aplica o A entrevista foi aplicada sempre depois do question rio Observou se que em todos os sujeitos os resultados obtidos na primeira aplica o foram
249. iberespa o est o orientando o processo de constru o de um ide rio cultural universal a n vel planet rio A contrapartida desta din mica homogeneizadora das ltimas d cadas paradoxalmente o surgimento de uma tend ncia paralela de fragmenta o que se manifesta em uma reivindica o da diversidade Diante dos projetos culturais de homogeneiza o em torno de uma norma monocultural hegem nica a afirma o das diferen as se expressa em termos plurais a partir de distintas inst ncias religiosas pol ticas est ticas tnicas ou de g nero Dessa perspectiva a diversidade cultural se manifesta como express o din mica de significados constru dos de forma diversa em contextos espec ficos por isso que as pol ticas de identidade s o a chave no processo de constru o de identidades coletivas que partem do reconhecimento da diversidade Segundo McLaren e Giroux 2000 novos movimentos sociais surgidos a partir da d cada de 1970 e v rias pol ticas atuais se sustentam a partir do paradigma da diferen a e do desenvolvimento de pol ticas de identidade refletindo no incentivo igualdade de oportunidades ou a es afirmativas para minorias mulheres migrantes idosos crian as e afrodescendentes nos ltimos anos Os marcos referenciais da diversidade cultural a partir da constru o de identidades coletivas diferentes e s vezes contestadas converteram se em um dos eixos das din micas sociopol ticas do mundo na atuali
250. icular brasileira vem atentando s quest es da diversidade cultural Para al m da produ o de documentos norteadores Brasil 2007a a legisla o reivindicou altera es curriculares significativas tendo em vista o reconhecimento do patrim nio cultural de grupos minorit rios Brasil 2007b e um amplo conjunto de iniciativas quer seja na esfera municipal estadual ou federal gradativamente vem sendo posto em pr tica O estopim dessas medidas pode ser atribu do ao confronto entre a realidade desajustada dos curr culos monoculturais das escolas e os efeitos do progressivo multiculturalismo da sociedade O desajuste aliado aos ideais democr ticos que passaram a orientar as pol ticas educativas e que assumiram o princ pio da escola para todos evidenciou a necessidade de analisar o curr culo e nele intervir diante das condi es que oferece aos novos estudantes De fato quando a educa o escolar considerada um bem p blico justifica se a exig ncia de que todos sejam seus benefici rios e se n o forem todos que se questione a raz o de tal improced ncia Caracterizando a situa o do ponto de vista das pr ticas educativas desejadas pode se dizer que a ideologia democr tica come ou a apontar para a necessidade de se desenvolver situa es pedag gicas que em substitui o cultura do sil ncio fizessem ecoar as vozes das minorias Giroux 2006 Ao mesmo tempo o princ pio da igualdade de oportunidades veicula
251. idade no final do s culo XIX indo para Paris onde teve acesso a um grande ac mulo de conhecimento da civiliza o ocidental Esse fato contribuiu para ele criar um aparelho que proporcionou que o homem se locomover pelo espa o a reo O que n o teria sido poss vel se permanecesse em sua cidade natal Sobre o conceito de cultura Laraia 2009 esclarece que No final do s culo XVIII e no princ pio do seguinte o termo germ nico Kultur era utilizado para simbolizar todos os aspectos espirituais de uma comunidade enquanto a palavra francesa Civilization referia se principalmente as realiza es materiais de um povo Ambos os termos foram sintetizados por Tylor 1832 1917 no voc bulo ingl s Culture que tomado em seu amplo sentido etnogr fico este todo complexo que inclui conhecimentos cren as artes moral leis costumes ou qualquer outra capacidade ou h bitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade p 25 O homem ent o pode ser visto como um ser social e cultural al m de biol gico a cultura ir se desenvolver de acordo com cada sociedade n o havendo um modelo fixo o ser humano estar adaptado ao ambiente ao qual habita e partindo dessas condi es se organizar socialmente e culturalmente Marx 2010 p 102 ressalta a import ncia do trabalho na organiza o social a produtividade do trabalho depende das condi es naturais que podem ser da pr pria natureza do homem como da natureza ao redor se for
252. ideias e sentimentos 126 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Como campo de luta pela significa o e afirma o de identidades n o raro os curr culos s o transformados em espa os genderizados classizados e racializados Quando colocam em circula o representa es de mundo que afirmam uma sexualidade natural uma classe abastada merecedora de sua condi o e uma etnia padr o n o apenas validam seus pressupostos como instituem identidades e diferen as Os discursos presentes nesses curr culos afirmam a feminilidade desejada a masculinidade adequada a classe social digna e a etnia verdadeira renegando qualquer outra possibilidade Corazza 2010 julga que o interesse de objetivar padr es comuns n o inocente Devido ao seu car ter unificador esses padr es operam como perversos instrumentos para conceder ou negar recursos recompensar ou castigar institui es aprofundar as divis es existentes refor ar as desigualdades discriminar ou suprimir as vozes e hist rias dos diferentes p 106 Ora se quisermos corresponder s demandas da contemporaneidade e adotar a inclus o justi a di logo reconhecimento diferen a e equidade como princ pios pedag gicos temos que romper com o continu smo que asfixia as propostas escolares adotar os temas culturais como objetos de estudo Torres Santom 1998 e desenvolver curr culos multiculturalmente orientados Em sua contesta o das pretens es
253. identifying and establishing the pillars or the central elements in which SE students support their representations of Europe and iii comparing the two ways of representing the same continent i The representation of Europe in the Cape Verdean SE The general analysis allowed the current research to identify chronologically two periods which structured the process of Cape Verdean educational system which contributed to explore some clues to understand how Europe was and is represented in the Cape Verdean SE i i First period 1975 1990 During this period one can confirm the continuity of the basic structure of former educational system that is the colonial educational system Consequently the way Europe was represented was not radically different from the colonial context if one takes into account the main features such as knowledge organization in the curriculum apparent neutral interest for African and even Cape Verdean issues and the construction of harmonized and complementary conception about Europe and Cape Verde To clarify it better it has not been possible to identify elements of educational rupture between colonial and postcolonial contexts which normally constitutes the key element to separate colonial domination from self governing state The general representation of Europe founded apparently puts uninteresting emphasis on aspects typically related to European colonial legacies conceived as structurally i
254. iedade e na educa o In Gentili P amp Silva T T Orgs Neoliberalismo qualidade total e educa o Petr polis Vozes p 9 29 1996 Identidades terminais as transforma es na pol tica da pedagogia e na pedagogia da pol tica Petr polis Vozes 2000 A produ o social da identidade e da diferen a In Org Identidade e diferen a a perspectiva dos Estudos Culturais Petr polis Vozes p 73 102 2003 O curr culo como fetiche a pol tica e a po tica do texto curricular Belo Horizonte Aut ntica 2007 Documentos de identidade uma introdu o s teorias do curr culo Belo Horizonte Aut ntica Sousa Santos B 1997 Por uma concep o multicultural de direitos humanos Lua Nova Revista de Cultura e Pol tica n 39 p 105 124 2007 Renovar a teoria cr tica e reinventar a emancipa o social S o Paulo Boitempo Editorial Stoer S R amp Cortes o L 1999 Levantando a pedra da pedagogia inter multicultural s pol ticas educativas numa poca de transnacionaliza o Porto Afrontamento Torres Santom J 1998 Globaliza o e interdisciplinaridade o curr culo integrado Porto Alegre Artmed 2001 A institui o escolar em tempos de intoler ncia Teias ano 2 n 3 p 77 95 2003 A educa o em tempos de neoliberalismo Porto Alegre Artmed Willinsky J 2002 Pol tica educacional da identidade e do multiculturalismo Cadernos de Pesquisa S o Pau
255. ifel C mara J 1996 Surfistas Freacks e os Outros Os Estilos de Vida In CAT das Taipas ed 1997 Lisboa Colect nea de Textos pp 160 163 Carvalho J amp Horta H 2003 Juventude e Diversidade Cultural on line Dispon vel em http web lasphost com 144 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Costa V 2000 Esportes de aventura e risco na montanha Um mergulho no imagin rio Sao Paulo Editora Manole Ltda Erikson E 1976 Identidade juventude e crise 2 ed Rio de Janeiro Zahar Editores Hendry L Shucksmith J Love J Glendinning A 1993 Young people s leisure and lifestyles London Routledge Le Breton D 1991 Passions du Risque Paris M taili Loret A 1995 G n ration Glisse Editions Autrement n 155 156 Avril Paris Neto C 1995 Desportos Radicais ou Radicaliza o do Desporto In Horizonte n 69 pp 83 85 Pais J 2003 Culturas Juvenis 2 ed Lisboa Imprensa Nacional Casa da Moeda Tolson J Urberg K 1993 Similarity Between Adolescent Best Friends In Journal of Adolescent Research 8 3 july pp 274 288 Curriculo entre a inclus o e a integracao Resumo A integra o apela complac ncia e considera o para com o outro o diferente o diverso Isto reconhece a diversidade e a mesmeidade como ess ncias naturalizadas e cristalizadas Daqui decorre uma pedagogia centrada na identidade e n o na diferen a Por
256. igem antr pica passam entre muitos outros pela contamina o e degrada o dos ecossistemas esgotamento dos recursos naturais contamina o do ar e da gua altera es clim ticas globais crescimento incontrolado da popula o mundial e a sua desigual distribui o desequil brio entre grupos humanos perda da diversidade biol gica e cultural Decorrentes destes problemas planet rios somos levados a pensar que o futuro da vida na Terra depende em grande parte da forma e do grau de sensatez com que o ser humano souber gerir os conhecimentos bem como da forma como conseguir conduzir as aplica es da Ci ncia e da Tecnologia exigindo se uma forte preocupa o tica que conduzir ao limite promo o da sustentabilidade da vida Isto porque n o se pode esquecer que frequentes vezes a melhoria da qualidade de vida sinal de crescimento da capacidade de consumo de um impulso de aquisi o de bens posicionamento que n o se articula de todo com as preocupa es ambientais que sublinhe se s o recentes Neste contexto surgem novos desafios educa o expet vel que contribua para minimizar alguns dos problemas planet rios e que promova uma forma o dos cidad os conducente a uma efetiva participa o social em busca de um desenvolvimento cr tico e de um crescimento com equidade atentando nas necessidades de cada comunidade preservando o seu habitat as suas tradi es os seus rituais e as suas culturas bu
257. ight attitudes toward branches of knowledge the view of the world naive thinking imaging core figurative model specific logic etc To sum up the meaning of representation related to this study focuses on the process of attribution of meaning to a given reality about Europe Therefore in order to understand the sense of this significant terminology one has to position totally dependent on socio historical political cultural conditions and interests Bearing that in mind the objective of this work does not aim to build a representation of Europe It is hard to see the contradiction In fact this study aims to bring a perspicuous view of the foundations of possible representations of Europe That is the research centers on how the students annotatively and connotatively converge or diverge in their ways of constructing the meaning of Europe Cape Verde from colonial to postcolonial period searching the roots of the educational system It is taken for granted that one of the main tools of colonization is education in its extensive and exhaustive meaning The colonial educational system represents one of the most important instruments to establish by imposing a given system the cultural and mental domination Guided by the objective and to better clarify these ideas the current topic analyzes the roots of educational system implemented in Cape Verde and its importance
258. il Demon all that is known is merely an illusion produced by another alien intelligence He added that Descartes ideals defend that the world comes about only either as an effect of our will or that the world exists only insofar as it is perceived He concludes that the postmodern context embodied the idea of representation in a better way The conclusion drawn by this short inference is that representation relates to the world and the thoughts about the world Hoffman 2001 n p To sum up social world is not found and discovered but made and invented That is its meaning can be conditioned by several factors Hall 1987 considered as the father of cultural studies emphasizes the concept of representation by analyzing it from cultural perspectives According to him the production of meanings is linked to the culture that plays a big role in the process of making things meaningful He believes that representation connects meaning and language to culture Yet Carugati Selleri and Scappine 1994 teachers at University of Bologna Italy clarify the concept of social representations interrogating whether or not it constitutes a sort of architecture of cognitions According to them every society contains a number of different descriptions of salient issues which constitute a significant part of the objective world for groups and persons in that society Consequently such descriptions are not only taken for gran
259. imento nas pr prias resid ncias bem como nas sedes da associa o dos estudantes Nestes conv vios notam se diferen as na forma como se relacionam entre si ou seja juntam se em pequenos grupos ocorrendo uma intensifica o das aproxima es identit rias e representacionais Nesse sentido para a explora o da din mica da constru o e reconstru o de identidades e da forma o e transforma o de representa es sociais presume se que as caracter sticas h bridas da cultura cabo verdiana encontram uma hibridez compar vel na cultura brasileira o que favorece a assimila o cultural e as adapta es identit ria e representacional A teoria das representa es sociais de Serge Moscovici A teoria das representa es sociais uma forma sociol gica de psicologia social inaugurada na Fran a por Serge Moscovici em 1961 atrav s do seu estudo sobre a representa o social da psican lise La psychanalyse son image et son public onde o autor procura demonstrar como ocorreu a socializa o da psican lise no seio da comunidade parisiense na d cada de 50 Moscovici estava interessado em observar como um conhecimento cient fico no caso a psican lise apropriado pelo senso comum em uma determinada realidade social Moscovici insatisfeito e preocupado com o modelo de psicologia social psicol gica dominante na d cada de 1950 a psicologia social de lavra norte americana recorreu sociologia mai
260. in the process of colonial regime in place back in the days Colonial education principles and objectives Let s decolonize the mind The article entitled What Colonial Education did to Africans by Armah 2006 a well known Ghanaian novelist and poet explains how the official educational system imposed during the colonial regime contributed to pull the colonized mind far from its reality and cultural references He noticed that before entering the world of schools I grew up in a home environment that gave me a point of view from which I could see that the vision of reality the established world offered me in its magnificent schools was an atrocious lie p 38 The report provided by Armah points out the characteristics of the colonial education that was implemented by Europeans in Africa That proves that European colonialism gave little attention and ignored the pre existing forms of education in Africa Besides it demonstrates how colonial educational system implanted the colonial ideologies by ignoring the cultural values that existed within the confine of the dominated group Up until now nothing is more important and powerful than creating doubt in people s mind about who they were Wane 2008 p 184 This is a way that colonial government found to structure and implement a system of mental domination In doing so their objective was to maintain the educational status quo and force people to understand that colonizatio
261. ine trang re seront ils condamn s rester m me naturalis s des mauvais Fran ais c est dire des non citoyens pour peu qu ils n auront pas reconnu le Sacrifice que l tat bienveillant a consenti pour les int grer Si le gouvernement pastoral reste pris dans l aporie sacrificielle de l individu et du tout comme l a montr Foucault c est qu il s y d cha ne comme l analyse son tour Derrida ce monolinguisme de l autre qui veut r duire les langues l Un l h g monie de l homog ne Derrida 1996 p 69 Comme il le d veloppe Car l exp rience de la langue ou plut t avant tout discours l exp rience de la marque ou de la marge n est ce pas justement ce qui rend possible cette articulation N est ce pas ce qui donne lieu cette articulation entre l universalit transcendantale ou ontologique et la singularit exemplaire ou t moignante de l existence martyris e Nous en appelons donc ce qu on nomme si vite le corps propre et qui se trouve affect de la m me ex appropriation de la m me ali nation sans ali nation sans propri t jamais perdue ou se r approprier jamais ibid p 50 51 Tel est le drame de l ex appropriation de l entr e dans l universel de la v rit de la conversion non pas le fait d tre ali n de devenir autre dans une autre culture ce qui demeure un processus de forma
262. instaurados por meio da aplica o da ci ncia moderna a partir de um modelo hegem nico de racionalidade E dessa forma tentou se ocultar os problemas sociais e pol ticos que foram gerados nas sociedades democr ticas e multiculturais O soci logo desenvolve a proposta de uma experi ncia pedag gica voltada para a luta pela emancipa o por meio de um projeto educativo emancipat rio Tal perspectiva precisaria envolver no interior da experi ncia pedag gica o conflito entre a aplica o t cnica e aplica o edificante da ci ncia entre o imperialismo cultural e o multiculturalismo entre o conhecimento regula o e o conhecimento emancipa o 14 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Oliveira 2006 p 126 Poder se ia levar tais debates para a educa o formal no sentido de ampliar a reflex o sobre os diferentes saberes das diferentes culturas al m dos conflitos sociais interligados e colaborar com a emancipa o social democratica Em meio a essas coloca es preciso salientar que o car ter reprodutor de pr ticas homogeneizadoras na educa o bem como dos padr es curriculares etnoc ntricos s confirmam que a escola fruto das conven es ideol gicas da modernidade Improv vel pensar que num espa o est vel da mesmice pode se gerar pr ticas e discursos produtores da diferen a Ao pontuar que escola e a modernidade se localizam em um mesmo tempo e mesmo lugar Skliar 2003b defende que a mesmi
263. intr nseca e indissol vel rela o com as suas origens e ao buscarmos observar perceber a arte de uma forma mais ampla poss vel perceber sua interdisciplinaridade abarcando tamb m os campos das ci ncias partindo de pesquisas e reflex es at chegar ao resultado concreto que a obra em si Dentre os campos cient ficos podemos perceber no caso da obra observada uma rela o com a hist ria a sociologia a antropologia a matem tica as ci ncias da computa o entre outras pois ampliar o olhar neste contexto significa ampliar o campo de conhecimento e tentar enxergar as coisas como um todo em toda a sua completude com o maior n mero 30 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 poss vel de conex es Refer ncias Aguiar J V S 2002 Manaus pra a caf col gio e cinema nos anos 50 e 60 Manaus Valer Breton D L 2007 A Sociologia do Corpo 2 ed Trad S M S Fuhrmann Petr polis Vozes Brito R M 2001 O homem amaz nico em lvaro Maia Manaus Valer Freitas M 2006 Proje es est ticas da Amaz nia um olhar para o futuro Manaus Valer Prefeitura de Manaus EDUA Farias E B 1981 Amaz nia os fatos as hip teses Manaus Metro C bico Freire J R B 1991 A Amaz nia Colonial Manaus Metro C bico Greiner C amp Katz H 2011 Corpo e processo de comunica o Fronteira estudos midi ticos 3 2 66 74 Unisinos S o Paulo Lobo L amp Navas C 2008 Arte da Co
264. io pois mais da metade dos alunos inqueridos estavam matriculados nos dois primeiros ciclos do ensino secundario De acordo com as informa es recolhidas do total dos alunos inqueridos 20 3 eram repetentes Este percentual praticamente igual taxa de reprova o verificada no ensino secund rio no ano lectivo 2002 03 Segundo dados do Minist rio da Educa o a taxa de reprova o neste ano foi de 20 Isto demonstra por um lado a tend ncia da continuidade elevada da repet ncia no ensino secund rio cabo verdiano e por outro a inefic cia do sistema e da aus ncia de pol ticas educativas que visem a redu o do insucesso escolar Para uma melhor compreens o da problem tica do insucesso escolar procurou se tamb m conhecer qual o percentual dos alunos que n o eram repetentes mas que j tinham reprovado alguma vez no ensino secund rio Segundo o quadro seguinte 79 7 dos alunos tinham reprovado um n vel de ensino diferente daquele em que estavam matriculados Tabela 2 Percentagem de alunos segundo reprova o Reprova o Percentagem Sim 79 7 N o 20 3 Total 100 O quadro acima apresentado suscita outra leitura e que se consubstancia na hip tese dos alunos repetentes virem a abandonar o sistema educativo Efectivamente estudos realizados noutros contextos mostram que quando obriga se a um aluno a repetir um curso a probalidade de abandonar os estudos cresce substancialmente
265. ipa o de uma vida social que conferisse status social e que n o os colocava no mesmo plano dos demais As falas dos alfabetizandos indicam o quanto a esfera de reconhecimento do direito descrita por Honneth 2009 foi amea ada no decorrer de suas vidas Eles foram privados de um de seus direitos b sicos e com isso exclu dos socialmente Nesses casos a integridade social foi atingida ferindo tamb m o autorrespeito por isso essas pessoas se sentiam injusti adas Os relatos tamb m indicam que a esfera de reconhecimento solidariedade tamb m foi amea ada causando a degrada o moral e a inj ria Segundo Honneth 2009 quando a dignidade ferida a pessoa se sente impossibilitada de desenvolver uma imagem positiva de si mesmo Esse fato acontece porque elas se sentem incapazes de utilizar as habilidades adquiridas no decorrer da vida atingindo assim a autoestima Quando pergunta se o que eles pretendem fazer no futuro todos dizem que buscam continuar estudando fazer cursos para que possam arrumar empregos de melhor remunera o Essas falas apontam a vontade de vencer e a esperan a que cada um carrega consigo Cada um deles baseando se no que sabe fazer de melhor est resgatando por meio da oportunidade que o projeto oferece o sonho que um dia foram obrigados pela vida a deixar para tr s Uma alfabetizanda quer ser professora Um desejo de menina que visa concretizar por meio de muito esfor o
266. ir aten o privilegiada ao grupo de alunos com maior risco de obter baixo rendimento ou de abandonar a escola assim como daqueles que possuem necessidades educativas especiais incapacidade f sica ps quica ou sensorial ou que se encontram em situa es sociais e culturais desfavorecidas De acordo com Repiso Izaguirre 2004 97 nas ltimas d cadas o conceito de igualdade de oportunidades quer dizer de equidade em educa o sofreu algumas modifica es passando de uma defini o restritiva em que era identificada com o acesso a educa o em condi es de equidade para uma mais complexa onde se inclui a equidade no acesso na perman ncia no sistema educativo nos resultados e nos benef cios educativos Nesta perspectiva o novo conceito sociol gico de igualdade de oportunidades est relacionado com o conceito da qualidade e inclui quatro dimens es Farrel 1997 citado por Morrow e Torres 1999 a Igualdade no acesso significa que a todas as crian as s o dadas as mesmas oportunidades para ingressarem no sistema educativo independentemente da sua condi o socioecon mica e cultural g nero ou regi o Em outras palavras define a probabilidade que as crian as de distintos grupos sociais t m para aceder aos diferentes n veis do sistema educativo b A igualdade de perman ncia significa a oportunidade igual a todos os grupos sociais de conclu rem com sucesso os diferentes n veis educativos Define as possibilidades qu
267. ira flu da e descentrada esse outro tem aparecido por meio de in meras facetas o outro o outro g nero o outro a cor diferente o outro a outra sexualidade o outro a outra ra a o outro a outra nacionalidade o outro o corpo diferente Silva 2007 p 97 Vive se hoje segundo normas sociais que oprimem e discriminam a diferen a marcada no corpo sendo que essa discrimina o opera mediante a desqualifica o do outro podendo acarretar graves danos pessoais e sociais Entende se a pr tica discriminat ria como a valora o das diferen as de modo a promover desigualdades ou preju zos para as partes desqualificadas Diniz amp Lion o 2009 p 9 Esta a chave da problem tica do bullying a viol ncia contra o corpo que est fora da norma seja no cabelo da o menina o negra o nos olhos do a menino a m ope ou ainda nas pernas do a menino a com defici ncia f sica todos esses exemplos j se tornam material suficiente para a co a o de um sujeito ou de um grupo provocador No entanto para Diniz e Lion o 2008 2009 2010 este enfoque n o est centrado na dicotomia normal anormal pois tanto a norma como o anormal se confundem com a imposi o das regras marcadas no corpo As autoras preferem abordar a quest o da discrimina o em termos de homofobia e n o mediante o discurso do bullying nas escolas pois quando o bullying tem fundamento na cor da pele se trata de um fen meno conhecido como
268. is forced In other words that everyone s rhythm and life experience is valued This improves their self esteem and makes them recognize themselves as citizens Keywords youth and adult interdisciplinary education project university social recognition non formal education A educa o condi o fundamental para que as pessoas possam participar da sociedade constituindo assim um direito necess rio ao exerc cio da cidadania Deste modo a Constitui o Federal de 1988 em seu artigo 205 estabelece que a educa o um direito de Doutora e mestre em Educa o Graduada em Psicologia e em Pedagogia com especializa o em Psicopedagogia Docente do curso de Pedagogia da Universidade Nove de Julho e professora colaboradora no Programa de Mestrado Profissional em Gest o e Pr ticas Pedag gicas PROGEPE da mesma universidade E mail ligia uninove br 98 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 todos e dever do Estado e da fam lia ser promovida e incentivada com a colabora o da sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exerc cio da cidadania e sua qualifica o para o trabalho A Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional de 20 de dezembro de 1996 LDB Lei 9394 no T tulo V Dos N veis e Modalidades de Educa o e Ensino cap tulo II Da Educa o B sica se o V Da Educa o de Jovens e Adultos aponta nos artigos 37 e 38 que a Educa o de Jovens e Adult
269. isboa Minist rio da Educa o Cassirer E 1961 O Mito do Estado Lisboa Europa Am rica Caride J A amp Meira P A 2001 Educaci n Ambiental y Desarrollo Humano Barcelona Ariel Conferencia Internacional Medio Ambiente Y Sociedad Educaci n Y Sensibilizaci n Para La Sostenibilidad 1997 Declaraci n de Sal nica Sal nica 8 a 12 de Diciembre de 1997 http www jmarcano com educa docs salonica html acedido em 20 08 2013 Conferencia Mundial Sobre La Ciencia 1999 La Ciencia para el Siglo XXI Un Nuevo Compromiso Budapeste UNESCO Paris 2000 Cortina A et al 1998 Educar en la Justicia Valencia Generalitat Valenciana Delors J Coord 1996 La Educaci n Encierra un Tesoro Informe a la UNESCO de la Comisi n Internacional sobre la Educaci n para el Siglo XXI Madrid Santillana Ediciones Duarte Santos F 2007 Sustentabilidade Cultura e Evolu o In A Urg ncia da Teoria O Estado do Mundo Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian pp 245 264 Ducroux A M Dirig par 2002 Les Nouveaux utopistes du d veloppement durable Paris Editions Autrement Coll Mutations n 216 Durand G 1979 Figures Mythiques et Visages de L Oeuvre Paris Berg International Eliade M 1949 Le Mythe de L Eternal Retour Paris Gallimard 1977 Tratado de Hist ria das Religi es Lisboa Edi es Cosmos 1978 La Nostalgie des Origines M thodologie et histoire des religions
270. ise da participa o pol tica das mulheres em Cabo Verde Praia Edi es UNICV Norris P 2004 Electoral engineering Voting rules and political behavior Cambridge Cambridge University Press Verba L 2001 Participation and political Equality A Seven Nation comparison Chicago University of Chicago Press Gomes C 2011 Mulheres e poder o caso de Cabo Verde Praia IBNL Macano E 2002 A transi o Politica em Mo ambique Lisboa CEA ISCTE AV For as Armadas Matland R 1998 Women s representation in national legilatures developed and developing countries In Legislative studies quarterly p 109 125 Parry Geraint et al 1992 Political participation and democracy in Britain Cambridge University Press Cambridge Putnam R 1993 Bewling alone the collapse and revival of american community New York Touchston Evora R 2005 Cabo Verde A abertura politica e a transi o para a democracia Praia Spleen Edi es Bourdieu P 1999 A domina o masculina Oeiras Celta Editora Bourdieu P 1989 O poder simb lico Rio de Janeiro Editora Bertrand 44 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Cabral M V 1997 Cidadania politica e equidade social em portugal Oeiras Celta Editora Viegas J amp Faria S 2001 As mulheres na politica Oeiras Celta Editora Viegas J amp Faria S 1999 Participa o politica feminina e democracia percursos constrangimentos e ince
271. istas dos par metros curriculares se formam em torno da promessa de educar para a cidadania mas o que se entende por cidadania no entanto espelha a ambiguidade de diferentes projetos educacionais que disputam espa o em articula es hegem nicas Macedo 2009 pp 101 102 Pode se dizer que a cidadania est vinculada a discursos fortemente consolidados e garante a sua legitimidade nos pr prios temas transversais Ent o as demandas da diferen a sejam em sua ampla maioria encaminhadas para esse componente curricular nele tamb m os saberes contextuais t m de negociar espa o com cadeias universalistas que se formam em torno especialmente da promessa de educar para a cidadania Tal promessa est na base do que os Temas Transversais definem como educa o de qualidade e funciona como um forte legitimador de sua inser o nos PCN Macedo 2009 pp 102 103 Nesse sentido nos PCN a concep o de educa o para a cidadania entendida como uma quest o vinculada ao aprendizado dos conte dos b sicos da educa o e o conceito de diversidade cultural substitu do por um vi s psicol gico ligado s diferen as individuais Com o intuito de questionar esses pontos a tese principal defendida por Macedo 2009 a de problematizar o curr culo centrado na diferen a para desconstruir a dicotomia entre particular e universal percebendo este ltimo como lugar vazio preenchido temporalmente por articula es hegem nicas
272. ists intelligent and self confident 3 SE curriculum and students textbooks and subjects programmes do not go hand in hand from a global perspective with the representations of what Europe really is As it can be seen many divergent approaches can be identified among them Our final remarks are directed to the fact that this study has demonstrated the importance of conducting such a kind of research in a comparative way That is the idea is to discover how the idea of Europe has been shaped in other African former colonies It looks like it is an interesting field of study For me it will be an outstanding opportunity to understand how Africans are dealing with colonial and hegemonic knowledge The issue must be of interest of African countries On the other hand I believe that this issue might be interesting for Europe as a soft power In fact Europe is always worried about its image around the world As we might know new features are nowadays presented as European flagship Are they the ones represented as a meaning of Europe around the world This is a question that might still remain in our minds and deserves an in depth research to bring an objective understanding of this phenomenon References Abric J C 1996 Specific Process of social representations Papers on Social Representation Vol 5 1 p 77 80 Armah A K 2006 What Colonial Education did to Africans New African p 38 41 Benavot A 2006 La
