Leia a íntegra do voto - Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
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1. No que tange justificativa para a contrata o disse que a op o pela loca o foi tomada pelo fato de a Prefeitura n o possuir recursos para a aquisi o da totalidade dos equipamentos e que n o poderia financi los por n o dispor de linha de cr dito para tal Sustentou ainda n o haver ind cio de ilegalidade ou ofensa economicidade na loca o de ve culos equipamentos para atendimento das necessidades com doa o no t rmino do contrato defendendo ainda que o ju zo de conveni ncia e oportunidade das despesas p blicas pertence ao administrador Aduziu que n o se tratou de um leasing financeiro afirmando que o edital continha condi es contratuais adequadas e inerentes natureza do objeto e do instituto 2 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE S O PAULO Gabinete do Conselheiro Robson Marinho da loca o salientando o texto dos arts 481 e 565 do C digo Civil e as suas conceitua es distintas para a compra e venda e para a loca o Defendeu a simples exist ncia do plus de no final ocorrer a doa o sem qualquer nus Administra o Sustentou que a Prefeitura n o se viu obrigada a arcar de forma imediata com grandes somas como investimento inicial assim como n o se viu obrigada contabiliza o como ativo imobilizado e nem ficou sujeita deprecia o cont bil nos tr s primeiros anos al m de o nus do licenciamento e do seguro ter ficado a cargo da c2. atingir t o somente o ajuste para o Lote A Ante o exposto voto pela regularidade da licita o e dos contratos para os Lotes B e C e pela irregularidade da licita o e do contrato para o Lote A acionando se os incisos XV e XXVII do artigo 2 da Lei Complementar n 709 93 e recomendando Prefeitura Municipal de Ca apava que d cumprimento ao S 5 do art 30 da Lei n 8 666 93 observe a S mula n 15 deste Tribunal e mantenha seus editais de licita o subscritos pela autoridade superior nos termos do inc I do art 3 da Lei n 10 520 02 como voto
3. Consignou que a subscri o do edital por parte do pregoeiro procedimento reprovado pela jurisprud ncia deste Tribunal a exemplo do decidido no processo TC 000620 989 12 9 Aduziu que os ndices cont beis exigidos no Anexo IV do edital encontram se em patamares lim trofes aos aceitos por esta Corte sem qualquer esclarecimento s lido que justificasse sua ado o tendo em vista que a realidade mostra situa es de liquidez diferenciadas por setor de atividade Destacou decis o neste sentido nos processos TC 016947 026 09 TC 017367 026 09 e TC 017461 026 09 No que toca declara o da fabricante da usina de asfalto d que S comprometeria a fornecer suas instala es diss que a xig ncia constituiu afronta s mula n 15 que veda xpressament a estipula o de compromisso de terceiros alheios disputa A mat ria integrou a pauta da sess o de 16 4 13 da E Segunda C mara tendo sido dela retirada nos termos do art 105 inc I do Regimento Interno deste Tribunal Em sequ ncia foram apresentados Memoriais pelo Sr Carlos Vilela Ex Prefeito Municipal de Ca apava TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE S O PAULO Gabinete do Conselheiro Robson Marinho Alegou que a assinatura do edital pelo pregoeiro decorreu da an lise sistem tica do art 9 do Decreto Municipal n 2 633 06 sustentando que essa falha n o acarretou qualquer preju zo competitividade ou mesmo ao er rio raz o d
4. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE S O PAULO Gabinete do Conselheiro Robson Marinho Segunda C mara Sess o 14 5 2013 21 TC 001830 007 08 INSTRUMENTOS CONTRATUAIS Contratante Prefeitura Municipal de Ca apava Contratada Itacolomy Administra o de Bens Ltda Autoridade s Respons vel is pela Abertura do Certame Licitat rio pela Homologa o e Autoridade s que firmou aram o s Instrumento s Carlos Ant nio Vilela Prefeito Objeto Loca o de ve culos e equipamentos Em Julgamento Licita o Preg o Presencial Contrato celebrado em 08 08 08 Valor R 12 221 664 00 Justificativas apresentadas em decorr ncia da s assinatura s de prazo nos termos do artigo 2 inciso X da Lei Complementar n 709 93 pelo Conselheiro Robson Marinho publicada s no D O E de 13 01 09 27 08 10 Advogado s Fl via Maria Palav ri Machado e outros Acompanha m Expediente s TC 023077 026 12 e TC 039939 026 12 Fiscalizada por U DSFR R 7 Fiscaliza o atual UR 7 DSF Relat rio Em exame licita o e contrato assinado em 8 8 08 celebrado entre a Prefeitura Municipal de Ca apava e a Itacolomy Administra o de Bens Ltda tendo por objeto a loca o dos ve culos m quinas e equipamentos definidos nos lotes A B e C do Preg o n 033 2008 pelo per odo de 48 quarenta e oito meses com doa o no t rmino do cont