273. it ticos Certamente o imagin rio das cidades na tradi o ocidental permanece ambivalente na B blia desenvolve se ao lado das cidades mal ficas Sodoma Gomorra etc um imagin rio noturno da cidade que an logo ao do jardim ed nico lar numinoso cidade santa A topografia de Jerusal m Celeste sobrep e se assim sem discord ncia com a topografia do espa o paradis aco Wunenburger 2002a 222 A Jerusal m Celeste constitui se como a cidade ideal e supra hist rica que visa alcan ar a felicidade a paz a conc rdia e o maior bem estar poss vel no espa o terreno Em resumo aquilo que parece pois importante destacar que este tipo de cidade ideal espera realizar a felicidade coletiva por interm dio de uma organiza o t cnico cient fica e industrial assente na explora o sustentada dos recursos naturais tal como se procura efetivar com a 172 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 busca pelo desenvolvimento sustent vel na sociedade atual e na inclus o social de todos os cidad os que nela vivem Pensamos portanto que defender e implementar o envolvimento sustent vel n o mais do que reativar ou reatualizar o mito da Idade de Ouro o que corresponde na verdade ao lado optimista do imagin rio m tico que re enviam direta ou indiretamente para os mitologemas deste mito a paz a abund ncia a longevidade a vida harmoniosa e pac fica entre os seres humanos e a natureza onde o comprometime
274. ito escolar pode ter e quase sempre tem liga es sutis e poderosas com pr ticas discursivas e n o discursivas que atravessam a pr pria escola Veiga Neto 2011 p 110 Compreende se assim que a educa o um dos campos mais importantes de debate em torno da tem tica da igualdade e da diferen a visto que a educa o escolar uma dimens o fundamental da cidadania e a discuss o sobre o direito educa o escolar n o deixa de ser atual Cury 2002 Nesse sentido as transforma es sociais a n vel global afetam a educa o brasileira de hoje ao mesmo tempo em que as reformas pol tico educacionais trazem novos imperativos pedag gicos e curriculares Sob a nomenclatura aten o diversidade muitos programas e a es governamentais visam a mobilizar estrat gias de promo o e valoriza o das diferen as e da diversidade Skliar 2003a No entanto preciso considerar o modo de como tais projetos t m sido realizados pois infelizmente tais projetos pol tico pedag gicos podem manter presentes outros processos de exclus o devido a sua burocratiza o e banaliza o Delmondez amp Cunha 2012 Veiga Neto 2011 E preciso ent o discutir os desafios postos escola pela diferenca cultural contempor nea e pelas situa es referentes inclus o exclus o social e escolar Hoje o debate acerca da educa o multicultural Moreira 2002 Gon alves amp Silva 2003 ou intercultural Can
275. ito m tuo e justi a A p 20 Mudar mentalidades superar preconceitos e combater atitudes discriminat rias A p 21 Colaborar na consolida o democr tica do Brasil prestando uma homenagem queles que constitu ram e constituem esse pa s A p 23 Ressaltar que o patrim nio humano da na o um bem maior a ser cuidado protegido e promovido A p 23 Que sejam revistas e transformadas pr ticas arraigadas inaceit veis e inconstitucionais enquanto se ampliam conhecimentos acerca de gentes do Brasil suas hist rias trajet rias em territ rio nacional valores e vida A p 39 Elimina o de causas de sofrimento de constrangimento e no limite de exclus o social da crian a e do adolescente A p 39 Conhecer a diversidade do patrim nio etno cultural brasileiro tendo atitude de respeito para com pessoas e grupos que a comp em reconhecendo a diversidade cultural como um direito dos povos e dos indiv duos e elemento de fortalecimento da democracia A p 43 Valorizar as diversas culturas presentes na constitui o do Brasil como na o reconhecendo sua contribui o no processo de constitui o da identidade brasileira A p 43 Reconhecer as qualidades da pr pria cultura valorando as criticamente enriquecendo a viv ncia de cidadania A p 43 Desenvolver uma atitude de empatia e solidariedade para com aqueles que sofrem discrimina o A p 43 Repudiar toda discrimina o basea
276. ituem um espelho da sua pr pria identidade Pais 2003 No sentido de apoiar esta valoriza o dos amigos Hendry et al 1993 real am o modelo de an lise do desenvolvimento da adolesc ncia de J Coleman que sugere que a seguir a um per odo de identifica o heterossexual existe um estabelecimento de uma forte liga o com os amigos Estes s o normalmente escolhidos entre aqueles onde a partilha de her is gostos sensa es ideias e ideais comuns parece fazer algum sentido Tolson amp Urberg 1993 Segundo estes autores a aquisi o de um estilo pr prio por indu o grupal ou a consist ncia de um estilo j incorporado pelo grupo facilmente compreens vel As m sicas os s mbolos os dolos e os rituais praticados por determinados grupos constituem motivos para que os jovens procurem um lugar e um espa o no seio de uma comunidade apropriando se de um sentimento de corpo colectivo Tolson amp Urberg 1993 Pais 2003 salienta que o tempo colectivo de que os jovens desfrutam em grupo sentido como um tempo mais apropriado que qualquer outro realiza o dos seus desejos e interesses de marca especificamente mais juvenil Segundo Carvalho amp Horta 2003 os diferentes grupos juvenis surgem com o objectivo de resolver as necessidades comuns a v rios indiv duos conduzindo os uni o e cria o de mecanismos que respondam a essas necessidades Na opini o dos autores anteriormente citados est
277. izing Brazil as the country of diversity are quite common However in the educational context government guidelines intended to recognize those different cultures and nations that made up Brazil are very recent Because of this we mapped out some federal education documents that refer to the cultural diversity and considered them as the result of various groups fighting to end discrimination especially racial discrimination In our interpretation we seek to highlight all Disagreements Implications and Challenges that such an obvious and thus complex topic raises in the educational context Key Words Education Brazil Diversity Government Guidelines A partir dos anos 1990 uma s rie de a es afirmativas t m tornado frequentes as afinidades contempor neas entre o processo educativo e o reconhecimento das diferen as tnicas e culturais Nesse contexto alguns par metros e diretrizes nacionais de educa o BRASIL 1998 2007 2008 embora relativamente novos sao reflexo de demandas sociais bastante antigas como a luta contr ria ao racismo Para o alcance de uma verdadeira democracia no Brasil alguns documentos refletiram uma antiga demanda quando expuseram os desafios envolvidos na luta por uma igualdade efetiva seja de ra a etnia g nero sexualidade ou mesmo socioecon mica Pensar no Brasil lembrar se da sua diversidade Entre diferentes etnias ra as religi es e culturas o pa s definido ao mes
278. l o acesso ao ensino secund rio aos 12 anos poucos s o os alunos que o conseguem Isto deve se por um lado ao facto de que pouco dos alunos inqueridos tinham frequentado a educa o pr escolar e por outro ao facto dos alunos terem reprovado pelo menos uma vez no ensino b sico A pouca representatividade dos alunos com idade superior a 19 anos e sobretudo superior a 21 anos resultado do efeito da imposi o legal estabelecida pelo art 3 do decreto lei n 41 2003 de 27 de Outubro que limita o acesso e perman ncia no ensino secund rio Em rela o ao g nero h uma maior presen a das meninas 53 em rela o aos rapazes 47 seguindo assim a tend ncia verificada a n vel do ensino secund rio e da pr pria estrutura da popula o cabo verdiana onde o percentual de mulheres ligeiramente superior ao dos homens Quanto a rea de resid ncia 62 dos alunos viviam nas reas urbanas e apenas 38 nas zonas rurais De facto as oportunidades de acesso ao ensino secund rio s o maiores no meio urbano do que no meio rural A isto acrescenta se o facto da maioria dos estabelecimentos de ensino secund rio estarem localizados nos centros urbanos o que acaba beneficiando os alunos do meio urbano em detrimento daqueles que residem no meio rural que muitas vezes percorrem v rios quil metros e em condi es prec rias para frequentarem uma escola secund ria Situa o socioecon mica Da an lise dos resultados dos questi
279. la A escola abandonou o aluno com a coniv ncia de todos os agentes educativos A escola deve incluir de modo a que a reciprocidade seja real e n o meramente ideal poss vel que exista um conjunto de condi es que formam a base da educa o inclusiva e uma oportunidade para a participa o dos alunos no processo de tomada de decis es e uma atitude positiva quanto capacidade de aprendizagem dos alunos e um conhecimento por parte dos professores das dificuldades de aprendizagem e uma aplica o competente de m todos de instru o espec ficos e apoio de pais e professores Acrescentamos que demasiado pobre aceitar posi es liberais baseadas no desenvolvimento da boa vontade para com a diversidade e que poss vel corrigir sentimentos de discrimina o O Outro n o um Outro distante de mim ele que me permite ser quem sou A rela o entre o Eu e o Outro uma rela o dial ctica Entre dois A n o assun o desta vis o implica um exame e um questionamento das rela es de poder portanto uma des constru o social e pol tica que nos permita compreender a multiplicidade que acciona a diferen a Devir e produzir op6em se s vis es essencialistas da diversidade que se limita a Florian L Rose R E Tilstone C Pragmatismo sim Dogmatismo nao a promo o de uma pratica mais inclusiva in TILSTONE C et al org Promover a Educa o Inclusiva p 39 Idem op cit p 45 e
280. lar a todos os n veis A D cada intensificara igualmente a coopera o internacional em favor da elabora o e posta em comum de pr ticas pol ticas e programas inovadores de educa o para o desenvolvimento sustent vel 2004 4 Para a concretiza o deste enorme e urgente desafio a UNESCO apela aos Estados e s organiza es n o governamentais s associa es econ micas e industriais s institui es acad micas e financeiras internacionais para que tomem medidas urgentes no sentido de colocar em pr tica o novo conceito de educa o para um futuro sustent vel e reformar por conseguinte as pol ticas e os programas educativos nacionais Mayer 2002 12 recomenda que os campos priorit rios de atua o sejam a redu o da pobreza a igualdade de sexos a promo o da sa de a preserva o e a prote o dos recursos naturais a transforma o da vida rural os direitos do ser humano a paz e a compreens o internacional a diversidade cultural e lingu stica e a valoriza o das tecnologias de informa o e comunica o UNESCO 2004 prop e que a educa o formal e n o formal preste sistematicamente aten o situa o do mundo contribuindo para proporcionar uma perce o correta dos problemas e das suas poss veis solu es e procure fomentar atitudes e comportamentos favor veis com vista a um futuro sustent vel sugere que para tal sejam implementados projetos que evidenciem e a
281. lares Nacionais para a Educa o das Rela es tnico Raciais e para o Ensino de Hist ria e Cultura Afro Brasileira e Africana Relatora Petronilha Beatriz Gon alves e Silva Bras lia MEC Secretaria Especial de Pol tica de Promo o da Igualdade Racial Secretaria de Educa o Continuada Alfabetiza o e Diversidade e Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais An sio Teixeira Junho de 2005 2007 Programa tica e Cidadania construindo valores na escola e na sociedade Kits Rela es tnico raciais e de g nero Protagonismo Juvenil Inclus o e Exclus o Escolar m dulo 1 tica m dulo 2 Conviv ncia Democr tica m dulo3 Direitos Humanos M dulo 4 Inclus o Organiza o FAFE Funda o de Apoio Faculdade de Educa o USP equipe de elabora o Ulisses F Ara jo et al Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa o Bras lia Secretaria de Educa o B sica MEC 2007 3 kits com 4 v Site consultado MEC Minist rio da Educa o e Cultura Acesso entre 2008 e Jan 2010 de http mecsrv04 mec gov br seif eticaecidadania index html Acesso entre 2008 e Jan 2010 de http mecsrv04 mec gov br secad Bibliografia Foucault M 2008a A Arqueologia do Saber Trad Luiz Felipe Baeta Neves 7 ed Rio de Janeiro Forense Universit ria Campo Te rico 2008b A ordem do Discurso Trad Laura Fraga de Almeida Sampaio 16 ed S o Paulo Loyola 2008b Kowalewski D P
282. lares Nacionais para a Educa o das Rela es tnico Raciais e para o Ensino de Hist ria e Cultura Afro Brasileira e Africana na medida em que procedem de ditames constitucionais e de marcos legais nacionais na medida em que se referem ao resgate de uma comunidade que povoou e construiu a na o brasileira atingem o mago do pacto federativo Nessa medida cabe aos conselhos de Educa o dos Estados do Distrito Federal e dos Munic pios aclimatar tais diretrizes dentro do regime de colabora o e da autonomia de entes federativos a seus respectivos sistemas dando nfase import ncia de os planejamentos valorizarem sem omitir outras regi es a participa o dos afrodescendentes do per odo escravista aos nossos dias na sociedade economia pol tica cultura da regi o e da localidade definindo medidas urgentes para forma o de professores incentivando o desenvolvimento de pesquisas bem como envolvimento comunit rio documento 02 p 26 Aparecem no documento 02 preocupa es relativas necessidade de aclimatar essas diretrizes em diferentes mbitos com medidas urgentes de forma o de professores que saibam lidar com essa tem tica espec fica a das rela es raciais J o documento 03 parece inverter essa l gica Embora especifique quest es como rela es de g nero tnico raciais e inclus o de deficientes seu foco a forma o tica O Programa tica e Cidadania deve ser visto como um projet
283. las autoridades governamentais pelas escolas e pelos professores N o configuram portanto um modelo curricular homog neo e impositivo que se sobreporia compet ncia pol tico executiva dos Estados e Munic pios diversidade sociocultural das diferentes regi es do Pa s ou autonomia de professores e equipes pedag gicas O conjunto das proposi es aqui expressas responde necessidade de referenciais a partir dos quais o sistema educacional do Pa s se organize a fim de garantir que respeitadas as diversidades culturais regionais tnicas religiosas e pol ticas que atravessam uma sociedade m ltipla estratificada e complexa a educa o possa atuar decisivamente no processo de constru o da cidadania tendo como meta o ideal de uma crescente igualdade de direitos entre os cidad os baseado nos princ pios democr ticos Documento 01 p 10 No documento 02 percebemos que a defini o de diretrizes assemelha se bastante defini o dos par metros embora seu foco seja bem mais espec fico visando comunidade dos afrodescendentes Diretrizes s o dimens es normativas reguladoras de caminhos embora n o fechadas a que historicamente possam a partir das determina es iniciais tomar novos rumos Diretrizes n o visam a desencadear a es uniformes todavia objetivam oferecer refer ncias e crit rios para que se implantem a es as avaliem e reformulem no que e quando necess rio Estas Diretrizes Curricu
284. lavras geradoras Essas palavras segundo Freire 2010 s o carregadas de emo o pois est o diretamente vinculadas experi ncia pessoal e profissional de cada um S o palavras que revelam sentimentos vividos e que tornam o processo de alfabetiza o mais significativo pois trabalha coma a subjetividade de todos As experi ncias dos alunos s o valorizadas no decorrer das aulas Quanto a isso um alfabetizando ressalta bom porque a gente mata a saudade e aprende Esse aluno o nico da turma que ainda n o conhece as letras mas para ele falar de sua vida contar sua hist ria extremamente significativo uma vez que vive longe da fam lia e dos parentes pr ximos Deixa claro que aprender n o significa ler as palavras ou escrever mas conhecer o funcionamento do mundo Outra alfabetizanda salienta que a educadora pede para comparar situa es vividas no Nordeste com as vividas em S o Paulo Dessa forma entende se que ao abordar estilos de vida formas de trabalho espa o f sico paisagem hist ria das diferentes regi es a educadora se utiliza dos c rculos de cultura propostos por Paulo Freire para discutir aspectos relevantes e articular as diferentes reas do conhecimento As falas remetem a Gohn 2009 p 33 quando aponta sobre o trabalho do educador social Para a autora os temas devem surgir mediante situa es advindas do cotidiano de um determinado grupo as tem ticas t m de ter liga o com a vida cotid
285. lete the sentence about The African continent the words and expressions mostly used were poor but rich in natural resources As stated before the pedagogical materials used by the students in the SE did not accentuate African realities Then the question is to get to know what sources do they access to get that information from Another element included in the questionnaire was about how the target group perceives Europeans They are mainly conceived as racist intelligent and self confident The question about how they construct this image is also relevant at this point When it comes to the African continent students often link Africans to or expressions such as tough workers and kind Some references to Africans as black people or underdeveloped people were made and they seem interesting for an in depth analysis Nevertheless focusing attention in two more issues can be important to draw up this difficult task of constructing the global picture of Europe in the students mind European cultures and European governments Considering the European cultures the three main words used are interesting different and valuable However students conceived African culture as attractive marvelous and different When it comes to the question about European governments students used the words intelligent organized and cooperatives to classify them Whereas to the African continent the main words used were corrupt tough workers and honest A
286. lina com os temas transversais visto que o eixo de estrutura o deveria ser a realidade social e n o a l gica interna de cada rea disciplinar Pode se dizer ent o que s o tratados e abordados de forma marginal e s s o trabalhados quando a racionalidade disciplinar concede a sua permiss o Al m disso a inser o dos temas transversais nos PCN n o altera a natureza seletiva da escola Macedo 1998 p 27 uma vez que existem estrat gias que garantem de um processo de divis o social do conhecimento quando existe uma dissocia o entre o conhecimento formal e a pr tica Elizabeth Macedo 2009 sugere que os Temas Transversais representam a categoria da diferen a nos PCN Em suas an lises a autora considera a no o qualidade da educa o essencial para a defesa de suas ideias Tal fator funciona como um significante vazio cujas for as hegem nicas v m buscando preencher e a inefici ncia do sistema educacional ou seja a aus ncia de sua qualidade funciona como um exterior constitutivo Esta por sua vez tem articulado v rios discursos dentre os quais aqueles que buscam solu es para a crise educacional assim cria se um h brido de distintas posi es de sujeito De acordo com a autora poss vel compreender que nas m ltiplas articula es hegem nicas para preencher o significante vazio qualidade da educa o h cadeias de equival ncias espec ficas que lidam com as demandas de grupos minorit rios pel
287. ll the information presented and debated may be enough to support the idea about the representations of Europe portrayed by the SE students That idea is expressed through the following components one can notice that economically Europe is conceived as a rich and developed continent although some voices recognize that wealth and development are not extensive to every country They reinforce this perspective by claiming that in Europe the quality of life is good and very good On the other hand in terms of political issues European governments are considered as intelligent corrupt and organized At the same time students recognize that in Europe peace is sustainable and good whereas in the African continent they say that peace is rare and it is still a dream Nonetheless the European cultures are represented as interesting different and valued Finally in terms of relational issues students perceive Europeans as racists intelligent and self confident iii Brief comments about the two ways of representing Europe The last point proposed is to analyze comparatively the representation of Europe 2 66 portrayed by SE tools textbooks and subject programs with the students representations of same continent Here the first observation that must be made is these two ways of representing Europe are complementary even though some opposite elements can be found They are complementary because it is difficult to separat
288. lo n 117 p 29 52 Woodward K 2000 Identidade e Diferen a uma introdu o te rica e conceitual In T T Silva Org Identidade e diferen a As perspectivas dos Estudos Culturais Petr polis Vozes p 7 72 Desenvolvimento juvenil e rotinas de vida Culturas e representacoes sociais de jovens praticantes de surf e bodyboard nas regi es do Litoral Sul do Pais Ana Rosa Carlos Neto Resumo Este trabalho est centrado no desenvolvimento juvenil e rotinas de vida de jovens praticantes de surfe bodyboard das regi es do Algarve e do Baixo Alentejo Litoral Os dados foram recolhidos atrav s de question rio e de entrevista semi estruturada junto de 40 jovens 10 raparigas e 30 rapazes com idades compreendidas entre os 15 e os 17 anos As principais ila es sugerem que est a ser constru da uma nova e diferente maneira de ver de estar e entender a pr tica desportiva pelos jovens que valoriza os aspectos relacionados com a natureza o risco e a aventura As pr ticas f sicas realizadas em espa os est veis e com refer ncias fixas est o a deixar de satisfazer as verdadeiras necessidades dos jovens dando lugar a pr ticas estruturadas de explora o do meio natural em meios inst veis e incertos onde o risco e a aventura s o valorizados Palavras chave culturas juvenis identidade socializa o risco aventura O surgimento da sociedade p s industrial sociedade de informa o arrastou consigo pro
289. ltural e o sucesso escolar A rela o entre n vel educacional e reprova o torna se mais expressiva ao analisarmos a influ ncia do n vel de escolaridade da m e sobre a incid ncia de reprova es dos filhos Neste caso mais da metade um 69 dos alunos repetentes eram filhos de m es que tinham como m ximo o ensino b sico Quando as m es tinham alcan ado o ensino m dio profissional ou ensino superior a taxa de reprova o diminuiu para 11 8 e 1 1 respectivamente Os dados demostram que a incid ncia da reprova o varia com o n vel cultural dos pais determinado pelo n vel de escolaridade dos mesmos E que o capital cultural uma vari vel que explica significativamente o resultado escolar dos alunos n o obstante a influ ncia de outras vari veis No tocante rela o entre o rendimento dos pais e a taxa de reprova o o percentual dos alunos que responderam que eram repetentes maior no grupo de alunos cujos pais ganhvam at 40 mil escudos cabo verdianos Quando os pais ganhavam acima dos 60 mil escudos a percentagem de filhos que reprovam diminui significativamente Neste caso a taxa de reprova o de 7 6 quando os pais ganhavam entre 60 e 80 mil escudos e de 2 quando estes ganhavam acima de 80 mil escudos mensais Do nosso ponto de vista isto resulta da forte rela o que h entre o n vel de instru o dos pais e os rendimentos sal rios auferidos pois quanto maior for o n vel de escolaridade mai
290. luralidade de identidades e diferen as dos sujeitos e valorizam as lutas pela equidade educacional Moreira 2001 Candau 2005 O curr culo multicultural promove entrecruzamentos culturais e supera o de processos discriminat rios pela reflex o cr tica e multicultural do professor O que se espera a organiza o 128 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 e desenvolvimento de encontros letivos nos quais os alunos sejam convidados a refletir sobre a pr pria cultura o patrim nio dispon vel socialmente e a bagagem veiculada por outros grupos Nos dizeres de Mizukami 1986 a educa o se d enquanto processo em um contexto que deve necessariamente ser levado em considera o p 94 A educa o segundo a autora uma pedagogia do conhecimento e o di logo a garantia desse ato de conhecimento Sendo assim o curr culo multicultural deve comprometer constantemente os alunos com a problem tica de suas situa es existenciais Evidentemente isso implica na busca permanente pela explicita o das possibilidades e limites oriundos da realidade sociopol tica cultural e econ mica enfrentada pelos cidad os no seu cotidiano que condiciona e determina a constru o perman ncia e transforma o dos conte dos culturais O curr culo multicultural tenciona posicionar os estudantes como sujeitos da transforma o social e contribuir com a constru o de uma sociedade mais democr tica e justa Esse curr culo prioriza a
291. lvimento pode ser limitado pela natureza dos pr prios recursos do planeta Combinando cinco vari veis ambiente popula o nutri o recursos naturais e tecnologia foi elaborado um modelo computacional o qual viria a indicar que a manterem se os n veis de crescimento da popula o da produ o de alimentos e da explora o de recursos a capacidade de resposta do planeta que habitamos terminaria dentro de um s culo Os ecossistemas colapsariam com todas as correspondentes e tr gicas consequ ncias O fundamento do segundo tem correspond ncia com a analogia simb lica radicada na mitologia grega e que ser aprofundada na sec o seguinte A o fogo foi roubado a Zeus por Prometeu sendo depois entregue aos humanos garantindo lhes uma capacidade de progress o sem limites A ideia de uma confian a absoluta na humanidade na sua imagina o coadjuvada pela tecnoci ncia foi sendo apresentada com potencialidades suficientes para vencer todas as quest es postas pelo paradigma dos limites da sobreviv ncia A for a das propostas dos prometeanos emerge dos xitos da revolu o industrial e da capacidade transformadora da energia tendo vindo a beneficiar com a lideran a do sistema capitalista e com o progressivo alargamento de uma certa perspetiva de globaliza o aquela que Roger Garaudy apelida de monote smo de mercado comportando se como um mecanismo de exclus o Nas ltimas d cadas do s culo XX agudizaram se as in
292. m rites et d m rites des brebis du troupeau est imputable au pasteur Le troisi me principe fonde l inversion sacrificielle qui incite le pasteur a se perdre pour le salut de son troupeau et qui institue du m me fait une relation de surveillance dans la direction de conscience par laquelle le directeur se trouve confront au mal dont il doit gu rir autrui Enfin le quatri me principe analys par Foucault est celui de la correspondance altern e selon laquelle les faiblesses du pasteur contribuent au salut du troupeau et que r ciproquement la lutte du pasteur contre les faiblesses du troupeau fonde seule son m rite Ces quatre principes n ont qu une seule fonction globale qui est d assurer la dimension transitionnelle du pouvoir pastoral que le pasteur n exerce que dans un abandon et un renoncement de soi au profit du salut de la communaut devant la transcendance Seule la divinit p sera in fine les m rites et d m rites de chacun et du pasteur lui m me La sanction reste transcendante et inaccessible aux hommes Cette extramondan it de la sanction des m rites de la conduite humaine d finit son tour la fonction ultime et d cisive du gouvernement pastoral qui est conclut Michel Foucault d obtenir un mode de subjectivation qu il nomme l ob issance pure La cat gorie g n rale de l ob issance n existe pas chez les Grecs Le pastorat chr tien lui a organis quelque chose de tou
293. m conjunto de comportamentos pr ambientais que permitam ter a perce o correta dos problemas que afetam o planeta Terra e que se traduzam em atitudes favor veis constru o de um futuro sustent vel De facto verdade que as fronteiras dos problemas socio ambientais come aram a esbater se procurando se uma perspetiva global convertendo a situa o do mundo em objeto de preocupa o imediata Gil P rez et al 2000 Contudo e at tendo em considera o a insufici ncia da efic cia dos comportamentos vivenciados uma interroga o sobre a qual 156 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 importa refletir saber se devemos partir da preocupa o em n o comprometer a capacidade das gera es futuras para satisfazermos as nossas pr prias necessidades ou antes da procura de experi ncias que nos incluam nos envolvam nos prolonguem na e com a natureza Por outras palavras n o ser indispens vel do ponto de vista concetual passar de uma matriz externalista em que o desenvolvimento dito sustent vel quem mais ordena para uma matriz internalista em que a centralidade marcada por um atitude de compromisso com um envolvimento fonte da sustentabilidade Envolvimento sustent vel um olhar complementar Os autores prop em se proceder a uma reflex o reconhecidamente incompleta e necessariamente curta sobre as implica es das duas ltimas quest es formuladas na sec o anterior Comecemos com uma consulta
294. m your contact with the Western thought One of our concerns is whether it is for you to be here and there at the same time Wane Ibid The roots of Cape Verdean educational system have been structured based upon the mainstream ideals of the colonial education This is the first task to take into account when thinking about the trajectory of educational system in Cape Verde The idea discussed above can lead one to conclude that the colonial context did what normally characterizes a given colonial system to colonize by imposing a system of alienation to despise those who are under the dominion of the colonizer to establish the mechanisms that perpetuate the domination to colonize the minds to depersonalize others to impede the dominated group from writing their history to condemn the dominated group by forcing them to live in misery and obscurantism etc 200 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Cape Verdean educational system values after the independence period rupture or continuity Normally the post independence period is characterized by important initiatives viewing the dismantling of colonial heritage Education is a key sector in this process When talking about Cape Verdean context many questions can be posed Did the Cape Verdean educational system implement any national values considered as cornerstone of a New State and a New Man after its independence Did the discourses decisions laws published at the v
295. ma educativo cabo verdiano Ensino Secund rio tem constru do uma imagem da Europa fundamentalmente caracterizada pela harmoniza o de Cabo Verde com a Europa ii a representa es da Europa que os alunos do ensino secund rio cabo verdiano incorporam diversas caracter sticas Palavras chave representa o Europa educa o educa o secund ria p s coloniza o Introduction Francisco Osvaldino Nascimento Monteiro Abstract It is important to know that in all former African colonies under the European colonial power the end of the political domination should not be confused with the end of all forms of influence or even domination That influence can be questioned through an analysis of education Having said that it sounds interesting to analyze how these countries currently represent the idea of Europe that is their mental picture of the former colonizer within their educational system Cape Verde can be a good example to examine such a phenomenon The main objective of the present study was to understand how Europe is represented in the Cape Verdean Secondary Education To better comprehend that phenomenon qualitative and quantitative research methods were combined The main conclusions pointed out are 1 Cape Verdean educational system invested in a sort of image of Europe mainly characterized by the harmonization of the European continent and Cape Verde ii the representations of
296. margarida gmail com 2 afaraujo ie uminho pt Professor Catedr tico do Instituto de Educa o da Universidade do Minho Braga Portugal Professor Associado c Agrega o Aposentado do Centro de Investiga o Did tica e Tecnologia na Forma o de Formadores CIDTFF Universidade de Aveiro Aveiro Portugal luis ua pt 152 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Vivemos numa sociedade em constante mudan a onde somos confrontados com problemas que envolvem intera es complexas e que nos afetam no dia a dia determinando a qualidade de vida da nossa gera o e das gera es vindouras Com a inova o tecnol gica e os permanentes desenvolvimentos cient ficos tentamos por um lado compreender as intera es entre os sistemas f sicos e biol gicos mas por outro lado com a nossa atividade interferimos globalmente no meio que nos rodeia pondo em risco a pr pria sobreviv ncia humana Importa por isso que seja despertado um sentido de responsabilidade impl cito que numa gest o mais coletiva tendente consecu o de finalidades humanistas n o se compaginar com o deixarmo nos guiar cegamente pelos tecnocratas dos aparelhos de estado predominantemente regidos pela economia do lucro Guattari 1991 com este entendimento que se compreender o extrato de James Lovelock 2006 16 eu falo como um m dico planet rio cujo doente a Terra viva se queixa de febre vejo a perda de sa de da Terra como a nossa pri
297. mediante a decrepitude das idades que lhe sucederam as Idades da Prata do Bronze e do Ferro e com as inven es t cnicas correspondentes a essas idades O mito da Idade de Ouro designa ent o uma poca em que a humanidade era suposta viver sem artif cios sem inven es t cnicas mas tamb m sem institui es sem media o das leis numa esp cie de estado de natureza oposto cultura A Idade de Ouro precede portanto o momento onde o homem se tornou um ser hist rico acedendo a um desenvolvimento o da civiliza o Wunenburger 2002 27 28 A sociedade que viveu na Idade de Ouro n o conheceu as consequ ncias do tempo destrutivo por isso os seus habitantes estavam imunes a qualquer tipo de doen a podendo viver longamente e at eternamente semelhan a de Ad o e de Eva antes de terem desobedecido a Deus um mito filiado naquilo que Mircea Eliade designou de mito do Eterno Retorno que pressup e uma vis o c clica da hist ria em que h lugar a um retorno ao Prest gio das Origens ou Beatitude dos Come os e um tempo sagrado que sempre c clico Trata se assim de um tempo m tico que trans hist rico e pass vel de ser repetido todo o come o um illud tempus e por conseguinte uma abertura para o Grande Tempo para a eternidade Eliade 1977 467 O tempo pr prio do mito da Idade do Ouro o Tempo Prestigioso Georges Gusdorf o Tempo das Origens ou o Grande Tempo como gosta de dizer Mir
298. mente aprimorado e para isso a tecnologia o principal meio utilizado para as constantes transforma es como as cirurgias pl sticas que possibilitam uma transforma o radical na apar ncia f sica da pessoa sem deixar de lado as implica es psicol gicas que a levaram a tais mudan as Ao se reportar sobre a sociologia do corpo Le Breton 2006 p 7 esclarece A sociologia do corpo constitui um cap tulo da sociologia especialmente dedicado compreens o da corporeidade humana como fen meno social e cultural motivo simb lico objeto de representa es e imagin rios Moldado pelo contexto social e cultural em que o ator se insere o corpo o vetor sem ntico pelo qual a evid ncia da rela o constru da O autor complementa as ideias de Marcel Mauss sobre a intr nseca rela o da corporeidade com o contexto sociocultural e acrescenta que as t cnicas intera es corporais Jogos diversos enfim todos os gestos simb licos representativos estabelecidos pela sociedade s o percept veis no corpo A dan a uma forma de linguagem n o verbal que produz sentido pois transmite uma mensagem atrav s dos movimentos e esses movimentos s o em muitos casos convencionalizados sendo estes os c digos da linguagem da dan a os signos dessa express o art stica A dan a em geral e no caso dessa pesquisa especificamente a dan a contempor nea se insere no contexto social e cultural como uma ferramenta de reflex o su
299. mento de comunica o hoje falada por toda popula o originada da miscel nea das l nguas dos escravos africanos e da mistura desta com a l ngua dos colonos no entanto o portugu s a l ngua oficial do pa s A identidade cabo verdiana mesti a h brida assim como o seu povo sendo a sua cultura diversificada de Ilha para Ilha Essa diversidade cultural constitui se num importante meio de aproxima o de conhecimento e de descoberta do outro e de abertura ao diferente traduzindo se na capacidade de assimilar o novo a isto provavelmente que se deve a facilidade com que os cabo verdianos quando fora de Cabo Verde recriam seus h bitos e se integram cultura do pa s de acolhimento Considera es Finais Com base no que foi exposto ficou ainda evidente que os universit rios cabo verdianos residentes no Rio de Janeiro assumem diferentes posi es identit rias n o havendo consenso entre os estudantes quanto a sua identidade tnica Isto provavelmente se deve s caracter sticas h brida e mesti a da sociedade de origem associadas ao fato dos cabo 190 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 verdianos no Rio de Janeiro terem construfdo suas identidades a partir do encontro entre uma identidade nacional comum e as variadas subculturas urbanas a que passaram a ser expostos ap s chegarem ao Brasil Como saber pr tico do senso comum as representa es sociais permitem a integra o das novas experi ncias dos atore
300. mento e princ pios sociais poss veis Apple 2006 p 19 Em termos educacionais a concilia o entre os NEL e o Letramento Cr tico doravante LC conforme asseveram Cerveti Pardales e Damico 2001 e Ferreira 2006 representa uma escolha pol tica e uma postura cr tica do professor que passa nessa acep o a situar e a questionar os conte dos escolares luz de rela es de poder quest es identit rias e da cultura local O LC como referencial norteador das pr ticas do professor pode colaborar no deslocamento das quest es de ensino e aprendizagem de l nguas antes centradas no mbito lingu stico passando ent o a incorporar um contexto mais abrangente em que a leitura e a escrita s o compreendidas como pr ticas socioculturalmente marcadas ideologicamente produzidas e carentes de problematiza o Cerveti Pardales amp Damico 2001 Ainda no tocante especificidade da pedagogia cr tica segundo Canagarajah 1999 todo modelo de educa o desencadeia uma s rie de implica es que incidem na identidade do aluno sendo portanto um equ voco assumir que o processo de aprendizagem aut nomo e isento de inten es sobretudo quando se trata da aprendizagem de ingl s Por essa raz o a aprendizagem varia de acordo com o contexto sociocultural sendo pass vel at em muitos casos de embate e estranhamento entre o modelo cultural subjacente na proposta de educa o adotada e o modelo cultural no qual o aluno es
301. mo de letramento e identificadas nas categorias estereotipada preconceituosa e hipot tica fict cia com os Temas Transversais tratados superficialmente estere tipos e representa es equivocadas sobre o povo brasileiro e sobre o Brasil Equivocadas porque como na o multicultural e diversa por excel ncia generaliza es que vinculam o pa s ao carnaval e ao futebol ou que exploram as belezas naturais de algumas cidades bem quistas na m dia internacional no m nimo restringem as possibilidades de o aluno sentir se representado no material did tico Os resultados da pesquisa apontaram que todo o material did tico precisa ser problematizado pelo professor a fim de que a sala de aula de l ngua inglesa se torne um espa o favor vel constru o de identidades dos alunos por meio da valoriza o da diversidade sociocultural Refer ncias Apple M 2006 Ideologia e curr culo Trad Vin cius Figueira 3 ed Porto Alegre Artmed Baladeli A P D 2012 Letramento cr tico e quest es de identidade em textos digitais no livro did tico de L ngua Inglesa Disserta o Mestrado em Letras Cascavel Universidade Estadual do Oeste do Paran Batista A A A Rojo R Z fiiga N C 2008 Produzindo livros did ticos em tempo de mudan a 1999 2002 In M da Costa Val B Marcuschi Ed Livros did ticos de l ngua portuguesa letramento inclus o e cidadania pp 13 45 Belo Horizonte Ceale Aut ntica Brasil
302. mo tempo como plural e repleto de desigualdades Nesse contexto a escola tem sido concebida e problematizada como a principal institui o capaz de promover a equidade entre seus cidad os Diante disso nosso objetivo analisar algumas diretrizes educacionais brasileiras com a finalidade de perceber as Mestre e Doutoranda em Sociologia da Educa o pela Faculdade de Educa o da Universidade de S o Paulo Brasil Bolsista CNPq 46 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 potencialidades e implica es que os princ pios de uma educa o voltada diversidade parecem suscitar a partir da redemocratiza o do pa s 1985 que o tema da diversidade cultural vem ganhando espa o Com a abertura propiciada pela democracia v rios grupos que antes eram suprimidos de seu direito de fala passam a marcar o palco pol tico com suas demandas em um pa s que busca a supera o de sua hist rica desigualdade Nesse cen rio as v rias den ncias sobre discrimina es de g nero racial sexual tnica somadas s de classe social v m constituir uma agenda de pol ticas voltadas ao reconhecimento das especificidades de grupos minorit rios no sentido pol tico e n o num rico Esse movimento hist rico se expressa concretamente nos documentos oficiais editados a partir da Constitui o de 1988 Nesse processo a educa o p blica assume papel de destaque Constantemente evocada como a via de supera o do atraso nacional
303. mportant for Cape Verdean culture and political survival The way that Europe was represented through the textbooks and subject programs was based on the idea of harmony brotherhood donor centre of cultural movements etc The same situation did not happen with Africa African dimensions regarding aspects such as colonialism were not clearly introduced in the SE curriculum 206 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 1 11 Second period 1990 In the second period that goes from the educational reform until now the situation might not be so different if compared to what has been stated before The first element that should be exposed is that foreign Portuguese and local specialists planned the paradigmatic educational reform of 1990 Therefore it might not be wrong if one states that the educational system that emerged from that reform seems to be to some extent a reproduction of the Portuguese educational system Having said that the representation of Europe depicted by these textbooks and other SE tools continue to be a kind of harmonized one In fact it is bringing together Cape Verde and Europe as complementary realities In other words the painful lessons of colonialism are practically banished Therefore the textbooks and subject in the programs analyzed in this study stress the legacies of Portuguese colonization and the European history as a sequential development of facts Europe is practically not present in its relati
304. mposi o Teatro do Movimento Bras lia LGE Marx K H 2010 Condi es naturais e desenvolvimento da cultura In Cultura arte e literatura textos escolhidos Karl Marx e Friedrich Engels Trad J P Neto M M C Yoshida pp 97 103 S o Paulo Express o Popular Mauss M 2010 Sociologia e Antropologia Trad P Neves S o Paulo Cosacnaify Meireles F amp Eizirik A 2008 O corpo dan arino contempor neo atravessado pelas terapias corporais In J Clanzas J Castilho S Gomes Coord Dan a e educa o em movimento 2 ed pp 87 93 S o Paulo Cortez Neves N 2008 Klaus Vianna estudos para uma dramaturgia corporal S o Paulo Cortez Ostrower F 1987 Criatividade e processo de cria o Petr polis Vozes Pereira D 2006 Amaz nia Insustent vel Manaus Valer Salles C A 1998 Gesto Inacabado S o Paulo Annablume Santos M 2008 Por uma outra globaliza o do pensamento nico consci ncia universal 16 ed Rio de Janeiro Record Spanghero M 2003 A dan a dos enc falos acesos S o Paulo Ita Cultural Vieira J A 2006 Complexidade e conhecimento cient fico In H mos 2 pp 10 16 S o Paulo Oecol A problem tica da participa o das mulheres na pol tica o caso do parlamento cabo verdiano Resumo Este artigo pretende analisar que factores explicam a sub representa o das mulheres no parlamento cabo verdiano Procura se evid nciar ao long
305. n 2010 podem ser alcan ados a saber Educa o para cidadania que engloba Educa o para justi a social Educa o para direitos humanos sociais pol ticos culturais etc Educa o para liberdade Educa o para igualdade e diversidade cultural Educa o para democracia Educa o contra toda e qualquer forma de discrimina o Educa o pelo exerc cio da cultura e para a manifesta o das diferen as culturais Entende se que atuar em projetos sociais por meio da educa o n o formal possibilita que alunos compreendam a estrutura social as desigualdades as ra zes da pobreza e as diferen as culturais Dessa forma se conscientizam aprendem a agir em grupo reconstroem a concep o de mundo muitas vezes alienada pelo desconhecimento das quest es sociais e passam a ter um sentimento solid rio com uma determinada comunidade Tamb m capacita os discentes para o mercado de trabalho uma vez que adquirem conhecimento praticando al m de form los para a vida ajudando os em uma leitura cr tica sobre a realidade a sua volta Al m disso refor a processos de aprendizagem uma vez que os envolvidos realizam atividades que muitas vezes n o foram discutidas no curr culo da educa o formal Os projetos sociais das universidades devem se preocupar em formar cidad os ticos ativos participativos e que se responsabilizem pelo outro Portanto precisam ser emancipat rios priorizar a mudan a social pautando se em valores q
306. n through education was actually part of a much bigger and lengthier process Wane idem p 185 Education is indubitably a strong tool for cultural domination Thiong o 2010 an African writer believes that education colonial education far from giving people the confidence in their ability and capacities to overcome obstacles or to become masters of the laws governing external nature as human beings tends to make them feel their inadequacies and their ability to anything about the condition of their lives http english emory edu Bahri Education html This transversal objective of colonial education dragged dominated group away of its past and identity that is why it should be highly emphasized Its purpose was to bring under control the mind of dominated group and subjugate those individuals to the foreign rules values and beliefs and at the same time legitimize the necessity of the colonizer the Europeans with the pseudo intention of opening the doors of the so called Western Civilization The colonial governments used the tool of education to control African minds and to materialize their own economical and political interests Decolonizing mind as Wane Ibid states is one of the most difficult process Most Indigenous people who have been subjected to Western education become a commodity of Western ideology p 183 It is difficult because you carry something in you something very subtle something that comes fro
307. nantes e de determinar o reequil brio das atividades socialmente teis para o desenvolvimento da sociedade Por outro lado a incapacidade de algumas classes sociais se apropriarem desses meios para torna los operativos e de usufru rem das atividades socialmente teis No entanto podemos perguntar nos se essa fase parox stica de laminagem das subjetividades dos bens e do meio ambiente n o est a entrar num per odo de decl nio Surgem cada vez com mais frequ ncia reivindica es de singularidade de afirma o de exig ncia pela igualdade de direitos e pela inclus o social de todos os cidad os Uma inclus o social que se traduza no acesso de todas as pessoas a direitos b sicos como a sa de a educa o a habita o e a assist ncia social Que se traduza tamb m no exerc cio da sua cidadania e de autonomia na vida social pol tica e econ mica contribuindo para a evolu o da comunidade na qual est o inseridas e para uma verdadeira e ntegra vida em sociedade que garanta a dignidade da vida humana e o respeito pelo espa o que ocupam e pelos seres que nele co habitam Atualmente justifica se no plano pol tico social e ambiental a necessidade de um maior envolvimento e de uma maior corresponsabiliza o de todos os cidad os na resolu o dos problemas que afetam a sociedade e o planeta Terra pois importante a aceita o de que a interioriza o de uma atitude de comprometimento com o envolvimento sustent vel n
308. ncipal preocupa o dependendo as nossas vidas de uma Terra saud vel tal como um de n s ele planeta Terra controla a sua temperatura e composi o como sempre para estar confort vel e tem no feito desde que a vida apareceu h mais de tr s mil milh es de anos O progresso e o desenvolvimento infelizmente tantas vezes expressos atrav s de comportamentos completamente desajustados os quais nem sequer poupam categorias filos ficas jur dicas ou pol ticas est o intimamente relacionados com a crise socio ambiental que atualmente vivemos Nela se evidenciam profundas assimetrias se vivem conflitos que p em em causa a centralidade dos Direitos Humanos e se enfrentam problemas s cio ambientais m ltiplos e multicausais Vive se numa crise planet ria onde o ser humano e o meio ambiente se encontram amea ados associada a comportamentos individuais e coletivos orientados para a procura de benef cios particulares e a curto prazo sem ter em conta as suas consequ ncias para com os outros e para com as gera es futuras Nas ltimas d cadas come ou a surgir uma maior consci ncia por parte de algumas organiza es internacionais ONU UNESCO entre outras acerca dos problemas que afetam o mundo e das orienta es que necess rio seguir para os poder minimizar Aparecem assim alertas para que se tomem medidas pol ticas e tecnol gicas urgentes de modo a poder criar as bases de um futuro sustent vel No entanto o erro
309. ncipe de gouvernementalit politique s appuyant sur quatre axes fondamentaux l uniformisation la d possession d un soi connaissable par exp rience au profit d un moi model dans l imitation d un mod le 218 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 transcendant l ob issance en tant qu attente dans un salut d fini et promis par une autorit tut laire et enfin la correction mutuelle des carts sur la voie du salut en vertu du principe de l quivalence de tous et de chacun qui est la base des proc dures de contr le de la population Conversion et m tamorphoses Il est important de saisir d s a pr sent en quoi ce paradigme de la formation selon le pouvoir pastoral se s pare radicalement de la conception antique que nous d finissons dans la figure des M tamorphoses Moreau 2012 L histoire philosophique des id es ducatives se structure dans un conflit ax autour de ce qui est source de toute paideia et que Platon d signe comme tant une epistroph un retournement vers ce qui est le plus digne d tre pris en consid ration dans la connaissance Platon R publique VID Si toute ducation consiste bien en un arrachement ce qui est simplement donn si se former consiste s orienter vers ce qui est le plus digne d tre v cu Moreau 2011 2 il reste 4 savoir vers quoi cet arrachement s op re et si l on sait bien ce que l on abandonne l opinion commune erreur partag e il
310. nclus o Como elemento positivo da efic cia social do sistema educativo preciso reconhecer que a situa o do acesso aos diferentes n veis de ensino e a qualidade da educa o melhorou nos ltimos 30 anos Contudo os progressos registados n o foram homog neos e nem atingiram com a mesma intensidade todos os n veis de ensino em todas as regi es do pa s e para os diferentes grupos sociais Apesar dos esfor os realizados nas ltimas tr s d cadas no sector da educa o continua existindo desigualdades importantes no acesso perman ncia e resultados no ensino secund rio entre o meio rural e urbano entre os diferentes grupos sociais e para as crian as com necessidades educativas especiais De igual modo observamos que em rela o a equidade e qualidade de ensino em fun ao dos resultados obtidos pelos alunos s o manifestas as diferen as entre as escolas com maior presen a dos alunos orfundos do meio urbano e a um contexto sociocultural e econ mico mais favor vel do que aquelas onde a presen a de alunos do meio rural e ou dos bairros pobres dos grandes centros urbanos Os resultados dispon veis mostram por um lado que a taxa de transi o do ensino b sico para o ensino secund rio maior nos centros urbanos do que no meio rural e por outro que no ensino secund rio a taxa de reprova o e abandono escolar maior entre os alunos do meio rural do que do meio urbano De facto os obst culos enfrentados pelos primeiro
311. ndo ele exp e O homem o resultado do meio cultural em que foi socializado Ele um herdeiro de um longo processo acumulativo que reflete o conhecimento e a experi ncia adquirida pelas numerosas gera es que o antecederam A manipula o adequada e criativa desse patrim nio cultural permite as inova es e as inven es p 45 O conhecimento transmitido de uma gera o a outra e sempre as informa es s o atualizadas de acordo com o contexto em que as pessoas est o inseridas nesse processo de aprendizagem e armazenamento de informa o os cinco sentidos do corpo humano paladar audi o tato olfato e vis o s o de extrema import ncia Percebemos o mundo ao nosso redor atrav s de nossos sentidos outro fator que faz muita diferen a a nossa grande capacidade de comunica o e de armazenar transformar e produzir conhecimento Somos seres com uma grande capacidade de adapta o e isso contribui para sobrevivermos s mudan as no ambiente estamos em constante adapta o s mudan as ao nosso redor aprendemos com pessoas de nosso conv vio como familiares professores e amigos o modo de pensar e agir da sociedade em que estamos inseridos Laraia 2009 p 50 tamb m ressalta que n o adianta um ser humano nascer inteligente ele precisa receber os est mulos as informa es necess rias para que possa desenvolver as suas capacidades criadoras e revolucion rias cita o exemplo de Santos Dumont que deixou sua c
312. ne trace archa que spectrale de la v rit en notre me Saint Augustin tentera de s extraire de l aporie avec la solution propre l ontoth ologie qu il constitue l epistroph devient une m tano a conversion de l me sa v ritable surnature et la source archa que du savoir de la r miniscence est un effet de la transcendance divine Augustin constitue le paradigme du Maitre int rieur moniteur de la v rit comme l atteste le De magistro Ce ma tre int rieur ouvre la voie d une gouvernementalit des mes et des hommes par l institution qui d sormais administre le Salut C est la conjonction augustinienne de l epistroph et de la m tano a que la mimesis comme effort d imitation de notre surnature oriente l ducation selon le paradigme d une Conversion vers une r alit transcendante l exp rience humaine Mais la philosophie grecque et romaine d fend aussi une epistroph d barrass e de toute transcendance et c est le sens de l entreprise stoicienne travers les plusieurs si cles de son d veloppement On le sait l ontologie sto cienne ne reconna t que les corps dont les actions r ciproques constituent la multiplicit et l unit du concret Les individus seuls tres r els changent de formes mais persistent dans les tensions qui les relient au r el Contrairement au platonisme les Sto ciens affirment que le r el est connaissable gr ce la s
313. ngues A tabela 01 ilustra os textos digitais selecionados para an lise os temas que abordam as categorias em que foram identificados e tamb m o modelo de letramento que subjaz s propostas dos textos e atividades de leitura Destacamos que as propostas de leitura para os textos digitais foram analisadas a partir dos pressupostos do Letramento Cr tico e que nosso prop sito foi identificar e analisar os sentidos de brasilidade evidenciados nas unidades tal qual se apresentam consultando para isso tanto o Manual do Aluno quanto o do Professor Baladeli 2012 Tabela 1 Textos e temas Categoria Texto Tema Estereotipada E mail Links 6 Caracter sticas de e E preconceituosa cidades brasileiras z E Hipot tica fict cia Webpage Links 7 Escola internacional F 5 E lt On line interview Links 9 Prefer ncias em rela o ao Brasil lt S Libertadora cr tica On line encyclopedia Keep 8 Personalidades E Bo brasileiras z Webpage Keep 9 Viagem ao Brasil Fonte Sistematiza o da pesquisadora Com base nos modelos aut nomo e ideol gico de Street 1995 os resultados da an lise de cinco textos digitais selecionados das cole es did ticas Links english for teens e Keep in Mind com base em Street 1995 2003 evidenciaram em maior frequ ncia o uso de textos n o aut nticos nas unidades propostas de leitura com base no modelo aut nomo de letramento e identificadas nas categorias estereotip
314. no contato face a face com a sociedade receptora Deste modo cr se que a teoria das representa es sociais permitir interpretar e compreender a complexa identidade cabo verdiana Representa es sociais e re constru o de identidades sociais Ao estudarmos as representa es sociais temos a possibilidade de entender como um grupo de pessoas forma um conjunto de ideias e conceitos que expressam a sua identidade e dizem respeito forma como interpretam e agem diante da realidade na qual est o inseridas As representa es sociais bem como as identidades s o din micas encontram se em permanente mudan a num processo de constante produ o e reprodu o de sentido porque elas s o sociais ou seja agem sobre o homem e o mundo O homem precisa interagir com o meio natural e social em que se encontra inserido No decurso dessas rela es entre indiv duo e sociedade d se a apreens o de tra os diferentes que fazem com que ele identifique a si e ao outro Nesse processo dial tico do psicol gico com o sociol gico que as identidades se emergem Os indiv duos interagem em diferentes grupos sociais assumindo diferentes identidades coletivas identificando se com esses grupos e assumindo o sentido de que a eles pertencem Para Woodward 2004 as identidades s o produzidas atrav s da marca o da diferen a Essa fixa o da diferen a ocorre tanto por meio de sistemas simb licos de representa es como qua
315. nt in the textbook he or she can identify clear references to Portuguese culture and its contribution in the process of forging Cape Verdean identity In the second year of the cycle 10 grade the main emphasis is put on the comparison between Portuguese Language and the so called African ethnic languages Matos n d In the third cycle there are no textbooks adopted The texts used depend on the areas of study proposed for the third cycle The Humanities students centralize their study on issues about Cape Verdean literature As far as History as a subject the following observation was made In the second year of the first cycle Ce grade there is a subject named Conhecimento do Mundo Contempor neo Knowledge about the Contemporary World The issues about European history are highly emphasized The colonization the wars European integration European cultural movements and so forth In the second cycle of SE History is as an independent subject 9 Grade The topics included in the subject program are related to the evolution of the history of humanity which is done from the Western perspectives Humanization process the emergence of history the first civilizations classics civilizations the Middle Age and the Renaissance There is no national textbook produced on this subject The ones used are produced in Portugal In the third cycle the history subject is compulsory for those who chose the area of Humanities and Arts St
316. nte atrav s das miss es dos Jesuitas e pelo horror da escravidao Manaus de ontem e de hoje Os primeiros habitantes do Brasil de acordo com Freire 1991 foram os povos ind genas em seus estudos aponta que na regi o de S o Raimundo Nonato no Piau foi encontrado um s tio arqueol gico de aproximadamente 41 500 anos Com rela o a ocupa o da Amaz nia brasileira h v rias hip teses sobre ondas de migra es que n o foram confirmadas devido dificuldade dos objetos utilizados por esses povos serem perec veis e dificilmente resistirem ao clima da regi o Ao contr rio do que os colonizadores pensavam os povos ind genas que habitavam o Brasil tinham uma rica organiza o social de acordo com o ambiente ao qual estavam inseridos sabiam plantar mandioca e produzir farinha tinham seus conhecimentos medicinais sobre a fauna e a flora da regi o Segundo Freitas 2004 Existiam posi es hier rquicas de comando e religiosidade que eram organizadas e seguidas pela comunidade e respeitados por outras comunidades e etnias ind genas Tinham tamb m suas disputas e guerras em alguns casos era durante essas guerras que roubavam mulheres para casar Para os colonizadores os habitantes das terras rec m descobertas eram selvagens que precisavam de cultura e civiliza o Uma grande parte do territ rio brasileiro foi colonizado pelos portugueses que se empenharam em implantar a sua cultura e transformar a col nia em um peda o de Portu
317. nte fluxo entre o local e o global entre a comunidade e a sociedade mais ampla No curr culo multicultural os educadores fazem a media o do processo o que leva os alunos a perceber os hibridismos e mesti agens tornando se eles pr prios pesquisadores do cotidiano Para Garcia 2001 ao situar no curr culo os conhecimentos que os alunos trazem quando entram na escola o professor os reconhece como sujeitos que possuem saberes leg timos sujeitos capazes capacidade revelada e reconhecida no j sabido e capacidade potencial para se apropriar de novos conhecimentos que a escola pode e deve oferecer Com isso tem se n o s a valoriza o identit ria como tamb m a amplia o cultural e o reconhecimento das diferen as Somente o di logo cultural contribuir para a constru o do autoconceito positivo e do respeito ao outro elementos indispens veis para a consolida o de rela es democr ticas A ado o desses procedimentos possibilitar aos educandos uma nova forma de participa o do espa o pedag gico de consumidores transformar se o em produtores de cultura Nesse contexto de produ o cultural far se o presentes os sentimentos a criatividade as diversas linguagens al m de uma postura cr tica frente s pr ticas da cultura massificada e das infinitas rela es de poder saber da sociedade Nessa tica a experi ncia dos escolares conduzi los percep o e valoriza o do patrim nio cultural
318. ntidade e Diferen a A perspectiva dos Estudos Culturais p 81 Idem op cit p 83 Idem op cit p 84 Idem op cit p 97 oportunidades educativas dispon veis Esse direito n o pode ser entendido como uma inclus o integrativa de indiv duos com incapacidades que lhes s o intr nsecas Se assim fosse educa o nada mais seria do que assist ncia social Qualquer via ou tipo de educa o dever ser entendido como uma via de estudos t o nobre e v lida como o ensino geral Estou obviamente a pensar nos curr culos alternativos nomeadamente a educa o profissional A educa o alternativa ser o reconhecimento de que aprender implica heterogeneizar o curr culo isto oferecer vias suficientemente interessantes para aqueles que n o se encaixam na normalidade tamb m recusar a ideia de que estes alunos s o uma express o m nima no universo escolar A inclus o total de todos os alunos implica modifica es no curr culo e no modo como este leccionado A inclus o total s ser conseguida quando as pol ticas de reforma educativa i arate deixarem de tratar crian as seleccionadas como membros de um qualquer grupo minorit rio O sentido estrito do conceito de integra o tal como tem sido entendido tradicionalmente nada mais do que partilha de espa o e num outro sentido tamb m ele estreito seria o de normaliza o Deixando de fora a qualidade do ensino estas perspec
319. ntivos Sociologia problemas e pr ticas 30 55 87 Reynolds A Reilly B Ellis A 2005 Concep o de sistemas eleitorais uma vis o geral do novo guia do International IDEA IDEA Sanches G RMP quer mais mulheres nos lugares de decis o Expresso das ilhas Acesso em 15 de mar o 2013 de http www expressodasilhas sapo cv sociedade item 354 17 rmp quer mais mulheres nos lugares de decis C3 A30 Perret B amp Roustang G 1993 A economia contra a sociedade afrontar a crise de integra o social e cultural Lisboa Instituto Piaget Enunciados amp Desentendimentos entre Diversidade Cultural e Educa o Resumo N o s o raros os enunciados que caracterizam o Brasil como o pa s da diversidade Por m no mbito educativo s o recentes as diretrizes governamentais que t m por finalidade o reconhecimento das diferentes culturas e povos que compuseram o Brasil Devido isso mapeamos alguns documentos federais de educa o que se referem diversidade cultural e os consideramos como resultados de lutas de variados grupos pelo fim da discrimina o principalmente a racial Em nossa leitura buscamos ressaltar os desentendimentos as implica es e desafios que esse tema t o bvio e por isso mesmo t o complexo suscita nos meios educativos Palavras chave educa o Brasil diversidade diretrizes Educa o e diversidade tnico cultural Daniele P Kowalewski Abstract Statements character
320. nto com a inclus o social deve assumir um papel preponderante Face ao exposto podemos dizer com Jean Jacques Wunenburger 2002 que poss vel encontrar tr s orienta es no mito da Idade de Ouro a saber o sentido da Hist ria a conce o da justi a e a representa o da natureza Naquilo que nos interessa aqui refletir importa destacar muito especialmente as duas ltimas carater sticas porque ao n vel da justi a surge naturalmente a tem tica da inclus o social e ao n vel da representa o da natureza advinha se a necessidade da sua import ncia para o bem estar da humanidade e a consequente solidariedade simbi tica entre as diversas formas de vida O envolvimento sustent vel sob o apelo da Terra M e Gaia Este nosso ltimo ponto desenrola se sobre o fundo da narrativa transmitida por um artista cai ara de Paraty apresentada na sec o 3 Esta narrativa constitui se como uma met fora viva no sentido que lhe d Paul Ricoeur sente se palpitar o tipo de imagin rio que est subjacente a uma conce o de envolvimento sustent vel assim como da vis o do mundo e do modo de vida que lhe est associado Este tipo de imagin rio social est enformado da rela o de simpatia e de comunh o fisiol gica e an mica que o ser humano tradicional mantinha com todas as formas de vida Assim havia uma rela o simbi tica entre as comunidades tradicionais e a natureza e por conseguinte uma forte identidade com tudo o que ti