5. a a liquidez e o endividamento sendo afirmado que o ndice na forma como foi exigido no edital exprime de forma criteriosa a cautela e dilig ncia da Administra o no resguardo p blico sendo a exig ncia pertinent razo vel Fez cita o a algumas decis es que trataram de ndices econ mico financeiros para afirmar que o exigido manteve a competitividade e a seguran a Administra o quanto s condi es econ mico financeiras do vencedor Sobre a suscitada ofensa S mula n 15 alegou que a finalidade da declara o era t o somente garantir que o equipamento locado seguiria o padr o m nimo estipulado pelo pr prio fabricante traduzindo a preocupa o da Administra o quanto adequada instala o funcionamento opera o manuten o garantia suporte e assist ncia t cnica do equipamento 1 No Anexo I Lote A Item 3 3 01 uma usina fixa de asfalto fabrica o nacional nova zero hora para misturas a frio com as seguintes especifica es t cnicas Observa o Nest item dever ser anexado proposta uma declara o do fabricante da Usina que est sendo ofertada em loca o assumindo o compromisso que far todo o acompanhamento para instala o f sica desta Usina bem como fornecer a Planta de Instala o Al m disso dever assumir o compromisso de colocar a mesma em opera o acertando o tra o com os agregados e emuls o fornecidos pela Prefeitura E
6. amento altamente t cnico Defendeu que diante da situa o noticiada e no intuito de se extrair a maior efic cia da atua o do Poder P blico no caso concreto houve a necessidade de se ponderar de modo a atingir a melhor solu o harmonizando os princ pios da Administra o sem que a aplica o de um deles acarretasse o sacrif cio do outro o relat rio npg TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE S O PAULO Gabinete do Conselheiro Robson Marinho Voto TC 001830 007 08 Inicialmente em rela o aos apontamentos do laudo da fiscaliza o as justificativas da origem de modo geral mostraram se pass veis de acolhimento No que tange ao fato de o patamar m nimo de liquidez de 1 50 se situar no limite dos par metros usualmente aceitos por esta Corte h de se considerar que isto n o significa um apontamento de que o ndice ultrapassou os limites do que se entende como razo vel de sorte que esta quest o n o se coaduna com um decreto de irregularidade mas com uma ressalva pass vel de recomenda o O mesmo deve ocorrer com a suscitada aus ncia de ato de delega o para o subscritor do edital por ser apenas um v cio de forma Sob outro aspecto existiu a previs o do Anexo I de que a declara o nele prevista deveria ser apresentada junto proposta para o Lote Ap a qual embora n o tenha sido condi o para habilita o constou como requisito de classi
7. ceiro e de declara o do ordenador de despesa acerca da adequa o com a Lei Or ament ria Anual e com a Lei de Diretrizes Or ament rias art 16 inc I e II da LRF ado o do instituto da loca o quando na realidade tratou se de leasing financeiro que violou o art 7 da Lei n 6 099 74 que determina a subordina o das opera es de arrendamento mercantil ao controle e fiscaliza o do Banco Central n o compatibilidade dos pre os contratados com os de mercado art 43 IV da Lei n 8 666 93 vez que os pre os obtidos no preg o foram maiores que os apresentados na cota o de pre os inicialmente realizada aus ncia de justificativas sobre a raz o de locar os ve culos e equipamentos com revers o ao patrim nio p blico ao inv s de adquiri los remessa extempor nea do contrato a este Tribunal Depois de serem as partes interessadas regularmente notificadas foram apresentadas justificativas pelo Sr Carlos Antonio Vilela Prefeito Municipal de Ca apava poca dos fatos Alegou que diferentemente do que disp e o art 16 da LRF o caso em apre o n o trata de nova a o governamental ou de expans o de J xistente vez que a contrata o objetivou a presta o de servi os inerentes s atividades habituais da Municipalidade cujas despesas j costumeiras e habituais est o previstas no Plano Plurianual na Lei de Diretrizes Or ament rias e na Lei de Or amento Anual