321. nto por meios de exclus o social A identidade pois n o o oposto da diferen a a identidade depende da diferen a Nas rela es sociais essas formas de diferen a a simb lica e a social s o estabelecidas ao menos em parte por meio de sistemas classificat rios Para o autor toda identidade constitu da a partir do diferente numa rela o entre eu e o outro Pelo que vem sendo exposto ao longo deste trabalho sup e se que esta tens o entre diferen a e identidade seria o motor das rela es entre cabo verdianos e brasileiros cariocas em particular e por meio deste que as identidades sociais e culturais dos cabo verdianos se estabelecem A identidade se manifesta em fun o de como se representa identidade do outro A identidade e a diferen a s o estritamente dependentes das representa es As representa es emergem do quotidiano nas pr ticas sociais do dia a dia dos jovens cabo verdianos em diferentes espa os e contextos sociais da cidade do Rio de Janeiro A identidade de um indiv duo constru da ao longo da sua vida e se reveste cumulativamente de v rias facetas identit rias mut veis e at contradit rias entre si mas que se mant m certa coer ncia e estabilidade Sobrinho 1998 120 considera que atrav s da constru o de representa es de diferentes objetos em disputa dentro de um campo particular do espa o social que um determinado grupo constr i tra os distintos de sua identid
322. ntra se na an lise do problema da efic cia social qualidade e equidade enquanto manifesta o da inefic cia social do sistema educativo cabo verdiano Fundamentando se na perspectiva te rica segundo a qual a educa o deve ser compreendida na sua rela o din mica com a estrutura social procura analisar o sistema educativo cabo verdiano na sua rela o com um conjunto de vari veis sociais que influi sobre o seu funcionamento e desenvolvimento no sentido de compreender a influ ncia do contexto social e cultural sobre os resultados escolares dos alunos Os resultados apresentados t m como base as informa es recolhidas atrav s dos question rios aplicados aos alunos dos estabelecimentos do ensino secund rio e dados publicados por Instituto Nacional de Estat sticas e Minist rio da Educa o Para a an lise do insucesso escolar recorre se aos indicadores da taxa de reprova o e abandono escolar Palavras chave efic cia social qualidade e equidade educativa insucesso escolar sistema educativo Introdu o Alcides Fernandes da Moura Abstract This article which is prepared based on the results of the doctoral thesis defended in 2009 at the University of Santiago de Compostela Spain focuses on the analysis of the problem of school failure as a manifestation of social inefficiency of the education system Basing on the theoretical perspective according to which education should be understood in its dynamic
323. o as escolas podem decidir a ordem dos m dulos se eles ser o trabalhados separadamente ou todos juntos princ pio da n o linearidade exposto do documento Sugest es de jogos e leituras de textos sobre as tem ticas em cada um dos m dulos Fonte Kowalewski 2010 p 210 grifos nossos Cada documento apresenta sugest es para que as escolas possam lidar com a diversidade cultural revelando estrat gias diferentes No documento 0l a principal preocupa o a de que os alunos sejam protagonistas e possam n o s ter voz no processo de aprendizagem reconhecendo sua identidade mas tamb m queadmitam outras realidades culturais ao trocar experi ncias com outros estudantes de todo Pa s Al m disso o documento sugere que os professores trabalhem com refer ncias legais como a Constitui o de 1988 ou a Declara o Universal dos Direitos Humanos dentre outras Nota se que essas rela es propostas ainda n o contam com as facilidades da Internet para interc mbios No documento 02 o foco a mudan a de mentalidades ou seja das representa es que as minorias ocupam no contexto escolar O documento prop e o desenvolvimento de atividades curriculares ou n o que valorizem aprendizagens vinculadas s suas rela es com pessoas negras brancas mesti as assim como as vinculadas s rela es entre negros ind genas e brancos no conjunto da sociedade Interessante notar a mudan a na ordem discursiva a
324. o desde artigo que a pesar deste assunto ser encarado como um problema meramente politico envolve outros factores nomeadamente quest es sociol gicas da cidadania c vica e jur dica Houve mudan as no mundo contempor neo em torno da condi o feminina nos diferentes dom nios da vida econ mica social e pol tica no entanto a participa o pol tica de forma desigual ainda constitui um problema de salientar que o fen meno da desigualdade de participa o nos org os do poder pol tico ainda n o foi totalmente resolvido mesmo nos pa ses mais desenvolvidos e com democracia estabilizada neste sentido temos que reconhecer os obst culos de cariz formal para se atingir os objetivos da igualdade entre homens e mulheres que foram removidos em v rios pa ses e Cabo Verde pertence ao conjunto de pa ses onde essas tranforma es se realizam Palavras chave participa o pol tica mulheres Cabo Verde quotas Introdu o Arc dio Lopes Abstract This article seeks to analyze what factors explain the under representation of women in parliament Cape Verdean It seeks to highlight over from article to weigh this matter be looked at as a purely political problem involves other factors including the sociological legal and civic citizenship There have been changes in the contemporary world around the female condition in different areas of economic and social policy however political participation unequally is still a pr
325. o agora aos resultados da entrevista e ao analisar o conjunto de quest es relativas s raz es justificativas da pr tica claramente not rio que as principais causas que levam os jovens a praticar surf e bodyboard est o centradas no gosto pela natureza e na procura do risco tabela 2 Principal raz o que conduz pr tica do surf bodyboard F sujeitos Pratica s6 porque os amigos tamb m praticam 7 17 5 Pratica porque tem um familiar pr ximo que tamb m pratica 1 2 5 Pratica porque gosta da natureza do risco e do confronto com o 32 80 desconhecido TOTAL 40 100 Tabela 2 Principal raz o que conduz os sujeitos pr tica do surf bodyboard A tabela 3 indica que a maioria dos jovens abandonaram as modalidades convencionais que praticavam optaram pelo surf bodyboard Neto 1995 justifica estes resultados baseando se na renova o dos principios e valores quanto ao entendimento que os jovens t m vindo a dar ao significado da actividades f sica Antes de praticar surf bodyboard praticavas Sujeitos alguma actividade convencional f SIM 35 87 5 NAO 5 12 5 TOTAL 40 100 Tabela 3 Pr tica de actividades convencionais antes de praticar surf bodyboard Segundo este autor est a ser constru da uma nova e diferente maneira de ver de estar e entender a pr tica desportiva que valoriza acima de tudo os aspectos relacionados com a natureza o risco e
326. o de professores de l ngua inglesa e o preparo para o exerc cio do letramento cr tico em sala de aula em prol das pr ticas sociais um olhar acerca de ra a etnia Revista L nguas amp Letras 7 12 p 171 187 Acesso em 12 de agosto 2013 de http e revista unioeste br index php linguaseletras article view 897 Ferreira A J 2000 Aspectos culturais e o ensino de lingua inglesa Revista Linguas amp Letras 1 1 p 117 127 Acesso em 11 de agosto 2013 de http cac php unioeste br pos media File letras aspectos_culturais_e_o_ensino_de_lingua_inglesa pdf Ferreira M M 2011 O livro did tico importado de ingl s e o ensino da escrita Trab Ling Aplic 50 1 p 75 95 Acesso em 4 de julho 2013 de http www scielo br scielo php script sci_arttext amp pid S0103 18132011000100005 amp Ing pt amp nrm iso amp tIng pt Freitag B Motta V R Costa W F 1997 O livro did tico em quest o 3 ed S o Paulo Cortez Gnerre M 1985 Linguagem escrita e poder S o Paulo Martins Fontes Hall S 2003 Di spora identidades e media es culturais Organiza o de Liv Sovik Belo Horizonte Editora da UFMG Bras lia Representa o da UNESCO Kleiman A B 1995 Modelos de letramento e as pr ticas de alfabetiza o na escola In A B Kleiman Ed Os significados do letramento uma nova perspectiva sobre a pr tica social da escrita pp 15 64 Campinas Mercado de Letras Mendes J M O 2001
327. o meio de aumentar as compet ncias educativas dos filhos explicam esse reduzido percentual Referente a posse de materiais e ou livros did cticos somente um 11 5 dos alunos inquiridos responderam que possu am todos os manuais materiais escolares necess rios um 17 tinha a maioria dos materiais um 58 6 respondeu que tinha alguns e um 13 1 respondeu que n o tinha nenhum manual ou livros did cticos Partindo do princ pio de que os materiais e manuais escolares tem uma influ ncia positiva sobre o rendimento escolar dos alunos e que podem diminuir em alguns casos as desvantagens socioculturais e econ micas sobretudo em contextos com baixo n vel de rendimento UNESCO 2007 EPT 2008 consideramos que o facto de um n mero expressivo de alunos terem car ncia de livros did cticos pode ter tamb m influenciado nos seus resultados educativos Contexto sociocultural e econ mico e reprova o A taxa de reprova o um dos indicadores que permite avaliar a qualidade do ensino e o rendimento escolar dos alunos Por isso consideramos importante analisar a rela ao entre o capital cultural e a reprova o de um n mero expressivo dos alunos de ensino secund rio Tabela 5 Taxa de reprova o por rea de resid ncia N o rea Repetente Total repetente Rural 571 77 6 165 22 4 100 Urbana 970 81 0 228 19 0 100 Total 1 541 393 1 934 Como se pode ver na tabela acima o percent
328. o meio dos adultos seguindo formas arriscadas rituais de passagem e procurando simultaneamente conferir algum sentido existencial s suas vidas Os resultados deste estudo mostram tamb m que no contexto em que o jovem pratica surf bodyboard existe uma significativa valoriza o do grupo de amigos uma vez que o grupo com o qual o jovem costuma surfar sempre o mesmo ou raramente varia tabela 8 a Sujeitos Grupo com quem o sujeito costuma surfar F sempre o mesmo 15 37 5 Raramente varia 21 52 5 Varia muitas vezes de grupo 4 10 TOTAL 40 100 Tabela 8 Varia o do grupo com quem o sujeito costuma surfar Os amigos s o a companhia nas idas praia e na partilha de todas as sensa es que adv m da pr tica Sem eles a pr tica perde o seu verdadeiro significado e fica de certa forma descontextualizada Logo as pr ticas quotidianas dos jovens n o devem ser consideradas de forma isolada h que as contextualizar Pais 2003 Relativamente identifica o com o grupo de amigos todos os sujeitos da amostra foram un nimes em afirmar que existe uma identifica o total ou parcial relativamente a estes Esta identifica o grupal diz respeito linguagem ao vestu rio aos g neros musicais ouvidos ao corte de cabelo etc Identifica o com o grupo de amigos com o qual pratica surf Sujeitos bodyboard f Identifica se completamente com o grupo de amigos 20 50 Identifi
329. o pelo qual a comunidade escolar pode iniciar retomar ou aprofundar a es educativas que levem forma o tica e moral de todos os membros que atuam nas institui es escolares Para isso o programa prop e que o trabalho com tica e cidadania nas escolas contemple interven es focadas em quatro grandes eixos ou m dulos que embora independentes mant m uma n tida inter rela o Etica Conviv ncia Democr tica Direitos Humanos e Inclus o Social Vale a pena salientar tamb m que toda a estrutura do projeto est voltada para a forma o docente e para a es que d em apoio ao protagonismo de alunos e de alunas na constru o da tica e da cidadania Assim o material produzido focar a forma o de docentes que se disponham a promover em suas unidades escolares a constitui o de um f rum permanente de tica e de cidadania ancorado nos quatro eixos citados documento 03 site introdu o Com diferentes especificidades os tr s documentos enfatizam que seus conte dos devem ser utilizados por docentes e as comunidades escolares como auxiliadores no processo de ensino aprendizagem n o sendo descritos como conte dos obrigat rios Defini o de Cultura presentes nos documentos Nos documentos frequente a utiliza o do termo cultura Embora a defini o do conceito s apare a uma vez no documento 0l suas utiliza es revelam diferentes posicionamentos ticos e pol ticos estando relacionadas g
330. o reconhecimento da diferen a que me interessa destacar Macedo 2009 p 92 Dessa forma o objetivo de Macedo o de problematizar os discursos acerca da diferen a a partir das cadeias antag nicas estabelecidas em torno do ponto nodal qualidade No que diz respeito ao curr culo as estrat gias de articula o tem sido a defesa de conte dos de cunho universalista apresentados como garantia de qualidade da educa o e portanto como ferramenta de igualdade social Macedo 2009 p 93 As pol ticas p blicas para a garantia de servi os universais de qualidade da rea de educa o s o poderosos dispositivos que articulados comp em o cerne do discurso universalista Para contextualizar preciso colocar que existe hoje no Brasil um discurso que integra a diferen a como uma de suas caracter sticas entretanto tal integra o da diferen a ainda pautada por um discurso forjado pelo ideal de constru o de uma identidade nacional O projeto de educa o para a cidadania pretende ser o legado para a garantia e constitui o dessa identidade mas como um dos conceitos consolidados ao longo da modernidade faz refer ncia a um cidad o universal isento de distintos tra os culturais de um sujeito concreto E percept vel observar que as diferen as culturais s o contraditoriamente 10 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 reconhecidas e integradas ao todo homog neo da na o Por sua vez as concep es universal
331. o tivemos tamb m que recorrer a fontes secund rias para a obten o de dados pertinentes e completares s informa es obtidas atrav s das fontes prim rias A raz o da escolha dessas fontes se prende com a necessidade de obter dados sobre o contexto o processo e resultados educativos dos distintos n veis de ensino As fontes secund rias s o constitu das basicamente por documentos sobre a legisla o educativa dados estat sticos das institui es oficiais e relat rios de estudos realizados por diferentes institui es p blicas e privadas Principais resultados Neste subcap tulo apresentaremos os resultados do inqu rito aos alunos do ensino secund rio onde procuramos conhecer o perfil e a situa o sociocultural e econ mica dos alunos o acesso aos materiais escolares e frequ ncia s bibliotecas pelos alunos e analisar repet ncia e abandono escolar em rela o a distintos grupos sociais Este estudo resultado 70 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 da an lise dos 1940 question rios v lidos do total de 2214 aplicados aos estudantes de 18 estabelecimentos de ensino secund rio das ilhas de Santiago Santo Ant o S o Vicente Sal e Fogo Perfil dos inqueridos Dos alunos inqueridos 8 est o na faixa et ria 10 12 anos 50 2 entre 13 e 15 anos 35 entre 16 e 18 anos e 7 tem 19 anos ou mais A pouca presen a dos alunos com idades entre 10 e 12 anos evidencia que apesar de teoricamente ser poss ve
332. o uma proposta Cadernos de Pesquisa 37 132 731 758 Candau V M 2008 Direitos humanos educa o e interculturalidade as tens es entre igualdade e diferen a Revista Brasileira de Educa o 13 37 Cury C R J 2002 Direito educa o direito igualdade direito diferen a Cadernos de Pesquisa 116 245 262 Delmondez P amp Cunha F 2012 A tica a est tica e a pol tica do tornar se professor a Anais do VI Col quio Internacional de Filosofia da Educa o Editora da UERJ Rio de Janeiro Delmondez P 2013 A diferen a cultural na escola uma cartografia de processos de subjetiva o de adolescentes e professores as Disserta o de mestrado Programa de P s gradua o em Processos de Desenvolvimento Humano e Sa de Instituto de Psicologia Universidade de Bras lia Diniz D amp Lion o T 2009 Homofobia amp Educa o desafio ao sil ncio Bras lia Letras Livres EdUnB Foucault M 1987 Vigiar e Punir o nascimento da pris o Trad R Ramalhete Petr polis Vozes Gon alves L A O amp Silva B G P 2003 Multiculturalismo e educa o do protesto de rua a propostas e pol ticas Educa o e Pesquisa 29 1 109 123 Junqueira R D 2009 Educa o e Homofobia o reconhecimento da diversidade sexual para al m do multiculturalismo liberal In R D Juqueira org Diversidade sexual na educa o problematiza es sobre a homofobia nas escolas Bra
333. oaventura e a Educa o Belo Horizonte Aut ntica Editora Silva T T 1994 O Adeus s metanarrativas educacionais In T T Silva org O sujeito da educa o estudos foucaultianos Petr polis Vozes Silva T T 2007 A produ o da identidade e da diferen a In T T Silva org Identidade e diferen a a perspectiva dos Estudos Culturais Petr polis Vozes Skliar C 2003a A educa o e a pergunta pelos Outros diferen a alteridade diversidade e os outros outros Pontos de Vista 5 37 49 Skliar C 2003b Pedagogia improv vel da diferen a E se o outro n o estivesse a Rio de Janeiro DP amp A Editora Veiga Neto A 1994 Foucault e Educa o Outros Estudos Foucaultianos In T T Silva org O sujeito da educa o estudos foucaultianos Petr polis Vozes Veiga Neto A 2011 Incluir para excluir In J Larrosa e C Skliar orgs Habitantes de Babel pol ticas e po ticas da diferen a Belo Horizonte Aut ntica A videodan a como recurso para reflexao sobre a identidade cultural amaz nica expressa na produ o do artista da dan a contempor nea na cidade de Manaus Resumo Este artigo prop e uma reflex o sobre identidade cultural na produ o de alguns artistas contempor neos na cidade de Manaus Apresenta inicialmente uma pequena abordagem sobre cultura e sociedade e um breve recorte hist rico do per odo da coloniza o para compreendermos as influ ncias
334. oblem It should be noted that the phenomenon of unequal participation in organs of political power has not been fully resolved even in countries with more developed and stable democracy in this sense we have to recognize the nature of formal obstacles to achieving the goals of gender equality and women who were removed in several countries and Cape Verde belongs to the group of countries where these transformations take place Keywords political participation women Cape Verde quotas As sociedades industriais avan adas obrigam poderosas tend ncias para desigualdades extremas As igualdades e desigualdades nas sociedades parecem afetar os aspectos hegem nicos ou de competi o pol tica por intervenientes os recursos de distribui o e de A 5 2 2 compet ncias na cria o de ressentimentos e frustra es In allocating income wealth status knowledge creation organization position popularity and a variety of other values every society also allocates resources with whitch an actor can influence the behavior of other actors in at least some circumstances 399 Polit logo Mestre em Ci ncia Pol tica e Professor da Universidade do Mindelo Dahl R 1971 Poliarchy Participation and Opposition New Haven Yale University Press p 82 Idem p 82 32 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Torna se imperioso os direitos civicos na cidadania onde a sua importancia precisamente o facto de
335. odiversidade http www onuportugal pt Faz sentido interrogarmo nos tal como outros autores Marques et al 2008 Meira amp Caride 2006 Soromenho Marques 1998 sobre o que at ao momento tem vindo a ocorrer em rela o a estas preocupa es Como que os modelos pol tico sociais e econ micos adotados por cada pa s nas distintas escalas aos diferentes graus do desenvolvimento nos diversos n veis de decis o respondem s urg ncias e s necessidades derivadas da crise socio ambiental que vem afetando a humanidade As mudangas nos modos de viver em sociedade atrav s da tomada de consci ncia das limitagdes do planeta e da ado o de atitudes e comportamentos de conduta s o concordantes com outros estilos de desenvolvimento sublinhando a import ncia de satisfazer as necessidades humanas das gera es atuais n o comprometendo a capacidade das gera es futuras para satisfazerem as suas pr prias necessidades Qual o grau de reconhecimento de que no conjunto de perspetivas que sobre o futuro se desenham aquelas que t m o eixo nuclear no ambiente s o as que se afiguram como mais fundamentadas como mais duradouras e pertinentes Sem pretender responder a estas e muitas outras interroga es ser oportuno considerar que uma boa quest o na opini o de Alan Irwin deixa de ser se a ci ncia deve ser aplicada a quest es ambientais mas que forma de ci ncia a mais adequada e que rela o dev
336. olver os problemas que afetam o mundo passa por um investimento cada vez maior na consecu o do objetivo ltimo da educa o para a sustentabilidade para alcan ar pacificamente a coexist ncia entre os povos com menos sofrimento menos fome menos pobreza num mundo onde as pessoas poder o ser capazes de exercer os seus direitos como seres humanos e cidad os de um modo digno Arima et al 2004 13 Imagin rio m tico do envolvimento sustent vel a necessidade de uma remitologiza o N o deixa de ser a v rios n veis original que os estudiosos do envolvimento sustent vel se interroguem sobre o tipo de imagin rio m tico que o sustenta ou modela Assim pode afirmar se que a natureza do imagin rio que o modela na perspetiva das estruturas antropol gicas do imagin rio Gilbert Durand m stica e sint tica regime noturno 166 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 do imagin rio por oposi o ao imagin rio de tipo heroico regime diurno do imagin rio de Gilbert Durand sobre o qual repousa o paradigma do desenvolvimento t cnico cientifico e industrial moderno Este paradigma heroico que cortou separou e dilacerou a rela o simbi tica e de simpatia origin ria entre o ser humano e a Terra M e Gaia proclamou em nome da cren a indefinida no progresso a supremacia de Prometeu de Fausto de Frankenstein sobre uma Nova Atl ntida enquanto anunciadora de uma Cidade Ideal Mucchielli 1960 Sob a gide
337. on rios constata se que um 13 dos pais e 18 das m es n o possuem nenhum n vel de instru o um 46 dos pais e 48 das m es possuem apenas o ensino b sico um 6 dos pais e 14 das m es possuem o ensino secund rio um 7 dos pais e 10 das m es possuem o ensino m dio profissional e apenas 4 dos pais e 5 das m es possuem o ensino superior Uma outra vari vel utilizada para analisar a situa o sociocultural e econ mica dos inqueridos o n mero de irm os que possuem ensino superior universit rio ou que est o a frequentar um estabelecimento de ensino universit rio De acordo as informa es obtidas um 18 dos alunos inqueridos tinham pelo menos um irm o a frequentar uma institui o de ensino superior e ou universit ria ou que possu am um diploma de curso superior O que demonstra que a forma o acad mica do agregado familiar pelo menos dos irm os aumentou nos ltimos anos Contudo podemos observar que um n mero significativo dos alunos 82 n o tinha nenhum irm o a frequentar um estabelecimento de ensino superior ou com um diploma de ensino superior evidenciando o elevado grau da desigualdade no acesso ao ensino superior que atravessa os diferentes per odos s cio hist ricos do pa s e que ainda cont nua a existir Quanto s categorias socioprofissionais dos pais determinado pela profiss o observa se que h uma maior presen a dos filhos de agricultores criadores de gado e pescadores 26 e de p
338. on with Cape Verde as the former colonizer and the dominant continent For instance the literary texts the Cape Verdean ones included in the textbooks did not aim to stress the spirit of rupture rooted in anti colonial perspective In conclusion it has neither been possible to objectively identify a significant tendency to localize Cape Verdean realities in the SE curriculum nor identify the assumptions of perspectives that can bring Cape Verdean cultural references closer to the dynamics of African history Concomitantly the process of portraying the representation of Europe can be indirectly accessed through the posture of the SE system apparently in an uninterested way in its contents and perceptions about this continent 11 Cape Verdean SE students and the representations of Europe The second item proposed to be commented in the present section is related to the representations of Europe by SE students Only the central elements highlighted by the students will be emphasized After asked to answer questions about The European continent the answers are that they are rich and developed The target group links Europe with wealth and development These are at least the first two central elements used to objectivise Europe What may be interesting here is not to evaluate the it s veracity as it is but to understand the type of source from which students construct this meaning However when asked to comp
339. onhecimentos subordinados j existe entre os oprimidos n o cabe aos intelectuais da cultura dominante teorizarem sobre tais saberes visando convert los em exist ncia curricular N o o professor quem deve descrever e relatar as pr ticas sociais dos subordinados atribuindo lhes conforme lhe pare a os significados para que os alunos os assimilem O curr culo muticultural cria espa os e constr i as condi es para que as vozes subjugadas possam ser reconhecidas pelos estudantes Na perspectiva multicultural os docentes estabelecem v nculos com as comunidades marginalizadas a fim de incorporar o conhecimento subordinado mas n o com os elementos exitosos dessas comunidades tal como s o definidos pela cultura dominante e sim com uma variedade de grupos e subgrupos que convivem no seu interior A valoriza o dos saberes de representantes dos diversos grupos que habitam cada comunidade proporciona ao curr culo escolar uma diversidade de tradi es particularidades hist ricas pr ticas sociais e culturas por vezes desacreditadas pela tradi o escolar Os educadores que atuam inspirados pelos valores do curr culo multicultural reescrevem diariamente e durante as aulas uma nova pr tica pedag gica de cunho democr tico Essa reda o inovadora leva inclus o dos conhecimentos culturais dos grupos subordinados e a uma nova perspectiva dos olhares dos alunos sobre si pr prios e sobre seu grupo possibilitando uma pr tica em consta
340. opre dans un corps de pratiques partag es c est pourquoi on ne parle pas un seul idiome dans la mesure o aucune communaut ne se r sout la solitude mais communique au moins avec celles qui l ont pr c d e dans la Spectralit Moreau 2011 et qu aucun idiome n est pur pour cette m me raison En r alit donc les deux propositions incompossibles se r v lent quivalentes Les cons quences montre Derrida sont d terminantes relativement a la question de l identit Qu est ce que l identit ce concept dont la transparente identit elle m me est toujours dogmatiquement suppos e par tant de d bats sur le monoculturalisme ou sur le multiculturalisme sur la nationalit la citoyennet l appartenance en g n ral ibid p 31 Le conflit se situe ainsi entre l acte politique par lequel on re oit ou on se trouve d poss d d une identit ainsi que Derrida lui m me en a fait l preuve lors de la d ch ance par le pouvoir de Vichy de leur nationalit pour tous les Juifs d Alg rie en 1943 et le processus r el C est Derrida qui souligne Soulign par Derrida 222 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 de formation de soi par la langue au sens o Herder l entend l trange moyen de former les hommes est la langue Herder 1977 p 144 Ce conflit oppose ainsi deux modes de subjectivation qui sont les deux paradigmes ducatifs que nous avons mis en vidence d
341. or o rendimento m dio auferido Relativo a rela o entre taxa de reprova o e reprova o de outros n veis de ensino observa se que dos alunos repetentes um 18 7 j tinha reprovado um n vel diferente daquele em que estava matriculado no momento da realiza o do inqu rito Enquanto aqueles que dos alunos que n o eram repetentes 20 1 j tinha reprovado um nivel diferente daquele em que estavam matriculados Contexto sociocultural e econ mico e abandono escolar O abandono escolar um indicador de insucesso escolar e ao mesmo tempo da exclus o educativa da a import ncia da sua an lise Numa primeira an lise dos dados do inqu rito constata se que um n mero reduzido 1 4 dos alunos tinha abandonado a escola Isto justifica se pelo facto de que a maioria dos alunos que abandonam a escola num determinado ano lectivo n o retomam os estudos numa escola p blica no ano lectivo seguinte Dos alunos que responderam que tinham abandonado a escola um 60 7 residiam no meio rural e um 39 3 residiam no meio urbano Contudo pela leitura dos dados obtidos comprova se que a taxa de abandono escolar elevada quando o n vel cultural dos pais for baixo e que as hip teses de abandonar a escola s o praticamente nulas quando a m e possuir forma o m dia ou superior A taxa de abandono escolar de 45 5 quando o pai n o possui nenhum n vel de escolaridade ou alfabetiza o 37 5 quando este tem o ensino prim
342. orais s o as maneiras pelas quais os homens de sociedade a sociedade de uma forma tradicional sabem servisse de seu corpo Para comprovar esse entendimento sobre as t cnicas do corpo o autor partiu da observa o de atividades cotidianas na sociedade a qual pertencia a ocidental depois buscou ampliar seus conhecimentos socioantropol gicos a respeito das sociedades tradicionais O autor afirma que uma habilidade manual aprendida de forma lenta e que toda t cnica propriamente dita tem sua forma Mas o mesmo vale para cada atitude do corpo Cada sociedade tem seus h bitos pr prios p 403 Essas habilidades e comportamentos corporais espec ficos para cada sociedade e regi o s o moldados ao longo de um per odo de constante aprendizado sendo passado de gera o em gera o e sofrendo modifica es por parte dos mais jovens devido a adapta es com rela o a mudan as no ambiente e as transforma es nas organiza es sociais A globaliza o presente na maioria das sociedades ocidentais trouxe grandes mudan as nos mais diferentes aspectos relacionados ao homem e ao ambiente ampliando e acelerando a comunica o entre na es comunidades aproximando culturas levando a um novo olhar sobre o conhecimento que se tinha sobre tudo Ainda sobre a sociedade em constante transforma o Le Breton 2003 informa sobre o uso do corpo como suporte como forma de express o de uma personalidade algo que deve ser constante
343. orazza S M 2001 O que quer um curr culo Pesquisas p s cr ticas em educa o Petr polis Vozes 2010 Diferen a pura de um p s curr culo In Lopes A C amp Macedo E Orgs Curr culo debates contempor neos S o Paulo Cortez p 103 114 Costa M V 2000 Estudos Culturais para al m das fronteiras disciplinares In Org Estudos culturais em educa o m dia arquitetura brinquedo biologia literatura cinema Porto Alegre Editora da UFRGS p 13 36 2010 Poder discurso e pol tica cultural contribui es dos Estudos Culturais ao campo do curr culo In Lopes A C amp Macedo E Orgs Curr culo debates contempor neos S o Paulo Cortez p 133 149 Costa M V Silveira R H amp Sommer L H 2003 Estudos culturais educa o e pedagogia Revista Brasileira de Educa o n 23 p 36 61 Formosinho J 2007 O curriculo uniforme pronto a vestir de tamanho unico Mangualde Portugal Edi es Pedago Foucault M 1981 As palavras e as coisas S o Paulo Martins Fontes Freire P 2005 Pedagogia do oprimido Rio de Janeiro Paz e Terra Garcia R L 2001 Curr culo emancipat rio e multiculturalismo reflex es de viagem In Silva T T amp Moreira A F B Orgs Territ rios contestados Rio de Janeiro Vozes p 114 143 Garc a Canclini N 2008 Culturas h bridas estrat gias para entrar e sair da modernidade S o Paulo EDUSP 2009 Diferentes
344. os EJA uma modalidade da educa o b sica nos n veis fundamental e m dio e que o poder p blico dever promover o acesso e perman ncia dos jovens e adultos na escola Art 37 A educa o de jovens e adultos ser destinada queles que n o tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e m dio na idade pr pria 1 Os sistemas de ensino assegurar o gratuitamente aos jovens e aos adultos que n o puderam efetuar os estudos na idade regular oportunidades educacionais apropriadas consideradas as caracter sticas do alunado seus interesses condi es de vida e de trabalho mediante cursos e exames 2 O Poder P blico viabilizar e estimular o acesso e a perman ncia do trabalhador na escola mediante a es integradas e complementares entre si Art 38 Os sistemas de ensino manter o cursos e exames supletivos que compreender o a base nacional comum do curr culo habilitando ao prosseguimento de estudos em car ter regular 1 Os exames a que se refere este artigo realizar se o I no n vel de conclus o do ensino fundamental para os maiores de quinze anos II no nivel de conclus o do ensino m dio para os maiores de dezoito anos 2 Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais ser o aferidos e reconhecidos mediante exames A Declara o de Hamburgo sobre a Educa o de Adultos de 1997 da qual o Brasil signat rio aponta que
345. os acrescenta valores morais de respeito pelo pr ximo e pelo ambiente Nos mobiliza tamb m para a a o cotidiana que direciona as nossas escolhas para a dimens o do todo com a necessidade de garantirmos a exist ncia das pessoas e de todas as formas de vida que povoam a Terra Nos permite tamb m a participa o num processo din mico que necessita de ser constru do e levado pr tica objetivando a conquista da verdadeira justi a social e ambiental Envolvimento sustent vel pertin ncia da educa o para a sustentabilidade O posicionamento social econ mico pol tico e cultural sobre a situa o de emerg ncia planet ria que atualmente vivemos permite estabelecer diferentes tipos de discurso sobre as formas que podem permitir ultrapassar a referida situa o ineg vel a crescente influ ncia da Ci ncia e da Tecnologia na sociedade em geral e na vida dos cidad os em particular Ineg veis s o tamb m as transforma es que da adv m supostamente visando uma certa melhoria da vida do cidad o do tecido social e at para o 160 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 aprofundamento da vasta complexidade de inter rela es que regem a vida na Terra Mas da crescente influ ncia das aplica es da Ci ncia e da Tecnologia resultam tamb m problemas que afetam a vida individual e social e a vida do planeta onde s o in meras as causas de press o que sobre ele exercida Os problemas planet rios de or
346. ossem conhecidas e compreendidas por todas as sociedades e todos os setores A nova demanda social repercutiu Seguindo o racioc nio de Costa 2000 empregamos os conceitos de discurso linguagem e narrativa com sentido similar significando inst ncias instituidoras de representa es e significados que vigoram e t m efeitos de verdade 122 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 sobre a popula o escolar fazendo avolumar se a contradi o j existente entre a cultura historicamente privilegiada pelo curr culo e as culturas dos alunos A situa o ganhou maior visibilidade a partir do ingresso na escola dos filhos dos grupos at ent o dela exclu dos Stoer e Cortes o 1999 acentuam que o aumento do n mero de alunos tem sido acompanhado de um acr scimo da diversidade nas institui es escolares P blicos antes n o escolarizados de distintas origens sociais e culturais come am progressivamente a constituir se como uma parcela importante do corpo discente Silva 2000 constata que a amplia o da heterogeneidade da popula o escolar desencadeou um problema curricular concretizado no constante enfrentamento com o outro O outro o outro g nero o outro a cor diferente o outro a outra sexualidade o outro a outra ra a o outro a outra nacionalidade o outro o corpo diferente p 97 Enfim o outro agora est ao lado Procurando minimizar o problema ao menos em car ter oficial a pol tica curr
347. ou influ ncias e rea es pelo globo Huntington 1997 em sua vis o do choque de civiliza es do futuro entende que o novo quadro impulsionou outras propostas interpretativas ampliando as fronteiras de conflito do s culo XXI aos mbitos culturais delimitados pelas quest es religiosas Em tal perspectiva o panorama pol tico internacional se caracterizou pelo desaparecimento da pol tica e reaparecimento das religi es como eixo da intera o sociocultural e conflituosa no novo s culo McLaren 2000 acrescenta s motiva es religiosas as posi es de classe etnia e g nero como fatores que aumentam a fervura das rela es Atentos a toda movimenta o os te ricos dos Estudos Culturais t m argumentado que os espa os de conflito se direcionam cada vez mais s fronteiras das diferen as culturais como mbitos de negocia o social e pol tica que substituem os confrontos predominantes no p s guerra Nesses tempos descobre se que os dilemas representados anteriormente pela oposi o ideol gica capitalismo comunismo est o em toda parte Os sonhos de consenso e homogeneidade culturais dos colonizadores h muito se extinguiram No n vel econ mico os processos de globaliza o crescente geram uma s rie de modifica es decisivas em escala planet ria com a consolida o de din micas mundiais de interc mbio de imagens pessoas e ideias A economia neoliberal de mercado globalizado e o ciberespa o marcam os par metros
348. oujours le m me rejet puis raval selon les moments Marc Aur le Pens es IL 2 Ce pneuma est le souffle de notre parole qui fait que nous ne sommes jamais le m me que nous n avons ni identit stable ni m me ips it comme Montaigne l avait bien compris Notre seule identit c est notre identification notre coh rence par la tension pratique qui nous anime dans l action notre vertu donc Elle est ind composable parce qu elle est une attitude en vue de se perfectionner C est aussi affirme Spinoza le fondement collectif d une nouvelle vie Le conflit entre les perspectives de la Conversion et de la M tamorphose pour la formation de l homme n implique pas qu il s agisse de substituer une vision une autre par une sorte de r volution ducative ouvrant sur une nouvelle re Il faut comprendre bien au contraire que le sch me de la M tamorphose ducative est actif mais peu visible du fait m me du recouvrement que lui impose l h g monie de la Conversion C est dans le champ des pratiques que ce combat est manifeste et il s agit d y apporter quelque lumi re C est vers la langue et les pratiques langagi res qu il faut donc revenir Les analyses d Edouard Glissant peuvent y contribuer Dans une proximit la pens e de Derrida Glissant affirme que le dit de la relation est multilingue le multilinguisme est une mani re de parler sa propre langue dans la prescience
349. peito aos fatos produzidos no espa o do quotidiano no discurso de uma pesquisa de opini o ou na conversa o pelo coro coletivo onde cada um faz parte mesmo sendo contra Qualificar uma representa o de social aceitar que ela produzida e enquadrada coletivamente O social uma caracter stica pr pria das representa es uma vez que elas contribuem exclusivamente para os processos de forma o de condutas e orienta o das comunica es sociais Ao mudar o conceito de coletivo para social Moscovici pretendia desenvolver um novo campo de pesquisa em que as rela es dicot micas coletivo individual est vel inst vel pessoa sociedade interno externo perdessem o significado dando origem a um novo saber cient fico com as bases n o mais na sociologia mas sim na encruzilhada entre o individuo e a sociedade Moscovici pretendia enfatizar sobretudo a qualidade din mica das representa es sociais em oposi o ao car ter fixo est tico das representa es coletivas Para o autor a teoria das representa es sociais conduz um modo de olhar a psicologia social que exige a manuten o de um la o estreito entre as ci ncias psicol gicas e as ci ncias sociais Moscovici 2005b 8 A sociedade moderna caracteriza se pela heterogeneidade flexibilidade e diversidade em oposi o ao car ter homog neo e est tico das sociedades tradicionais O objetivo do estudo de Moscovici foi de explorar a pa
350. peixe com farinha da mandioca e tomar varios banhos ao dia como os indigenas usar perfumes fazer cantigas de roda como os europeus misturar crengas religiosas como fizeram os africanos no per odo da escravid o para n o perderem suas cren as assim como algumas iguarias de sua culin ria como o vatap o caruru Tamb m aprendemos com os nordestinos a apreciar del cias de sua culin ria como o cuscuz e o bolo podre realizaram festas para os santos dentro da religi o cat lica e ficamos conhecendo o Boi Bumb ou Bumba meu boi cuja origem europeia e que ao se misturar com a cultura ind gena deu origem ao Boi Bumb do Amazonas O Boi Bumb do Amazonas nasceu na cidade de Parintins e conhecido internacionalmente e une o auto do boi do nordeste com a cultura ind gena tendo personagens que representam os senhores das terras o caboclo e o ind gena representa de forma art stica e grandiosa a nossa grande riqueza cultural Com rela o quest o econ mica a situa o atual da Amaz nia parece que n o est t o diferente assim ao que diz respeito pol tica interna de desenvolvimento e independ ncia da Zona Franca de Manaus e do restante do pa s A Amaz nia parece ser o objeto de desejo de muitos por suas riquezas naturais muitas ainda desconhecidas com rela o principalmente a fauna e flora S o muitos os motivos para a popula o local despertar e buscar caminhos para uma autonomia da regi o e maior valoriza o da cultur
351. pera o da apropria o destruidora da natureza sem que tal implique qualquer vingan a do natural sobre o humano Pureza 2002 Assumir a complexidade do que acaba de ser referido impede que esta sec o termine tranquilamente por aqui inevit vel a refer ncia ainda que breve pluralidade dos discursos ambientais que afinal n o s o mais do que formas de interpretar a Terra com os seus problemas de natureza ambiental e do equacionamento dos mesmos Tais discursos apresentam uma dimens o de universalidade considerando a natureza das quest es ambientais e porque implicam uma vertente interventiva na sociedade estabelecem uma rela o pr xima com o poder pol tico Foucault 1980 A diversidade dos discursos ambientais radica no facto de toda a gente depender das din micas dos v rios subsistemas naturais tanto os milh es de cidad os que habitam as periferias dos grandes centros populacionais como as elites intelectuais nos pa ses com diferentes n veis de desenvolvimento e at aqueles que vivem em regi es onde ainda poss vel encontrar harmonia ambiental De forma simplificada os referidos discursos podem polarizar se em torno de dois tipos o discurso dos limites ou da sobreviv ncia e o discurso prometeico Duarte Santos 2007 A centralidade do primeiro est expressa no Relat rio do Clube de Roma de 1972 Os Limites do Crescimento Meadows et al 1972 publica o que enfatizou a ideia de que o desenvo
352. plo disso a compreens o do termo 2 diversidade relacionado justi a se em dado momento esta apreendida como direito igualdade geral nota se tamb m que a mesma busca por justi a equidade desloca se visando ampliar as oportunidades de grupos espec ficos localizados em demandas de ra a g nero e ou sexualidade Para melhor expor esse argumento passaremos compara o dos mbito de A o documentos por quadros enunciativos Quadro 01 Descri o dos Documentos Presidente Ministro da Educa o Ano de Entidade Executora Publica o Documento Fernando Henrique Cardoso Paulo Renato de Souza DOCUMENTO 01 Tema Transversal Pluralidade Cultural nos Par metros Curriculares Nacionais PCN MEC Secretaria de Educa o Fundamental DOCUMENTO 02 As Diretrizes Curriculares MEC Secretaria Especial de Pol ticas de Promo o da Igualdade Racial Luiz In cio Nacionais para a Educa o das Rela es tnico Raciais e para o Ensino de Hist ria e Cultura Afro Brasileira e Africana DOCUMENTO 03 tica e Cidadania Construindo Valores na Escola e na Sociedade http mecsrv04 mec gov br seif etic aecidadania index html Fonte Kowalewski 2010 p 185 Secretaria de Educa o Continuada Alfabetiza o e Diversidade Presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais An sio Teixeira MEC Secretaria Especial de Direitos Humanos Secretaria de E
353. porcionou alguns pontos se mostram recorrentes no entendimento das implica es entre diversidade cultural e educa o S o eles 1 Um discurso un ssono sobre a necessidade de supera o do mito enganador da democracia racial visando constitui o de uma real e justa democracia Constatamos que esse objetivo est presente nos tr s documentos analisados No documento O1 p 25 60 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 exposta a necessidade de se superar o mito homogeneizador da democracia racial e da integra o das ra as no documento 02 p 12 e 16 tamb m not ria a obriga o de se desconstruir o mito da democracia racial na sociedade brasileira esuperar a ideia de que o racismo esse mito e a ideologia do branqueamento s atingem os negros No documento 03 Kit 01 M dulo III p 10 em texto de abertura ao m dulo de Direitos Humanos considera se basilar a amplia o do sentido de cidadania visando incorporar a reflex o sobre cidadania cultural uma cidadania que desnaturalize o mito da democracia racial ainda t o presente no nosso imagin rio coletivo Al m de perpassar os tr s documentos tal necessidade de supera o tamb m constitui a forma apresentada por todos eles para que possamos alcan ar n o s uma educa o plural mas tamb m uma sociedade mais justa e democr tica 2 Embora s o documento 01 apresente uma defini o de cultura h uma not vel
354. preender o modo como se pode tornar a vida poss vel Ducroux 2002 9 Todavia esta simpatia para com a Terra M e Gaia e estes comportamentos ritmados pelos ciclos das esta es e pelos dias percebem se melhor luz n o somente das tradi es ancestrais das comunidades tradicionais de que a cai ara um exemplo Viana 1999 mas luz do simbolismo da Terra M e Gaia estudado nomeadamente por Mircea Eliade 1949 1990 De acordo com o autor antes de ser considerada como uma deusa m e como uma divindade da fertilidade a Terra imp s se como M e Terra Mater ou Tellus Mater como a Genetrix universal como a Grande Ama e como M e gigante encarada tamb m como uma pot ncia criadora puramente c smica assexuada ou se se prefere sobre assexuada 1990 208 A Terra tornou se Mulher M e venerada e respeitada pelas suas caracter sticas terr ficas ben ficas como os atributos das deusas gregas ligadas agricultura e vegeta o o atestam Respeitada tamb m pelos seus mitos que nos revelam os mist rios do nascimento da cria o e da morte dram tica seguida da ressurrei o Assim n o surpreende que a Terra M e Gaia tenha dado lugar no quadro da evolu o dos cultos agr colas figura de uma Grande Deusa da Vegeta o da fertilidade e da colheita N o podemos esquecer tamb m o papel desempenhado por rtemis deusa da luz da lua dos animais selvagens da castidade e da ca a e Cibele a grande
355. profundem o car ter global de muitos dos problemas e dos desafios a que a humanidade tem que fazer frente para encarar o seu futuro UNESCO 2004 Estas recomenda es v o ao encontro das preocupa es manifestadas por alguns autores Delors 1996 Cortina et al 1998 que sugerem que seja fomentada uma educa o que procure superar a tend ncia de orientar o comportamento em fun o de interesses a curto prazo ou da simples rotina que contribua para uma correta perce o da situa o do planeta que promova o desenvolvimento de atitudes e de comportamentos respons veis e que prepare os cidad os para a tomada de decis es fundamentadas e dirigidas na procura de um desenvolvimento culturalmente plural e fisicamente sustent vel Do ponto de vista dos autores a inten o deste processo desafiador articula se bem com a emerg ncia de uma sociedade mundo composta por cidad os protagonistas envolvidos de forma consciente e cr tica na constru o de uma civiliza o planet ria Morin et al 2004 107 assim que a educa o para a sustentabilidade insiste em fazer um chamamento educativo e cultural da sociedade para modificar tend ncias e valores que incidam no bem estar de todos os seres humanos na integra o sist mica dos problemas sociais e ambientais num mesmo processo de reflex o a o e na cria o de uma cultura ambiental que reconcilie os indiv duos e a sociedade tanto com a natureza como com eles mesmos Subja
356. que contribu ram para a forma o cultural do amazonense em seguida nos reportaram a dan a contempor nea no contexto local Para este artigo partimos da pesquisa te rica e de campo realizada nos anos de 2008 e 2009 que ajudou a compor a obra de v deodan a Espelho dos olhos da cultura amaz nica que abrange a tem tica sobre identidade cultural de forma po tica ressaltando a pesquisa em dan a com novas tecnologias e a cultura local utilizando as linguagens da dan a da fotografia do v deo e cinema de document rio Palavras chaves identidade cultural dan a contempor nea v deodan a document rio Introdu o Olv dia Dias de Souza Cruz Sobrinha Artemis de Ara jo Soares Abstract This article proposes a reflection on cultural identity in the works of contemporary artists in the city of Manaus approach presents initially a little about culture and socity and presents a brief historical colonization period to understand the influences that contributed to the Amazon cultural education then we refer to contemporary dance in the local context For this article we start from theoretical research and field work carried out in the years 2008 and 2009 that helped to compose the work of videodance Espelho dos olhos da cultura amaz nica Mirror eye of Amazon culture covering thematic cultural identity of research emphasizing the poetic form in dance with new technologies and local culture sing the lan
357. que frequentemente se partilha quantas vezes at mascarado por uma linguagem comprometida a cren a de que mais e mais desenvolvimento poss vel e que a Terra continuar mais ou menos como agora esperar que o desenvolvimento sustent vel ou a confian a nos velhos h bitos sejam pol ticas vi veis como esperar que uma v tima de cancro de pulm o se cure por deixar de fumar Lovelock 2006 18 Torna se assim necess rio pensar de uma outra forma uma forma que privilegie mais o envolvimento individual e coletivo de cada cidad o com a natureza em detrimento de um des envolvimento que tem sido a matriz de refer ncia da praxis das nossas sociedades Reconhece se igualmente que n o sendo a educa o por si s suficiente para a consecu o de um futuro mais sustent vel ela vista aqui como processo promotor da responsabilidade da liberdade e da autonomia fator facilitador da mudan a de atitudes individuais e coletivas sem as quais quaisquer medidas a tomar ter o limitado impacte nesta conformidade que a educa o para a sustentabilidade surge como um novo paradigma baseado num processo de educa o permanente que conduz a uma informada e implicada cidadania Fien amp Maclean 2000 37 procurando analisar a complexidade das intera es que ocorrem entre a sociedade o ambiente a ci ncia a tecnologia e a economia e que visa promover nos cidad os o desenvolvimento de uma maior literacia cient
358. que se formam na di spora tendo em conta o contexto da p s modernidade em que as identidades se fragmentam rompendo com as identidades fixas e est ticas analisadas por soci logos como Maurice Halbwachs e Michael Pollak autores cl ssicos de mem ria coletiva Para o autor a mem ria h brida afigura se em v rios aspectos como uma identidade relacional e hist rica uma identidade individual que est ancorada no espa o no tempo e nas suas refer ncias sociais por m estas est o em constante devir esta caracter stica h brida da mem ria cabo verdiana que faz com que rapidamente os cabo verdianos perdem os v nculos com o passado e atrav s desta mem ria h brida que a hist ria da escravid o em Cabo Verde n o passa de um simples folclore pois a constru o social desta mem ria permitiu a reelabora o das viv ncias traum ticas que a mem ria escravocrata poderia deixar as gera es de cabo verdianos Assim sendo os cabo verdianos tendo perdido suas ra zes etno culturais neste sentido afro europeus jamais se identificam nem como africanos e nem como europeus mas sim como cabo verdianos produtos do cruzamento das duas ra as assim como os brasileiros Segundo o autor o fato que enquanto Hall 2002 percebe que a sociedade p s moderna por estar inserida num contexto de profundas mudan as e transforma es est mudando o sujeito com a identidade unificada e est vel tornando o fragmentado composta
359. quisa realizada no N cleo de Trabalho Comunit rios NTC da PUC SP referente ao projeto Educa o Interdisciplinar de Jovens e Adultos Foram as vozes dos alfabetizandos que possibilitou uma an lise da import ncia dessa a o Por meio das falas vislumbrou se o quanto o projeto favorece na autoestima dos sujeitos participantes pois eles se sentem reconhecidos pela sociedade e se percebem como pessoas de direito uma vez que sabendo ler e escrever podem participar mais efetivamente dos n cleos sociais al m de poder tomar decis es sem ajuda de terceiros Por se tratar de educa o n o formal poss vel trabalhar no ritmo dos alfabetizandos respeitando o tempo de cada um e valorizando seus aspectos subjetivos Nesse sentido esse tipo de educa o favorece um aprendizado que n o gera ang stia pois os discentes t m clareza que frequentar o o grupo o tempo que for necess rio sem as cobran as existentes na escola regular Al m disso o projeto prioriza os conhecimentos t citos dos alunos ou seja aqueles adquiridos no decorrer da vida e que s o em primeira inst ncia os saberes que os identificam enquanto sujeitos pois neles est o contidas as hist rias de vida de cada um e suas singularidades Entende se que as universidades polos priorit rios de ensino pesquisa e extens o devem desenvolver projetos de educa o de jovens e adultos convidando alunos do curso de Pedagogia para participarem dos n cleos de forma o para
360. r sentir entre outros dentro das escolas pode gerar alternativas s pr ticas de exclus o que foram historicamente constitu das E pode ainda conduzir nos ao conhecimento da nossa pr pria singularidade do nosso pr prio ser outro do nosso pr prio tornar se outro temos que experimentar a constru o de nossas pr prias vozes impedindo que no movimento de internaliza o do hist rico da colonialidade sejamos sempre e cada vez mais apenas vetores de sua manuten o Nascimento 2007 p 86 Refer ncias Botler A M H 2012 Repercuss es das pol ticas multiculturais na educa o Educa o amp Sociedade 33 119 595 609 Boto C 2003 A civiliza o escolar como projeto pol tico e pedag gico da modernidade cultura em classes por escrito Cad Cedes 23 61 378 397 Brasil 1997 Par metros Curriculares Nacionais temas transversais pluralidade cultural orienta o sexual Bras lia Minist rio da Educa o e do Desporto Secretaria de Educa o Fundamental MEC SEF Recuperado em 27 de dezembro de 2012 Brasil 2000 Par metros curriculares nacionais ensino m dio Brasilia Minist rio da Educa o e do Desporto MEC Recuperado em 27 de dezembro de 2012 Candau V M 2002 Sociedade cotidiano escolar e cultura s uma aproxima o Educa o amp Sociedade 79 ano XXIII Candau V M amp Leite M S 2007 A did tica na perspectiva multi intercultural em a o construind
361. ral Da primeira mistura do ndio com o europeu nasce o caboclo e no per odo da borracha essa miscigena o aumenta com o negro e o nordestino s o filhos da floresta e como tais adaptados ao ambiente em que se encontravam aprendendo um pouco dos conhecimentos e costumes de cada cultura dando origem a uma cultura pr pria rica e diversificada Devido a grande riqueza dos senhores da borracha Manaus foi transformada em uma cidade com apar ncia europeia ficando conhecida internacionalmente como a Paris dos Tr picos onde haviam todos os luxos e servi os de uma grande cidade da Europa foi a primeira cidade a ter luz el trica e uma universidade no Brasil as casas eram constru das ao estilo europeu e o Teatro Amazonas tamb m foi constru do nesse per odo assim como centenas de comunidades humildes que surgiram ao redor da cidade Bentes 1991 As manifesta es culturais da cidade eram exportadas da Europa apenas para uma pequena elite A cultura ind gena continuava a ser dizimada e s era bom e bonito o que vinha da Europa As culturas negra nordestina e ind gena iam se mesclando e dando origem a cultura cabocla e ribeirinha algumas dan as e ritmos ind genas tiveram influ ncia de ritmos africanos e os nordestinos trouxeram suas dan as festas e religiosidade O per odo ureo da borracha foi curto de 1901 a 1920 tendo fim quando a seringueira foi levada para ser produzida na sia onde conseguiram uma maior e melhor produ o por
362. rata se de um mito que oferece uma imagem dum mundo e duma poca onde o ser humano os animais as plantas e o c u viviam em harmonia ou seja gozavam de um entendimento perfeito Viviam em paz e em seguran a e eram felizes pois n o se preocupavam nem com a sua subsist ncia nem com as condi es climat ricas que eram sempre amenas e agrad veis Reenvia igualmente para uma terra de abund ncia onde os alimentos necess rios para os humanos e para os animais surgiam naturalmente sem necessidade de serem cultivados ou produzidos Por outras palavras os bens alimentares e de outro tipo eram oferecidos sem qualquer esfor o e em quantidade espontaneamente a todos aqueles que assim o desejassem Por fim era uma esp cie de Para so que desconhecia o trabalho a organiza o sociopol tica comercial e industrial e consequentemente onde n o existia nem a propriedade nem os meios de produ o Neste contexto era um lugar que n o estava sujeito usura temporal pois o tempo da Idade de Ouro n o se distinguia propriamente do Tempo das Origens in illo tempore ou seja num tempo que escapava a qualquer possibilidade de data o cronol gica pois a Idade de Ouro encontrava se fora do tempo hist rico Bauza 1993 1996 Gusdorf 2005 Sun 2000 Wunenburger 2002 Ara jo 2004 Foi portanto esta Idade de Ouro que precedeu o ciclo temporal que se foi paulatinamente 170 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 degradando
363. re multilingue Et ce pneuma r sulte d un processus de m tamorphose qu il analyse sous le concept de cr olisation La cr olisation consiste engendrer un langage nouveau en tissant les po tiques des langues sans que celles ci soient apparent es ou m me voisines La cr olisation est une pratique n e des circonstances historiques et politiques que les hommes ont retourn es leur faveur dans la cr ation d une langue dans laquelle ils peuvent penser leur propre exp rience violente contrainte et domin e du monde Mais cette pratique n est ni locale ni historiquement factuelle elle correspond d sormais analyse Glissant au mouvement m me de la mondialisation en en subvertissant de l int rieur l h g monie de gouvernementalit pastorale La cr olisation est un mouvement perp tuel d interp n trabilit culturelle et linguistique qui fait qu on ne d bouche pas sur une d finition de l tre Ce que je reprochais la n gritude c tait de d finir l tre l tre n gre Je crois qu il n y a plus d tre La d finition de l tre va tr s vite dans l histoire occidentale d boucher sur toutes sortes de sectarismes d absolus m taphysiques de fondamentalismes dont on voit aujourd hui les effets catastrophiques ibid p 31 En ce sens la cr olisation d crit la structure langagi re du processus de formation m tamorphique Dans la mesure o le
364. re alinhado uma vis o de mundo e uma concep o de educa o por essa raz o o que ocorre na escola em termos de curr culos e pr tica n o pode ser considerado neutros As escolas n o apenas controlam as pessoas elas tamb m ajudam a controlar o significado Pelo fato de preservarem e distribu rem o que se percebe como conhecimento legitimo o conhecimento que todos devemos ter as escolas conferem legitimidade cultural ao conhecimento de determinados grupo Apple 2006 p 103 104 Cientes da presen a constante do livro did tico no contexto da escola e que os processos de ensino e aprendizagem mediados em muitos casos tomam o livro did tico como refer ncias ou mesmo como curr culo elegemos o livro did tico de ingl s distribu do pelo PNLD 2010 2011 como objeto de pesquisa de mestrado A pesquisa b sica e documental foi fundamentada nos Novos Estudos do Letramento Street 1995 2003 e teve como corpus de an lise textos digitais de duas cole es Keep in mind e Links English for teens Do total de 17 dezessete textos digitais selecionamos 05 cinco textos digitais cujos temas referiam se ao Brasil e ou sobre ser Brasileiro a fim de analisarmos nos textos digitais e nas atividades de leitura dos livros didaticos de lingua inglesa o modelo de letramento e os sentidos de brasilidade por eles veiculados Os textos analisados foram selecionados a partir dos seguintes crit rios i caracter sticas de textos digi
365. reasons can explains such phenomena 1 the difficulties of dismantling the profound and diverse colonial heritage associated with the organization of the educational system 11 the evident consequences resulted from the symbolical violence which was the objective of colonial domination iii economic and financial obstacles of the postcolonial context and in some cases iv the re appropriation of some intrinsic elements produced by colonial discourse uttered during the colonization as strategic trick to materialize some political and economical interests in the country In terms of structure the present work is subdivided into an 1 Introduction where the topic and the objectives are presented the ii Methodological aspects aiming to explain the trajectory of the research and the tools used to accomplish the objectives predetermined the iii theoretical and historical debates iv the main findings of the bibliographical analysis the questionnaires submitted and its interpretation with the v conclusion drawn from this study Methodological Aspects This research combined two methodologies based on the most appropriate ones and taking into account the intrinsic features of the research According to Given 2008 mixed methods is defined as research in which the inquirer or investigator collects and analyses data integrates the findings and draws inferences using both qualitative and quantitative approaches or methods in a
366. rece ser vivido nos outros momentos da vida fora do momento escolhido para arriscar o indiv duo fica atento sua seguran a Le Breton 1991 142 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Todos os sujeitos da amostra foram un nimes em afirmar que perante situa es adversas entram no mar o que lhes proporciona um mergulho noutra dimens o e uma abstrac o completa da realidade tab 7 Ra E Sujeitos Principal sensa o quando se entra no mar f Mergulho noutra dimens o e abstrac o completa da realidade 26 65 Sentimento de realiza o 8 20 N o sente nada de especial 3 7 5 Sente muito respeito 3 7 5 Sente medo 0 0 TOTAL 40 100 Tabela 7 Caracteriza o da principal sensa o dos sujeitos quando entram no mar Este mergulho noutra dimens o representa aquilo que as pr ticas como o surf e o bodyboard significam para o jovem um escape rotina Nesta perspectiva Costa 2000 admite que estas actividades proporcionam uma fuga realidade onde v o buscar for as e energia para continuar a viver o seu dia a dia Este confronto com o risco que conduz ao limite e ao conhecimento do pr prio corpo proporciona ao jovem uma submers o num mundo imagin rio criando neles uma identifica o e uma valoriza o simb lica Costa 2000 Segundo Le Breton 1991 atrav s dessa identifica o e valoriza o simb licas os jovens v o procurando provar a sua possibilidade de estar n
367. refer ncia aos negros vem sempre frente no conjunto das rela es O documento tamb m prop e interc mbios com diferentes setores do Movimento Negro e o questionamento das narrativas hegem nicas da identidade no curr culo No documento 03 h uma proposta de forma o do F rum de Cidadania para que quest es pol tico sociais sejam debatidas como as rela es tnico raciais e de g nero Assimcomo no documento 01 a participa o dos alunos valorizada Ademais cada m dulo apresenta sugest es de textos e videos com estrat gias de jogos debates e brincadeiras para que o professor trabalhe em sala de aula Visando a exequibilidade de suas sugest es cada documento indica taticas especificas No documento 01 prop e se o etnoconhecimento uma mudan a de foco das Ci ncias por meio da valoriza o das express es regionais e culturais atrelada vincula o entre as tem ticas da desigualdade e da exclus o Para isso o documento indica que o aluno deve ser o protagonista de uma mudan a de mentalidades que precisa ocorrer A constru o de condi es que possibilitem diferentes culturas e etnias a se interpenetrarem o que mais nos chama aten o no documento 02 J o documento 03 apresenta as condi es e os princ pios de funcionamento de um f rum permanente e de ades o volunt ria nas escolas no intuito de promover debates sobre variadas quest es inclusive quelas pertinentes discrimina
368. relationship with social structure the article analyzes the Cape Verdean education system in relation to a set of social variables that influence on its operation and development in order to understand the influence of socio estructural conditions on the educational outcomes of students The results are based on information collected through questionnaires administered to pupils in secondary schools For the analysis of school failure refers to the indicators of the rate of failure and school dropout Keywords social effectiveness quality and educational equity school failure educational system A efic cia social do sistema educativo determinado pela equidade entendida aqui como sin nimo da igualdade de oportunidades educativas e a qualidade da educa o um tema central no debate educativo actual Nos discursos recorrentes s o patentes as refer ncias necessidade de melhorar ao mesmo tempo a equidade e a qualidade dos sistemas educativos Neste sentido uma das ideias predominantes que ambos os conceitos s o complexos e ao mesmo tempo indissoci veis e complementares sobretudo se consideramos que s o cada vez mais os alunos de n veis socioculturais e econ micos diferentes que t m acesso ao sistema educativo No debate sobre a qualidade e equidade da educa o importante questionar se poss vel haver qualidade sem equidade e ou vice versa H pois v rias respostas Contudo GEFIL USC Grupo
369. rentes e desiguais uma prova o enfraquecimento destes termos e sua substitui o por estes outros inclus o e exclus o O que significa o predom nio deste vocabul rio A sociedade antes concebida em termos de estratos e n veis ou distinguindo se segundo identidades tnicas ou nacionais agora pensada com a met fora da rede Os inclu dos s o os que est o conectados os outros s o exclu dos os que veem rompidos seus v nculos ao ficar sem trabalho sem casa sem conex o Garc a Canclini 2009 p 92 Em consequ ncia inclus o e exclus o constituem se atualmente em elementos chave nas pol ticas de identidade delimitadas especificamente a partir das din micas identit rias Nesse sentido o consumo de produtos culturais passou a ser fundamental na cria o de mecanismos que regulam a integra o ou a exclus o dos membros de uma comunidade A globaliza o dos alimentos m sica esportes formas de lazer programas de televis o e demais produtos culturais fomentam o espelhamento da constru o artificial de uma comunidade imagin ria em n vel global e de referenciais culturais aparentemente universais no marco de um projeto econ mico nico em um mundo globalizado de recursos econ micos e culturais desiguais Anderson 1993 O desenvolvimento da ideia de civiliza o universal vinculada ao conceito de na o viabiliza a argumenta o de que o neoliberalismo e o 120 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 c