8. e entender cab vel ser tratada como recomenda o Sobre os ndices financeiros afirmou ter a Municipalidade buscado garantir a sele o de empresas aptas a cumprir as obriga es licitadas com a integral realiza o dos servi os e a efetiva entrega dos equipamentos ao final da contrata o Tamb m defendeu que os ndices se encontravam dentro dos par metros aceitos na jurisprud ncia do Tribunal de Contas do Estado tendo citado decis o do processo TC 000555 004 07 No tocante suscitada inobserv ncia da S mula n 15 afirmou que n o houve pedido de documento de terceiro como condi o para habilita o mas que houve apenas exig ncia de declara o sobre a usina de asfalto acompanhando a proposta como uma garantia da parte operacional por n o bastar que o equipamento esteja funcionando vez que se trata de equipamento que precisa fazer uma mistura perfeita de pedra pedrisco e emuls o ou seja cumprir um projeto que foi resultado de um estudo em laborat rio Sustentou que se necessitava da certeza de um perfeito funcionamento da usina de asfalto e que o documento n o inviabilizou a competi o afirmando que todo licitante re ne condi es de oferecer o documento questionado na medida em que todo fabricante participa do projeto de montagem instala o mistura da massa asf ltica e por fim de sua aplica o nas ruas e estradas municipais por se tratar de equipamento que tem um funcion
9. fica o das propostas para o Lote A De fato um documento dessa natureza deveria ter sido exigido apenas da licitante vencedora do Lote A j que a conduta de se impor tal obriga o a todas as licitantes constituiu ofensa ao enunciado da S mula n 15 deste Tribunal Entretanto como se tratou de uma cl usula circunscrita apenas ao Lote A de um certame do tipo menor pre o por lote n o h como deixar de considerar que essa irregularidade n o se comunica aos Lotes B e C de maneira 5 No Anexo I Lote A Item 3 3 01 uma usina fixa de asfalto fabrica o nacional nova zero hora para misturas a frio com as seguintes especifica es t cnicas Observa o Nest item dever ser anexado proposta uma declara o do fabricante da Usina que est sendo ofertada em loca o assumindo o compromisso que far todo o acompanhamento para instala o f sica desta Usina bem como fornecer a Planta de Instala o Al m disso dever assumir o compromisso de colocar a mesma em opera o acertando o tra o com os agregados e emuls o fornecidos pela Prefeitura Esses servi os dever o ser sem nenhum custo Este compromisso adicional e complementar ao servi o de atendimento no per odo de garantia e da assist ncia t cnica do equipamento 7 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE S O PAULO Gabinete do Conselheiro Robson Marinho que o Julgamento pela irregularidade dever
10. ontratada durante o prazo de loca o acrescendo que a transa o n o ficou sujeita aos pesados encargos financeiros de um leasing ou financiamento Em rela o compatibilidade dos pre os com os praticados pelo mercado alegou ter contado a Municipalidade com as cota es de 04 quatro empresas do ramo para a elabora o de sua estimativa aduzindo n o haver qualquer obrigatoriedade legal de que os pre os apresentados para fins de cota o sejam os mesmos das propostas ofertadas em sede d licita o al m de as cota es contarem com prazo de validade Destacou que somente em tr s itens houve oferta maior do que o valor inicialmente cotado Por fim salientou que a remessa extempor nea afigura se como uma falha administrativa e de car ter formal pass vel de recomenda o por n o ter acarretado nus aos cofres municipais ou mesmo dificultado a an lise dos instrumentos pelo Tribunal de Contas do Estado Seguiram os autos para an lise da SDG que prop s nova fixa o de prazo origem por entender que existiram falhas que restringiram a competitividade e acarretaram a participa o de somente duas licitantes Fez apontamentos quanto aus ncia de delega o para o pregoeiro subscrever o edital e aus ncia de justificativas t cnicas para os ndices de liquidez corrente geral em patamares lim trofes aos permitidos por esta Corte impugnando tamb m a exig ncia de que as propostas
11. rato e pelo valor total de R 12 221 664 002 A licita o foi processada na modalidade Preg o Presencial sob o n 033 2008 do tipo menor pre o por lote Lotes A B e C sendo que o laudo da unidade de fiscaliza o registrou a participa o de 02 duas proponentes para os 03 tr s lotes licitados t Lote A Composto por equipamentos rodovi rios zero hora de fabrica o nacional nas caracter sticas t cnicas descritas nos itens 1 2 3 e 4 do Anexo I do edital do Preg o n 033 2008 uma motoniveladora uma escavadeira hidr ulica uma usina fixa de asfalto uma m quina reboc vel Lote B Composto por chassis de caminh es quipamentos zero km e micro nibus zero km de fabrica o nacional nas caracter sticas t cnicas descritas nos itens 1 2 3 4 5 6 e 7 do Anexo I do edital do Preg o n 033 2008 Lote C Composto por ve culos leve zero km de fabrica o nacional nas caracter sticas t cnicas descritas nos itens 1 2 3 4 5 6 e 7 do Anexo I do edital do Preg o n 033 2008 2 Lote A R 89 131 00 mensais Lote B R 85 000 00 mensais Lote C R 80 487 00 mensais Total Mensal R 254 618 00 1 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE S O PAULO Gabinete do Conselheiro Robson Marinho A unidade de fiscaliza o opinou pela irregularidade da licita o e do contrato consignando os seguintes apontamentos n o apresenta o da estimativa trienal do impacto or ament rio finan
12. se fizessem 3 No item 7 4 4 1 2 do edital A comprova o da boa situa o financeira da mpresa ser feita de forma objetiva pela an lise do balan o nos moldes estabelecidos no Anexo VI deste Edital No Anexo VI 1 Quociente de liquidez corrente igual ou maior que 1 50 a saber 2 Quociente de liquidez geral igual ou maior que 1 50 a saber asa as 3 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE S O PAULO Gabinete do Conselheiro Robson Marinho acompanhar de documento que configurava ofensa S mula n 15 desta Corte sob pena de desclassifica o As partes foram uma vez mais notificadas vindo aos autos novas justificativas do Sr Carlos Ant nio Vilela Prefeito Municipal poca dos fatos No tocante aus ncia de delega o de poderes ao pregoeiro para subscrever o edital disse entender ser esta uma interpreta o meramente literal Destacou que o art 9 do Decreto Municipal n 2 633 06 estabelece ser atribui o do pregoeiro dentre outras a pr tica dos demais atos pertinentes ao procedimento sustentando que a assinatura do edital encontra se impl cita na pr tica dos atos pertinentes ao procedimento al m de ntender que n o existe qualquer impedimento legal para que o pregoeiro assine os termos do edital No que tange aos ndices econ mico financeiros alegou que a Lei em momento algum prev expressamente quais as exatas propor es s o permitidas par
13. sses servi os dever o ser sem nenhum custo Este compromisso adicional e complementar ao servi o de atendimento no per odo de garantia e da assist ncia t cnica do equipamento 4 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE S O PAULO Gabinete do Conselheiro Robson Marinho Destacou que no caso espec fico da usina fixa demanda se o fornecimento de servi os de instala o e suporte incumbindo assim empresa contratada a instala o opera o e manuten o do equipamento que deveria ser novo sem uso anterior cujo modelo estaria em linha de fabrica o de maneira que o fabricante do equipamento deveria garantir a instala o e suporte estando os fabricantes envolvidos diretamente na solu o durante a execu o contratual recomendando que o mesmo anu sse com o acompanhamento da instala o f sica da usina evitando assim impasses na execu o contratual Sustentou que a declara o n o foi exigida como condi o de habilita o mas como fator de qualidade do bem a ser fornecido Disse n o haver impedimento legal para que a Administra o determine requisitos de qualidade m nima e encerrou reiterando que a declara o n o induz a exig ncia de compromisso de terceiros alheios disputa mas somente a demonstra o de que a licitante possu a meios de atender o objeto em sua plenitude A SDG manifestou se ao final pela irregularidade da licita o e do contrato
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