370. resenta uma repeti o de elementos em suas obras de forma que a observa o e percep o desses elementos contribuem para verificar as caracter sticas pr prias das obras do criador ou sua identidade art stica Resultados alcan ados A identidade cultural do homem se forma ao longo de sua vida de acordo com a cultura com a qual se relacionou As influ ncias de outras culturas na nossa regi o foram muitas mas n o mudaram completamente a cultura local e apesar da popula o apresentar uma postura de colonizado n o conferindo a si pr prio e as suas caracter sticas culturais o devido valor respeito e preserva o vem caminhando a passos lentos em outra dire o podemos visualizar um pouco disso atrav s de alguns trabalhos art sticos de artistas locais O artista manauara seja da zona rural ou urbana traz consigo toda uma caracter stica cultural pr pria resultado das misturais raciais e culturais e apresenta de forma consciente ou inconsciente tra os dessa miscel nea em seus trabalhos art sticos Entendemos que o artista deve tomar cuidado com o excesso de informa es da era da comunica o para n o se perder e cair apenas no campo da repeti o do que se v e aprofundar se mais em si mesmo e nas suas refer ncias de origem de modo a inovar e engrandecer suas obras lembrando que a pesquisa um dos caminhos Apesar de tanto acesso as informa es no mundo globalizado o homem e principalmente o artista mant m uma
371. resso das ilhas Acesso em 15 de mar o 2013 de http www expressodasilhas sapo cv sociedade item 35417 rmp quer mais mulheres nos lugares de decis C3 A30 Gra a Sanches 2013 upcit Costa S 2011 Mulheres e participa o politica no cabo verde democratico In Carmelina Fonseca amp Celeste Fortes Orgs As mulheres em Cabo Verde experi ncias e perspectivas Praia Edi es da UNICV Evora R 2011 Um pais de mulheres governado por homens democracia e processo decis rio em Cabo Verde Comunica o apresentada durante Confer ncia sobre as Mulheres em Cabo Verde Praia Universidade de Cabo Verde Dahl R 1971 Poliarchy participation and opposition New Haven Yale University Press Martins M 2004 Participa o politica e democracia o caso portugu s 1976 2000 Lisboa ISCSP Martins M 2008 Representa o pol tica elei es e sistemas eleitorais uma introdu o Lisboa ISCSP Manuais Pedag gicos Martins M amp Pequito T 2005 O funcionamento dos partidos e a participa o das mulheres na vida pol tica e partid ria em portugal Lisboa Comiss o para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres Monteiro E 2008 Mulheres democracia e representa o pol tica In Teresa Cunha amp Celina Santos Orgs Das raizes da participa o pol tica Granja do Ulmeiro AJP Ac o para a Justi a e a Paz Monteiro E 2009 Mulheres democracia e desafios p s coloniais uma an l
372. rgindo nesse contexto de inova es e transforma es da era da comunica o das tecnologias onde as culturas passam a ser reconhecidas e apreendidas em diferentes partes do mundo Na atual forma de apresenta o da dan a contempor nea existe a possibilidade de se utilizar recursos dos mais diferentes tipos de arte e mesmo chegar ao ponto de hibridizar ou seja mesclar diferentes t cnicas de forma que uma venha a se apropriar de outra sendo um exemplo a dan a teatro de Pina Bausch que apresenta um forte trabalho de interpreta o atrav s da express o corporal e ainda hoje provoca pol mica quando se pergunta onde termina a dan a e onde come a o teatro Essa apropria o tamb m acontece na mistura da dan a com as novas tecnologias que usam proje es de imagens em tempo real a partir de eletrodos colocados nos corpos dos bailarinos de filmagem com proje o ao vivo do uso do v deo como cen rio ou mesmo na intera o da imagem na tela com o bailarino no palco onde este responde aos movimentos ou a es projetadas demostrando assim outras possibilidades de pensar e fazer dan a Spanghero 2003 Spanghero 2003 ainda exp e que outra forma de apresenta o da dan a contempor nea a v deodan a que nasce da mistura da dan a com a fotografia e o cinema Nesta forma de apresenta o da dan a a coreografia criada para o espa o do v deo e as possibilidades de movimenta o e mistura de t cnicas maior
373. ribuir para a forma o de cidad os que reconhe am que os direitos de que hoje tanto se fala econ micos sociais e do ambiente s far o sentido a partir da sua qualifica o como patrim nio comum da humanidade nesta linha de pensamento que poder ser vista a Confer ncia de Sal nica em 1997 a qual sublinhou a necessidade de educar para um futuro sustent vel atrav s do recurso a uma vis o transdisciplinar que possa levar a uma a o concertada de todos os educadores Na Recomenda o 21 desta Confer ncia apelava se para que as escolas fossem encorajadas a adaptar os seus programas curriculares s exig ncias de um futuro sustent vel e beneficiassem de um suporte pr prio para esse efeito Na Recomenda o 24 solicitava se um refor o e uma reorienta o dos programas de forma o de professores bem como o recenseamento e a difus o de pr ticas inovadoras e que fosse fornecido um suporte pesquisa relacionada com os m todos de ensino interdisciplinar e se fizesse uma avalia o pertinente do impacto dos programas educativos implementados As experi ncias interdisciplinares sobre a sustentabilidade da Terra traduzem se num comportamento coerente com as responsabilidades ticas e cient ficas dos investigadores e necessitam de ser compreendidas e implementadas no contexto educativo Da a import ncia de fomentar junto dos professores uma consci ncia interdisciplinar onde a sua forma o de base muito tem a ganh
374. rio 8 3 quando possui o ensino secund rio e apenas 4 2 quando o pai possui um curso superior Tabela 7 Escolaridade da m e X taxa de reprova o Ano de N o escolaridade repetente o Repente e Tow Nenhum 256 76 2 80 23 8 100 Alfabetiza o 172 76 8 52 23 2 100 Prim rio 704 78 198 22 100 Secund rio 217 83 5 43 16 5 100 Med profissional 67 88 2 9 11 8 100 Superior 88 98 9 1 11 100 Total 1 504 383 A introdu o da quest o sobre o n mero de irm os que j tinham abandonado a escola antes da conclus o do ensino secund rio nos permitir fazer uma an lise mais detalhada da correla o existente entre o capital cultural e abandono escolar Como podemos observar h uma correla o positiva entre ter um irm o que j tinha abandonado a escola exclu do do sistema p blico de ensino e o contexto sociocultural e econ mico 78 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Quanto a faixa et ria dos irm os que tinham abandonado o sistema educativo constatamos que um 19 7 dos alunos que frequentava o ensino secund rio tinha um irm o na faixa et ria 10 e 12 anos fora do sistema formal de ensino um 25 7 tinha pelo menos um irm o na faixa et ria 13 e 15 anos um 30 5 na faixa et ria 16 e 18 anos um 28 5 na faixa et ria 19 e 21 anos e um 50 na faixa et ria mais de 21 anos que tinha abandonado a escola O que significa que muitos dos que tinham abandona
375. rno da concep o de status e que para obter reconhecimento jur dico os indiv duos devem ser reconhecidos como membros ativos da comunidade e ocupar uma determinada posi o Por m ele percebe que na sociedade moderna n o mais permitido ao sistema jur dico oferecer privil gios em fun o do status de cada pessoa ao contr rio o sistema jur dico tem por obriga o lutar pelos interesses de todos os membros da sociedade Assim Honneth exp e a forma de reconhecimento de direito da modernidade Esta nova forma estabelece uma diferen a entre reconhecimento jur dico e respeito social Por reconhecimento jur dico o autor entende que todos os indiv duos devem ser reconhecidos como um fim em si mesmo ou seja deve se respeitar a liberdade da vontade das pessoas O respeito social demonstra o valor de uma pessoa uma vez que este medido de forma intersubjetiva de acordo com os crit rios de relev ncia adotados por uma determinada sociedade Entende se que a esfera do direito deve reafirmar a autoconfian a adquirida no mbito familiar para que os sujeitos desenvolvam a autonomia e a individualidade e que sejam capazes de se perceberem como pertencentes a um grupo com necessidades pr prias Nesse sentido os projetos de inclus o social t m papel fundamental uma vez que buscam trabalhar com caracter sticas individuais levando as pessoas a se perceberem integrantes de um grupo e ou de uma comunidade A
376. rtir do conceito de representa es sociais essas varia es e as diferentes ideias coletivas presentes nas sociedades modernas A teoria das representa es sociais constitui se em uma forma particular de evidenciar o pensamento comum em oposi o ao pensamento cient fico ressaltando as dimens es cognitivas e sociais da constru o da realidade Para Moscovici 2005 nas sociedades contempor neas existem duas classes distintas de universos de pensamento universo reificado e universo consensual O primeiro onde se produz e circulam os pensamentos cient ficos e eruditos e o segundo o universo consensual onde ocorre a elabora o de pensamentos oriundos do 2 senso comum resultado da intera o social no quotidiano E nesse universo que se procurou analisar as representa es Sociais e constru o de identidades dos estudantes cabo verdianos no Rio de Janeiro No universo reificado a sociedade transformada em um sistema de entidades s lidas invari veis indiferentes individualiza o e n o possui identidade Essa sociedade seria de tal forma como se as cria es constitu ssem objetos isolados tais como as ideias ambientes e atividades fruto de uma grande preocupa o com a objetividade e o rigor metodol gico Por outro lado no universo consensual onde se constroem as teorias do senso comum a sociedade uma cria o vis vel cont nua permeada de sentido e finalidade considerando a sua exist
377. s sont des processus culturels des r seaux de pratiques qui ne sont plus consid r es comme des p riph ries ni comme des centres mais comme des multiplicit s cumantes de la r alit de la totalit monde ibid p 48 D j aux marges de l Ecole l ducation diffuse des jeunes permet de les initier cette appr hension d une r alit multilingue dans laquelle leurs pratiques culturelles ne seraient ni minor es et rejet es la p riph rie ni ne deviendraient h g moniques Il convient enfin que les pratiques p dagogiques scolaires s y consacrent davantage Les p dagogies de re nouvelle celles qui eurent prendre en charge l ducation des enfants apr s la Premi re 226 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Guerre mondiale qui imposa aux esprits ses chauvinismes issus de la concurrence des Etats nations pour l h g monie colonialiste sur le monde en ont semble t il indiqu la voie par l accent qu elles ont mis sur les pratiques esth tiques sur une relation ouverte et critique aux savoirs enfin sur l internationalisation contre les identit s closes gr ce aux voyages et la curiosit pour toutes les cultures L interculturalit n est jamais un probl me en ducation car c est le fondement m me d une formation de soi qui refuse le renoncement la r signation et la fermeture dans l ips it de l individu Bibliographie Derrida J 1996 Le monolinguisme de l
378. s estudantes cabo verdianos residentes no Rio de Janeiro bem como as percep es que estes jovens t m acerca das suas identidades re constru da Constata se que estes jovens que emigraram para o Brasil em busca de um diploma de n vel superior vem construindo diferentes modos de ser e de estar em fun o da assimila o de novos h bitos e costumes da sociedade de acolhimento re construindo desta feita uma identidade auto referenciada Presume se que essas mudan as na forma de ser e estar se Mestre em Psicologia Social Docente do Departamento de Ci ncias da Educa o Filosofia e Letras da Universidade de Santiago 180 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 devam a uma assimila o r pida de outro modo de vida ou seja de outras pr ticas sociais que a merc de sua hegemonia no novo ambiente se imponham inexoravelmente a eles no seu quotidiano Pressupondo se que o que se faz coletivamente determina em grande parte o que se possa compartilhar em termos de pensamento ocorrendo novas representa es sociais que podem estar sendo formadas ou antigas representa es que est o sendo transformadas no seio da comunidade de estudantes cabo verdianos no Rio de Janeiro Assim quando se refere a uma poss vel reconstru o da identidade est se remetendo sua causa s rela es que se estabelecem entre duas culturas que s o por alguma raz o postas em estreito contato mas tamb m a caracterizando como um processo de
379. s lia MEC SECADI Lion o T amp Diniz D 2008 Homofobia sil ncio e naturaliza o por uma narrativa da diversidade sexual Psicologia Pol tica 8 16 307 324 Lion o T amp Diniz D 2010 Laicidade e ensino religioso no Brasil Bras lia UNESCO LetrasLivres Editora UnB Macedo E 1998 Os Temas Transversais nos Par metros Curriculares Nacionais Qu mica Nova na Escola 8 Macedo E 2006 Por uma pol tica da diferen a Cadernos de Pesquisa 36 128 327 356 Macedo E 2009 Como a diferen a passa do centro margem nos curr culos o exemplo dos PCN Educa o amp Sociedade 30 106 87 109 MacLaren P 1997 Multiculturalismo cr tico S o Paulo Cortez 18 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 MacLaren P 2000 Multiculturalismo revoluciondrio pedagogia do dissenso para o novo mil nio Trad M Moraes R C Costa Porto Alegre Artes M dicas Sul Milovic M 2007 A utopia da diferen a A parte Rei Revista de Filosofia 1 8 Moreira A F B 2001 A recente produ o cientffica sobre curriculo e multiculturalismo no Brasil Avan os Desafios e Tens es Revista Brasileira de Educa o 18 65 81 Moreira A F B 2002 Cultura diferen a cultural e di logo Educa o amp Sociedade Ano XXIII 79 15 38 Nascimento W F 2007 Pensando a escola entre forma o e liberdade Revista Sul Americana de Filosofia e Educa o n 6 7 Oliveira I B 2006 B
380. s n o se conhecendo a seu favor leis ou quaisquer instrumentos que tivessem em conta os seus direitos e aspira es Atrav s dos dados da tabela podemos notar que desde 1975 altura em que Cabo Verde tomou a independ ncia as mulheres continuam sempre sub representadas no parlamento Se formos fazer uma an lise comparativa entre o n mero de deputadas eleitas e o n mero de mulheres no governo poder executivo podemos notar que nenhum mulher desempenhou cargos no governo durante o per odo monopartid rio como se pode ver no quadro 2 Nesta altura Cabo Verde era governado por um nico partido e tamb m a maioria das mulheres tinham pouco acesso a educa o onde as suas ocupa es eram quase em exclusive de dom sticas No entanto a partir da abertura democr tica em 1990 poca em que enaugurou a entrada da 1 mulher nos org os do poder pol tico em Cabo Verde como se pode ver na tabela n 2 Quadro 2 Mulheres no poder executivo Mulheres Homens Total 1986 qo lo TE a l 2008 jes o R qo A 2011 J s 12 DO MO Fonte Crispina Gomes 2011 Mulheres e poder o caso de Cabo Verde Praia IBNL de real ar que houve uma evolu o das mulheres no poder executivo depois de Cabo Verde ter tomado a independ ncia sendo que as mulheres v o ocupando lugares Monteiro E 2009 Mulheres Democracia e Desafios P s coloniais Uma an lise da participa o pol tica das mulheres em Cabo Verde Prai
381. s representa es sociais Marna de F tima AlVeS e es aga an sess ea a dA E tenses on DD ee Nae aaa 181 The representation of Europe in the Cape Verdean secondary education Francisco Osvaldino Nascimento Monteiro ces eeeceeesceeseecseceseeeseeesseecnaecseeeseeesaeessaeenes 195 Participa o Especial M tamorphoses et interculturalit quels modes de subjectivation pour une formation de soi m me par l interculturalit Didier Marcas ai ne CR 213 A diferenca cultural na escola Resumo A centralidade do debate sobre as atuais transforma es na educa o como as pol ticas de inclus o as a es afirmativas ou a pr pria discuss o sobre o direito educa o envolve uma reflex o sobre o sentido dessas mudan as Compreende se assim que a educa o um dos campos mais importantes de debate em torno da tem tica da igualdade e da diferen a visto que a educa o escolar uma dimens o fundamental da cidadania e o direito educa o escolar um desses espa os que n o perderam e nem perder o a sua atualidade O interesse portanto o de contextualizar os processos hist rico culturais envolvidos na institucionaliza o da escola para depois situar os desafios e as tend ncias atuais postas educa o brasileira no que diz respeito principalmente s pol ticas de gest o da diferen a cultural Mais do que saber lidar didaticamente com as diferen as ou as singularidades presentes em sala de aula
382. s concretamente ao conceito de representa es coletivas desenvolvido pelo soci logo franc s Emile Durkheim 1912 para resgatar o passado hist rico da psicologia social criada na Europa que a vertente americana tinha eclipsado De fato a teoria das representa es sociais surgiu a partir do conceito de representa es coletivas desenvolvida por Durkheim no seu estudo sobre As formas elementares da vida religiosa A preocupa o de Durkheim em fazer da sociologia uma ci ncia aut noma est na origem da distin o radical que ele fez entre as representa es individuais e as representa es coletivas Segundo o soci logo franc s as representa es individuais s o objeto de estudo exclusivamente da psicologia enquanto as representa es coletivas s o da responsabilidade da sociologia Nesse sentido Durkheim defende que o pensamento social possui caracter sticas pr prias que somente podem ser explicadas por fatores tamb m de ordem social ou seja os fen menos psicol gicos n o conseguem explicar fatos coletivos Para o autor as representa es coletivas s o id ias aut nomas carregadas de saberes que ultrapassam o indiv duo S o coletivas na medida em que exercem uma coer o sobre os indiv duos tornando os seus reprodutores e conduzindo os a agir e a pensar de forma homog nea S o est veis na sua produ o e reelabora o em oposi o ao car ter ef mero das representa es individuais Segundo N brega
383. s de quatro importantes documentos Agenda 21 Declara o do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento Conven o Quadro das Na es Unidas sobre Altera es Clim ticas e Conven o sobre a Diversidade Biol gica e estabelecimento do Protocolo de Kyoto em 1997 segundo o qual os pa ses industrializados se comprometeram a reduzir as suas emiss es de gases de efeito de estufa GEE em pelo menos 5 em rela o aos n veis de 1990 at ao per odo de 2008 a 2012 e realiza o em 2002 na cidade de Joanesburgo da Cimeira das Na es Unidas sobre o Desenvolvimento Sustent vel tamb m designada por Rio 10 Teve como principal objetivo fortalecer o compromisso de todos os participantes em rela o promo o do desenvolvimento sustent vel Foram objeto de discuss o entre outros temas como a erradica o da pobreza e os meios de subsist ncia sustent veis os oceanos e as zonas costeiras a prote o dos recursos naturais e o sistema pol tico visando a participa o p blica a coopera o e a promo o do desenvolvimento e ratifica o em 2005 do Protocolo de Kyoto por 55 pa ses incluindo aqueles que representam 55 das emiss es de GEE dos pa ses desenvolvidos tendo entrado em vigor nessa mesma data De salientar a n o ratifica o por parte dos Estados Unidos da Am rica e da Austr lia e proclama o da D cada da Educa o para o Desenvolvimento Sustent vel 2005 2014 tendo a UNESCO sido designada como org
384. s educandos Complementa ressaltando que o car ter volunt rio da educa o n o formal surge como elemento mobilizador apontando a disposi o de participa o existente em cada um Algumas caracter sticas segundo o autor tornam se necess rias nos espa os de educa o n o formal para que se atinjam os objetivos propostos S o elas ter car ter volunt rio promover a socializa o e a solidariedade visar o desenvolvimento preocupar se com a mudan a social favorecer a participa o ter espa os pouco formalizados e pouco hierarquizados proporcionar a investiga o e projetos de desenvolvimento e ter formas de participa o descentralizadas Afonso 1989 p 90 Ghanem e Trilla 2008 p 33 definem educa o n o formal como toda atividade organizada sistem tica educativa realizada fora do marco do sistema oficial para facilitar determinados tipos de aprendizagem e subgrupos espec ficos da popula o tanto adultos como infantis Segundo esses autores a educa o nao formal se utiliza de diferentes metodologias at mesmo aquelas em desuso na educa o formal Isso ocorre porque ela n o tem que se submeter a regras impostas pelo sistema educacional como curr culo padronizado e imposto normas legais vinculadas ao calend rio escolar e titula o dos professores car ter n o obrigat rio que permite a utiliza o de m todos e recursos que estejam de acordo com a realidade em que se opera
385. s outras institui es citadas por Foucault 1987 como a pris o o manic mio o hospital o quartel a escola funciona como lugar privilegiado para se observar por exemplo tanto as transforma es que j aconteceram quanto as que ainda est o acontecendo na l gica social Veiga Neto 2011 p 109 Nesse sentido as rela es de poder que envolvem a educa o moderna nas suas dimens es micro e macropol ticas referem se tamb m a metanarrativas educacionais que t m servido frequentemente apenas para que certos grupos imponham suas vis es particulares disfar adas como universais s de outros grupos Silva 1994 p 247 Ao inv s de simplesmente pensar que a educa o estaria a servi o de uma hegemonia de pr ticas de sujei o prop e se considerar que se trata de um locus de contesta o e de resist ncia discursivos e experienciais podendo promover formas de subjetiva o Por meio dessas an lises visam se debater as tend ncias e os desafios do contexto contempor neo postos realidade da educa o brasileira em especial A educa o na escola hoje tend ncias e desafios A centralidade do debate sobre as atuais transforma es na educa o como as pol ticas de inclus o as a es afirmativas ou a pr pria discuss o sobre o direito educa o envolve uma reflex o sobre o sentido dessas mudan as Isso porque preciso ter sempre claro que mesmo aquilo que parece ocorrer apenas no mb
386. s pol ticas multiculturais marcadas pelo respeito diversidade cultural sugere que a pol tica educacional multicultural n o assegura mais democracia isto porque existem algumas contradi es das pol ticas multiculturais que apesar de bem intencionadas s o assentadas em fundamentos equivocados para a real promo o de pol ticas educacionais de igualdade social p 604 Por tr s de algumas propostas multiculturais no contexto da educa o ainda h pr ticas que ajudam a preservar rela es de domina o e de poder entre grupos sociais De outro modo existem perspectivas que apontam a necessidade da educa o multicultural para questionar a especificidade do conhecimento transmitido e produzido em termos de ra a classe e g nero e pode ser o espa o de cria o de uma pluralidade de concep es sobre a realidade MacLaren 1997 2000 Al m disso h projetos que v m na educa o multicultural uma possibilidade para a forma o de uma cidadania planet ria Gon alves amp Silva 2003 Educa o multicultural intercultural Para Moreira 2002 a proposta de um trabalho para o reconhecimento da diferen a cultural na sociedade e na escola traz uma primeira implica o que diz respeito ao abandono de uma vis o monocultural A segunda implica o est ligada tentativa de reescrever o conhecimento a partir das vis es e experi ncias dos grupos de diferentes ra zes tnicas A terceira por sua vez refere se a
387. s s instruisent mutuellement comme le d veloppe Cic ron dans le Trait des devoirs La repr sentation cataleptique qui nous est transmise par nos ma tres ceux que nous choisissons par les uvres de la culture manifeste notre interaction avec la chose et ne pr tend pas tre une plus ou moins bonne copie de la r alit Elle est la marque m me de l actualit de la perception elle est cette perception en acte et vaut alors pour son t moignage authentique C est la vie sociale elle m me qui est ducative La soci t des hommes ne rel ve pour les Sto ciens ni de l int r t ni du hasard mais de la tension commune vers l unit 220 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 rationnelle avec le Cosmos qui nous recommande les uns aux autres commendatio en nous rendant solidaires En elle l activit repr sentative de chacun se cr e un corpus de t moignages des choses autant partir des impressions sensorielles brutes naturelles qu labor es culturelles par la repr sentation cultiv e rationnelle de ceux qui les produisent Les peintres les musiciens les crivains les architectes les orateurs transmettent leur exp rience du monde aux autres hommes qui y puisent des connaissances fiables et formatrices C est le sch me de ce que nous nommons la M tamorphose ducative Elle est la trajectoire m me de l oikeiosis ce que S n que traduit par Commendatio de la Nature qui est le d veloppement de la ten
388. s s o maiores e reflecte no seu desempenho acad mico Ainda podemos concluir que O percentual de alunos que concluem o ensino b sico obrigat rio e n o concluem o ensino secund rio significativo evidenciando se o car cter afunilado do sistema educativo educativo cabo verdiano ou seja um sistema onde a medida que ascendemos na estrutura educativa diminui o n mero de alunos inscritos sobretudo dos alunos de origem social desfavorecidos Este facto tem impacto importante sobre a equidade pois o bandono escolar maior entre os grupos com baixo n vel sociocultural e econ mico Dos alunos que conseguem ter acesso ao ensino secund rio um percentual significativo reprova no 1 ciclo 27 5 no 7 ano e 38 8 no 8 ano e acabam abandonando posteriormente o sistema escolar p blico E entre aqueles que abandonam o ensino secund rio p blico apenas uma minoria retoma os estudos no ano lectivo seguinte Entre os alunos inqueridos um 20 eram repetentes 19 5 dos alunos j tinha reprovado um n vel diferente daquele em que estava matriculado ao passo que 52 9 tinha um irm o a frequentar o sistema de ensino e que j tinha reprovado pelo menos uma vez O que demonstra que um n mero expressivo dos alunos n o consegue atingir os objectivos m nimos propostos maior taxa de abandono escolar ocorre na faixa et ria 12 15 anos o que significa que na pr tica os alunos est o ainda em idade escolar e legalmente n
389. s sociais em um quadro assimil vel e compreens vel para eles pr prios na medida em que se articulam aos seus valores e sentimentos isso que se acredita ter aqui demonstrado no que se refere s trajet rias dos estudantes cabo verdianos no Rio de Janeiro Nesse sentido para entender as representa es sociais constru das pelos cabo verdianos deve se considerar que essas representa es e identidades s fazem sentidos se for tomado o contexto da forma o da sociedade cabo verdiana A partir da pode se entender as diferentes representa es e identifica es assumidas pelos diferentes grupos de estudantes cabo verdianos no Rio de Janeiro importante reportar que as identidades e a na o cabo verdiana se consolidaram muito antes da independ ncia do pa s em 1975 quando o crioulo o primeiro elemento cultural mesti o em Cabo Verde ganhou maturidade tornando se a l ngua de comunica o do cabo verdiano ao mesmo tempo em que contribuiu para a forma o do homem cabo verdiano como um sujeito singular com uma filosofia e um modo de vida pr prio de estar e viver no mundo Para al m do crioulo que se originou do encontro do portugu s com os dialetos africanos a culin ria a m sica e a dan a a literatura e as artes constituem os elementos de afirma o da cabo verdianidade como uma identidade una e singular Os estudantes cabo verdiano no Rio de Janeiro acreditam que possuem v rias formas de identifica o com o Brasil
390. saram em realizar trabalhos de conclus o de curso TCC sobre Educa o de Jovens e Adultos EJA O que dizem os alfabetizandos Todos os sujeitos entrevistados s o naturais da regi o Nordeste e vieram para S o Paulo no in cio da vida adulta em busca de novas oportunidades de emprego uma vez que no estado natal trabalhavam na ro a desde crian as para ajudar a fam lia e por isso n o tinham como estudar Quanto a isso estudos recentes tais como os de Segovia et al 2009 e de Castro e Aquino 2008 apontam que o Brasil ainda n o conseguiu reduzir as desigualdades socioecon micas e por esse motivo as fam lias necessitam que os filhos trabalhem para que possam adquirir renda m nima no final do m s negando lhes que vivam a inf ncia e a juventude e consequentemente a escolariza o Cinco deles t m entre 26 e 43 anos de idade e apenas um conta com 60 anos S o casados t m filhos e possuem renda mensal que varia de um a dois sal rios m nimo que atualmente de R 678 00 Apenas um alfabetizando do sexo masculino Esse fato nos instigou e ent o buscamos entender o porqu Tr s mulheres relatam que quando pediam para ir escola o pai n o permitia dizendo que lugar de mulher em casa Quanto profiss o um aut nomo vende sandu che na rua tr s s o dom sticas um zelador e um caseiro em um s tio Apenas dois estudaram quando crian a por m nenhum terminou o ensino fundamental I Um dos al
391. scando deste modo a emancipa o sustent vel e democr tica e consequentemente a sua transfer ncia para uma consci ncia global Admite se que para promover uma forma o integral dos cidad os necess rio o contributo e a interliga o de diferentes reas do conhecimento numa perspetiva concertada e complementar que contribua para aumentar a sua cultura cient fica e a sua cultura humanista de modo a que se possam tornar cidad os mais sens veis mais ativos e interventivos na procura de solu es para os problemas sociais econ micos e ambientais que afectam as suas comunidades a sociedade e portanto o planeta Terra que o exerc cio respons vel da cidadania concretiza se na procura de solu es que impliquem a capacidade cr tica de refletir para depois decidir e na aplica o de conhecimentos de natureza cient fica e tecnol gica em situa es do dia a dia Concretiza se tamb m na operacionaliza o de novas formas de interven o humana onde o cidad o educado deve emergir num permanente e sistem tico contributo para o equil brio da natureza e para uma verdadeira vida em sociedade Os esfor os visando uma a o internacional concertada come aram por ser reclamados na Confer ncia das Na es Unidas no Rio de Janeiro 1992 onde se sublinhou a necessidade de a es decisivas por parte dos educadores de todas as reas do saber Do ponto de vista dos autores crucial que essa a o convergente possa cont
392. scuss o ignorada Candau amp Leite 2007 Candau 2008 necess rio ent o compreender o que est por tr s de seu verdadeiro significado para avaliar os sentidos e valores que carrega pois conforme salienta a autora a concep o de cultura predominante nas propostas de educa o multicultural aproxima se de uma perspectiva est tica e essencialista em que a cultura vista como um conjunto mais ou menos definido de caracter sticas est veis atribu das a diferentes grupos e s pessoas que se considera a eles pertencerem Esta uma realidade muito presente no imagin rio dos educadores e da sociedade em geral que tendem a classificar as pessoas segundo atributos considerados espec ficos de determinados grupos sociais Questionar essa perspectiva um grande desafio Candau 2008 pp 135 136 A autora privilegia a abordagem da educa o intercultural que seria uma educa o para a negocia o cultural pois concebe o conceito de cultura a partir de suas particularidades hist ricas e din micas como processo em continua constru o desconstru o e reconstru o no jogo das rela es sociais presentes nas sociedades Neste sentido a cultura n o est sendo a cada momento Candau 2002 p 135 O conceito de interculturalismo em que a ideia de educa o intercultural se deriva apoiado pelas elabora es de Catherine Walsh professora e diretora do Centro de Estudos Culturais da Universidade Andina
393. senta o pol tica s o v rios pa ses que tem vindo a adoptar algumas pol ticas de paridade Martins e Pequito Teixeira eles advogam que existem varios argumentos normativos e empiricos que apoiam a introdu o de medidas formais ou legais destinadas a promover uma representa o equilibrada ou parit ria das mulheres e dos homens no exerc cio dos cargos politicos e mais especificamente no acesso ao mandato de deputado parlamentares Para Krook os estudos acerca da op o de medidas de paridade entre os sexos tem seguido ess ncialmente quatro linhas principais em 1 lugar varios estudos concluiram que regra geral os grupos de mulheres est o na linha da frente de qualquer tipo de press o no sentido de adop o de medidads de paridade onde esses grupos podem incluir as sec es feministas no interior dos partidos pol ticos movimentos feministas extrapartid rios no seio da sociedade civil os grupos internacionais de mulheres e at mesmo mulheres que estejam pr ximas de homens poderosos Em geral as mulheres s o de opini o de que as quotas revestem se de enorme import ncia enquanto estrat gia acelerada para aumentar a representa o das mulheres na pol tica Em cabo verde este assunto tem ganhado muita import ncia nas ultimas d cadas em que podemos destacar a OMCV desde 1975 depois o ICF que actualmente designado de ICIEG Instituto Cabo verdiano para igualdade e Equidade de G nero que remonta os
394. sino de l nguas estrangeiras tanto quanto nas demais disciplinas a ponto de nos levar a questionar se o ensino est centrado no aluno como gostariam pedagogos e professores ou no livro did tico do qual o professor n o seria o mediador Coracinl 1999 p 35 Algumas pesquisas sobre o livro did tico foram trazidas para a pesquisa como subs dio para compreendermos as implica es do material did tico no processo de aprendizagem da l ngua inglesa e sobretudo para analisarmos que sentidos de brasilidades os referidos materiais propagam Segundo dados de Tortato 2010 Cardoso 2011 e Ferreira 2011 o livro did tico de ingl s continua representando uma autoridade na escola Tortato 2010 em sua disserta o constatou que o Livro Did tico P blico material produzido por professores da educa o b sica do Paran destinado aos alunos do ensino m dio mant m algumas caracter sticas das edi es comerciais essas caracter sticas nem sempre favorecem a efetiva o de uma educa o intercultural visto que parecem adotar uma vis o mais estreita do que seja ensinar e aprender l ngua inglesa A pesquisa de Cardoso 2011 com foco nos textos e atividades de escrita de cole es did ticas para o ensino m dio constatou a inadequa o dos livros ao postulado pelos Par metros Curriculares Nacionais PCN Brasil 1998 documento nacional de refer ncia para a educa o b sica brasileira No quesito da forma o do pensamento
395. sino e aprendizagem de L ngua Inglesa a perspectiva cr tica proposta pelas Diretrizes Curriculares do Estado do Paran Paran 2008 e amplamente defendia por Moita Lopes 1996 se fortalece diante da indissociabilidade entre l ngua e cultura Al m de ser respons vel pela veicula o de aspectos culturais de um grupo social toda l ngua estrangeira ou materna influencia sobremaneira no processo de afirma o nega o e re constru o das identidades de seus usu rios As diferen as culturais entre os grupos sociais somada forma como os discursos sejam eles verbais ou n o se organizam acabam constituindo se como arenas de intera o espa os onde podem surgir embate nega o resist ncia e hibridiza es de valores e formas particulares de produzir significados Esse movimento segundo Hall 2003 imprescind vel para a produ o de cultura esta que compreendida como espa o de encontro de grupos sociais e suas formas particulares de produzir sentidos e de compreender o mundo Nos processos de ensino e aprendizagem de uma l ngua estrangeira as escolhas metodol gicas do professor s o fundamentadas por suas concep es de l ngua e de cultura Levando isso em considera o segundo destacam Moita Lopes 1996 as Diretrizes Curriculares Estaduais Paran 2008 Ferreira 2000 o ensino de l nguas precisa favorecer o respeito diversidade sociocultural e os processos de constru o identit ria dos sujeitos
396. smo espa o obriga a escola a elaborar um curr culo que reconhe a as diferentes culturas Em geral a perten a a um determinado grupo faz se acompanhar de especificidades que moldam a sua identidade cultural A compreens o da escola como institui o comprometida com a promo o do acesso vida p blica para todos os seus frequentadores implica no desenvolvimento de uma trajet ria curricular que integre e crie espa os para o conhecimento da hist ria de opress o e que potencialize as vozes das culturas sufocadas ou silenciadas bem como concretize estrat gias que combatam eficazmente os preconceitos de todas as ordens Numa sociedade heterog nea a imers o nesse curr culo tamb m necess ria para os alunos pertencentes aos grupos dominantes A aquisi o de conhecimentos sobre outras culturas lhes permitir desenvolver atitudes de reconhecimento e respeito Por essa raz o buscando apoio nos campos conceituais dos Estudos Culturais e do multiculturalismo cr tico foram elaborados princ pios e orienta es did ticas que t m subsidiado os professores que atuam nas escolas marcadas pela diversidade cultural Ap s experimenta o e reflex o chegou se no o de um curr culo multicultural cujas caracter sticas s o apresentadas neste artigo Palavras chave curr culo cultura estudos culturais multiculturalismo Marcos Garcia Neira Abstract Cultural diversity is a reality that imposes new responsibilities
397. smo tempo contribui para a reprodu o de l gicas perversas de opress o e incremento das desigualdades Junqueira 2009 p 5 Por isso tem se visualizado a emerg ncia de a es para o enfrentamento da viol ncia do preconceito e da discrimina o e a escola chamada para contribuir na constru o de pr ticas pautadas pelo respeito s diversidades de experi ncias Faz se necess rio portanto fornecer aos profissionais da educa o diretrizes orienta es e instrumentos para se consolidar uma cultura de valoriza o e de respeito a essas experi ncias de diferen a No seu texto Educa o e Homofobia o reconhecimento da diversidade sexual para al m do multiculturalismo liberal Junqueira 2009 tematiza tal problem tica no mbito da diversidade sexual Ao propor entender a homofobia a partir de reflex es sobre as rela es de poder e os processos de produ o de diferen as culturais p 373 ele ressalta Diante de um cen rio marcado por in meras tens es disputas e possibilidades parece indispens vel atentarmos para os limites de determinadas pol ticas multiculturalistas que embora aparentemente generosas quanto ao respeito diferen a n o se mostram dispostas a favorecer um reconhecimento da diversidade que possa colocar em risco normas valores e hierarquias estabelecidas e promover distribui o de recursos Junqueira 2009 p 369 Botler 2012 ao se preocupar em analisar as consequ ncias da
398. so da filosofia freireana e utiliza se de uma proposta interdisciplinar Busca superar a fragmenta o do saber e estimular o educando na constru o do conhecimento Segundo a coordenadora o projeto Educa o Interdisciplinar de Jovens e Adultos visa n o apenas a alfabetiza o desse p blico mas principalmente trabalhar os conte dos curriculares m nimos propostos para o Ensino Fundamental I e II O projeto foi implantado na PUC SP em 1992 utilizando se das experi ncias do Programa Movimento de Alfabetiza o de Jovens e Adultos MOVA Esse Programa foi institu do em 1989 pelo ent o secret rio da educa o o professor Paulo Freire durante a gest o de Luiza Erundina na prefeitura da cidade de S o Paulo O MOVA deixa de existir nos moldes como foi implantado quando Paulo Maluf assume a prefeitura de S o Paulo em 1992 Nessa poca houve continuidade ao trabalho na PUC SP inicialmente com funcion rios da institui o que n o sabiam ler e escrever Aos poucos o projeto foi divulgado comunidade atendendo funcion rios de empresas pr ximas universidade Atualmente conta com cinco n cleos Cada sala possui por volta de 10 alunos e as aulas acontecem de segunda a quinta feira com dura o de duas horas As turmas de 5 a 8 s ries surgiram a pedido dos pr prios alunos que haviam terminado a 4 s rie Segundo a coordenadora os mesmos n o se sentiam vontade na sala regular Reclamavam que os professores n o esper
399. sob o signo do deus grego Hermes De facto o t o proclamado desenvolvimento sustent vel reflexo certo de uma maior tomada de consci ncia das quest es globais que afetam o planeta n o vem sendo capaz na pr tica de por exemplo tratar a cegueira dum crescimento econ mico acelerado e imediatista que se desenvolve na feliz imagem de Leonard Boff 1995 entre dois infinitos o dos recursos e o do futuro que nem os recursos s o infind veis nem o futuro linear e continuamente ilimitado se continuarmos por esta senda que nos conduzir inevitavelmente cria o de uma nova Terre Gaste a terra desolada do Rei pescador da Lenda do Graal Reconhecendo o papel crucial que educa o pode caber esta ter de se organizar num enquadramento sist mico que corresponda a um corte epistemol gico com o paradigma vigente que valorize uma forte articula o tico politica que promova um pensamento marcado pela tranversalidade e que seja compagin vel com uma atitude de reflex o e de articula o de saberes diversos Esta a matriz compagin vel com a sociedade em rede como a nossa na qual cada pessoa se prolonga se continua pela Natureza jamais permanecendo fora dela afinal a proposta de envolvimento sustent vel que espelha o imagin rio universal da humanidade mais propriamente o mito da Idade do Ouro sinteticamente caracterizado pela comunh o e pela harmonia com todas as formas de Vida O caminho para o envol
400. social educa o n o formal Introdu o 2 Ligia de Carvalho Ab es Vercelli Abstract Due to the fact that the illiteracy rates in Brazil are still very high it is not possible to avoid discussing this issue Besides official government programs and NGOs and Third Sector s initiatives concerned with this matter it is now possible to foresee universities getting involved through extension programs This paper aims to present a non formal educational experience focused on youth and adult alphabetization carried out by the Pontifical Catholic University of S o Paulo PUC SP It is a project of the Community Work Centre N cleo de Trabalhos Comunit rios NTC called Youth and Adult Interdisciplinary Education It uses Paulo Freire s philosophy as the theoretical basis for the social educators formation The work is based on authors that discuss the categories of social recognition Honneth 2007 2009 and of non formal education Gohn 2008 2010 Ghanem and Trilla 2008 The methodological procedure used was semi structured interviews with six subjects that participated in the project for a period of over a year The data collected suggests that the classes given by the social educators are crucial because it offers the students the chance to get access to reading and writing which has been denied throughout their lives The students highlight that they have the opportunity to express themselves and that nothing
401. societies peoples and continents The contents incorporated in the textbook Avangar 3 1987 for third year of SE and the curriculum framework were Adolescent Adulthood Oppression Freedom Solidarity and Emigration To sum up History contents about Cape Verde for students studying from the first year all the way up to the last year at the secondary school were limited The contents were related to general knowledge about Universal and European History As it was pointed out the contents included in the textbook for the first year students did not match the Cape Verdean reality When it comes to specific aspect of representation of Europe one should 202 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 highlight the fact that these illustrations represented in the books center on Europe as a model to the Cape Verdeans The Portuguese Language books led one to identify the existence of a certain dichotomy about the representations and the main values that supported them On the one hand it is obvious that some attempts to promote values that are part of the challenge of developing national conscience were made The illustrations in the textbooks deserved some special attention and analysis For instance the pictures in the textbooks denote the type of representation that the writers mainly Portuguese of those textbooks had about Cape Verdean realities not to mention the way that they manipulated the contents As a consequence
402. some textbooks Portuguese Language and the program of History subject will be carried out The Portuguese Language textbook Neiva 1996 for the first two years of SE 7 and 8 grades encompasses contents about the conception of Europe that are objectively insignificant Several texts written by foreign authors can be the unique vehicle of portraying a given representation of Europe These texts normally focus on European Portuguese traditional stories arts and other cultural movements The existence of a kind of harmonized analysis about the two Europe and Cape Verde social realities is noticeable in those texts That is to say no contrastive analyses are made in order to show the situation before and after the colonial domination In the second cycle of the SE there are two separate textbooks one for the first and the other one for the second year The first year of the first cycle 9 grade the textbook Matos n d is composed by three main topics the Gestation of the Language Language and Society and Man and Language It does not focus on topics about the emergence and the development of Cape Verdean Language The issue about Caboverdeanidade Typically Cape Verdean is discussed histories about colonial context are also emphasized the importance of Portuguese Language in the Cape Verdean culture is strongly highlighted there is no use of expressions related to Europe However if one pays close attention to the conte
403. son sort social Nous montrerons ici que loin d tre un facteur de d sagr gation de l cole et du corps social dans un tat moderne l h t rog n it des mondes pr sente sous la forme du multiculturalisme dans l espace scolaire est un axe d terminant de tout projet d mocratique et d mancipation politique La d marche que nous mettons ici en uvre consiste explorer dans l histoire philosophique des id es ducatives comment s est form le projet d une homog n it des hommes substituant l universalit de la condition humaine la territorialit des destins sociaux et politiques Il s agit d une id e ducative si l on entend bien par ducation au del des institutions scolaires la formation de l homme telle qu elle a t pens e depuis les origines de la philosophie grecque La critique philosophique de l homog n it des mondes Depuis Montaigne on sait que l exigence de la modernit de fa onner par l ducation un homme l imitation de ce que l on d termine comme son essence transcendante universelle est un projet qui masque une volont d assujettissement politique Dans le Livre I des Essais le chapitre XXX Des Cannibales rapporte l anecdote de la venue en France de trois Cannibales Rouen Lorsque Montaigne les questionna apr s leur visite relativement leurs surprises et tonnements ils r pondirent ceci Ils dirent qu ils trouvoient en premier lieu fort
404. squecendo a crise alimentar dos combust veis e das altera es clim ticas entre outras s pode a nosso ver ser minimizado pelo exerc cio ativo do pensamento transversal que procura apreender denominadores comuns entre dom nios aparentemente separados Esta mudan a de atitude carece de uma rutura epistemol gica e de uma nova tica de responsabilidade como refere Hans Jonas no estudo O Princ pio da Responsabilidade age de tal modo que os efeitos da tua a o sejam compat veis com a perman ncia de uma vida autenticamente humana sobre a Terra 1995 40 Pensamos assim que este novo imperativo categ rico que nos fala da necessidade de cuidarmos da Terra poder ser completado por uma outra orienta o que considera que mais vale cuidar com prud ncia do que transformar a Terra de uma maneira fren tica preciso tamb m reaprender a habitar a Terra o que obriga a orden la Taguieff 2004 328 portanto esta sensibilidade tica entre outras linhas de orienta o que dever ser trabalhada e reconhecida por cada cidad o Neste sentido devem ser criados mecanismos de trabalho e de coopera o nas escolas que permitam uma efetiva partilha de saberes e de valores que informem novas atitudes reais e consent neas com uma pr tica reflexiva e interdisciplinar como condi o de exercitar um pensamento transversal e aberto s tr s ecologias atr s referidas Guattari 1991 Pois acreditamos que cultivar este tipo
405. ssores tend ncias atuais In Mizukami M G amp Reali A M Orgs Forma o de professores tend ncias atuais S o Carlos Editora da UFSCar p 140 152 2005 Sociedade multicultural tens es e desafios In CANDAU V M Org Cultura s e educa o entre o cr tico e o p s cr tico Rio de Janeiro DP amp A p 13 37 2008 Multiculturalismo e educa o desafios para a pr tica pedag gica In Moreira A F amp Candau V M Orgs Multiculturalismo diferen as culturais e pr ticas pedag gicas Petr polis Vozes p 13 37 Canen A 2007 O multiculturalismo e seus dilemas implica es na educa o Comunica o e politica v 25 n 2 p 91 107 2008 A pesquisa multicultural como eixo na forma o docente potenciais para discuss o da diversidade e das diferen as Ensaio avalia o e pol ticas p blicas em educa o Rio de Janeiro v 6 n 59 p 297 308 2009 Avalia o da aprendizagem In Canen A amp Santos A R Orgs Educa o multicultural teoria e pr tica para professores e gestores em Educa o Rio de Janeiro Editora Ci ncia Moderna p 41 58 Canen A amp Oliveira A M A 2002 Multiculturalismo e curr culo em a o um estudo de caso Revista Brasileira de Educa o n 21 p 61 74 Carvalho R T 2004 Discursos pela interculturalidade no campo curricular da educa o de jovens e adultos no Brasil nos anos 1990 Recife Edi es Baga o C
406. st ria e para tanto toma emprestada a genealogia arqueol gica 10O fil sofo alem o Nietzsche referia se genealogia como sua forma de estudo analisar a evolu o dos conceitos morais suas origens e os modos como eles evolu ram A arqueologia o termo utilizado por Foucault 1981 na obra As palavras e as coisas Nela o autor desenvolve um m todo pr prio de investiga o e an lise exaustiva dos documentos de poca que procuram as regras do pensamento e as suas limita es Para o fil sofo franc s cada momento hist rico produz o seu conjunto de verdades e falsidades que se materializam nos discursos e nas rela es sociais Aquele que fala quem determina o que A genealogia arqueol gica fornece aos envolvidos a possibilidade da an lise dos contextos de pensamento e do conjunto de verdades que validam ou negam as manifesta es culturais 130 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 desenvolvida por Foucault 1981 para descrever o processo de recordar e incorporar as mem rias dos conhecimentos subordinados os conflitos vividos e as dimens es do poder que se revelam nas lutas atuais Mediante a especifica o da natureza dos saberes e significados exclu dos o curr culo multicultural prepara os indiv duos para a luta estrat gica entre o conhecimento subordinado e o conhecimento dominante Esse o princ pio que rege uma pedagogia da pol tica e uma pol tica da pedagogia SILVA 1996 Se a insurrei o dos c
407. struction of their identities in the intersection of cultures and identities Cape Verdean and Brazilian Psychosocial changes experienced by these individuals who immigrated to Brazil in search of better living conditions and studies accompanying the ongoing social interaction with Brazilians becoming closer to cultural patterns that hitherto were not part of their experiences of social culturais que at ent o n o faziam parte de suas life experi ncias de conv vio social Palavras chaves representa es sociais re constru o de identidades di spora cabo verdiana cabo verdianos no Brasil Key words social representations re construction of identities cape verdean diaspora cape verdeans in Brazil Introdu o O trabalho que ora se apresenta baseia se nos resultados de um estudo emp rico realizado em 2008 na cidade do Rio de Janeiro Brasil sobre as Representa es Socais da Comunidade Cabo verdiana Residente no Rio de Janeiro Estudantes Imigrantes e Descendentes onde se procurou analisar descrever e comparar as representa es sociais que os diferentes grupos de cabo verdianos mant m acerca do pa s de origem e os aspectos diversos da cultura e identidade cabo verdiana bem como as que tenham chegado a construir sobre o Brasil o Rio de Janeiro e aspectos diversos das duas culturas No entanto este artigo cingir se especificamente sobre aspectos relacionados as Representa es Sociais constru das pelo
408. stultitia pour qui il n y a rien de constant que rien ne satisfait longtemps Comment nous arracherons nous ses prises Nul n est par lui m me de force merger des flots Il faut quelqu un qui lui tende la main porrigere manum quelqu un qui le tire la rive S n que 1993 Lettre 52 p 719 Ce geste de tendre la main est le r le d une ducation mancipatrice permettant d engager le processus m tamorphique par lequel le sujet se forme en se transformant dans son exp rience de soi des autres et du monde Le conflit est donc tabli entre une ducation en vue d une conversion au vrai dans le renoncement soi par l ob issance une institution tut laire et une ducation m tamorphique appuy e sur un projet d mancipation progressive de ce qui comme le disait Spinoza constitue la recherche d une vie nouvelle qui ne peut s effectuer qu au sein d une communaut culturelle et politique orient e vers l mancipation collective Telle est donc la fin laquelle je tends acqu rir cette nature humaine sup rieure et faire de mon mieux pour que beaucoup l acqui rent avec moi car c est encore une partie de ma f licit de travailler ce que beaucoup connaissent clairement ce qui est clair pour moi de fa on que leur entendement et d sir s accordent pleinement avec mon propre entendement et mon propre d sir Pour parvenir cette fin il est n cessaire d
409. t fait diff rent et tranger la pratique grecque du respect des lois et de la persuasion rh torique c est ce qu on pourrait appeler l instance de l ob issance pure l ob issance comme type de conduite unitaire conduite hautement valoris e et qui a l essentiel de sa raison d tre en elle m me Foucault p 177 Dans le gouvernement pastoral l uniformisation est le mode de subjectivation qui permet d obtenir le r sultat politique le plus important l ob issance pure Celle ci n est pas seulement une soumission factuelle ou passag re une autorit tut laire C est une conversion obtenue de l int rieur du sujet qui consiste en un renoncement soi une d fiance permanente dans sa propre singularit en tant qu elle ne peut qu aspirer la diff rence avec le tout de la communaut rassembl e en vue du salut Dans l ob issance pure il ne s agit pas d ob ir quelqu un mais de se trouver dans la situation d attente et de disponibilit absolue face un appel qui arrachera le sujet ce qui lui reste de monde Certes l ob issance pure est un horizon radical et d j Augustin pr munira l glise contre les pratiques des gyrovagues et des anachor tes en instituant l id e c nobitique de contr le et de surveillance mutuels ce qu il nomme la correction fraternelle Saint Augustin R gle mais le processus de subjectivation qui tend vers elle deviendra bien un pri
410. t imerso O livro did tico de ingl s no PNLD A distribui o de livros did ticos para as disciplinas de l nguas estrangeiras modernas Espanhol e Ingl s acontece pela primeira vez na hist ria do Programa Nacional do Livro Did tico no edital de 2010 No Brasil o Programa Nacional do Livro Did tico PNLD criado em 1985 coordenado pelo MEC tem como fun o avaliar comprar e distribuir os livros did ticos encaminhados pelas editoras para serem utilizados na educa o b sica em todo o territ rio nacional Batista Rojo Z ega 2008 O feito hist rico que possibilitou a inclus o dos livros didaticos para as disciplinas de Ingl s e Espanhol no PNLD vem ao encontro de uma reivindica o antiga dos professores da educa o b sica As disciplinas de l nguas estrangeiras por terem sido relegadas ao segundo plano nas pol ticas educacionais fez com que os professores adotassem durante d cadas diferentes recursos TV R dio Cd revistas No que se refere ao uso de livro did tico de L ngua Inglesa Paiva 2009 destaca em sua an lise que s o fundamentados em duas concep es aprender uma l ngua estrangeira sin nimo de aprender um conjunto de estruturas estas que precisam ser memorizadas pelo aluno ou l ngua como atividade comunicativa que tem foco na intera o comunicativa entre os alunos Historicamente ambas as concep es de l ngua influenciaram a ind stria editorial no Brasil dado que pode ainda se f
411. tais e 11 tem ticas atreladas s quest es de identidade cultural i CHIN Elizabeth Y ZAOROB Maria L Keep in mind 8 ano L ngua Estrangeira Moderna S o Paulo Scipione 2009 SANTOS Denise MARQUES Amadeu Links English for teens S o Paulo Atica 2009 86 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Os novos estudos do letramento e atua o do professor A compreens o sobre a dimens o social do letramento como alternativa concep o de letramento como consequ ncia da aquisi o sistematica da tecnologia da escrita tem se popularizado em pesquisas que focam tamb m na educa o n o escolar Street 1995 2003 Kleiman 1995 Letramento nessa perspectiva supera o conceito de alfabetiza o como aquisi o sistem tica da tecnologia da escrita visto que considera as formas socioculturais em que se realizam os usos da linguagem assim letramentos no plural representam as diferentes pr ticas sociais em que a escrita se faz presente e mais ainda a forma particular como os in meros grupos sociais a recebem valorizam e interpretam Os letramentos ent o passam a ser entendidos como pr ticas sociais e como objeto de pesquisa tem encontrado espa o em estudos da Antropologia Sociologia Lingu stica Aplicada entre outras reas afetas Com essa base interdisciplinar al m de estudos etnogr ficos com foco nos usos da linguagem em suas modalidades escrita oral e verbo visual bem como na quest o da n o neutralida
412. te sob a forma organizacional atrav s da cria o de sec es feministas no seio dos partidos pol ticos ou em organiza es aut nomas por elas tuteladas embora os estudos efetuados n o comprovem a rela o direta entre a exist ncia destas organiza es e o aumento do n mero de mulheres candidatas ou eleitas No entanto este autor reconhece que nos ltimos anos tem se havido crescimento e fortalecimento perante as exig ncias da igualdade de g nero As posi es de pensadores liberais na linha da crescente defesa da igualdade entre os movimentos sufragistas as press es dos movimentos oper rios entre outros contribuiram para a crescente integra o da mulher na vida pol tica Torna se necess rio refletir antes de mais sobre o quadro das representa es sociais assim como sobre as representa es que as mulheres t m delas pr prias e das imagens que produzem do seu grupo de perten a porquanto se observa presentemente uma crise generalizada de ideologias e de valores que poder contribuir para um outro olhar por parte da opini o p blica em rela o as causas das mulheres que ainda continuam por explorar indiscut vel em todo caso que as mulheres sentem em geral uma priva o relativa maior do que os homens mesmo no contexto de fraca priva o as mulheres geralmente tem aspira es mais baixas mas que segundo Fran ois Girond As mulheres mudaram muito sobretudo a n vel da representa o que
413. ted constituents of reality but they become subjectively appropriated through socialization p 2 That is social representations is a process results from many factors entrenched in the socialization process where one can reinforce the idea of culture and history Another important issue about social representations studies is connected to its construction Moscovic quoted by Abric 1996 argued that the processes through which social representations are generated depend on two main subjects i objectivation and ii anchoring Objectivation consists of transforming abstracts entities into concrete and material realities It is the way that a given entity is structured schematized and naturalized On the other hand anchoring means the process of categorization through which the entities are classified and named That can be considered as a procedure through which the meanings are allocated in a personal system of thought and it implies a sort of instrumentalisation of knowledge 198 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Having all of these elements in mind the meaning of the concept representation is related to the following words and expressions extracted from different dictionaries and encyclopedias 29 CCGG 39 66 39 6666 image of feeling idea thought simply opinions system of values ideas and 99 66 2 GG 99 66 practices appearance impression at the s
414. tend ncias na escola fam lia e for as de trabalho que transformaram a vida das mulheres e dos homens durante a era do p s guerra bem como o crescimento dos movimentos ah 14 Barts Z feministas No entanto nas ltimas d cadas tem se testemunhado a demanda crescente para a inclus o das mulheres em quadros eletivos bem como uma voz mais forte para as minorias Canas V et al 1999 A Quest o da Igualdade de participa o Pol tica Democracia com mais Cidadania Lisboa Casa da Moeda p 13 Norris P 2004 Electoral Engineering Voting Rules and Political Behavior Cambridge Cambridge University Press p 179 Idem p 80 Martins M 2008 Representa o Pol tica Elei es e sistemas Eleitorais Uma introdu o Lisboa ISCSP Manuais Pedag gicos Am lia M 1999 As Mulheres Deputadas e o Exerc cio do Poder Representativo em Portugal do P s 25 de Abril de 74 aos anos Noventa Disserta o de Mestrado em Estudos Sobre as Mulheres Lisboa Universidade Aberta in pref cio Viegas e Faria Obra citada p 1 Boudieu 1999 4 Domina o Masculina Celta Editora Oeiras p 99 Norris P 2004 Electoral Engineering Voting Rules and Political Behavior Cambridge Cambridge University p 179 34 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 tnicas no entanto a sensibiliza o dos partidos pol ticos para a mobiliza o pol tica das mulheres ja anteriormente se fazia sentir principalmen
415. terem tend ncia para remover as desigualdades ileg timas do sistema de classes e ao faz lo desempenharem uma fun o chave integrantes A problem tica da sub representa o pol tica das mulheres em todos os rg os do poder pol tico tem recebido muita aten o nos ltimos anos praticamente em todas as democracias contempor neas no entanto a car ncia de estudos nesta rea em Cabo Verde uma realidade Este assunto tem sido presente e ganhando cada vez mais import ncia em Cabo Verde onde s o v rias organiza es que tem vindo a trabalhar no que tange a igualdade e equidade de g nero entre v rios debates televisivos ainda persiste a problem tica da sub representa o das mulheres em todos org os do poder pol tico Segundo Viegas e Faria a sub representa o feminina nos g os do poder pol tico insere se claramente no problema mais vasto do acesso das mulheres s diversas esferas da vida econ mica social e cultural bem como dos obst culos e resistencias que se colocam neste processo Para estes autores esta quest o n o recente antes pelo contr rio s o bastante anteriores Intitulado A participa o das mulheres na pol tica em Cabo Verde o caso do parlamento Cabo verdiano o presente artigo pretende analisar que factores explica a sub representa o das mulheres no parlamento Cabo verdiano Cabo Verde cresceu e sobretudo desenvolveu gra as boa governa o que tem sido elogiado
416. tereotipadas de grupos sociais e ou culturas minorit rias Baladeli 2012 Os sentidos de brasilidade no livro did tico an lise dos dados O presente artigo contempla os resultados finais de pesquisa de mestrado em Letras que teve como objeto de pesquisa as cole es de livros did ticos de L ngua Inglesa estas aprovadas e distribu das pelo PNLD no Brasil As cole es Links english for teens de autoria de Denise Santos e Amadeu Marques publicada pela Editora tica em 2009 reimpressa em 2011 e Keep in Mind de autoria de Elizabeth Young Chin e Maria L cia Zaorob publicada em 2009 reimpressa em 2011 passou pela anu ncia de uma equipe de especialistas do MEC que ao consider la adequada aos prop sitos da disciplina no mbito nacional selecionou a para o Guia Nacional do Livro Did tico documento esse que divulga a rela o dos livros did ticos selecionados e os crit rios pelos quais passaram antes de serem distribu dos nas escolas de todo territ rio nacional A cole o Links English for teens anuncia no livro do professor que adota os Temas Transversais como refer ncia tem tica para cada uma das 10 unidades de cada volume da cole o J Keep in Mind n o adota explicitamente essa refer ncia nas unidades estas que variam entre 12 e 16 por volume Os textos digitais presentes em ambas as cole es nem sempre s o apresentados de forma a manter seu layout original ou mesmo suas funcionalidades discursivas isso
417. tidade a identidade isso As representa es sociais orientam as condutas dos grupos e indiv duos Elas circulam no espa o p blico s o forjadas nas intera es inscritas na linguagem e na pr tica Segundo Pollack 1992 a identidade constitui uma imagem de si e dos outros ou seja uma identidade constru da individual e socialmente da forma como queremos que ela seja percebida pelos outros Neste sentido a identidade concebida como algo n o fechado em si mesmo mas como condi o dentro de um sistema de rela es sociais constru da hist rica e socialmente pois est sujeita a mudan a S 1998 refor ando a tese diz que os fen menos das representa es sociais est o dispersos na cultura institui es nas pr ticas sociais nas comunica es interpessoais e de massa e nos 186 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 pensamentos individuais Sao difusos multifacetados din micos sempre em muta o e movimento s o encontrados nas intera es sociais Jodelet 2004 entende a cultura como um solo f rtil para a cria o das representa es sociais Segundo a autora a cultura a base das representa es ela que origina e guia os comportamentos e pensamentos dos indiv duos e grupos Por outro lado S op cit corroborando com as ideias da autora afirma que os fen menos das representa es sociais est o dispersos na cultura institui es nas pr ticas sociais nas comunica es interpesso
418. tion de soi mais de ne pouvoir devenir rien de ne pas pouvoir s ins rer dans un processus phantasmatique d identification ibid p 53 tel celui explor en psychologie par Mac Adams dans la figure de l criture du mythe personnel Mac Adams 1993 Il nous faut donc chapper de la logique m taphysique de la Conversion a la v rit de essence Tous ces mots v rit ali nation appropriation habitation chez soi ips it place du sujet loi etc demeurent mes yeux probl matiques sans exception Ils portent le sceau de cette m taphysique qui s est impos e travers justement cette langue de l autre ce monolinguisme de l autre Derrida 1996 p 115 La cr olisation du monde Si la m taphysique platonico augustinienne de la conversion impose l identit dans le renoncement par l h g monie de l homog ne quelle voie reste ouverte un processus d identification sans fin de m tamorphose sans ach vement que les critiques antiques de la m taphysique transcendante les Stoiciens avaient d j indiqu s Marc Aur le dit que le principe mat riel de la m tamorphose est le pneuma ce souffle qui nous fait communiquer avec le monde a chaque respiration et que nous renouvelons en le perdant Ce que je suis chair pneuma et raison Abandonne tes livres ne te laisse pas s duire et le souffle vois bien ce qu il est du vent et pas t
419. tionnaire can elucidate the subject in discussion in a better way pu Students personal information Place of questionnaire submission close ended question CEQ Gender CEQ Age CEQ Field of Secondary Education CEQ Student Residence CEQ Level of family schooling CEQ II Secondary Education curriculum analysis 7 Topics about SE CEQ 8 Evaluation of the importance of the topics about Cape Verde CEQ 9 Topics about CV in the SE curriculum and the understanding of CV culture CEQ 10 Elements about CV identity idiom dance culinary religion music traditional festivities and their relationship with Africa and Europe CEQ 11 General comparison CV culture with European and African cultures CEQ 12 Level of profundity of the issues studied in SE about CV CEQ 13 Evaluation about the knowledge related to African European and American continents acquired in SE CEQ 14 Pedagogical material used in SE and the continents focused on CEQ HI Comparative knowledge about Africa and Europe 15 African European continent is Open Ended Question OEQ 16 Africans Europeans are OEQ 17 The quality of life in AF EU is OEQ 18 African European culture is OEQ 19 The quality of life in AF EU is OEQ 20 The peace in Africa AF Europe EU is OEQ 21 African European governments are OEQ DAR D 196 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 22 Historic facts that characterize EU AF
420. tivas est o convictas de que a integra o mais n o faz do que incluir para a normatividade identit ria isto tornar os alunos diferentes como os outros Neste sentido aqueles que n o cabem nos modos de vida normais por serem disjuntos s o exclu dos Integrar ser ent o admitir a exclus o A nega o da diferen a uma consegu ncia de uma hist ria social coberta de preconceitos de cren as distorcidas e de desvio de conduta Como vimos tanto a norma como o desvio s o socialmente e institucionalmente produzidos Os estudantes deveriam ser estimulados a explorar as possibilidades de perturba o transgress o e subvers o das identidades existentes Estimular em termos de identidade o impensado e o arriscado o inexplorado e o amb guo em vez do consensual e do assegurado do conhecido e do assentado A ideia de uma educa o inclusiva implica a compreens o do contexto O acolhimento do diferente exige adapta es curriculares modos espec ficos de trabalho por parte daqueles que ir o operacionalizar o curr culo e daqueles que ensinam sem saber que ensinam referimo nos por exemplo aos auxiliares de ac o educativa O curr culo oculto tem um poder imenso perante a inclus o e a pr pria preocupa o dos professores com os resultados Os dados europeus mostram o oposto H um equil brio de quase 50 na procura Ver cap tulo Pa ses europeus com ensino profissional Florian L Rose R E Tilston
421. to de pol ticas nacionais sobre o curr culo Macedo 2009 Nesse sentido os Par metros Curriculares Nacionais PCN foram elaborados com o intuito de definir a base comum nacional e de orientar a pr tica pedag gica dos docentes a fim de ser utilizado como um guia curricular obrigat rio Macedo 1998 Brasil 1997 2000 Para cada n vel da educa o b sica ou seja para o ensino fundamental ou m dio existem os par metros espec ficos correspondentes No ensino fundamental s o organizados por disciplinas l ngua portuguesa matem tica ci ncias hist ria geografia educa o art stica e educa o f sica e em quatro ciclos sendo que cada um constitu do por dois anos letivos Pressup e se que os as estudantes cumpram as atividades escolares agrupadas pelas disciplinas que s o consideradas fundamentais para que os alunos dominem o saber socialmente acumulado pela sociedade Macedo 1998 p 23 Al m disso salientado nos par metros o fato de que existem tem ticas urgentes que precisam ser trabalhadas e n o s o 8 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 contempladas pelas disciplinas mas que s o tratadas como temas transversais por todas elas como a viol ncia a sa de o uso de recursos naturais os preconceitos Tais quest es comp em um conjunto de temas transversais que engloba a tica a pluralidade cultural a orienta o sexual a sa de e o meio ambiente Macedo 1998 Infelizmente n o exist
422. todo o ano escolar Nossa sugest o Cidadania de uma periodicidade quinzenal ou mensal Construindo Escolher um coordenador ou um comit gestor para o F rum que se responsabilizar Valores na Escola pela organiza o das reuni es e a comunica o com a secretaria do Programa tica e e na Sociedade Cidadania M dulo I tica Estabelecer antecipadamente a pauta dos encontros que pode ser elaborada com M dulo H sugest es de quaisquer membros e divulg la amplamente n o s aos participantes Conviv ncia regulares mas tamb m aos demais membros da comunidade que porventura se Democr tica interessem em participar M dulo II Registrar todas as reuni es por meio de atas mesmo que simples fundamental n o Direitos s para documentar as decis es tomadas e as regras estabelecidas mas tamb m para Humanos assegurar a hist ria e a mem ria dos encontros M dulo Ter abertura para o di logo e para a discuss o permanente das regras de conviv ncia e IV Inclus o de participa o nos encontros Social Manter constantes avalia es dos projetos e das reuni es do F rum site http mecsrv04 mec gov br seif eticaecidadania index html Garantir o livre direito de express o mantidos os preceitos de respeito m tuo e incentivar a participa o presencial e oral de alunos e alunas I p 08 Sugest es e estrat gias de trabalho com a tem tica das Rela es tnico Raciais e de g ner
423. trazidos por representantes de outros grupos culturais Diante da media o e do di logo os diversos grupos poder o entrar em contato com os problemas subjacentes a cada cultura e ent o quem sabe construir um projeto coletivo sob os moldes da participa o cidad solid ria e cooperativa Refer ncias Anderson B 1993 Las comunidades imagin rias M xico Fondo de Cultura Econ mica Angelo F N P 2002 A educa o e a diversidade cultural Cadernos de Educa o Ind gena Barra dos Bugres v 1 n 1 p 34 40 Apple M W 1999 Poder significado e identidade ensaio de estudos educacionais criticos Porto Porto Editora 2003 Educando direita mercado padr es Deus e desigualdade S o Paulo Cortez 132 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 2006 Ideologia e curriculo Porto Alegre Artmed Apple M W amp Buras K L 2008 Respondendo ao conhecimento oficial In Curriculo poder e lutas educacionais com a palavra os subalternos Porto Alegre Artmed p 273 286 Brasil 2007a Minist rio da Educa o Secretaria de Educa o B sica Ensino fundamental de nove anos orienta es para a inclus o da crian a de seis anos de idade Bras lia MEC SEB 2007b Indaga es sobre curr culo curr culo conhecimento e cultura Brasilia MEC SEB Candau V M 2002 Sociedade cotidiano escolar e cultura s Educ Soc v 23 n 79 p 125 161 2003 Forma o continuada de profe
424. trou o mundo convertido em um cen rio de express es plurais onde complexas realidades multiculturais se inserem e entrecruzam em uma ampla diversidade de tradi es pol ticas tnicas sociais religiosas e de g nero Na Europa como decorr ncia da heran a de uma sociedade p s colonial j se visualizam m ltiplas etnias alusivas s ondas migrat rias das ltimas d cadas Nos pa ses da Am rica do Norte algo Doutor e Livre Docente em Educa o Professor Associado da rea de Metodologia do Ensino nos cursos de Gradua o e P s Gradua o da Faculdade de Educa o da Universidade de S o Paulo Brasil mgneira usp br 118 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 semelhante ocorre em fun o dos movimentos migrat rios e da constitui o heterog nea do seu povo enquanto na Am rica Latina a explica o a sua hist rica constitui o cultural e socialmente diversificada Assim a problem tica da diversidade cultural e do multiculturalismo constituem um dos grandes temas abertos ao debate na atualidade A queda do muro de Berlim e o desaparecimento do bloco comunista geraram desde os anos 1990 uma significativa transforma o nos horizontes da pol tica Esse per odo rico em revolu es e contrarrevolu es envolvendo sociedades urbanas e rurais e em experi ncias pol ticas de v rias vertentes ideol gicas fascismo nazismo social democracia populismo nacionalismo terceiro mundismo entre outras propag
425. tura veiculados nos diferentes textos inclusive os que circulam na escola O letramento cr tico no ensino de l ngua estrangeira pode favorecer na desconstru o de discursos de valora o cultural e em seu lugar desencadear a toler ncia por meio do relativismo cultural visto que essencialmente nenhuma l ngua mais importante que outra 94 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 sendo portanto resultado de quest es ideol gicas e pol ticas Para Gnerre 1989 a lingua vale o que vale os seus falantes e isso se aplica tamb m L ngua Inglesa prestigiada em diferentes partes do globo por isso a necessidade de na condi o de professores desconstru mos os estere tipos e as vis es hegem nicas de cultura veiculadas pelo livro did tico Por fim conforme relatamos ao longo deste artigo as an lises da tem tica identidade sociocultural discursos de brasilidade em textos digitais adaptados e editados nos livros did ticos resultou de maior integibilidade sobre a n o neutralidade dos discursos e tamb m a problematiza o dos processos de re constru o identit ria Com base nos modelos aut nomo e ideol gico de Street 1995 os resultados da an lise de cinco textos digitais selecionados das cole es did ticas Links english for teens e Keep in Mind com base nos estudos do letramento evidenciaram em maior frequ ncia o uso de textos n o aut nticos nas unidades propostas de leitura com base no modelo aut no
426. ual dos alunos que responderam que eram repetentes mais elevada entre os alunos residentes em zonas rurais 22 4 do que entre alunos residentes nas zonas urbanas 19 0 A taxa de reprova o maior nas faixas et rias 13 e 15 anos e 16 e 18 anos dado que estas faixas et rias correspondem teoricamente frequ ncia dos n veis com maior ndice de reprova o 7 e 8 ano A taxa de reprova o varia tamb m em fun o do n vel de estudos do pais A medida que aumenta o n vel de escolaridade dos pais diminui as possibilidades de reprovar um determinado n vel de ensino Tabela 6 Escolaridade do PAI X taxa de reprova o 76 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Ano de Nao escolaridade repetente Repent 4 Total Nenhum 186 79 5 48 20 5 100 Alfabetiza o 94 71 2 38 28 8 100 Prim rio 629 77 8 179 22 2 100 Secund rio 224 81 2 52 18 2 100 Med profissional 104 87 4 15 12 6 100 Superior 160 92 5 113 7 5 100 Total 1 397 345 Segundo a tabela precedente a taxa de reprova o de 20 5 e 28 8 para filhos de pais sem estudos e pais com alfabetiza o respectivamente e de 12 6 quando os pais possuem ensino m dio profissional e 7 5 quando os pais possuem ensino superior Estudos realizados em Cabo Verde por Afonso 2002 Faustino et al 2007 e em Espanha Brasil Argentina confirmam a rela o que existe entre o capital cu
427. udar Percebemos que todos os avan os s o festejados e que funcionam como mola propulsora para buscarem cada vez mais Todos relatam a felicidade que sentem depois que se alfabetizaram Ressaltam que resgataram parte de um direito social que lhes foi negado a educa o Um alfabetizando faz quest o de mostrar que atualmente entende os tempos verbais e que os substantivos t m g nero n mero e grau Ele se sente por dentro de tudo muito gratificado Na realidade ele percebe que consegue se comunicar melhor e que entende o que as pessoas dizem 114 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Outro alfabetizando sente se menos envergonhado porque j aprendeu algumas coisas Aos poucos vai recuperando a autoestima e sentindo que capaz de continuar Uma aluna diz parece que a gente cresce Na realidade ela cresceu cognitivamente a ponto de dar conta de suas atividades profissionais sozinha e de verbalizar sou sabedora comparada com antigamente Esses depoimentos remetem a Honneth 2007 quando salienta que o indiv duo se sentir autorrealizado a partir do momento que recuperar a autoestima o autorrespeito e a autoconfian a Antes de aprender a ler e a escrever os alfabetizandos utilizavam os termos me sentia mal esquisito estranho com vergonha como se eles fossem viajantes que vieram de um planeta diferente do nosso N o poder ler e escrever as palavras lhes tirou a possibilidade de partic
428. udents of Humanities study contents that are mainly related to the contemporary dynamic of European universal history One can identify for instance the issues about European expansion the colonization the imperialism the wars and the decolonization These issues introduce from a linear to a uniform perspective Those who choose Arts study contents related to the European history of arts Secondary education students and the representations of Europe survey findings The current topic goes over the main points of the questionnaires with the purpose of 204 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 describing representations of Europe depicted by the Cape Verdean SE students Now this study emphasizes information about variables such as i the way that they compare Cape Verdean African and European cultures and ii their general knowledge impressions and feelings about Africa and Europe The comparative analysis made among students regarding Cape Verdean European and African cultures provided the following results Firstly 42 students considered Cape Verdean language as being closer to the European one than any other African language Secondly an expressive number of students 32 considered that Cape Verdean music has a great impact of African culture 28 students agreed that the music has the influence of both African and European music The study reveals that 36 students considered the Cape Verdean dance to be closer to t
429. ue tragam reconhecimento ao ser humano que deles participam O quadro abaixo permite uma melhor visualiza o da distin o entre educa o formal e n o formal sob a tica de Gohn 2008 Quadro 1 Diferen a entre educa o formal e educa o n o formal Quest es Educa o Formal Educa o n o formal Quem o educador O professor O outro fruto da rela o educando educador Onde se educa Nas institui es escolares Territ rios fora da escola regulamentadas por lei Como se educa Em ambientes com regras e padr es Em ambientes interativos de comportamento definidos Qual a finalidade Ensino e aprendizagem de Capacita os indiv duos a se tornarem conte dos sistem ticos cidad os do mundo Quais s o os atributos Requer tempo local espec fico e N o seriada n o determina idade pessoas especializadas nem conte do Quais os resultados Aprendizagem efetiva Desenvolve uma s rie de processos Fonte Quadro elaborado por Ligia de Carvalho Ab es Vercelli com base no livro Educa o n o formal e cultura pol tica 2008 de autoria da Professora Dra Maria da Gl ria Gohn Axel Honneth e a teoria do reconhecimento social Busca se analisar a teoria de Reconhecimento Social sob a tica de Axel Honneth pois lutar por reconhecimento uma das formas de se libertar do sofrimento as rela es intersubjetivas que se estabelecem entre o eu e o outro
430. ueles resultados Contudo uma delas prende se com a dist ncia entre os decisores e a realidade Este ponto expresso de uma forma muito oportuna por um artista cai ara da localidade brasileira de Paraty de nome Perequ Imagens muito bem constru das acerca das ideias de desenvolvimento e envolvimento s o apresentadas como a seguir se evidencia Para o cai ara de Paraty a chegada da estrada Rio Santos nos anos 70 significou o come o da era do desenvolvimento At ent o h alguns s culos as popula es cai aras tinham uma vida muito adaptada s caracter sticas das florestas rios e mares das suas religi es Era uma vida intensamente envolvida com a natureza Logo pela manh s 4 ou 5 da madrugada dependendo da mar e da lua safa se para pescar ou mariscar No meio da manh depois do caf trabalhava se na ro a Depois do almo o era hora de pescar ou continuar o trabalho na ro a Dependendo do dia era a vez de fazer farinha ir mata retirar madeira para fazer a canoa remo etc sair para ca ar e colher planta medicinais ou organizar actividades culturais tradicionais Era um calend rio de actividades muito intenso de muito trabalho desconhecido pela maior parte das pessoas dos centros urbanos Com a chegada da Rio Santos chegou o des envolvimento O cai ara assediado por turistas deslumbrados pela pureza e beleza das suas terras n o resistiu tenta o e trocou seus terrenos por um monte de dinheiro
431. uir ou mesmo eliminar essa diferen a ainda existente com rela o a outros pa ses e estados Uma manifesta o cultural e tamb m um espa o para intelectuais e artistas discutirem tudo o que estava acontecendo nas artes e mesmo relacionado pol tica a sociedade em geral a n vel local nacional e internacional foi o Club da Madrugada de onde sa am veementes cr ticas ao governo Foi um movimento que pode ser comparado a semana de 1922 para o restante do pa s Aguiar 2002 Hoje na cidade de Manaus temos uma diversificada e grande demanda cultural dentro dos diversos segmentos art sticos com destaque para manifesta es folcl ricas para o cinema a dan a o teatro a m sica e as artes pl sticas e os mun cipios do Amazonas vem apresentando um grande crescimento cultural tamb m O artista local parece est se reconhecendo mais buscando suas origens se percebendo reconhecendo as suas ra zes culturais que vem da mistura de etnias e culturas podemos perceber esse interesse atrav s da tem tica local em diversos trabalhos art sticos produzidos na capital e interior Essa grande diversidade cultural pode confundir em um primeiro momento mas quando o artista reconhece aceita e busca sua propria identidade pode levar a um fazer singular e rico Podemos perceber no dia a dia da popula o seja da cidade e com maior nfase a do interior essas herangas culturais atrav s de usos e costumes dentre os quais a prefer ncia por comer
432. um lugar que ofere a grande riqueza natural de meios de subsist ncia como terras f rteis gua pot vel assim como riquezas naturais de meios de trabalho como rios naveg veis madeiras entre outros a necessidade de trabalho para subsist ncia menor podendo diminuir as horas de trabalho deixando mais tempo livre para ser empregado em outras fun es Marx se refere a um momento em que a civiliza o se encontrava em seus primeiros est gios e podemos assim nos reportar a Amaz nia em um per odo anterior a coloniza o onde devido a tanta fartura natural e de acordo com a cultura dos primeiros habitantes do Brasil que por mais diversificadas que fossem estavam adaptadas a esse ambiente de riqueza natural podiam viver principalmente da coleta e da ca a o que contribu a para serem n mades e est buscando lugares que estivessem em um per odo de maior fartura para a comunidade Se pensarmos no per odo da coloniza o j com a implanta o do trabalho escravo e mesmo nos reportando a nosso sistema de produ o capitalista ainda partindo de uma refer ncia Marxista quanto menor for o per odo de horas de trabalho necess rio mais horas poder dedicar execu o de trabalho excedente ou outra atividade Essa percep o de tempo e uso do espa o assim como o dom nio da natureza ao inv s da rela o de conviv ncia em equil brio com ela foi imposta pelo colonizador europeu 22 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 principalme
433. um processo de ancoragem social para entender como as atitudes preconceituosas se cristalizaram nos curr culos e nas distintas disciplinas De maneira 12 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 diferente a postura multicultural na educa o implica na valoriza o de uma heterogeneidade de diferentes saberes e de um aproveitamento da riqueza de simbolos significados e de experi ncias A quarta implica o se trata da cria o de um contexto em que as rela es interindividuais possibilitem a aprendizagem portanto n o basta reconhecer as diferen as preciso estabelecer rela es entre as pessoas Moreira 2002 p 28 O di logo com outras experi ncias culturas e pensamentos ent o almejado visado como um fator estruturante para as pr ticas pedag gicas ineg vel que nas propostas de educa o multicultural trata se de pensar o desenvolvimento de pr ticas e de mediadores para a conviv ncia com as diferen as em sala de aula ou em outros espa os na escola E ainda trata se de pensar no papel daquele que realiza a media o ou seja no papel do a professor a e da escola pela busca de uma valoriza o da riqueza das diferen as culturais A abordagem de uma educa o intercultural assumida por Vera Candau se aproxima da perspectiva do multiculturalismo cr tico de MacLaren 1997 2000 Para a autora em cada modelo de educa o multicultural existe um conceito de cultura mas na maior parte das vezes a sua di
434. vesse a ver com a Terra M e Nesta perspetiva a natureza n o era olhada e pressentida como um Outro mas como um prolongamento do sujeito e consequentemente recet culo vivo das suas a es Partindo da narrativa transcrita por Viana 1999 podemos interrogar nos sobre a orienta o m tica subjacente ao envolvimento sustent vel dando nos assim conta que este tipo de envolvimento mais do que reatualizar o mito da Idade de Ouro visava uma renovatio mundi baseada numa harmonia envolvente numa con fus o com a Terra M e Gaia em que a escuta e o respeito pelos seus ritmos assumia contornos de ritual religioso Porque os ritos repetem aquilo que se passou in illo tempore no tempo m tico eles reatualizam o acontecimento primordial contado nos mitos Assim n s encontramos nos rituais da Terra Mater o mesmo mist rio que nos revela como a Vida nasceu de um germe escondido numa totalidade indistinta ou como ela se produziu no seguimento da hierogamia entre o C u e a Terra ou ainda como ela brotou de uma morte violenta a maioria das vezes volunt ria Eliade 1990 228 Neste ambiente procura se uma regenera o colocada sob os auspicios das deusas da fecundidade tel rica que podem ser as deusas da vegeta o e da agricultura especialmente Dem ter ainda que rtemis pudesse ser referida como deusa do reino vegetal e da natureza selvagem L v que amp S chan 1990 que ou a atentamente os seus or culos que ajudam a com
435. vimento sustent vel fica mais aplanado pois conta com um entendimento global invoca esperan as profundas do ser humano expressas por exemplo pelo desejo de paz de bem estar de solidariedade e de harmonia convergindo para o assumir de uma atitude de 176 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 compromisso E o arqu tipo da Terra M e apelando ao respeito pelos ritmos das din micas dos ciclos espec ficos do planeta e a convidar cada um a aprender a viver na Natureza e n o com a Natureza Refer ncias Ara jo A F 2004 Educa o e Imagin rio Da Crian a M tica s Imagens da Inf ncia Maia Instituto Superior da Maia Arima A Konar A Lindberg C amp Rockfeller S 2004 United Nations Decade of Education for Sustainable Development 2005 2014 Draft International Implementation Scheme Paris UNESCO Bauza H F 1993 El Imaginario Clasico Edad de Oro Utopia y Arcadia Santiago de Compostela Universidade de Santiago de Compostela 1996 Visions de L ge D Or et de L Arcadie Rome In POIRIER Jacques sous la dir de L Age D Or Dijon Editions Universitaires de Dijon pp 53 62 Boff L 1995 Ecologia Grito da Terra Grito dos Pobres S o Paulo Atica Bourg D 1996 L Homme Artifice Paris Gallimard Cachapuz A S Chaves I amp Paix o F 2004 Saberes B sicos de Todos os Cidad os no S c XXI Conselho Nacional de Educa o CNE Org Estudos e Relat rios CNE L
436. vista a melhorar a compreens o das causas que poder o estar na origem das altera es clim ticas abrindo caminho para o princ pio da co responsabiliza o na resolu o destes problemas e constitui o em 1983 da Comiss o Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento conhecida como Comiss o Brundtland visando o estabelecimento de um tratado mundial sobre o 154 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 clima que procurasse investigar as causas e os efeitos das altera es clim ticas e o estabelecimento de pol ticas internacionais para a redu o da emiss o de gases de efeito estufa GEE para a atmosfera http www oei es e cria o em 1988 do Intergovernmental Panel on Climate Change IPCC com o intuito de realizar estudos peri dicos sobre as altera es clim ticas e as suas consequ ncias e organiza o em 1990 da segunda Confer ncia Mundial sobre o Clima essencial para que as Na es Unidas iniciassem o processo que levaria elabora o de um acordo internacional sobre o clima e realiza o em 1992 no Rio de Janeiro da Confer ncia das Na es Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento Humano Cimeira da Terra ou Rio 92 visando avaliar impactes das atividades socioecon micas sobre o ambiente e vice versa Foi nesta Confer ncia que pela primeira vez se reconheceu a import ncia da educa o para a sustentabilidade e se definiram orienta es pol ticas para o desenvolvimento sustent vel atrav
437. volvidos como caso de Cabo Verde mas tamb m abrange pa ses desenvolvidos economicamente socialmente e cultural Vejam s o caso de Portugal onde esta tem tica tem vindo a ser comentado e debatido por v rios autores nomeadamente Villaverde 1997 Canas 1998 Viegas amp Faria 1999 e 2001 Martins e Pequito Teixeira 2005 Baum e Esp rito Santo 2009 demonstra que este fen meno n o restringe apenas aos pa ses menos desenvolvidos e recentemente democr ticos como o caso de Cabo Verde at porque os aspetos econ micos s o manifestamente insuficientes para a compreens o da maior ou menor participa o pol tica feminina excepto quando medeiam certas mudan as sociais e culturais essas sim determinantes tais como Fran a Su cia It lia e Finl ndia Em Cabo Verde houve progressos a n vel da participa o das mulheres tanto no parlamento como tamb m no governo embora reconhecemos que ainda persiste muita desigualdade A quest o das quotas que se realizasse o recenseamento eleitoral nas lhas com o objetivo de eleger uma assembleia constituinte que num prazo de noventa dias deveria aprovar uma constitui o e declarar a independ ncia do Estado de Cabo Verde a 5 de julho de 1975 vora 2004 56 64 Viegas J e Faria S 2001 As Mulheres na Pol tica Oeiras Celta Editora p 12 40 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 Para a corre o da persistente desiquil brio entre homens e mulheres a n vel da repre
438. xistir O mundo o lugar da constante mudan a e dissemina o Afirmar a diversidade reafirmar o id ntico Educar significa introduzir o cunho da diferen a num mundo que sem ela se limitaria a reproduzir o mesmo e o id ntico um mundo parado um mundo morto E nessa possibilidade de abertura 14 para um outro mundo que podemos pensar na pedagogia como diferen a Muitas escolas s o incapazes de oferecer um curr culo que promova a inclus o at porque muitas delas n o est o preparadas para tal A maior mudan a reside na atitude e portanto nas representa es sociais e individuais sobre a ideia de inclus o A maior resist ncia est na ac o isto alguns agentes educativos s o incapazes de aceitar novos desafios curriculares e pedag gicos O curr culo n o um fim em si mesmo Ele um meio para a aprendizagem Neste sentido seria fundamental a reflex o sobre as metas educacionais do curr culo das diferentes vias de ensino profissionalizantes ou n o de modo a que fossem reconhecidas as diferen as e em simult neo a pr pria realiza o desses fins educativos atrav s de uma aprendizagem cooperativa A inclus o depende mais dos professores do que qualquer outro agente isto o ensino na sala de aula o cerne da pr tica inclusiva pois tem um efeito directo sobre todos os alunos E s pela inclus o ser reconhecido a todos os alunos o direito igualdade de oportunidades Refer ncias
439. xpostos pode se observar que dos alunos com acesso ao ensino secund rio a maioria abandona os estudos antes da conclus o do ensino secund rio Tamb m foram introduzidas perguntas sobre o h bito e actividades extra escolares dos alunos Ao serem questionados sobre a frequ ncia de biblioteca para realizar estudos e ou consultar livros um 80 7 dos alunos responderam ter frequentado biblioteca enquanto um 19 3 responderam que n o frequentavam Entretanto ao analisar a assiduidade da frequ ncia biblioteca da escola e ou p blica constata se que apenas um 8 dos alunos responderam que frequentavam a biblioteca todos os dias um 44 frequentavam mais de uma vez por semana um 25 uma vez por semana um 11 uma vez por m s e um 13 apenas nos per odos de provas e ou exames A frequ ncia da biblioteca muitas vezes influenciada pela disponibilidade das mesmas pela qualidade dos servi os oferecidos e pelo hor rio de funcionamento Muitos alunos ao serem questionados sobre os motivos da pouca frequ ncia s bibliotecas alegam que estas n o possuem livros e materiais did cticos de qualidade e em quantidade suficiente importante salientar que apenas um 12 5 dos alunos inqueridos frequentavam cursos extra escolares para melhorar o seu desempenho escolar Os custos que a frequ ncia de tais cursos implica a restri o da sua oferta aos centros urbanos e a sua valoriza o pelos grupos sociais com elevado nivel sociocultural com
440. yle The images used to illustrate the meaning of the text do not match the Cape Verdean student s cultural reality In the second grade there was no textbook produced by Cape Verdean experts neither public nor private The syllabus began with the Middle Age and finished with the European Expansion and Ancient Regime There was no reference to African or Cape Verdean issues The textbooks used were the same utilized in Portugal The contents were totally focused on the Portuguese historical dynamism with some references to the Universal and European History In the third year of secondary schools the topics that constituted the subject were related to the universal history of XVIII and XIX centuries There was also no national textbook In the second year of Complementary Course the most important contents were related to the two World Wars References to African or Cape Verdean realities were practically inexistent In regards to Portuguese Language Avangar 2 1987 two textbooks were selected in order to give a general overview of the situation The contents included in the textbook chosen for the second year of SE were Communication Friendship Art Other countries and Peoples Science Technique and Progress It was possible to identify some text that guides one to understand the representation of Europe For instance the text entitled Language the instrument of communication Cabral demonstrates how language is important to men
441. zandos portanto s o as vozes de pessoas que por muito tempo n o tiveram voz para lutar por esse direito fundamental que v o delimitar aquilo que vem a se constituir o objetivo central deste texto O artigo est dividido em quatro partes Na primeira parte analisa se a categoria educa o n o formal uma vez que o trabalho ocorre extramuros da universidade Na segunda parte analisa se a teoria do reconhecimento social de Axel Honneth pois para se libertar do sofrimento faz se necess rio lutar por reconhecimento na terceira parte apresenta se como funciona o projeto Educa o Interdisciplinar de Jovens e Adultos desenvolvido pela Pontif cia Universidade Cat lica de S o Paulo PUC SP e na ltima as falas dos seis alfabetizandos sujeitos desta pesquisa Educa o N o Formal A educa o pode ocorrer em diferentes espa os e a aprendizagem ocorre nas rela es que os indiv duos estabelecem com o meio social no qual est inserido Nesse sentido al m da escola a educa o acontece nas rela es familiares mediadas por conversas jogos 100 Je Lantuna v 1 n 1 jan jul 2014 brincadeiras programas de televis o e em diferentes espa os p blicos como bibliotecas museus parques shoppings centers cinema teatro rua entre outros Dessa forma os educadores n o s o apenas os professores das escolas formais mas tamb m os familiares os amigos os atores dos filmes e das novelas os colegas de trabalho os vizinhos e

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